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INTRODUÇÃO
Ansiedade x Medo → ansiedade é a resposta emocional a antecipação de uma ameaça futura com uma
apreensão difusa (sem objeto claramente definido), tendo vários sinas e sintomas, porém na ausência
de outras doenças ou condições médicas que as justifiquem. Em contraste, o medo é uma resposta
emocional a uma situação iminente, real ou percebida; reação a um perigo específico. Há presença de
objeto desencadeante.
Ansiedade e o medo se tornam patológicos quando estas emoções passam a ser disfuncionais, trazem
prejuízos sociofuncionais e/ou sofrimento importante para o indivíduo.
TRANSTORNOS FÓBICO-ANSIOSOS
São transtornos desencadeados essencialmente por situações nitidamente determinadas que não
apresentam atualmente nenhum perigo real.
• Palpitações
• Impressão de desmaio
• Medo de morrer
• Perda do autocontrole ou de ficar louco
A ansiedade fóbica frequentemente se associa a uma depressão, para determinar se precisa fazer
diagnóstico de ansiedade fóbica + depressivo, ou apenas um só, é preciso levar em conta a ordem de
ocorrência dos transtornos e as medidas terapêuticas que são consideradas no momento do exame.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL OU FOBIA SOCIAL
Medo de ser exposto a observação atenta de outros e que leva evitar situações sociais. ANTROPOFOBIA
e NEUROSE SOCIAL (apesar de não perder o vínculo com a realidade, ou seja, ela sabe exatamente o que
está acontecendo, não consegue controlar a intensidade de seus atos, nem atuar dentro do padrão da
"normalidade").
A fobia social não permite que o indivíduo enfrente situações ameaçadoras (interação social,
desempenho em público e atividades como encontros ou interações com estranhos, apresentações
formais, situações que requerem um comportamento assertivo), e faz com que o indivíduo evite essas
situações ou as em frente à custa de intensa ansiedade, causando prejuízo ao seu bem-estar e ao seu
desempenho.
• Perda de autoestima
• Medo de ser criticado
• Pode manifestar: rubor, tremor das mãos, náusea, desejo urgente de urinar
• Pode evoluir para ataques de pânico
OBS → Risco 2x maior para dependência de álcool, risco 3 a 6x maior para transtorno do humor.
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalência: 13% a 16%
• Etiologia multifatorial
• Início na infância/adolescência por volta dos 10/13 anos de idade
• Apenas metade dos pacientes buscam tratamento, em torno de 15 a 20 anos após início dos
sintomas 90% dos pacientes desenvolvem os sintomas antes dos 25 anos
• Transtorno de curso crônico, principais sintomas de cronicidade: idade precoce de início,
comorbidade médica geral e comorbidade psiquiátrica
• 50 a 90% possuem um transtorno mental adicional, sendo os mais comuns: depressão, uso de
substâncias, TAG, transtorno de pânico e TEPT.
SUBTIPO CIRCUNSCRITO
• Medo restrito a uma situação específica
SUBTIPO GENERALIZADO
• Temor a todas ou quase todas as situações
O medo de uma avaliação negativa pelos outros é aspecto central de ambas as condições.
PREJUÍZOS
• Pior desempenho escolar
• Abandono do estudo
Critérios:
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
AGORAFOBIA:
• Medo não apenas de espaços abertos, mas também de aspectos relacionados tais como a presença
de multidões e a dificuldade de um escape fácil e imediato para um local seguro
• Medo de sair de casa, medo de entrar em lojas, multidões, lugares públicos ou de viajar sozinho em
trem/ônibus/avião
• Muitos pacientes são aterrorizados pelo pensamento de terem um colapso e serem deixados sem
socorro em público
TRANSTORNO DEPRESSIVO:
TRATAMENTO
• Fármacos: ISRS, IRSN, BZD
• Objetivo é promover qualidade de vida por meio da redução das limitações associadas a vida diária,
aliviar a ansiedade subjetiva, reduzir sintomas físicos e tratar as possíveis comorbidades
• Boa tolerabilidade
• Efeitos colaterais comuns: náuseas, diarreia, insônia, agitação, tremor, cefaleia, disfunção sexual
BENZODIAZEPÍNICOS (BZD):
• Podem ser utilizados junto com um ISRS/IRSN quando há resposta parcial, como estratégia de
potencialização nas primeiras semanas, ou para casos refratários
• O uso de BZD deve ser considerado de curto prazo (2 a 4 semanas) e em pacientes resistentes ao
tratamento devido aos efeitos colaterais e risco de dependência
OBS → O uso dos betabloqueadores na psiquiatria surgiu muito promissor, principalmente com a
possibilidade de “driblar” os efeitos adrenérgicos dos transtornos ansiosos e potencializar o efeito de
antidepressivos através de efeitos serotoninérgicos e simpatomiméticos.
RECOMENDAÇÕES:
• Caso sem resposta após 10 a 12 semanas → primeiro deve se aumentar a dosagem até chegar na
dose máxima tolerada, caso continue sem resposta trocar a medicação, caso sem resposta novamente
potencializar (bzd) ou trocar a classe
• Farmacoterapia deve ser continuada por 1 a 2 anos nos pacientes que responderam após 12
semanas
FOBIA ESPECÍFICA
• Ao ter contato com essa situação que lhe traz esse medo irracional o paciente passa apresentar
ataques de pânico
• Ataques de pânico: episódios de medo intenso acompanhado de vários sintomas físico e cognitivos.
Após o início, os sintomas atingem um pico em até 10 minutos e tem duração autolimitada.
• Sintomas cognitivos: sensação de morte iminente, medo de ter um ataque cardíaco, de perder o
controle e de enlouquecer
• Simples medo NÃO caracteriza fobia! A condição deve causar prejuízo funcional e/ou sofrimento
significativo ao indivíduo ou terceiros para que seja considerado um problema
• Critérios:
TRATAMENTO
• Terapia cognitivo-comportamental: dessensibilizar o indivíduo do objeto temido, diminuindo
comportamentos de fuga/evitação bem como o sofrimento causado pelo enfrentamento
TRANSTORNO DE PÂNICO
• Ataques de pânico: intensa sensação de medo ou grande desconforto + Sintomas físicos: Palpitações,
sudorese, tremores, falta de ar, sensação de desmaio, dor torácica, náusea ou desconforto abdominal,
tontura, ‘calorões’, formigamento + Sintomas cognitivos: medo de perder o controle ou medo de morrer
• Esses ataques são seguidos de uma preocupação persistentes sobre ter novos ataques ou
preocupações acerca das suas consequências = ansiedade antecipatória
• Pode ocorrer evitação de lugares onde o indivíduo teve um ataque de pânico passando a apresentar
agorafobia (medo de desenvolver sintomas ansiosos em lugares em que a saída pode ser difícil ou
embaraçosa ou em que não haja ajuda disponível)
• Critérios: Para um dx definitivo, vários ataques graves de ansiedade autonômicos devem ter ocorrido
num período de cerca de 1 mês:
3. Com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória
seja comum).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Quadro clínicos: tireoidopatias, IAM, etc
TRATAMENTO
• Objetivos: suprimir ataques de pânico, reduzir a evitação/esquiva, reduzir a ansiedade antecipatória e
a hipervigilância em relação a sintomas corporais, reconhecer e tratar as comorbidade
EMERGÊNCIA
Ataques de pânico na emergência – uso de bzd para melhora provisória dos sintomas
Benzodiazepínicos: são bem usados na prática de emergência, devido a sua ação rápida na CRISE
**não adianta usar betabloqueador porque se usa ele antes de ter o transtorno de ansiedade, já o BZD
se utiliza durante a crise
Diazepam: 5 a 10 mg VO
Alprazolam: 0,25 a 1 mg VO
Clonazepam: 2 mg VO
Lorazepam: 0,5 a 2 mg VO
• Origem multifatorial
PRINCIPAIS SINTOMAS
• Decorrem da preocupação excessiva:
• Inquietude
• Dificuldade de concentração
• Lapsos de memória
• Alterações de sono
• Fadiga
• Irritabilidade
• Tensão muscular
• Boca seca
• Sudorese
• Náusea
• Diarreia
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• F41.1
• Critérios: devem acontecer na maior parte dos dias, por pelo menos várias semanas e usualmente por
vários meses (pelo menos 6 meses)
* Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo
menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Outros transtornos mentais, principalmente os outros transtornos de ansiedade
TRATAMENTO
• Farmacológico: ISRS (primeira linha), IRSN, BZD (se necessário → muito sintomático, não toleram
efeitos colaterais de outros medicamentos, usar entre 2 e 4 semanas e depois já retirar)
• Psicoterapia: TCC
• Prevalência 2,5%
OBSESSÕES
• Pensamentos, impulsos, imagens, palavras “que não saem da cabeça”
• Comprometem pelo desconforto e aflição que provocam e pelo tempo que tomam
→ Sujeira ou contaminação
→ Mágicas: números especiais, cores, datas, horários (que são especiais ou dão azar)
COMPULSÕES
• É o que se faz para aliviar a obsessão
• Sem conexão real (ex: bater na madeira 3 vezes não vai impedir que alguém morra, apesar de o
paciente fazer)
• Na maioria das vezes são claramente excessivos (comportamentos repetitivos), por isso
comprometem tanto a vida do paciente
• Conteúdo:
→ Verificação ou controle
→ Repetições, confirmar (ler várias vezes a página de um livro, perguntar várias vezes que horas são)
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• F42
• Para um dx definitivo: os sintomas obsessivos, atos compulsivos ou ambos (pode ter só obsessão ou só
compulsão, ou os dois) devem estar presentes na maioria dos dias por pelo menos 2 semanas
consecutivas e ser uma fonte de angústia ou de interferência com suas atividades
2. Deve haver pelo menos um pensamento ou ato que ainda é resistido, sem sucesso, ainda que possam
estar presentes outros aos quais o paciente não resiste mais
O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com
algum outro pensamento ou ação.
3. O pensamento de execução do ato não deve ser em si mesmo prazeroso (o simples alívio de tensão
ou ansiedade não é, neste sentido, considerado como prazer)
Os sintomas compulsivos:
1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar,
contar ou repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em resposta a
uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas.
Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de enunciar (expor) os objetivos desses
comportamentos ou atos mentais.
Especificar se:
Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do transtorno obsessivo
compulsivo são definitivas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras.
Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são
provavelmente verdadeiras.
Especificar se:
TRATAMENTO
• Farmacológico: ISRS (primeira escolha). Anti-depressivo tricíclico (Clomipramina), presente no SUS,
também pode ser considerado 1ª escolha
2ª linha → ADT (clomipramina), IRSN (venlafaxina em doses altas), antipsicóticos em casos refratários –
apenas quando sintomas psicóticos (haloperidol, risperidona)
→ refratariedade → fazer associação e outros métodos → mas isso fica para o especialista
* venlafaxina → 2ª linha
* clomipramina → 3ª linha
• Terapia: TCC
• Comum em: combate militar, agressão pessoal violenta (ataque sexual, físico, assalto, sequestro,
tortura), desastres naturais
SINTOMATOLOGIA
• Revivência dolorosa do evento
• Esquiva persistente a estímulos associados ao trauma (ex: evita passar no local do ocorrido, ler
notícias parecidas...)
• Hiperexcitabilidade persistente
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• F43.1
• Não deve ser diagnosticado a menos que haja evidência de que ele surgiu dentro de 6 meses após um
evento traumático de excepcional gravidade
• Se os sintomas demoraram mais de 6 meses para aparecer, pode ser TEPT desde que haja
manifestações clínicas típicas
TRATAMENTO
• Farmacológico: ISRS, IRSN
• Sem remissão após 4 a 6 semanas → aumentar até a dose máxima tolerada → resposta insatisfatória
→ avaliar troca de medicação/classe medicamentosa ou associação
• Terapia: TCC
OBS: em todos os transtornos de ansiedade deixar medicação em torno de 2 anos e depois tentar tirar
AULA 3 – DEPRESSÃO
TRISTEZA
Vem da afetividade
• A tristeza da depressão é uma tristeza constante, dura dias contínuos e não está ligada a algum
aspecto cotidiano, não tem um motivo específico
DEPRESSÃO – CONCEITOS
• Doença: condição médica na qual os fatores causais ou a fisiopatologia são conhecidos → o qual a
gente entende a fisiopatologia e consegue chegar em um diagnostico
• Transtorno: condição médica na qual os fatores causais ou a fisiopatologia não são conhecidos
*o principal problema dos transtornos vem de que as pessoas acreditam que não seja um problema
Desenvolvimento anormal do cérebro: traumas, perdas, abusos, negligência, situações estressoras; que
geram marcas dentro do cérebro e, em detrimento de algum fator específico, provocam mudanças
cerebrais e são responsáveis pelo surgimento do quadro clínico (mudanças epigenéticas geram
disfunções cerebrais).
Quanto mais tempo de doença, maior prejuízo para o paciente (deterioração), até que o quadro se
torne crônico e irreversível.
DEFINIÇÃO
• Síndrome de etiologia variada, multissistêmica que faz parte dos transtornos de humor (afetivos).
• Os transtornos de humor são caracterizados por pelo menos um episódio de humor bem delimitado:
alterações do humor, do biorritmo, da psicomotricidade, cognitivas
EPIDEMIOLOGIA
• 2 a 3x mais comum em mulheres -> ação hormonal, oscila mais e tem o pensamento mais complexo
• Populações especiais: 2,5% crianças 7,6% adolescentes 7% idosos 33% que IAM recente 47% CA
hospitalizado (ou seja, pode ocorrer em qualquer idade)
Na faixa etária dos adolescentes vem aumentando o transtorno depressivo, talvez pela pandemia
CURSO E PROGNÓSTICO
ETIOPATOGENIA
• Multifatorial → fatores pré-natais, perinatais, traumas de infância, estresse, doenças clínicas, abuso de
substâncias psicoativas
• Poligênica → fator estressor metila gene anteriormente inativo e, por ação epigenética, torna-o ativo.
Do mesmo modo, um gene ativo pode se tornar inativo.
• Heterogênea
• Fatores protetores: ambiente social, familiar bom, realização de atividade física, alimentação saudável,
saúde
• Estresse crônico faz com que a vulnerabilidade genética se manifeste → alterações cerebrais:
desregulação da neurotransmissão cerebral, alterações neuroendócrinas, alterações de cascatas
intracelulares, expressão gênica e fatores neurotróficos → sintomas neuropsiquiátricos, emocionais,
cognitivos, vegetativos e álgicos
Freud → epigenético → CG + VA = P + T = D
Diversas estruturas cerebrais são responsáveis pelo aparecimento de sintomas depressivos → Circuitos
funcionais estão hiper/hipoativados na doença
CONSEQUÊNCIAS
• Doenças clínicas aumentam o risco de depressão, as relações são recíprocas → doenças físicas
retroalimentam a depressão, e vice e versa
Existe uma carga genética e dependendo de cada família as enzimas responde uma forma diferente aos
remédios
PSICOPATOLOGIA
Afetividade é um termo genérico, que compreende várias modalidades de vivencias afetivas (como
vemos o mundo), como o humor, emoções e os sentimentos
DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO
• Síndrome depressiva: doença
• Duração mínima de 2 semanas
• Humor depressivo e/ou irritável → oscila de um dia para o outro nem sempre vai estar triste;
pouco ou não responsivo a estímulos; variação diurna
• Perda de interesse/prazer
• Energia (os mínimos esforços já estão cansados), fadiga , cansaço, desanimo, atividade
• Sentimento/afeto → ansiedade, angústia, insegurança, medo, indecisão, culpa, desespero,
vazio, desamparo, desesperança, autoestima e autoconfiança
• Pensamento → ideais de culpa, inutilidade, doença, ruína e inferioridade; visão desolada e
pessimista do futuro; interpretação negativa (distorção da realidade); ideias ou atos autolesivos
ou suicídio
• Cognição → concentração, raciocínio e memoria, lentidão para pensar; raciocinar ou emitir
respostas
• Falta de vontade
• Sintomas físicos → insônia ou hipersonia (essas são muito comum nos jovens); ou do
apetite/peso (nos jovens mais comum aumentar e no adulto diminuir, nos idosos é uma falta
de apetite importante); 50% sintomas dolorosos (dores difusas, dor nas costas/coluna, no
estomago, cefaleia, dor no peito ou nos membros; sintomas gastrointestinais ou geniturinários)
DIAGNÓSTICO NOSOLÓGICO
Transtorno depressivo – CID-10 → Pelo menos 2 semanas com a presença de pelo menos 2 sintomas
fundamentais OU 1 sintoma fundamental + 2 ou mais sintomas acessórios → CAI NA PROVA
Sintomas fundamentais:
1. HUMOR DEPRIMIDO
2. PERDA DE INTERESSE OU PRAZER (ANEDONIA)
3. FATIGABILIDADE (energia reduzida)
Sintomas acessórios:
→ F34.1 Distimia (depressão leve crônica, mas a palavra distimia vai entrar em desuso)
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL/COMORBIDADE
Patologias clínicas podem apresentar sintomas comuns a depressão (valorizar na anamnese as queixas
de humor e cognitivas)
Na grande maioria das vezes o quadro depressivo é COMÓRBIDO (quando tem 2 ou mais doenças
correlacionadas), e as patologias se RETROALIMENTAM
EXAMES COMPLEMENTARES
Depressão é uma doença de jovens, pedir exames complementares de tumor em casos de depressão
em >50 anos → mas já inicia o tratamento antes de saber o resultado
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS
OUTROS:
• T. ALIMENTARES
• TRANSTORNOS PERSONALIDADE
CURSO E PROGNÓSTICO
2/3 melhoram *
SUBTIPOS
TRATAMENTO
Primeiro de tudo → ACOLHIMENTO (CUIDAR), ESCUTAR, PSICOEDUCAR (ORIENTAR), ATIVIDADE FÍSICA
(supervisionada), RITMO BIOLÓGICO, HIGIENE SONO
PSICOTERAPIAS (vai ser usado unicamente em casos leves apenas, ou seja, quando for um caso leve
será usado primeiramente apenas a psicoterapia) + PSICOFARMACOLOGIA (caso moderado e grave)
*na ubs não tem psicólogo ou vai demorar muitooo → necessário o médico ser um pouco de psicólogo
para poder ajudar
HIGIENE DO SONO
– Estabelecer um horário regular para dormir e acordar
– Evitar ingestão estimulantes (café, cigarro, chá-preto, chocolate, bebidas à base de cola)
– Procurar jantar (comidas leves – pouco calóricas) até duas horas antes dormir
– Não comer, beber, ler, ver TV e usar computador na cama antes do horário de sono
– Evitar usar remédios para dormir ou se manter acordado sem orientações médicas
PSICOTERAPIAS
O que pode influenciar na escolha por ela?
- Custos e aplicabilidade
- Preferência do paciente
- Gravidade do episodio
- Evolução do quadro
ANTIDEPRESSIVOS
• SHT (SEROTONINA) → promove inibição das vias de dor na medula espinhal, auxilia no controle do
humor e controle do sono (melatonina é produzida a partir da serotonina), controla a função intestinal
(atua nos movimentos do intestino, quando tem substância toxica aumenta os níveis de serotonina e
causa quadros diarreicos), controla apetite e náusea, mantem a libido. Em níveis muito elevados pode
causar osteoporose (tomar cuidado em mulheres mais velhas com uso de ISRS). Mas a sua ação
“principal”, sendo a mais visada, é a influência nas emoções e no ânimo.
• ESCITALOPRAM
• SERTRALINA
• FLUOXETINA
• Paroxetina
• Fluvoxamina
• NE (NORADRENALINA) → Um dos seus efeitos mais conhecidos é o vasopressor, ou seja, ela provoca
da pressão arterial (evitar em HAS) em razão do efeito vasoconstritor, possui também efeito inotrópico
positivo ( a força de contração do coração, evitar em pacientes que tenham hipertrofia do coração),
também é relacionada a nossa capacidade de ficarmos alerta e ter uma boa memória (bom em
pacientes que tenham TDAH ou perca de memória subsequente a depressão). Garante também a
dilatação dos bronquíolos.
NE na UTI → apresenta grande utilidade em pacientes em choque séptico, uma condição que pode
levar muitas pessoas à morte. Nesse caso, a noradrenalina é utilizada como uma droga vasopressora,
uma vez que, no choque séptico, é comum um aumento da vasodilatação, que ocasiona a hipotensão
arterial. A norepinefrina atua garantindo, nesses casos, o aumento da pressão arterial. Além dessa
utilização, a noradrenalina é utilizada nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Nesse caso, a
droga é usada como vasoconstritora.
• DA (DOPAMINA) → falta de dopamina esta relacionada a Parkinson, Vulnerabilidade a vícios por meio
do mecanismo de dependência (todas as drogas de abuso e alguns comportamentos, como jogos e
compras, aumentam temporariamente os níveis de dopamina no cérebro, estimulando a sensação de
prazer), Anedonia (perda da capacidade de sentir prazer, sintoma comum na depressão), Declínio da
capacidade cognitiva (memória, atenção, capacidade de resolver problemas), Aumento da liberação de
prolactina (levando à ginecomastia, caracterizada pelo crescimento das mamas em homens)
→ vai aumentar a quantidade de serotonina pois vai tampar os receptores e vai sobrar mais
serotonina na fenda sináptica ou vou estimular a liberação
- Sintomas: tonturas, vertigens, ataxia, gastrointestinal (náusea e vomito), sintomas gripais, sensoriais
(parestesias), sono (insônia, sonhos vívidos), psíquicos (irritabilidade, labilidade afetiva, agitação,
ansiedade)
Estratégia → aumenta a dosagem, fazer combinação com lítio ou antipsicótico → casos graves
1º → aumento da dose
3º → caso não haja resposta alguma ou haja intolerância ao antidepressivo inicial, deve-se trocar o
fármaco por outro antidepressivo de primeira linha
* As recomendações tradicionais sugerem a troca por antidepressivo de outra classe (ISRS por ADT, por
exemplo), mas há evidências de que a troca por antidepressivo da mesma classe (fluoxetina por
sertralina, por exemplo) pode ser igualmente eficaz.
Manutenção → 1º eps usar até recuperação completa + cerca de 9 meses, geralmente da 1 ano no total,
2º eps o medicamento tem que durar 1 a 2 anos; 3º eps ou mais evitar retirada do medicamento
*casos graves o prof nem tira o remédio e casos difíceis de achar o medicamento ideal → porque
quando para geralmente tem que trocar o medicamento e vai ser difícil achar outro que funcione
Frente aos riscos cardiovasculares dos ADT, sugerimos que pacientes que necessitam doses elevadas
de ADT realizem ECG e avaliação clínica de risco para morte súbita. Nos pacientes com uso de doses a
partir de 100 mg/dia de amitriptilina, imipramina e clomipramina e 62,5 mg de nortriptilina, sugerimos
realizar: anamnese completa, incluindo avaliação de fatores de risco para morte súbita, como
diagnóstico de cardiopatia isquêmica ou insuficiência cardíaca, história de tabagismo ou abuso de álcool,
fatores de risco para doença cardiovascular (hipertensão, dislipidemia e diabetes) e história familiar de
morte súbita. Recomenda-se também realizar um ECG para detectar alterações que não sejam
conhecidas, como distúrbios de condução, hipertrofia ventricular esquerda e isquemia miocárdica. Em
quem não tem nada não faz mal, porém antes de prescrever é necessário solicitar um ECG mesmo que
em doses baixas. É importante ressaltar que os ADT não estão contraindicados como opção de primeira
linha no tratamento da depressão e possuem especial relevância em situações nas quais custo e
acessibilidade são determinantes para a adesão ao tratamento.
- L-triiodotironina (T3), carbonato de lítio e l-triptofano podem ser utilizados para potencializar o efeito
antidepressivo;
- Nos casos de depressão em idosos, a mirtazapina pode ser uma boa escolha devido ao padrão reduzido
de efeitos colaterais. Também possui ação sedativa;
- A retirada do antidepressivo deve ser gradual, ao longo de uma a duas semanas, dependendo da meia-
vida do composto;
- A Eletroconvulsoterapia (ECT) fica reservada aos casos de transtorno depressivo grave com sintomas
psicóticos e refratário ao uso de antidepressivos.
NEUROMODULAÇÃO → o que mais se estuda hoje, o prof ta estudando também
ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT)*
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
Eles inibem a bomba de recaptação das Monoaminas.
Devemos prescrever com aumento gradativo da dose, incialmente em doses baixas, devido aos
potenciais efeitos colaterais. Iniciamos com dose diárias de 25 – 50 – 75mg. Esse aumento geralmente
se dá a cada 4 dias, mas pode variar a depender da tolerabilidade do paciente.
Imipramina: Inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina. Pode ser usada para tratamento de dor e
incontinência urinária em doses baixas. A dose antidepressiva é de 75mg. Tofranil: 35mg – 75mg.
Nortriptilina: Inibe a recaptação de noradrenalina. Dose terapêutica a partir de 50 – 75mg. Doses mais
baixas utilizadas para dor. Pamelor: 10mg – 25 mg- 50mg – 75mg.
Moprotilina: Inibe a recaptação de noradrenalina. Dose terapêutica para depressão 75mg e doses mais
baixas para dor crônica. Ludiomil: 25 – 75mg.
EFEITOS COLATERAIS:
• Anti-colinérgicos:
Olhos: geram midríase, uma vez que há inibição do sistema nervoso autônomo parassimpático e
consequente estímulo simpático, com dificuldade de acomodação visual;
Urinário: contração do esfíncter vesical, com retenção urinária, vale ser um ponto de atenção para HPB
e idosos.
• Anti-alfa-1-adrenérgico:
Redução da libido.
• Anti-histamínico:
Sonolência;
Aumento do apetite;
Ganho de peso.
• Cardiovascular:
Posologia
• Venlafaxina
• Desvenlafaxina
Derivado na venlafaxina.
• Duloxetina
POSOLOGIA
Efeitos colaterais
• Casos refratários → ausência de resposta ou resposta parcial a pelo menos duas estratégias
terapêuticas farmacológicas eficazes por pelo menos oito semanas cada.
- Episódios graves
• Psicóticos
- Comorbidades Clínicas
- Suspeita de TAB
- Deprimidos que necessitam de tratamento conjunto para abuso SPA (substancias psicoativas)
SITUAÇÕES ESPECIAIS
• GESTAÇÃO E PUERPÉRIO
• SUICÍDIO
GESTAÇÃO E PUERPERIO
- O fator que mais dificulta o diagnóstico é o estigma associado à depressão e a discrepância entre a
expectativa de felicidade da mulher
- Não existe a possibilidade de não exposição, o bebê vai ser exposta a doença materno, a medicação
ou a ambos
- A gravidade da doença materna é o fator mais relevante, nas decisões clínicas a serem tomadas em
conjunto com o paciente e o obstetra
Fatores de risco:
SUICÍDIO
Ideação suicida tem que tirar o álcool, existe uma genética para o suicídio (cada vez mais está sendo
estudado sobre isso).
Doenças crônicas, situação econômica → são coisas que aumentam o risco de suicídio, porém a doença
mental é o mais importante
AVALIAÇÃO DO RISCO
• A avaliação risco requer uma anamnese detalhada (incluindo identificação fatores risco e protetores)
ponderados através de uma escuta empática e atenta, junto da experiência e a intuição do
entrevistador
Planejamento → é o fator mais importante, só pensar não é tão grave, mas o planejamento aumenta
para cerca de 70% de chance de suicídio
RISCO LEVE
Caracterizar:
• A pessoa teve alguns pensamentos suicidas ocasionais, mas não fez nenhum plano
Manejar:
• Facilitar a vinculação do sujeito ao suporte e ajuda possível ao seu redor – social e institucional;
Encaminhar:
• Caso não haja melhora, encaminhe para profissional especializado saúde mental;
RISCO MODERADO
Já tem planejamento, mas é algo mais fugaz, o método que vai usar não vai se tão eficaz, não vai se
matar agora. Não vai se suicidar no momento, mas já tem que ficar de olho
Caracterizar:
• A pessoa tem pensamentos e até planos “frouxos ou de baixo potencial”, mas não pretende cometer
suicídio imediatamente
• Total cuidado com possíveis meios de cometer suicídio que possam estar no próprio espaço de
atendimento;
• ESCUTA EMPÁTICA que o possibilite falar e clarificar para si sua situação de crise e sofrimento;
Encaminhar:
• Encaminhar para avaliação psiquiátrica ou agendar uma consulta o mais breve possível;
• Peça autorização para entrar em contato com a família, os amigos e/ou colegas, explique a situação
sem alarmar ou colocar panos quentes, informando o necessário e preservando o sigilo de outras
informações sobre particularidades do indivíduo;
RISCO GRAVE
Caracterizar:
• A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo e/ou planeja fazê-lo prontamente;
Manejar:
• Total cuidado com possíveis meios de cometer suicídio que possam estar no próprio espaço de
atendimento;
Encaminhar:
• Encaminhar para o serviço de psiquiatria para avaliação, conduta e, se necessário, internação. Caso
não seja possível, considere o caso como EMERGÊNCIA e entre em contato com um profissional da
saúde mental ou do serviço de emergência mais próximo. Providencie a transferência do paciente sob
vigilância
• É importante que todo o procedimento de atendimento de uma tentativa de suicídio seja registrado
em prontuário
Psicofármacos
• Cetamina
• Clozapina
EXTRA
Distimia → tem que durar 2 anos e por 2 meses tem que ter aqueles sintomas
Dica de filme:
INTRODUÇÃO
- DSM
Não existe um padrão de episódios de mania x episódio de depressão, depende do caso, mas a
tendência é ter mais depressão do que mania e, no geral, com o aumento da idade, aumentam os
episódios depressivos.
EPIDEMIOLOGIA
**Idade de início:**
- Média:
• 18a - tipo1
• 22a - tipo 2
Obs.: quanto mais precoce o início → maior atraso no início do tratamento → sintomas depressivos mais
graves, taxas mais altas de comorbidades, como ansiedade e abuso de substâncias, e maior impacto na
cognição (dano neuronal). → por exemplo criança é marrenta, é característica dela e não é
diagnosticada
Gênero
- M1,5: H1 → espectro!
CONSEQUÊNCIAS
- **Alterações:** sono, cognição, energia, humor, emprego, atividades, saúde, relações interpessoais.
- **Incapacidade laboral** → passam 30% ou mais do tempo de suas vidas incapazes de exercer um
trabalho.
FISIOPATOLOGIA
• HMF
• Não se consegue isolar um cromossomo associado → são vários lócus com um pequeno efeito
→ codificação de canais de íons, transportadores de neurotransmissores e componentes
sinápticos
• modelo multifatorial complexo***
Ambiental:
Neuroquímica:
Genes e suscetibilidade:
• Neurotransmissão:
o Transportador de serotonina (5-HTTR)
o Catechol-O-methyltrasnferase (COMT);
o ****Monoamina oxidase (MAOA).
Estresse oxidativo.
Alterações estruturais:
• córtex pré-frontal
• amigdala
• estriado
• ventrículos
As alterações laboratoriais são mais utilizadas por pesquisa academia mesmo e estudos sobre a doença,
não utilizado na pratica
BNDF → mais protegido está o seu “cérebro” → quando o bndf está baixo terá mais degeneração dos
neurônios
Menos resiliente → elasticidade emocional → fica mais difícil de lidar com estresses, por exemplo, e
outros, sintomas
→ labilidade emocional, também conhecida como instabilidade emocional, é uma condição que
acontece quando uma pessoa apresenta mudanças muito rápidas do humor ou tem emoções
desproporcionais a determinada situação ou ambiente, apresentando choro ou riso incontrolável
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO!!
• Exame físico.
• DD → exames laboratoriais: TSH, hemograma completo, eletrólitos, toxicológico para screening
de substâncias de abuso (se houver suspeita)
• RM crânio.
• ****Entrevista com familiares: mania/hipomania/psicose → insight empobrecido, ou não
lembra, dificuldade de relatar a história.
• DSM-V E CID-10
o Mania:
▪ Humor eufórico, expansivo ou irritado;
▪ Aumento persistente das atividades ou nível de energia
▪ Mais 3 dos seguintes (4 se humor irritado):
0. ****Autoestima exagerada ou grandiosidade
1. ****Necessidade de sono diminuída. → dorme pouquíssimo e nem
parece que dormiu pouco
2. Taquilalia.
3. ****Pensamento acelerado ou fuga de ideias → fala de uma coisa
logo já ta falando de outra coisa
4. Distraibilidade → fica muito distraído, nunca acaba uma coisa, pula
de uma coisa para outra
5. ****Aumento da psicomotricidade
6. ****Procura por atividades prazerosas (drogas, sexo, compras,
jogos)
▪ ≥ 7 dias + grave prejuízo psicossocial, psicose ou hospitalização
o Hipomania:
▪ Mesmos critérios acima → diferença:
0. Duração ≥ 4 dias,
1. Gravidade: hipomania é mais leve, o psicossocial é levemente
prejudicado, NÃO tem psicose, NÃO tem hospitalização
o Consequências mania/ hipomania
▪ Atitudes inadequadas ou extravagantes,
0. fazer compras desenfreadamente
1. vestir-se de forma exuberante,
2. agressividade,
3. inadequação
4. comportamentos inconvenientes que ocasionar envolvimentos
policiais.
▪ Perda da inibição social natural:
0. impulsividade/ desinibição + ausência de crítica
▪ atividades perigosas e insensatas
▪ dirigir em alta velocidade
▪ praticar sexo inseguro
▪ gastar alem das possibilidades
o Depressivo:
▪ Humor; e/ou
▪ Anedonia.
▪ Mais no mínimo 5 dos seguintes:
0. Peso
1. Sono
2. Psicomotricidade
3. Fadiga
4. Sentimentos de inutilidade ou culpa
5. Prejuízo na concentração.
6. Ideação
▪ Tempo maior ou igual a 14 dias
❓ Como diferenciar depressão de TPB? temos que perguntar sobre sintomas maníacos!!!!!
Obs.: se paciente teve algum episódio maníaco ou hipomaníaco durante a vida o diagnóstico é de
Transtorno Bipolar, mesmo que no momento se apresente depressivo.
SUBTIPOS:
• Psicótico
• Catatônico → alterações psicomotoras proeminentes
• Ansioso
Apresentação mista
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Questões essenciais:
o HMF
o Pedir para um familiar vir!
• Depressão maior unipolar:
o Maior tempo de vida com depressão → parece ter depressão, mas pode ser bipolar
o até 50% no espectro bipolar
o Sinais que merecem atenção:
0. ****Depressão com sintomas psicóticos.
1. ****Sintomas atípicos.
2. ****Primeiro episódio muito jovem
3. ****Ansiedade, uso de substâncias, transtorno de personalidade
4. ****Gravidade: depressão severa, já tentou suicídio.
5. ****HMF +
6. ****Depressão recorrente
7. Efeitos colaterais ativadores (insônia, agitação, ansiedade)
8. Resposta pobre com antidepressivo
• TDAH - infância
o Ambos: dificuldade de atenção e concentração, distratibilidade, mudanças frequentes
nas atividades ou planos, dificuldade em completar tarefas, comportamento
desinibido e inapropriado.
o Na mania: autoestima elevada, fuga de ideias, sono, envolvimento em atividades
Mania → autoestima elevado, enquanto no tdah é mais para baixo. Tdah não consegue completar uma
ideia. Ambos têm insônia mas o tdah se não dorme se sente cansado, já a mania não se sente
Comorbidades
TRATAMENTO
• Crônico + recorrente + progressivo → com medicação vida normal, mas não pode parar o
medicamento
• Estabilizadores de humor → lítio e quetiapina → 1a linha para todos os episódios de transtorno
bipolar!
• Não usam antidepressivos!!! Só se já usa estabilizadores de humor em dose adequada → se
NÃO está com sintomas de mania e hipomania → ou seja, só se usa antidepressivo por causa
de comorbidades associada e apenas depois da manutenção e remissão dos sintomas
o Quando podemos usar antidepressivos?
▪ comorbidade associada (ansiedade)
• MBE:
o Critério de evidência:
▪ Metanálise - ensaio duplo cego randomizado controlado replicado com
placebo
▪ Pelo menos 1 EDCRC com placebo!
▪
▪ Ensaio prospectivo não controlado com 10 ou + sujeitos
▪ Relato anedótico ou opinião de expert
o Recomendação do tto:
▪ Primeira linha → Nível 1 ou 2 de evidência + evidência clínica para eficácia e
segurança
▪ Segunda linha → Nível 3 de evidência ou maior + evidência clínica
▪ Terceira linha → Nível 4 de evidência ou maior + evidência clínica
▪ Não recomendado → Nível 1 e 2 apontando falta de eficácia
• Episódio maníaco:
o 1ª linha: lítio, ácido valproico e antipsicóticos atípicos (quetiapina, aripiprazol).
o Tratamento combinado se surto tiver maníaco.
• Episódio depressivo:
o 1ª linha: quetiapina, lurasidona, lítio, lamotrigina,
o Lurasidona e Lamotrigina são potenciais antidepressivos = podem piorar os sintomas
maníacos; portanto estão CONTRAINDICADOS na fase maníaca
Medicamentos:
• Lítio
o Mecanismo de ação ainda desconhecido
o Cuidado com hipotireoidismo
o Comprimidos de 300/450 → Iniciar com 600/900 mg/dia.
o Lítio tem propriedade anti-suicídio: pode ser usado mesmo em depressão!!
o Tem que estar entre **0,6mEq/l - 1,2mEq/l (dose terapêutica) → tem que fazer exame
de litemia, intervalo de 7 dias após o início do uso, realizar → se passar disso =
intoxicação litêmica → pode ser fatal! Se estiver abaixo não está na dosagem
terapêutica, aumentar, se passar diminuir dosagem porque pode morrer
▪ Intoxicação litêmica:
▪ Tremores, sudorese, dor abdominal, ataxia, diarreia, disartria,
rebaixamento de consciência, arritmais, hiperreflexia, coma,
▪ Nesse caso: suspender lítio, hidratação vigorosa, correção de
possíveis alterações, controle de sinais vitais, medidas de suporte
respiratório e cardíaco.
Lítio NÃO FAZ DIAGNÓSTICO → só se pede litemia para pctes que TOMAM lítio, para avaliar
se a dose está adequada (0,6 - 1,2mEq/l)
o
Antes do início do tratamento:
▪ ****Exame clínico: desidratados não podem usar.
▪ ****Exames laboratoriais: função tireoidiana, eletrólitos, função renal
▪ ****Cardiopatas e acima de 40 anos: ECG
o Efeitos colaterais: acne, hiperfagia, edema, fezes amolecidas, ganho de peso, gosto
metálico, náusea, polidpsia, poliúria, tremores
o Contraindicações:
▪ Absolutas: IRC grave, bradicardia sinusal, arritmias ventriculares graves,
▪ Relativas: hipotireoidismo (se difícil controle) e gravidez!
• Ácido valpróico
o anticonvulsivante
• Lamotrigina
o só na fase depressiva
o risco de rash cutâneo → se tiver retirar o medicamento e não dar mais
TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO
• Quando?
• Problemas: ADESÃO
o Paciente interrompe o tratamento quando se sente bem = recorrência (30%).
o Importante participação dos familiares no tto.
o Psicoterapia - TCC - melhora resiliência
o Grupo psicoeducacional
• Quanto + episódios prévios =
o Mais episódios futuros.
o ****Menor qualidade de vida e funcionamento ocupacional.
o ****Baixa resposta ao tto.
o ****Hospitalizações longas.
• Para ajudar no TTO:
o boa alimentação
o qualidade do sono
o exercícios físicos.
Protocolo clínico hospital universitário Walter cantídio – UFC
INTRODUÇÃO
→ O transtorno bipolar tipo II, que requer um ou mais episódios depressivos maiores e pelo menos um
episódio hipomaníaco durante o curso da vida, não é mais considerado uma condição “mais leve” que o
transtorno bipolar tipo I
→ TAB do tipo I → ocorrência de pelo menos 1 episódio MANÍACO não secundário ao uso de
substâncias e/ou causa orgânicas, com duração mínima de 1 semana e presente na maior parte do dia,
quase todos os dias, se chegar ao ponto de hospitalização não importa a duração
→ O diagnóstico de transtorno ciclotímico é feito em adultos que têm pelo menos dois anos (um ano
em crianças) de períodos hipomaníacos e depressivos, sem jamais atender aos critérios para um
episódio de mania, hipomania ou depressão maior.
OBS → o início de sintomas maníacos no fim da vida adulta ou mais, deve indicar a possibilidade de
condições médicas e de ingestão ou abstinência de substâncias.
Os termos devem ser listados na ordem a seguir: transtorno bipolar tipo I, tipo do episódio atual ou mais
recente, especificadores de gravidade/características psicóticas/remissão, seguidos por tantos
especificadores sem códigos quantos se aplicarem ao episódio atual ou mais recente
Especificar:
Com catatonia (p. 152). Nota para codificação: Usar o código adicional 293.89 (F06.1).
• F31.1 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos
• F31.2 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos
• F31.3 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado
• F31.4 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos
• F31.5 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos
• F31.6 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto
• F31.7 Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão
• F31.8 Outros transtornos afetivos bipolares
• F31.9 Transtorno afetivo bipolar não especificado
F31 → Transtorno afetivo bipolar → caracterizado por 2 ou mais episódios nos quais o humor e o nível
de atividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste em
algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou
mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão).
Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como
bipolares.
A ciclotimia é um transtorno de humor que causa uma espécie de flutuação entre a euforia e a tristeza.
F31.0 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco → 1 hipomania tendo ocorrido, no
passado, + outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto).
F31.1 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos → 1 episódio
maníaco sem sintomas psicóticos (F30.1), tendo ocorrido, no passado, + outro episódio afetivo
(hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto).
F31.2 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos → 1 episódio
maníaco com sintomas psicóticos (F30.2), tendo ocorrido, no passado, ao menos um outro episódio
afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto).
F31.3 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado → 1 episódio
depressivo leve ou moderado (F32.0 ou F32.1), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódio
afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem comprovado.
F31.4 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos → 1
episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos (F32.2), tendo ocorrido, no passado, ao menos um
episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem documentado
F31.5 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos → 1
episódio depressivo grave com sintomas psicóticos (F32.3), tendo ocorrido, no passado, ao menos um
episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem comprovado
F31.6 → Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto → Ocorrência, no passado, de ao menos um
episódio afetivo maníaco, hipomaníaco ou misto bem documentado, e episódio atual caracterizado pela
presença simultânea de sintomas maníacos e depressivos ou por uma alternância rápida de sintomas
maníacos e depressivos.
F31.8 → Outros transtornos afetivos bipolares → Episódios maníacos recidivante SOE. Transtorno
bipolar II.
Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex.,
medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas
além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco
e, portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio maníaco na
vida é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do
indivíduo quando assintomático.
F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso,
medicamento, outro tratamento).
Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex.,
medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito
fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco.
Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da irritabilidade,
nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados suficientes para o
diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma diátese bipolar.
Nota: Os Critérios A-F representam um episódio hipomaníaco. Esses episódios são comuns no
transtorno bipolar tipo I, embora não necessários para o diagnóstico desse transtorno.
A. 5 ou mais dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas
e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos
sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato
subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa
(p. ex., parece choroso).
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte
do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra
pessoa).
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais de 5% do peso
corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não meramente
sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase
todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por relato
subjetivo ou observação feita por outra pessoa).
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem
um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
B. A ocorrência do(s) episódio(s) maníaco(s) e depressivo(s) maior(es) não é mais bem explicada por
transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante ou
transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico com outras especificações ou não
especificado.
Ao diferenciar luto de um episódio depressivo maior (EDM), é útil considerar que, no luto, o afeto
predominante inclui sentimentos de vazio e perda, enquanto no EDM há humor deprimido persistente e
incapacidade de antecipar felicidade ou prazer.
Luto → vai diminuindo de intensidade, tendem a estar associadas a pensamentos ou lembranças dos
falecidos. Pode vir acompanhada de humor e emoções positivas. Não apresenta tantas autocriticas,
geralmente a autoestima se mantem preservada, se houver esse problema tipicamente envolve a
percepção de falhas em relação ao falecido. Basicamente a grande maioria dos sintomas são em relação
ao falecido.
EDM →é mais persistente e não está ligado a pensamentos ou preocupações específicos. Sentimentos
de desvalia e aversão a si mesmo são comuns.
Acabar com a vida → no luto os pensamentos continuam sendo ligados ao falecido e possivelmente em
“se unir” a ele, enquanto no EDM esses pensamentos têm o foco em acabar com a própria vida em
razão dos sentimentos de desvalia, de não merecer estar vivo ou da incapacidade de enfrentar a dor da
depressão.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Serão incluídos neste Protocolo os pacientes que apresentarem os critérios de diagnóstico de TAB do
tipo I. No caso de paciente em internação psiquiátrica hospitalar ou com grave prejuízo funcional, que
exige institucionalização ou perda da autonomia, é necessária a presença de um familiar ou responsável
legal.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Serão excluídos deste Protocolo os pacientes com diagnóstico de TAB do tipo I e impossibilidade de
adesão ao tratamento e acompanhamento contínuo e os pacientes com diagnóstico de TAB do tipo II e
TAB sem outra especificação.
Mulheres em idade fértil devem ser esclarecidas quanto aos riscos para a gestação associados aos
medicamentos prescritos e à necessidade de uso regular de métodos contraceptivos. Em caso de
dúvida, sugere-se fazer teste de gravidez antes do início do tratamento.
CONDUTA – TRATAMENTO
Para cada um dos fármacos, devem ser observadas as contraindicações relativas e considerado o risco-
benefício de seu uso.
Nível 4 → Clozapina
Sempre que tiver sintomas psicóticos na euforia deve se usar a dupla de estabilizador + antipsicótico,
caso seja mais tranquilo pode ser usado apenas o lítio.
Sempre realizar litemia para poder saber quantos mg devo usar → quais exames complementares deve
se fazer no uso de lítio? avaliação das funções renal, tireoidiana e cardíaca, hemograma completo,
dosagem de eletrólitos, cálcio, fósforo, creatinina sérica, urinálise, T3, T4 e TSH séricos, anticorpos
antitireoide e ECG. Outros exames deverão ser solicitados de acordo com os dados obtidos na história
clínica e no exame físico. Quando há poucos recursos, as avaliações mais importantes são a renal
(creatinina sérica) e a tireoidiana (TSH).
A avaliação da resposta clínica deve ser feita em até 4 a 6 semanas, antes da troca por outro fármaco.
Caso o paciente tenha melhorado com o uso de haloperidol, este medicamento pode ser continuado na
fase de manutenção. A lamotrigina previne as recidivas depressivas e deve ser associada a um agente
com eficácia comprovada na prevenção de episódios maníacos. A clozapina é indicada após a falha
terapêutica de no mínimo duas combinações diferentes de estabilizadores de humor e antipsicóticos.
EFEITOS ADVERSOS
CLOZAPINA → medicamento classificado na gestação como categoria B (risco para o bebe muito
improvável, não há estudo em humanos)
PERGUNTAR → qual medicamento ideal para usar na gestação → o prof utiliza o haloperidol, mas não
tem um medicamento ideal, tenta poupar nos 3 primeiros meses pois é quando tem mais replicação do
feto, depois disso pode-se usar antipsicóticos, mas deve ser evitar ao máximo. No caso de medicação de
bipolares na gravidez é realizado por especialistas.
EC mais comuns da LAMOTRIGINA → reações alérgicas, com aparecimento de lesões de pele (rash
cutâneo, é mais frequente acontecer nesse medicamento então deve-se avisar o paciente, mas não
quer dizer que é frequente acontecer apenas que se acontecer geralmente é com esse medicamento)
relacionadas com aumento abrupto da dose, diminuição das células brancas, vermelhas e plaquetas do
sangue, constipação ou diarreia, secura na boca, indigestão, náusea, vômitos, dor abdominal,
inflamação no esôfago, inflamação no pâncreas, tontura, sonolência, dor de cabeça, irritabilidade,
depressão, descoordenação, tremores, amnésia, perda de peso, visão turva ou dupla, alterações no ciclo
menstrual, febre.
EC mais comuns da QUETIAPINA → prisão de ventre, vertigens, sonolência, boca seca, indigestão,
aumento de peso, tontura ao levantar.
São necessários controles periódicos com hemograma (semanal nas primeiras 18 semanas e mensal
após esse período)
DADOS RELEVANTES
ANOREXIA NERVOSA
• A anorexia nervosa caracteriza-se por perda de peso intensa e intencional às expensas de dietas
extremamente rígidas com uma busca desenfreada pela magreza, uma distorção grosseira da imagem
corporal e alterações do ciclo menstrual (meninas: amenorreia, meninos: desinteresse e redução do
desempenho sexual)
• O termo anorexia sabidamente não é o mais adequado do ponto de vista psicopatológico na medida
que não ocorre uma perda real do apetite, ao menos nos estágios iniciais da doença
ETIOLOGIA
• Pouco conhecida
- 20 a 27% suicídio
• Geralmente ocorre no início da puberdade: 14 aos 18 anos; é raro o início tardio (após 40 anos)
CURSO VARIÁVEL
• Remissão completa após primeiro episódio
ACHADOS CLÍNICOS
• Empenho pela magreza é característica CENTRAL (sempre incapaz de atingir a magreza desejada!).
• Seu peso, o peso desejado, formas de atingir o ‘peso ideal’, comida e como evitá-la são os únicos
temas que esses pacientes discorrem com entusiasmo.
ALTERAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
→ Organização da comida no prato de forma que dê impressão de que há mais comida do que
realmente contém (para parecer que tem bastante comida)
• Esquivas das refeições em família ou outros contatos sociais em que esteja inclusa alimentação.
• Abuso de substâncias (laxantes, diuréticos, anorexígenos) -> que ajudariam na perda de peso
• Depressão
EXAME FÍSICO
• Baixa FC, PA e temperatura corporal
• Desidratação
• Perda de massa muscular, face encovada, ossos protrusos, pele pálida, seca e amarelada
• Hipoglicemia
• Arritmias
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F.50.0
(b) A perda de peso é autoinduzida por abstenção de “alimentos que engordam” e um ou mais do que
se segue: vômitos autoinduzidos; purgação autoinduzida; exercício excessivo; uso de anorexígenos
e/ou diuréticos;
(c) Há uma distorção da imagem corporal na forma de uma psicopatologia específica por meio da qual
um pavor de engordar persiste como uma ideia intrusiva e sobrevalorada e o paciente impõe um baixo
limiar de peso a si próprio;
• Anorexia nervosa atípica: F.50.1 -> quando não tem 1 ou mais dos critérios definitivos -> Termo
usado para aqueles indivíduos nos quais um ou mais dos aspectos-chave da anorexia nervosa (F50.0),
tais como amenorreia ou perda de peso significativa, estão ausentes, mas que por outro lado
apresentam um quadro clínico razoavelmente típico. Tais pessoas são usualmente encontradas em
serviços de psiquiatria de ligação em hospitais gerais ou em atenção primária. Pacientes que têm todos
os sintomas-chave, mas somente num grau leve, podem também ser melhor descritos através desse
termo. Ele não deve usado para transtornos alimentares que se assemelham à anorexia nervosa, mas
que são decorrentes de uma doença física conhecida
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Outras causas de perda de peso devem ser questionadas especialmente se presentes com
características atípicas (início após 40 anos)
• Condições médicas gerais: tumores malignos, HIV, doenças gastrointestinais (perda de peso SEM
distorção de imagem, magreza não é desejada)
• Transtorno depressivo grave: perda de peso e recusa alimentar SEM desejo de perder peso ou
distorção de imagem corporal
• Esquizofrenia: alteração bizarra do padrão alimentar com restrições graves (relacionadas aos
conteúdo do pensamento psicótico e não com ideal de perder peso);
• Fobia social: desconforto de comer em público não está associado ao hábito alimentar e sim à
sensação de estar exposto à avaliação dos outros em situações sociais.
• Promover estruturação da família para que esta possa atuar como suporte
• Prevenir recaídas
• A decisão de hospitalização de crianças e adolescentes pode ser precipitada como uma medida de
proteção de alterações irreversíveis das funções de crescimento e desenvolvimento
PSICOTERAPIA:
• Intervenção focada na compreensão do quadro, explicações, suporte, encorajamento, enfatizar os
sucessos obtidos e reforço positivo são as possibilidades mais eficazes, considerando o estado geral dos
pacientes.
• Inicialmente uma escuta geral, suporte, acolhimento, depois que se começa o processo psicoterápico
mais elaborado
• Antipsicóticos atípicos: em baixas doses podem ajudar na recuperação do peso, além de melhorar
sintomas de depressão e pensamentos obsessivos. Ex: risperidona e clozapina
ELETROCONVULSOTERAPIA:
• Indicada quando o quadro alimentar está associado a outro transtorno psiquiátrico que receba esta
indicação. Ex: Depressão grave refratária ao tratamento medicamentoso
BULIMIA NERVOSA
• Bou (boi ou grande quantidade) + lemos (fome): fome muito intensa ou suficiente para devorar um boi
• A bulimia nervosa caracteriza-se por grande ingestão de alimentos com sensação de perda de
controle, os chamados episódios bulímicos.
• As crises bulímicas ocorrem geralmente em segredo; frequentemente prosseguem até que o indivíduo
se sinta desconfortável.
• Método compensatório (comportamento purgativo) mais utilizado: indução de vomito -> alívio do
desconforto físico e redução do medo de ganhar peso
ETIOLOGIA
• Desconhecida
• Há evidencias que fatores genéticos assumam um importante papel
EPIDEMIOLOGIA
• Parece ter evolução mais favorável que a AN, em torno de 50 a 70% de recuperação total:
dependendo do acompanhamento após manejo terapêutico e boa rede social de suporte
ACHADOS SUGESTIVOS
• Exercícios em excesso
• Comportamentos que indiquem que a perda de peso, as dietas e o controle de alimentos ocupam
importância primária em suas preocupações
• Vômitos recorrentes fazem perda do esmalte dentário o que facilita a presença de cáries, calos e
cicatrizes na superfície dorsal da mão de tanto a paciente provocar vômito (Sinal de Russell)
• Irregularidade menstrual ou amenorreia: causa ainda não definida, mas podem estar relacionadas a
flutuação de peso, deficiências nutricionais ou estresse emocional
• Prolapso retal
COMORBIDADES ASSOCIADAS
• Depressão: 83%
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F.50.2
→ (a) Há uma preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida; o paciente
sucumbe a episódios de hiperfagia, nos quais grandes quantidades de alimento são consumidas em
curtos períodos.
(b) O paciente tenta neutralizar os efeitos “de engordar” dos alimentos através de um ou mais do que
se segue: vômitos autoinduzidos; abuso de purgantes; períodos alternados de inanição; uso de drogas
tais como anorexígenos, preparados tireoidianos ou diuréticos. Quando a bulimia ocorre em pacientes
diabéticos, eles podem escolher negligenciar seu tratamento insulínico.
(c) A psicopatologia consiste em um pavor mórbido de engordar e o paciente coloca para si mesmo um
limiar de peso nitidamente definido, bem abaixo de seu peso pré-mórbido que constitui o peso ótimo
ou saudável na opinião do médico. Há frequentemente, mas não sempre, uma história de um episódio
prévio de anorexia nervosa, o intervalo entre os dois transtornos variando de poucos meses a vários
anos. Esse episódio prévio pode ter sido completamente expressado ou pode ter assumido uma forma
“disfarçada” menor, com uma perda de peso moderada e/ou uma fase transitória de amenorreia.
• Bulimia nervosa atípica: F.50.3 -> Termo usado para aqueles indivíduos nos quais um ou mais dos
aspectos chave listados para bulimia nervosa (F50.2) estão ausentes, mas que por outro lado
apresentam um quadro clínico claramente típico. Mais comumente, isso se aplica a pessoas com peso
normal ou mesmo excessivo, mas com típicos períodos de hiperfagia seguidos por vômitos ou
purgação. Síndromes parciais junto com sintomas depressivos também não são incomuns, mas se os
sintomas depressivos justificam um diagnóstico separado de um transtorno depressivo, dois
diagnósticos em separado devem ser feitos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
• Meta: regularização do padrão alimentar, com suspensão das práticas purgativas e restritivas
PSICOTERÁPICO:
• TCC
• Modificação de comportamentos, situações e crenças que estejam relacionados ao desencadeamento
dos quadros compulsivos
• Reduzir a frequência dos episódios bulímicos, restrição alimentar e dos comportamentos purgativos,
melhorar o funcionamento social e diminuir a preocupação com peso e formato corporal
FARMACOLÓGICO:
• Antidepressivos: redução da frequência de episódios bulímicos e vômitos, além de atuar em
sintomas depressivos e ansiosos
→ ISRS: Fluoxetina é a mais estudada (60 mg/dia), mas pode usar outros se a paciente não se adaptar
HOSPITALIZAÇÃO:
• Não resposta ao tratamento ambulatorial com manutenção sintomas de forma intensa
• Alterações clínicas: hematêmese, alterações metabólicas ou dos sinais vitais, vômitos incontroláveis
• Risco de suicídio
CLASSIFICAÇÃO CID-10
• Paranoide: F60.0
• Esquizoide: F60.1
• Antissocial: F60.2
• Histriônica: F60.4
• Anancástica: F60.5
• Dependente: F60.7
CLASSIFICAÇÃO DSM-V
• Grupo A: Personalidades excêntricas (podem se sentir muito ameaçadas e imaginar que os outros
não são confiáveis): paranoide, esquizoide e esquizotípica;
• Grupo B: Personalidades dramáticas, emocionais, imprevisíveis e erráticas (costumam provocar
fortes emoções, raiva ou irritação naqueles que os cercam): antissocial, borderline, histriônica e
narcisista;
O QUE É PERSONALIDADE
• É a maneira como cada indivíduo normalmente experimenta emoções e como reage a elas; está em
sua maneira de viver seus relacionamentos e conduzir sua vida. As necessidades que têm, os objetivos a
que se propõe, os valores que os atraem, enfim, são traços que formam a personalidade
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
• Quando o grupamento de tais traços é inflexível e causa sofrimento significativo nas esferas social,
interpessoal e ocupacional, constitui-se distúrbio de personalidade
• Diagnóstico definitivo apenas acima dos 18 anos, pois alguns autores afirmam que a personalidade
estaria plenamente formada a partir dos 18 anos
• Pacientes com TP estão entre os usuários mais assíduos (presença constante e regular) dos serviços de
emergência, representando para o médico casos bastante complexos, confusos e que consomem muito
tempo e energia
ETIOLOGIA
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60
• Condições NÃO diretamente atribuíveis à lesão ou à doença cerebral flagrante ou a outro transtorno
psiquiátrico, satisfazendo os seguintes critérios:
→ (a) Atitudes e condutas marcantemente desarmônicas, envolvendo várias áreas de funcionamento
(p.ex. afetividade, excitabilidade, controle de impulsos, modos de percepção e de pensamento e estilo
de relacionamento com os outros)
→ (b) O padrão anormal de comportamento é permanente, de longa duração (EX: desde a infância tem
certo comportamento) e não limitado a episódios de doença mental
→ (c) O padrão anormal de comportamento é invasivo e claramente mal adaptativo para uma ampla
série de situações pessoais e sociais
→ (d) As manifestações acima sempre aparecem durante a infância ou adolescência e continuam pela
idade adulta
→ (e) O transtorno leva à angústia pessoal considerável, mas isso pode se tornar aparente apenas
tardiamente em seu curso
• Também pode ser secundário a uma doença psiquiátrica grave ou a uma experiência catastrófica e
impactante na vida do paciente
• Condições médicas mais comuns que podem causar alteração na personalidade: epilepsia, AIDS,
traumatismo craniano, tumores cerebrais, esclerose múltipla, neurossífilis, doença de Huntington,
envenenamento por metais pesados, doenças cerebrovasculares, AVC, TCE, doenças endócrinas
PARANOIDE
• Tendência à desconfiança de estar sendo sempre explorado, passado para trás ou traído, mesmo que
não haja motivos para tal
• Dificilmente ri de si mesmo ou de seus defeitos: ofende-se intensamente quando alguém lhe aponta
algum defeito ou peculiaridade
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.0
• (c) Desconfiança e uma tendência invasiva a distorcer experiências por interpretar erroneamente as
ações neutras ou amistosas de outros como hostis ou desdenhosas;
• (d) Um combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desacordo com a situação real;
• (e) Suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à fidelidade sexual do cônjuge ou parceiro
sexual (sempre acha que está sendo traído)
ESQUIZOIDE
• INDIFERENÇA (ex: pode estar feliz e não expressar), isolamento e distanciamento social
• Sucesso no trabalho ou estudo ou conquista afetiva não despertam prazer nesses indivíduos
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.1
• (c) Capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos, ternos ou raiva para com os outros;
• (e) Pouco interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa (levando-se em conta a idade);
• (h) Falta de amigos íntimos ou de relacionamentos confidentes (ou ter apenas um) e de desejo de
tais relacionamentos;
• (i) Insensibilidade marcante para com normas e convenções sociais predominantes
ANTISSOCIAL
• Sabem que estão fazendo errado, mas não tem remorso por isso (ex: machucam alguém, mas não
sofrem)
• Para o CID-10 não há diferença entre antissocial, psicopata e sociopata, amoral (é tudo a mesma
coisa), a DSM-V diferencia, os mais graves são os psicopatas
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.2
• (d) Muito baixa tolerância à frustração e um baixo limiar para descarga de agressão, incluindo
violência;
• (f) Propensão marcante para culpar os outros ou para oferecer racionalizações plausíveis para o
comportamento que levou o paciente a conflito com a sociedade.
EMOCIONALMENTE INSTÁVEL
• Predomina em mulheres
• Risco de suicídio é maior nos anos iniciais da vida adulta e diminui com o avanço da idade
• INSTABILIDADE das emoções é traço marcante: flutuações rápidas do estado do humor, sem
justificativa real
• Não possuem claramente uma IDENTIDADE de si mesmos, com um projeto de vida e valores
determinados, até mesmo quanto à própria sexualidade
• Alguns podem ameaçar suicídio ou agressão caso não sejam prontamente atendidos
• Tendência a alguma forma de vício: álcool, drogas, remédios, trabalho desenfreado, sexo, esporte
• Transtorno de personalidade caracterizado por tendência nítida a agir de modo imprevisível sem
consideração pelas consequências; humor imprevisível e caprichoso; tendência a acessos de cólera e
uma incapacidade de controlar os comportamentos impulsivos; tendência a adotar um comportamento
briguento e a entrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos impulsivos são
contrariados ou censurados
• Dois tipos podem ser distintos: o tipo impulsivo, caracterizado principalmente por uma instabilidade
emocional e falta de controle dos impulsos; e o tipo “borderline”, caracterizado além disto por
perturbações da autoimagem, do estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por uma
sensação crônica de vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e por uma tendência a
adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio e gestos suicidas”
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.30: TIPO IMPULSIVO
→ Uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis pode causar repetidas crises
emocionais e pode estar associada com esforços excessivos para evitar abandono e uma série de
ameaças de suicídio ou atos de autolesão (embora esses possam ocorrer sem precipitantes óbvios)
HISTRIÔNICA
DIRETRIZES DIAGNÓSITCAS
• CID-10: F60.4
• (d) Busca contínua de excitação, apreciação por outros e atividades nas quais o paciente seja o centro
das atenções;
ANANCÁSTICA
• Transtorno da personalidade caracterizado por um sentimento de dúvida, perfeccionismo,
escrupulosidade, verificações, e preocupação com pormenores, obstinação, prudência e rigidez
excessivas
• Diferença para TOC: anancástica tem o traço de personalidade, ou seja, são assim desde crianças,
início da vida
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.5
• (g) Insistência não razoável por parte do paciente para que outros se submetam exatamente à sua
maneira de fazer as coisas ou relutância não razoável em permitir que os outros façam as coisas;
ANSIOSA
• Ou de ESQUIVA/EVITAÇÃO
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.6
• (b) Crença de ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos outros;
• (d) Relutância em se envolver com pessoas, a não ser com certeza de ser apreciado;
• (f) Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por
medo de críticas, desaprovação ou rejeição.
DEPENDENTE
• Submissão passiva à vontade do outro (por exemplo de pessoas mais idosas) e uma dificuldade de
fazer face às exigências da vida cotidiana
• Falta de energia que se traduz por alteração das funções intelectuais ou perturbação das emoções
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS
• CID-10: F60.7
• (a) Encorajar ou permitir a outros tomarem a maioria das importantes decisões da vida do indivíduo;
• (b) Subordinação de suas próprias necessidades àquelas dos outros dos quais é dependente e
aquiescência aos desejos desses;
• (c) Relutância em fazer exigências ainda que razoáveis às pessoas das quais depende;
• (d) Sentir-se desconfortável ou desamparado quando sozinho por causa de medos exagerados de
incapacidade de se autocuidar;
• (e) Preocupações com medos de ser abandonado por uma pessoa com a qual tem um relacionamento
íntimo e de ser deixado para cuidar de si próprio;
• (f) Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem um excesso de conselhos e reassegura
mento pelos outros.
TRATAMENTO
• PSICOTERAPIA
• Em emergência:
→ Colocar limites firmes e proibir atitudes agressivas, gritarias ou descontroles enquanto estiver em
atendimento
→ Mostrar que o comportamento vem de longa data, que não haverá cura na emergência e que
necessita de um tratamento prolongado e específico
AULA 11 – PSICOSES
INTRODUÇÃO
Delirium → é um quadro clínico frequente entre os idosos hospitalizados que se caracteriza por início
agudo, curso flutuante, déficit de atenção, pensamento desorganizado e alteração do nível de
consciência
Síndromes psicóticas não são delírios e alucinações, tem outros sintomas importantes também.
DA hiper-reativo
DEFINIÇÃO
• Instalação de um quadro onde existe a presença proeminente de delírios e/ou alucinações e/ou
discurso desorganizado e/ou comportamento desorganizado (incluindo catatônico), com “ausência” de
insight do paciente para a natureza desses sintomas, caracterizando um amplo comprometimento do
juízo crítico da realidade
EPIDEMIOLOGIA
Tem prejuízo funcional, uma das maiores causa de incapacitação. Apesar de não ser uma doença tão
prevalente é muito incapacitante.
AVALIAÇÃO
• História
• Exame físico
• Exame psicopatológico
• Exame neurológico
• Exames complementares: hemograma, eletrólitos, função renal, tireodiana e hepática, sorologia HIV e
Sífilis, screenig para SPA (substância psicoativa); casos específicos: screening para LES, EEG, líquor, cálcio
e cobre séricos
Substâncias psicoativas, podem gerar esse tipo de quadro, interessante realizar o screening SPA
Diagnostico é CLÍNICO, o prof pede para todos uma TC de crânio e/ou RM para dd
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
São apenas de exclusão
Já o delirium (com m) é um quadro agudo. É uma das condições mais comuns em idosos nas
emergências e sinaliza que o cérebro do idoso pode estar sendo agredido por causa de algum quadro
de saúde. Entre as características estão a queda do nível de atenção, confusão mental, desorientação.
Geralmente está associado a infecções, desidratações e medicamento
• Medicamentos: antiparkisonianos
• Psiquiátrico:
→ Transtornos de humor
1º realizar dd clínico
2º pensar em dd psiquiátrico
50% serão as outras opções - importante ver o t. delirante (por volta dos 40 e tantos anos), TAB (na
mania pode ocorrer o delírio), t depressivo grave (risco de suicídio, sintomas psicóticos), t psicótico
agudo e transitório, borderline
ESQUIZOFRENIA
• Pacientes com esquizofrenia vivem em um estado de ansiedade e medo crônicos. O ambiente é visto
como hostil e ameaçador
Aspectos históricos:
• Eugene Bleuler (1911): 4 A´s: afrouxamento das associações, autismo, ambivalência, afetividade;
sintomas acessórios: alucinações e delírios
• Kurt Schneider (1948): sintomas de primeira ordem (os que teriam mais chance de o paciente ser
esquizofrênico): delírios de controle por forças externas, inserção ou roubo de pensamento, irradiação
do pensamento, alucinações auditivas que comandam as ações do paciente
DEFINIÇÃO:
• Síndrome heterogênea
• Prejuízo socio-funcional
EPIDEMIOLOGIA:
• Prevalência: 0,7%
• Incidência: dois picos – sexo masculino (15-24 anos) e sexo feminino (bimodal – 25-30 anos e 40-50
anos)
ETIOPATOGENIA:
• Modelo: neurodesenvolvimento, neurodegeneração
• Genética:
• Neurobiologia:
DIMENSÕES PSICOPATOLÓGICAS:
1. Positiva: delírios e alucinações
3. Negativa: embotamento afetivo, alogia (ausência de compreensão das palavras), abulia (ausência
de vontade), anedonia
SUBTIPOS:
• Paranoide: alucinações e ideias delirantes
a. Alucinações persistentes de qualquer modalidade, de ocorrência diária, por pelo menos um mês,
acompanhadas com delírios (os quais podem ser superficiais ou parciais), sem conteúdo afetivo claro,
ou quando acompanhados de ideias superestimadas persistentes
• Distúrbio não deve ser atribuído a doença cerebral orgânica ou álcool ou intoxicação relacionada a
drogas, dependência ou abstinência
a. Delírios
b. Alucinações
c. Discurso desorganizado
e. Sintomas negativos
3. Sinais contínuos da perturbação persistem durante pelo menos 6 meses. Este período de 6 meses
deve incluir pelo menos um mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que precisem
satisfazer o critério 1 e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante estes
períodos prodrômicos ou residuais, os sinais de perturbação podem ser manifestados apenas por
sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no critério 1 presentes de forma atenuada
(ex: crenças esquisitas, experiências perceptivas incomuns)
5. A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição
médica geral
CURSO E EVOLUÇÃO:
Algumas pessoas com apenas um episódio psicótico podem ter mau prognóstico
1. Monoterapia (4-6 semanas): antipsicótico atípico de 2ª geração em dose terapêutica ( AMI, ARIP,
OLANZ, QUET, RISP ou ZIP)
4. Sem resposta (quadros refratários): Clozapina → tratamento por 6 meses até 900mg/dia
processo de degeneração
NEUROMODULAÇÃO:
• ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA (EMT): alucinações auditivas
PSICOEDUCAÇÃO:
Melhor aderência ao tratamento
• TCC
• Remediação cognitiva
• Emprego supervisionado
ANTIPSICÓTICOS
INTRODUÇÃO:
• Psico é um estado de saliência aberrante impulsionado pela dopamina e filtrado de acordo com os
esquemas cognitivos e socioculturais de cada pessoa
MECANISMO DE AÇÃO:
• Antagonista a receptores dopaminérgicos: reduz hiperatividade dopaminérgica mesolímbica →
HALOPERIDOL, CLORPROMAZINA
DOSES:
• Aripriprazol: 15-30 mg
• Quetiapina: 400-600 mg
• Risperidona: 2-4 mg
Acompanhamento do uso:
AGITAÇÃO PSICOMOTORA E AGRESSIVIDADE → É UMA EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
• Emergência psiquiátrica (necessita de intervenção imediata) → Emergência Psiquiátrica (EP) é
qualquer situação de natureza psiquiatrica em que existe um risco significativo (morte ou dano grave)
para o paciente ou para terceiros, demandando uma intervenção imediata (segundos/minutos)
“É dificil alguém nesta situação alcamar-se sozinho e não se deve esperar por isso, pois outros pacientes
e a equipe podem estar sob risco”
• Agressividade: ato intencional que causa danos físico, verbal ou mental a outra pessoa, em algumas
circunstâncias pode se direcionar a um objeto
→ Sociodemográficos: sexo masculino, idade entre 15-24 anos, baixo nível social e educacional, pobre
rede de apoio social
DIAGNÓSTICO DIFERENCIA L
ABORDANDO O PACIENTE
→ Falar em voz baixa e ficar atento aos comportamentos verbais e não verbais da equipe e familiares
→ Providenciar para que as avaliações e medidas tomadas sejam registradas no prontuário do paciente,
inclusive a periodicidade das reavaliações
→ Considerar as abordagens e as condutas mais adequadas após a avaliação dos fatores de risco, da
situação clínica e da segurança. Preferencialmente priorizar as medidas não coercivas
→ Medidas coercivas:
- Farmacológica
MANEJO PSICOFARMACOLÓGICO:
• Objetivo: tranquilização rápida, reduzindo os riscos, mas de maneira a permitir a continuidade da
investigação diagnóstica
• Quando adm via oral não é possível ou se mostra ineficaz, o uso da via intramuscular deve ser
considerado
• Risperidona é o mais utilizado
• Diazepan não pode ser aplicado por via IM (absorção errática) e não se diluiu (cristalização)
Quando a administração via oral não é possível ou se mostra ineficaz, o uso de medicação por via
intramuscular (IM) deve ser considerado
Obs: diazepan não se utiliza por via IM (absorção errática) e não se dilui (cristalização)
PRÁTICA:
➔ Antipsicótico são preferenciais em especial em surtos psicóticos, intoxicação por álcool → Haldol 1
amp (5mg) IM 15/15 min até 4 amp + Prometazina (Fenergan) 1 amp (50mg) 8/8h
CONTENSÃO FÍSICA:
• Entende-se por isolamento a manutenção do paciente em ambiente protegido, geralmente um quarto
pequeno e fechado, onde ele pode se movimentar livremente, mas sem a possibilidade de deixar o
ambiente, devido a porta trancada
Contensão mecânica:
“Não se faz contenção pela metade, sempre que decidir por iniciar e obrigatório terminar o
procedimento”
AULA 9 – PSICODINÂMICA
DEFINIÇÃO
• É um modelo que tenta explicar os fenômenos mentais como resultado de uma somatória de forças
• A psiquiatria psicodinâmica entende o ser humano como um somatório de sua biologia e suas
vivências ambientais
• CG + VA = P + T = D
• A psiquiatra psicodinâmica atual não pode mais pensar a psiquiatria de uma forma reducionista, ou
seja, cérebro OU mente, mas sim integrativa, cérebro e mente
• Portanto, a psiquiatria psicodinâmica pode ser vista como um modo de pensar o ser humano normal e
suas patologias psíquicas como resultado de influências corporais e socioculturais
• A abordagem psicodinâmica deve ser reservada aos pacientes que mais se beneficiam dela
• Esta abordagem, como todas as outras, não pode tratar todos os pacientes ou patologias
• Contudo, a compreensão dinâmica do ser humano enriquecerá o psiquiatra em sua busca sobre o
conhecimento dos mistérios da mente humana
PRÍNCIPIOS
• Cada pessoa é única e, diferentemente de outras áreas da medicina, procura-se observar em quais
aspectos uma pessoa difere da outra
• Os sintomas e comportamentos normais a diferentes indivíduos são vistos como resultado final de
experiências subjetivas que se somam a determinantes biológicos e ambientais de doença
• O psiquiatra psicodinâmico entende que grande parte da vida mental humana é inconsciente, ou seja,
não pode ser acessada pela vontade/esforço voluntário
• Memória declarativa: é a memória para fatos ou conhecimentos genéricos; pode ser explícita
(consciente) – é lembrada voluntariamente (ex: lembrar do nome de um professor da infância); implícita
(inconsciente) – esforço voluntário não evoca (ex: ouvir uma música e chorar sem saber o motivo)
• Memória procedural: é a memória de procedimentos, de como fazer; explícita (consciente) – ex: uma
pessoa ao se perceber com raiva de outra, procura suprimir voluntariamente esta raiva para não
prejudicar esta relação; implícita (inconsciente) – ex: maneira natural de se relacionar, como se
relaciona com o outro
3. Determinismo psíquico:
4. Passado é um prólogo:
• Trabalhos sobre epigenética mostram que o DNA humano é tanto herdado como ambientalmente
responsivo
5. Transferência:
6. Contratransferência:
7. Resistência:
• Para que a evitação tenha êxito, são usados outros processos mentais chamados de mecanismos de
defesa
NEUROBIOLOGIA E PSICOTERAPIA
• Vários achados científicos corroboram a ideia de que a psicoterapia tem impacto sobre a mente e o
cérebro
• Os processos sinápticos podem ser permanentemente alterados ou reforçados pelo ambiente através
da expressão gênica
Processo primário:
• Os instintos fazem parte do inconsciente e necessitam de satisfação independente das regras culturais
• Princípio prazer/desprazer:
→ O desprazer deve ser evitado até mesmo sem reflexão e sem levar em conta a cultura
Processo secundário:
CONFLITO PSÍQUICO
• O instinto busca satisfação, mas por vezes, há proibição de satisfação pelas regrais culturais
• Podemos dizer que é o conflito entre os instintos humanos e as regras da civilização com a cultura
• A busca constante de satisfação instintiva, se houver proibição excessiva desta satisfação, gerará como
resultado o sintoma psiquiátrico
ANSIEDADE
• Na técnica psicodinâmica, portanto, a ansiedade (sintoma) não deve ser vista somente como algo ruim
pois ao indicar a existência de um conflito, dá também o início do caminho para o tratamento pois
indica a existência de um conflito inconsciente, de um instinto buscando satisfação e sendo reprimido
• A contratransferência do terapeuta oferece grande auxílio sobre o que o paciente provoca nos outros
• Sintomas e comportamentos cumprem múltiplas funções e são determinadas por forças, muitas vezes,
inconscientes
• Sofrimento significativo
• Tolerância a frustração
• Para existir possibilidade de sucesso deste tipo de terapia, o terapeuta, ao final das entrevistas de
avaliação, deverá ter observado e, se necessário, ter condições de relatar:
- Hipótese de formulação psicodinâmica para orientar terapia, ou seja, diagnóstico de conflito psíquico
inconsciente causador da problemática atual -> tem que ter diagnóstico de conflito para se iniciar a
terapia
• O diagnóstico psicodinâmico deve ser, sempre, biopsicosocial e deve ser constantemente reavaliado
pois como são hipóteses, a medida que surgem mais informações sobre o paciente, no correr da
psicoterapia, a hipótese inicial pode ser mudada.
INTRODUÇÃO
• A TCC integra técnicas e conceitos vindos de duas principais abordagens psicológicas: cognitiva e
comportamental
• Skinner – século XX – década de 50 – a terapia comportamental clássica tal como formulada pelos seus
primeiros representantes nos anos 50, era baseada principalmente nos conceitos de condicionamento
clássico e operante
CONDICIONAMENTO OPERANTE
• Skinner
• O comportamento operante é aquele que modifica o ambiente, estando sujeito a alterações a partir
das consequências de sua atuação sobre o ambiente. Ou seja, as probabilidades futuras de um
operante ocorrer novamente estão na dependência das consequências que foram geradas por ele
• Todos os organismos nascem, em maior ou menor grau, preparados para se relacionar com o mundo
que nos cerca, nascem com um repertório comportamental inato
• Exemplo de condicionamento: a forma como são aplicadas as cores nos estabelecimentos de comida –
as cores funcionam como estímulos que provocam respostas específicas (estimula apetite) nos
consumidores
2. Antes do condicionamento: um estímulo neutro (sino) provoca uma resposta não condicionada (sem
salivação)
3. Durante o condicionamento: sino + alimento provocam uma resposta não condicionada (salivação)
• Modelo A-B-C
• A = acontecimentos
• C = consequência
• Um problema psicológico poderia ser compreendido sob 3 enfoques diferentes ligados entre si, tais
como os sistemas comportamental, cognitivo/afetivo e fisiológico
• Beck e demais pesquisadores iniciaram diversos estudos sobre a depressão que passou a ser vista
como transtorno cuja principal característica seria uma tendência negativa onde a pessoa deprimida
apresenta expectativas negativas com relação ao resultado de seus comportamentos e uma visão
também negativa de si mesma
• Cognição = função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle
de eventos futuros ou ainda o processo de identificar e prever relações complexas entre eventos, de
modo a facilitar a adaptação a ambientes passíveis de mudanças
• Teoria estrutural: promove o conceito da estruturação hierárquica dos processos cognitivos, com uma
ênfase na divisão em processo de pensamento primário e secundário
TERAPIA COMPORTAMENTAL
TERAPIA COGNTIIVA
• Beck propôs o uso de estratégias para corrigir tais distorções, que se revelaram efetivas
• Pensamentos automáticos: são cognições que aparecem rapidamente em uma determinada situação e
não estão sujeitos a análise racional, relacionados, geralmente, com base em uma lógica defeituosa.
Normalmente são privativos ou não-declarados, e ocorrem de forma rápida a medida que avaliamos o
significado de acontecimentos em nossas vidas. Os transtornos psiquiátricos vivenciam inundações de
pensamentos automáticos (PA) que são desadaptativos ou distorcidos -> interpretam de forma
distorcida situações consideras neutras ou mesmo positivas, levando-as a desenvolver padrões de PA
disfuncionais
• Exemplo:
• Crenças centrais: desde a infância é possível desenvolver ideias negativas, distorcidas da realidade,
equivocadas pela percepção que temos sobre os eventos da vida. Tais ideais se enraízam em nossa
mente e são incorporadas como verdades absolutas e geram sofrimento psicológico. Essas ideais são
chamadas de crenças centrais e podem ser:
→ Desamparo: a pessoa tem uma certeza irracional/inconsciente de que é incompetente e sempre será
um fracasso. Exemplo de PA: sou inadequado, ineficiente, incompetente, sou fraco e descontrolado, não
consigo mudar, eu não tenho atitude, sou uma vítima, sou vulnerável, inferior, fracasso, um perdedor,
não sou igual aos outros
→ Desamor: a pessoa tem a certeza de que será rejeitada. Ex de PA: sou diferente, indesejável, feio, não
sou amado, querido, serei abandonado, sempre estarei sozinho...
→ Desvalor: a pessoa acredita ser inaceitável e sem importância. Ex de PA: sou inaceitável, sou mau,
louco, sou cruel, perigoso, um lixo, não tenho valor...
• Abstração seletiva (filtro mental): concluir baseando-se apenas em uma pequena parte de dados
• Magnificação ou minimização: avaliar distorcidamente a importância relativa dos eventos, para mais
ou para menos
• Personalização: relacionar eventos extremos a própria pessoa quando não há indícios para tanto
• Pensamento catastrófico: previsão de um pior desfecho possível, sem levar em conta as alternativas
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
• Conjunto de técnicas que visa corrigir as crenças distorcidas e avaliar os sintomas depressivos
• A TCC apresenta uma eficácia semelhante a observada com o uso de antidepressivos no tto da
depressão
• TCC: utiliza ao mesmo tempo intervenções típicas do modelo cognitivo, como as técnicas destinadas a
correção de crenças e pensamentos disfuncionais, e incorpora técnicas da terapia comportamental,
como a exposição e o uso de reforçadores
• Os sistemas de crenças pessoais são testados com relação a suas consequências e funcionalidade
para a vida do paciente dentro de contextos específicos
• Princípios: nossas cognições têm uma influência controladora sobre nossas emoções e
comportamento; o modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos
padrões de pensamento e nossas emoções
CARACTERÍSTICAS:
• Constitui um sistema de psicoterapia integrado, combinando o modelo cognitivo de personalidade e
de psicopatologia a um modelo aplicado, que reúne um conjunto de princípios, técnicas e estratégias
terapêuticas fundamentadas diretamente em seu modelo teórico
• Demonstra aplicabilidade eficaz, segundo estudos controlados, em áreas diversas, por exemplo:
educação, esporte, organizações, tratamento de distúrbios psíquicos e orgânicos etc.
• É focal, requerendo uma definição concreta e específica dos problemas do paciente e das metas
terapêuticas
• Possui caráter didático, em que o objetivo não é unicamente ajudar o paciente com seus problemas,
mas dotá-lo de um novo instrumento cognitivo e comportamental, a fim de que ele possa perceber e
responder ao real de forma funcional
• As sessões, bem como o processo terapêutico, são semiestruturadas, envolvendo tarefas entre as
sessões
• É colaborativa, ou seja, reflete um processo em que ambos, terapeuta e paciente, tem um papel
ativo, ou seja, as intervenções são explícitas, envolvendo feedback recíproco entre o terapeuta e o
paciente
• É um processo terapêutico de tempo curto e limitado, podendo sua aplicação variar entre
aproximadamente 10 e 20 sessões
FASES DA PSICOTERAPIA:
• Segunda fase: objetiva a normalização das emoções do paciente para promover a motivação do
paciente para o trabalho terapêutico e sua vinculação ao processo
• Terceira fase: enfatiza a intervenção em nível estrutural, objetivando promover a reestruturação
cognitiva
• Quarta fase: promover, através das técnicas, assimilação e generalização dos ganhos terapêuticos,
bem como a prevenção de recaídas
• Término: a terapia em seu formato semanal deve ser encerrada quando a maioria dos sintomas tiver
sua intensidade reduzida significativamente, causando interferência mínima na rotina de vida do
paciente. Nessa fase, faz-se a revisão das técnicas aprendidas e orienta-se para a prática contínua delas.
As consultas podem ser espaçadas ao longo de um período, até a alta propriamente dita
Casos contraindicados: doença mental orgânica que implique comprometimento cognitivo (demência),
retardo mental, pouca capacidade para trabalhar introspectivamente, psicose aguda, patologia grave do
caráter antissocial, ausência de motivação
REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA
Para isso, é importante que o paciente considere tais pensamentos como meras hipóteses e não como
fatos
• A forma mais usual de corrigir esses erros de lógica é o chamado questionamento socrático. Nessa
técnica, o paciente, juntamente com o terapeuta, faz um exame das evidências que apoiam o seu
pensamento e das evidências que são contrárias, a fim de descobrir formas alternativas de interpretar
suas sensações físicas
• Após a análise das probabilidades, elaboram-se novas alternativas, que são chamadas de lembretes,
por exemplo: estou tendo um ataque que não mata nem enlouquece
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
• Exercícios de respiração
• Relaxamento muscular progressivo: tensionar e relaxar diferentes grupos musculares para obtenção
de um estado de conforto e bem-estar
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
• O paciente, durante um estado de relaxamento físico, vai imaginar uma hierarquia de situações que
lhe provocam ansiedade, com o objetivo de familiarizar-se com elas e, ao mesmo tempo, com a
finalidade de reduzir as respostas ansiosas
• Uma das principais técnicas utilizadas no tratamento da fobia social e específica e síndrome do pânico
TREINO DE ASSERTIVIDADE
ROLE-PLAYING
PARADA DO PENSAMENTO
• Essa técnica é muito útil porque a presença de pensamento incômodos favorece a ocorrência de
comportamentos indesejáveis
AUTOINSTRUÇÃO
• Consiste em ensinar o paciente a desenvolver pensamento adequados a situação temida e realísticos
quanto as possíveis consequências do comportamento. “o que mais poderia acontecer?”
INOCULAÇÃO DO ESTRESSE
• Consiste em treinar o paciente na vivência de uma situação estressante, para que ele desenvolva
recursos de enfrentamento a serem utilizados na situação temida real
1. Preparação: terapeuta informa e educa o paciente com relação ao conceito e a causa da ansiedade e
do medo
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
• Reconhecer e descrever o problema, apontando suas especificidades
• Determinar os objetivos e propor possíveis estratégias viáveis de ação ao alcance da realidade pessoal
do paciente
• Ponderar sobre possíveis consequências de cada estratégia proposta, analisando ganhos e perdas a
curto e médio prazo
EXPOSIÇÃO
• Consiste em expor o paciente, repetidamente, ao vivo ou na imaginação, diretamente à situação
temida, que são evitadas por desencadearem ansiedade. Muito apropriada para o tto de fobias