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Ensino Médio|Fase
Fase1 III

Um caminho, longos diálogos...

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Empreendedorismo: Conceitos e modelos

O termo Empreendedorismo é derivado da palavra Entrepreneur, que tem como


significado “aquele que assume riscos”. O empreendedor é aquele que identifica
oportunidades, que enxerga caminhos e possibilidades.

Pensar em "pessoas que possuem o próprio negócio" ou em "negócios que obtiveram


sucesso financeiro", é muito comum quando a palavra empreendedor nos vêm à
cabeça.

Por isso, é importante termos claro que quando falamos em empreendedorismo ou


em ser uma pessoa empreendedora não estamos tratando apenas de quem decidiu
apostar em uma empresa nova ou sua, pois estaríamos limitando o seu sentido.
Empreender significa, também, o impulso de materializar coisas novas,
concretizar ideias e sonhos próprios e vivenciar características de personalidade
e comportamentos não muito comuns nas pessoas.

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Pode-se empreender de várias maneiras, apresentamos a seguir algumas


categorias de empreendedorismo:

Empreendedorismo Corporativo: também conhecido como intraempreendedorismo,


pode ser definido como um processo de identificação, desenvolvimento, captura e
implementação de um novo negócio em uma empresa já existente. Essa é uma
modalidade, na qual os colaboradores atuam como se fossem donos da empresa,
criando ideias e se dedicando para o sucesso dela.

Indo mais a fundo nesse conceito, é possível dividir o intraempreendedorismo em


dois tipos: o de Valor Agregado e o Spin-Off. O intraempreendedorismo de Valor
Agregado é aquele no qual os frutos estão ligados à atividade principal da empresa,
ou seja, as ideias têm ligação com aquilo que já é produzido por ela. Já o
intraempreendedorismo Spin-Off, os frutos gerados não estão ligados à atividade
principal da empresa (ou com o que até então não era).

Um exemplo conhecido de empreendedorismo corporativo de Valor Agregado é o


Google. Seus colaboradores podem utilizar 20% do tempo de trabalho investindo em
projetos paralelos que tragam novos produtos e soluções para os clientes.

Um dos produtos criados a partir desse intraempreendedorismo foi o Gmail. O que


era uma ferramenta apenas para os colaboradores da Google, cresceu e se tornou o
que é hoje.

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Outro exemplo de empreendedorismo corporativo de Valor Agregado é o botão Curtir do


Facebook. Ele teve origem em um programa de ideias dentro da empresa e hoje
influencia nosso comportamento. Damos mais ou menos atenção a uma empresa ou
produto a partir do número de curtidas recebidos.

Tudo isso foi possibilitado devido à organização que a empresa emprega para que os
funcionários se sintam estimulados a competir internamente elo desenvolvimento de seus
projetos.

Como exemplo de intraempreendedorismo de Spin-Off, podemos citar a Sony que era


uma empresa tradicional do ramo de fotografia, som e vídeo e que teve uma reviravolta
com a criação da Playstation. A Sony nunca havia pensado em entrar na indústria de jogos
eletrônicos, ideia que mudou a partir de uma parceria entre ela e a Nintendo, que viria a
produzir uma placa de som em um dos videogames. Um executivo viu nessa parceria uma
oportunidade para que a Sony entrasse nesse mercado, o que acabou com a criação do
Playstation, tornando-se um sucesso mundial e mudando os rumos da empresa.

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Empreendedorismo de Start-up: o objetivo do empreendedorismo de start-up é dar


origem a um novo negócio. Assim, após a análise do cenário e de enxergar
oportunidades para este é apresentada a proposta de um novo empreendimento,
onde serão definidos com clareza seus objetivos, tais como: suprir uma demanda
cuja atenção não tenha sido devidamente dada, apresentar diferenciais
competitivos, conquistar clientes e vencer a concorrência, alcançando lucratividade
e produtividade para conseguir manter seu empreendimento.

Você deve conhecer a Airbnb, a plataforma que permite aos viajantes alugar
espaços em qualquer lugar do mundo. Ela foi criada em 2008 pelos empreendedores
Joe Gebbia, Brian Chesky e Nathan Blecharczyk, e já recebeu milhões de dólares em
investimentos. A Airbnb surgiu a partir da observação de uma necessidade que era
deles próprios de ter um lugar aconchegante e acessível para passar um tempo.

Esse é um exemplo que pode ser muito inspirador para transformar e melhorar a
vida das pessoas.

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Outro exemplo de start-up de sucesso é a Descomplica, plataforma de estudos voltada
para estudantes que pretendem prestar o ENEM. Ela foi fundada em 2011, por Marco
Fisbhen. Ele enxergou uma oportunidade e criou a empresa que tem crescido bastante
nos últimos anos.

Importante ressaltar que a Descomplica recebeu investimentos de diferentes fundos do


Vale do Silício e de Peter Thiel, investidor da Facebook.

Empreendedorismo Social: é o redesenho de relações entre governo, sociedade e o setor


público, e tem como objetivo transformar a realidade atual, subordinando o econômico
ao humano e o individual ao coletivo.

Dois aspectos que diferenciam o empreendedorismo social são a produção de bens e


serviços para solucionar problemas sociais, uma vez que estes são direcionados para
segmentos da população que se encontra em risco social, tais como pessoas em situação
de miséria, pobreza, exclusão social e risco de vida.

O SEBRAE, juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento –


PNUD – mapeou mais de 800 negócios com impacto social e esse número é ainda maior
atualmente.

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Alguns exemplos de como esses negócios contribuem para uma sociedade melhor.

A ASID (Ação Social para Igualdade das Diferenças) foi criada com a missão de unir as
pessoas com deficiência e suas famílias. O contexto por trás do surgimento da ASID é
familiar. Laura, a irmã de um dos fundadores, nasceu com Síndrome de Down e
Transtorno do Espectro Autista e os desafios para o seu desenvolvimento foram
incontáveis.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 13 milhões de pessoas com deficiência, sendo que
486 mil estão no mercado de trabalho e apenas 340 mil são atendidas por alguma
instituição especializada. A ASID é uma das empresas que tem a missão de contribuir
para a inclusão dessas pessoas na sociedade, colocando-as no mercado de trabalho.
Paralelo a isso, a instituição busca sempre ajudar as famílias na obtenção de renda,
pois esta é uma ajuda que pode auxiliar aquele familiar que se dedica exclusivamente
no cuidado da pessoa com deficiência. Além disso, a ajuda com questões emocionais e
sociais também são observadas.

Para conhecer mais sobre a ASID, acesse: https: https://asidbrasil.org.br/br/

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Um outro exemplo de empreendedorismo social muito conhecido é a Gerando Falcões. O
jovem Eduardo Lyra, nascido na periferia de São Paulo, resolveu se dedicar à melhoria da
vida de crianças que vivem hoje as mesmas dificuldades que ele viveu na infância. São
milhares de jovens impactados pelo projeto, que visa promover o seu protagonismo e
fortalecê-los como motores de transformação da sociedade.

“Uma coisa eu garanto: investir na favela é muito mais barato do que colonizar
Marte.” (Edu Lyra).

O projeto entrega serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania dentro


de territórios nas favelas. Sua missão é eliminar a pobreza e torná-la peça de museu e do
mundo digital, tudo isso através de um trabalho digno e muito bem desenvolvido.
Saiba mais em: https://gerandofalcoes.com/

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Ecoempreendedorismo: são empreendimentos que se preocupam com a preservação
ambiental e buscam reduzir o impacto ao meio ambiente causado pelas ações de seus
negócios. Compreende uma grande variedade de negócios que faz o recolhimento de
materiais recicláveis dos mais variados tipos para empresas que os utilizam para a
produção de novos produtos.

Importante destacar que esse tipo de projeto/negócio é incentivado pela ONU


(Organização das Nações Unidas) desde 1972, para que adotem as chamadas Tecnologias
Verdes, voltadas às questões ambientais.

A Cidadão Eco é uma dessas empresas. Ela recolhe materiais eletrônicos que não são mais
utilizados e, depois de executarem a triagem, enviam para empresas e cooperativas de
reciclagem.
Mais informações podem ser encontradas em: https://www.cidadaoeco.com.br/

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Empreendedorismo Tecnológico: pode ser definido como o empreendimento que
oferece inovação e tecnologia aos consumidores. Por exemplo: Máquinas fotográficas com
filmes, discos de vinil e computadores pessoais como o Windows ME, surgiram de ideias
empreendedoras que a tecnologia permitiu que saíssem do papel.

A Peixe Urbano é um bom exemplo desse tipo de empreendedorismo. Após trabalhar por
um tempo no Vale do Silício (conhecido como o maior polo de inovação tecnológica do
mundo), Júlio Vasconcelos voltou ao Brasil pensando em criar um e-commerce. Com isso,
ele aproveitou tudo o que havia aprendido por lá e fundou a Peixe Urbano, primeira
empresa de e-commerce local do País.

A empresa fechou em janeiro de 2021, deixando dívidas e mostrando que o mercado de


compras coletivas tinha a necessidade de se reinventar. Isso faz parte do ciclo de vida das
organizações, objeto de estudo dessa fase que veremos posteriormente.

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Ainda sobre o empreendedorismo no Brasil, dados nos mostram que uma grande parcela
da população busca esse caminho como fonte de renda e de realização de projetos. De
acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, a Taxa de
Empreendedorismo Total, no Brasil, foi de 38,7%, representando que cerca de 53 milhões
de brasileiros estavam realizando alguma atividade empreendedora. Desse total, há
empreendedores que são classificados de acordo com o estágio de vida de seus
empreendimentos, como descrito a seguir.

Empreendedores iniciais - são indivíduos que estão à frente de empreendimentos com


menos de 42 meses de vida, podendo ser divididos em duas categorias:

❑ Empreendedores nascentes - são os que estão envolvidos na estruturação ou são


proprietários de um novo negócio, mas ainda não conseguem pagar salário, pró-labore
ou qualquer tipo de remuneração aos proprietários por mais de três meses;

❑ Empreendedores novos - são proprietários que administram um novo negócio e já


conseguem remunerar, de alguma forma, os proprietários por um período. Por
exemplo, entre três e 42 meses;

Empreendedores estabelecidos - são proprietários que administram um negócio já


estabelecido e podem pagar algum tipo de remuneração aos proprietários por um período
superior a 42 meses.

Mais dados sobre o empreendedorismo no Brasil, em 2019, podem ser consultados em:
https://ibqp.org.br/gem/download/

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Agora, vamos tratar de outros dados sobre o empreendedorismo relacionados a casos de
negócios que surgiram, mas que em pouco tempo encerraram suas atividades devido à
falta de um planejamento e de um estudo adequado dos passos a serem executados antes
de sua abertura.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que o setor de microempreendedores


individuais (MEI) é o que teve a maior taxa de mortalidade dos negócios em um período
de até 5 anos. Corroborando com o que foi levantado pelo Sebrae, a pesquisa
Sobrevivência das Empresas (2020) mostrou, com base em dados da Receita Federal e
pesquisa de campo, que a mortalidade nesse tipo de negócio está em 29%, enquanto, em
relação às microempresas, essa taxa é de 21%.

Essa sobrevivência está relacionada à pouca capacitação desses MEIs, que buscaram uma
saída para o desemprego, mas não conseguiram e não tiveram condições de se
capacitarem para estruturarem um projeto antes de abrirem seus negócios.

Você pode encontrar mais dados a esse respeito em:


https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-06/sebrae-pequenos-negocios-
tem-maior-taxa-de-mortalidade

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Etapas do processo empreendedor

O empreendedorismo está relacionado a projetos e às soluções de problemas existentes


envolvendo toda uma sociedade, sendo seu foco principal contribuir para o bem-estar
comum. Por isso, para que essas soluções, esses novos negócios possam nascer e obter
sucesso, Dornelas (2005) propõe quatro etapas importantes, as chamadas “Etapas do
Processo Empreendedor”, que serão descritas a seguir:

❑ Identificar e avaliar oportunidades: antes de dar início ao projeto, é importante


conhecer o mercado onde se pretende atuar, quais as oportunidades para empreender,
os nichos de mercado que não têm sido atendidos, para então fazer uma análise e uma
avaliação de como o seu negócio pode se encaixar em tudo o que foi levantado e
atender ao que os futuros clientes necessitam. Alguns dos pontos a serem verificados
sobre essa etapa são: criar e analisar a abrangência da oportunidade; verificar quais
são os valores percebidos das oportunidades; analisar as possibilidades de riscos e de
retornos; fazer um paralelo entre as oportunidades e as habilidades e metas pessoais;
e verificar qual a situação dos competidores e da concorrência.

❑ Desenvolver o plano de negócios: trata de construir o planejamento geral do negócio,


visto ser essencial para que o empreendedor tenha um mapeamento completo das
ações que deverá tomar e das possibilidades que poderá encontrar, o que contribuirá
muito para expandir a visão e a gestão do seu empreendimento com mais efetividade.
Esse plano de negócio precisa conter: um sumário executivo; conceito do negócio;
membros da equipe de gestão; a análise de mercado e da concorrência; um plano de
marketing e vendas; o funcionamento da estrutura e da operação do negócio; a análise
estratégica; um plano financeiro e anexos.

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Definir e captar os recursos necessários: Quanto você vai precisar investir? De onde vai
tirar dinheiro para o investimento? Quanto deverá ser o capital de giro para esse
empreendimento? Em mais ou menos quanto tempo esse negócio deverá dar lucro? São
esses tipos de perguntas que o empreendedor precisará responder, pois sem dinheiro um
negócio não nasce. Assim, essa é uma das etapas mais importantes que o empreendedor
deverá analisar, podendo esses recursos monetários saírem de diferentes locais, como:
recursos pessoais; parentes ou amigos; bancos; investidores; governo; capitais de risco; e
incubadoras.

Administrar o negócio: trata de como o negócio irá funcionar, colocando o que foi
planejado em prática. Além do plano de negócios em mão, o empreendedor deverá
dominar conhecimentos sobre gerenciamento de processos e gerenciamento de pessoas
para, assim, poder garantir efetividade e maior possibilidade de sucesso em seu negócio.
São critérios que devem ser observados antes e depois de efetivar o planejamento do
negócio: definir o estilo de gestão; analisar quais os fatores críticos de sucesso;
identificar problemas atuais e que podem surgir no futuro; implementar um sistema de
controle; personalizar a gestão; e de que forma explorar novos mercados.

Na caixa de ferramentas, você encontra outros documentos e vídeos para uma maior
apropriação dos conceitos das etapas do processo empreendedor.

Clique aqui
Etapas do processo de empreender

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Plano de via e carreira

Os temas discutidos nesse componente, darão subsídios para que o estudante pense,
reflita e planeje seu projeto ou plano de vida e carreira. Lembrando que o projeto de
vida deve ser objeto de reflexão desse aluno desde cedo e todos os profissionais da
escola podem e tem a responsabilidade de orientar, informar e ajudá-lo na construção
desse projeto.

Assim, você pode retomar que o projeto de vida e carreira é um planejamento de


ações que tem como foco o alcance de objetivos pessoais e profissionais traçados pelo
indivíduo, com base em seus valores e na sua visão de futuro. O Plano de Vida e
Carreira organiza a programação do tempo e das ações necessárias para que as pessoas
tornem os seus sonhos concretos.

Organizar o presente é essencial para planejar o futuro como empreendedor, o que


pode gerar melhorias tanto para a vida pessoal quanto profissional.

Você pode realizar de diversas formas uma dinâmica para que os estudantes comecem
a pensar, desenhar o seu projeto de vida. Solicite que eles pensem nos eventos que
passaram em suas vidas e o que eles planejam para o seu futuro. Muitas foram as
discussões até aqui desde o começo do curso, então todos terão bastante argumentos e
subsídios para refletir sobre o passado e pensar no futuro. Na caixa de ferramentas
você encontrará uma dica de linha do tempo que você poderá utilizar com seus alunos.

Atividade – PROJETO DE VIDA – LINHA DO TEMPO


Atividade – PROJETO DE VIDA – LINHA DO TEMPO

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Ciclo de vida das organizações

Outro conceito importante a ser estudado sobre empreendedorismo é o Ciclo de vida das
organizações. Borinelli (1998) afirma que a Biologia, a Psicologia, entre outras ciências
estudam os ciclos de vida dos seres vivos. E quando se trata de empreendedorismo, isso
não poderia ser diferente. No universo dos negócios, esse ciclo é definido por estágios de
desenvolvimento, chamados de ciclos de vida das organizações, em que a cada estágio
desse ciclo diferentes situações são vivenciadas, desde o surgimento e crescimento
destas, até o seu encerramento.

Por fim, é importante que esses estágios do ciclo de vida das organizações sejam
conhecidos, pois em cada um deles novas posturas gerenciais são requisitadas. Destaca-
se, ainda, diversos modelos desses ciclos de vida apresentados na literatura, cujas
características permitem identificar a qual deles estas pertencem.

Chiavenato (2007) descreve cinco fases desse ciclo de vida, a saber:

1) Fase Pioneira: trata do início da organização, pois como geralmente elas são
empresas pequenas na fase inicial, podem ser facilmente administradas. Aqui, poucas
são as tarefas e muitas as improvisações, pois por serem poucos os procedimentos são
muito elevadas as capacidades de inovação e mudanças;

2) Fase de expansão: trata do momento no qual há uma expansão e o crescimento das


atividades na organização, em que suas operações são intensificadas e há um aumento
do número de funcionários. Além de também ocorrer uma preocupação fundamental
em aproveitar as oportunidades que aparecem e em nivelar a produção com as
necessidades do ambiente;

3) Fase de regulamentação: trata da obrigatoriedade do estabelecimento normas de


coordenação entre os diferentes departamentos, em vista do crescimento gradativo
das atividades, como também de definir rotinas e processos de trabalho;

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4) Fase de burocratização: trata da regulamentação burocrática devido ao
desenvolvimento das operações, preestabelecendo o comportamento organizacional
dentro de padrões e um sistema de regras para conseguir lidar com as atividades do
trabalho. Também se desenvolve uma hierarquia com cadeia de comando e o trabalho
é dividido com base na especialização e impessoalidade das relações entre os
empregados. As flexibilidades e mudanças se tornam mais difíceis pelo fato de a
organização se tornar piramidal e monocrática;

5) Fase de reflexibilização: trata de readaptar-se a forma de flexibilização, de modo a


recriar a capacidade de inovação perdida, através da introdução de sistemas
organizacionais mais flexíveis. Grandes organizações têm vivido essa fase, buscando
características peculiares de pequenas empresas, fragmentando-se em unidades
estratégicas de negócios e procurando concorrer em um ambiente mutável e
competitivo.

A seguir, apresentaremos um quadro com um resumo de cada uma das fases descritas
acima:

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Para ilustrar essas informações apresentadas no quadro anterior, vejamos a seguir um
exemplo da empresa boticário.

Boticário
Em 1977, o bioquímico Miguel Krigsner e mais três sócios fundaram, em Curitiba, uma
pequena botica chamada O Boticário para fabricar xampus e cremes. Para se ter uma
ideia, o ativo fixo desse novo negócio era composto de uma batedeira de bolos para
misturar cremes e alguns garrafões de vinho para armazenar componentes líquidos.

Assim, ao mesmo tempo que aviava receitas de dermatologistas, Krigsner analisava


também o mercado de cosméticos, momento em que percebeu o interesse do público
por esse nicho da perfumaria, decidindo criar produtos de alta qualidade com um
conceito mais voltado à natureza, desde que para isso existisse um canal de distribuição
alternativo, já que na época as lojas de departamentos e os supermercados estavam
muito focados em perfumes e cosméticos de grandes fabricantes. No ano de 1980,
Krigsner abriu sua primeira loja no aeroporto Afonso Pena como um canal inicial para
vendas. A aceitação do público foi surpreendente e os sócios começaram a receber
pedidos e franquia da marca. Em 1989, a empresa contava com um total de mil lojas
franqueadas no país.
Baseado no Guia PEGN, op. cit., 2002, p. 17.

Conclusão
É importante salientar que, não chegamos a um consenso de quantos ou quais seriam os
estágios do ciclo de vida das organizações, já que atualmente vivemos em um cenário de
constantes mudanças nestes ambientes, em que a maioria das empresas buscam
mercados ainda não explorados. Sendo assim, esses estágios poderiam aparecer seguindo
um mesmo desenho e uma mesma lógica, no entanto, eles seriam muito diferentes dos
apresentados aqui ou, ainda, poderiam sequer existirem.

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Plano de via e carreira

Os temas discutidos nesse componente, darão subsídios para que o estudante pense,
reflita e planeje seu projeto ou plano de vida e carreira. Lembrando que o projeto de
vida deve ser objeto de reflexão desse aluno desde cedo e todos os profissionais da
escola podem e tem a responsabilidade de orientar, informar e ajudá-lo na construção
desse projeto.

Assim, você pode retomar que o projeto de vida e carreira é um planejamento de


ações que tem como foco o alcance de objetivos pessoais e profissionais traçados pelo
indivíduo, com base em seus valores e na sua visão de futuro. O Plano de Vida e
Carreira organiza a programação do tempo e das ações necessárias para que as pessoas
tornem os seus sonhos concretos.

Organizar o presente é essencial para planejar o futuro como empreendedor, o que


pode gerar melhorias tanto para a vida pessoal quanto profissional.

Você pode realizar de diversas formas uma dinâmica para que os estudantes comecem
a pensar, desenhar o seu projeto de vida. Solicite que eles pensem nos eventos que
passaram em suas vidas e o que eles planejam para o seu futuro. Muitas foram as
discussões até aqui desde o começo do curso, então todos terão bastante argumentos e
subsídios para refletir sobre o passado e pensar no futuro. Na caixa de ferramentas
você encontrará uma dica de linha do tempo que você poderá utilizar com seus alunos.

Atividade – PROJETO DE VIDA – LINHA DO TEMPO

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