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Imagine você poder empreender, criando um negócio que trará lucros e benefícios a você e
também ajudar a sanar problemas sociais que você conhece e convive?
Quem faz o empreendedorismo social tem exatamente este propósito. Gostamos de pensar
que as pessoas que se engajam neste tipo de empreendedorismo já enxergam além de suas
necessidades pessoais, e por isso enveredam por este caminho.
Houve um pesquisador, chamado Maslow, que criou uma representação em forma de pirâmide
para explicar a motivação das pessoas quando fazem algo.
A primeira motivação é sobrevivência. Trabalhar para comer, ter um teto, por exemplo.
A segunda motivação, quando as necessidades básicas estão sanadas, é ter um pouco mais
de segurança: trabalhar para ter um plano de saúde, um estudo melhor, morar num lugar mais
seguro…
A terceira motivação, quando a qualidade de vida melhora, é investir seu tempo em momentos
com amigos, família, a pessoa que ama.
Percebe que as necessidades vão deixando de ser palpáveis (comida, roupa, um teto em cima
da cabeça) e vão se tornando necessidades não palpáveis (estudo, qualidade de vida,
relacionamentos, amor)?
Já a quarta motivação para o indivíduo crescer é a satisfação pessoal: saber que é capaz de
fazer coisas incríveis, e ser reconhecido por isto. Se diplomar em algo, dar cursos, palestras,
ensinar e orientar outras pessoas com a experiência e conhecimentos que tem, ou empreender
e ser bem sucedido.
Já a quinta motivação para o indivíduo crescer é o que o leva ao empreendedorismo social: é
a busca da satisfação do espírito, ou da alma, com conquistas que não se medem: ser ético,
exercitar a criatividade, entender o outro apesar de toda e qualquer diferença, ajudar o próximo
para que esse também possa ser pleno, realizado e feliz.
Ou seja, quem opta pelo empreendedorismo social tem consciência de que precisa ter um
negócio que sustente suas necessidades (todas, palpáveis e não palpáveis), mas faz dele um
meio de ajudar outras pessoas a melhorarem suas vidas.
O empreendedorismo social traz o sucesso e reconhecimento para o empreendedor, mas
também gera valor para pessoas ou comunidades, ajudando a resolver situações que tenham
a ver com:
• Moradia
• Saúde
• Educação
• Oportunidade de trabalho
• Desigualdade social
• Meio ambiente
• Minorias
• Direitos humanos (prostituição infantil, trabalho escravo etc)
Clube da preta: numa iniciativa super bacana, o Clube da Preta é o primeiro clube de
assinaturas de moda Afro do Brasil. Quem assina recebe um box mensalmente, com produtos
de vestuário, artes e acessórios, selecionados por uma curadoria do Clube.
Todos os produtos são feitos por microempreendedores negros, de periferia, e o intuito é
difundir a cultura negra e incentivar o afroempreendedorismo, promovendo o empoderamento
econômico desta comunidade.
Agência Orquestra Digital: A Orquestra Digital surgiu da inquietação de Denise Veiga, gaúcha
radicada no Rio de Janeiro, ao conhecer um projeto Entre Lugares de teatro, na comunidade
da Maré. Voltado para jovens de 16 a 20 anos, convivia com a dificuldade destes jovens
continuarem no projeto, por serem arrimo de família e precisarem trabalhar em horários
rígidos.
Associou-se ao projeto Entre Lugares, inicialmente, dando aulas para os jovens sobre
Marketing Digital, para que pudessem ter opções de trabalho com horários flexíveis. Desta
forma, os empreendedores sociais poderiam continuar aprimorando o lado criativo e intelectual
(no projeto de Teatro), cuidando de seus filhos (pois muitos eram pais adolescentes) e tendo
uma fonte de renda alinhada com o século XXI.
Após a inclusão bem sucedida de uma das alunas numa agência de propaganda, criou a
Agência Orquestra Digital, que oferece serviços de Marketing Digital para empresas. Alguns
dos jovens do projeto inicial trabalham na Agência, e uma porcentagem da renda obtida com
a prestação de serviços é destinada a manter funcionando as oficinas dentro das comunidades
do Rio de Janeiro.
TOMS Shoes – Neste outro exemplo de empreendedorismo social você compra uma
alpargatas ou um sapato super moderno da marca, e ajuda a calçar uma criança de baixa
renda. Esta é a proposta da TOMS Shoes, criada pelo americano Blake Mycoskie.
Trabalhando com comunidades carentes, a TOMS Shoes já impactou mais de 60 milhões de
pessoas.