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8º ANO
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―Acredito que os filósofos voam como as águias e


não como pássaros pretos. É bem verdade que as
águias, por serem raras, oferecem pouca chance de
serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os
pássaros pretos, que voam em bando, param em
todos os cantos enchendo o céu de gritos e
rumores, tirando o sossego do mundo‖.

(Galileu Galilei)
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Fonte: geracaovestibular.blogspot.com
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Apresentação

Caro aluno:

Em algum momento você já deve ter se perguntado por que tem que estudar
filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom em sua vida, mas o objetivo de estudar
filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida,
analisando os diferentes olhares sobre uma questão. Para quem estuda, filosofia é estar
buscando uma reflexão, fazendo uma análise crítica sobre toda a realidade que está a sua
volta.
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais atenção e mais
responsabilidade, procurando analisar os seus porquês.
É também, analisar o comportamento da sociedade com mais abrangência,
procurando compreender as diferentes atitudes das pessoas e dos grupos, para poder
intervir no momento certo e de forma acertada, para alcançar os seus objetivos.
Devemos sempre ter curiosidade, questionando, fazendo uma análise imparcial dos
fatos e incentivando a criatividade a cada instante, desenvolvendo-nos intelectual e
emocionalmente.
Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia é
importante em nossas vidas...

Professor Afrânio
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Sumário

Unidade 1– Causa do filosofar........................................................................................07


Atividade.................................................................................................................................40
Unidade 2 – Determinismo..............................................................................................09
Atividade..................................................................................................................................42
Unidade 3 – A inveja............................................................................................................12
Atividade.................................................................................................................................42
Unidade 4 – Moral e ética.................................................................................................14
Atividade..................................................................................................................................43
Unidade 5 – O ato moral...................................................................................................16
Atividade..................................................................................................................................43
Unidade 6 – Liberdade.......................................................................................................18
Atividade.................................................................................................................................44
Unidade 7 – Liberdade e responsabilidade.............................................................20
Atividade..................................................................................................................................44
Unidade 8 – Vivendo nossas responsabilidades: O trabalho........................22
Atividade..................................................................................................................................45
Unidade 9 – Vivendo nossas responsabilidades: Preservar a natureza.......23
Atividade..................................................................................................................................45
Unidade 10 – O ter e o ser................................................................................................24
Atividade..................................................................................................................................46
Unidade 11 – A amizade.....................................................................................................25
Atividade..................................................................................................................................46
Unidade 12 – Como fazer amigos.................................................................................26
Atividade..................................................................................................................................47
Unidade 13 – A paz...............................................................................................................28
Atividade..................................................................................................................................48
Unidade 14 – A morte.........................................................................................................30
Atividade..................................................................................................................................48
Unidade 15 – A felicidade.................................................................................................32
Atividade..................................................................................................................................49
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Unidade 16 – O belo e o feio: Questão de gosto....................................................34


Atividade..................................................................................................................................49
Unidade 17 – Arte e sociedade.......................................................................................35
Atividade..................................................................................................................................50
Unidade 18 – A política......................................................................................................36
Atividade..................................................................................................................................50
Unidade 19 – Política e cidadania.................................................................................37
Atividade..................................................................................................................................51
Referências bibliográficas....................................................................................................52
Anexos......................................................................................................................................54
Gratidão...................................................................................................................................55
Consertando o mundo............................................................................................................56
Deficiências.............................................................................................................................57
Um mundo melhor.................................................................................................................58
Liberdade.................................................................................................................................59
Canção da América.................................................................................................................59
Cidadão.....................................................................................................................................60
Agente se acostuma...............................................................................................................61
A tigela de madeira................................................................................................................62
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Unidade 1- Causa do filosofar

Aristóteles

Fonte: aristoteles.jpg nautilus.fis.uc.pt

O contexto social e histórico que permitiu às pessoas a invenção da Filosofia nós já


analisamos. Mas o que falta verificar é o que motivava alguns a filosofarem. Já na
Antigüidade, Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) pensara a respeito.

A admiração sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os homens
começaram a filosofar. Há princípio, surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns;
depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por
exemplo: as fases da lua, o curso do sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo.
Procurar uma explicação e admirar-se é reconhecer-se ignorante.
Para filosofar, segundo Aristóteles, é preciso estar admirado com algo. Sem
curiosidade e admiração, acostumados com algo e não pensamos sobre ele, e assim não há
Filosofia. Olhe para sua própria vida e perceba que quando você tinha menos idade mais
você se admirava com as coisas e mais queria saber por que eram daquela forma e como
funcionavam. Porém, na medida em que você cresceu e acostumou-se com as coisas,
deixando de se admirar com elas, deixou também de lado a atitude filosófica.

Filósofos são aqueles que jamais perdem a admiração sobre os grandes ou


pequenos segredos do mundo, que passam a vida toda sem se acostumar com as coisas. E
mais, quando procuramos uma explicação sobre algo encontramo-nos ―ignorantes‖,
descobrimos que não sabemos e que sempre há algo a descobrir. A Filosofia é, sem dúvida
nenhuma, uma aventura.

Os primeiros filósofos

Sabemos como a Filosofia nasceu, sabemos também o que motiva uma pessoa a
filosofar. Mas quais foram os primeiros filósofos? O que fizeram?

O primeiro deles foi Tales de Mileto (cerca de 625/4-558/6 a.C.) e, infelizmente, o


tempo não conservou nenhum de seus fragmentos, aliás, segundo John Burnet, Tales
jamais escreveu; porém, alguns pensadores antigos escreveram o que pensavam outros:
veja, por exemplo, o que Aristóteles escreveu sobre Tales:
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A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de


todas as coisas os que são de natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são
constituídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, por isso,
julgam que nada se gera nem se destrói, como se tal natureza subsistisse sempre… Pois
deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se
engendram, mas continuando ela mesma.

Tales Considerava a água como sendo a origem de todas as coisas, e seus


seguidores, embora discordassem quanto à ―substância primordial‖ (que constituía a
essência do universo), mas concordavam com ele no que dizia respeito à existência de um
―princípio único" para essa natureza primordial. Tales adotou esta concepção, pelo fato de
as sementes de todas as coisas terem a natureza úmida; e a água é o princípio da natureza
para as coisas úmidas (…).

Note a força das palavras atribuídas a Tales: a água, ou o úmido, é o princípio de


todas as coisas. Você já parou para pensar qual é o princípio das coisas? Tal era a ambição
de Tales: desvendar o segredo do mundo, o seu princípio. Há alguns motivos que levaram
Tales a pensar que o princípio de todas as coisas fosse a água:

 Na própria mitologia grega, há a idéia de que o rio oceano estava envolta do mundo
e o formou;
 A passagem da água de um estado a outro pôde fazer Tales pensar que ela está
por trás de todas as coisas;

 Segundo Simplício, Tales teria observado que os seres vivos são úmidos e, ao
morrerem, secam;

 Na sua viagem pelo Egito, Tales observou que, após a cheia, as plantas
apareciam;

 Restos de animais marinhos encontrados em regiões montanhosas da época


reforçaram a idéia em Tales de que, um dia, tudo era água.

Certas ou erradas, as idéias de Tales expressavam um novo modo de explicar o


mundo: a água como princípio de tudo, um princípio vital que se movimenta, provocando
mudança nas coisas. Assim, ao surgirem da água, as coisas não podem surgir do nada e
nem retornar a ele, mas apenas da e para a água. A grande questão é resolver como que, a
partir da água, todo o resto foi formado.

Por isso, lembre-se, o pensamento de Tales é uma cosmologia, explicando o


mundo racionalmente a partir das observações sobre ele. Outros filósofos da mesma época
explicavam o mundo da mesma forma, mas com outros elementos como princípio:
Anaximandro de Mileto apostou no ilimitado, Anaxímenes de Mileto no ar, Pitágoras de
Samos o número… Enfim, seria interessante você fazer uma pesquisa e verificar como os
primeiros filósofos, também chamados de pré-socráticos e de filósofos da natureza,
explicavam o mundo.
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Unidade 2- Determinismo

Os mitos de Tântalo, Pélops e Níobe

 Tântalo

Tântalo era um rei rico e famoso em Sípilo, além de ser um dos filhos de Zeus;
como tal, era amigo dos deuses e sempre era convidado a comer na mesa deles, no Olimpo.

Porém, vaidoso, Tântalo revelou segredos dos deuses aos mortais, roubou o néctar
e a ambrosia dos deuses e entregou-os a seus amigos mortais, escondeu um cão de ouro
em Creta e, para testar o saber absoluto dos deuses, cometeu um crime terrível: matou
seu próprio filho, Pélops, serviu sua carne na refeição e esperava que os deuses comessem
a carne humana.

Os deuses perceberam,
ressuscitaram Pélops e castigaram
Tântalo da seguinte forma: em um lago,
ele ficou preso com o nível da água até o
seu queixo, uma sede muito forte o
incomodava, mas ao tentar beber a água, o
nível dela abaixava e ele nunca conseguia
bebê-la.

Atrás de Tântalo, belíssimas


árvores carregadas de frutas tinham
galhos que chegavam sobre sua cabeça,
quando ele movimentava-a para cima, um
Fonte: tantalo2.jpg esdc.com.br
vento forte afastava os galhos cheios de
frutas para longe, impossibilitando
Tântalo de matar sua fome. Piorando seu
sofrimento, ainda havia um rochedo suspenso no ar e localizado acima de sua cabeça,
deixando-o com um terrível medo da morte.

Eis o destino de Tântalo por seu crime. Por mais que ele se esforçasse e tentasse
em tomar água, esta se afastava; por mais que ele se esforçasse em tentar comer as frutas,
estas também se afastavam; por mais que ele tentasse esquecer-se do rochedo, ele estava
bem acima de si. A sede, a fome e o medo sempre venciam – o destino mostrava-se
imutável: era impossível alterar a decisão dos deuses olímpicos.

A vida de Tântalo estava determinada, controlada pelos deuses. Em Filosofia,


denominamos de determinismo a idéia de que somos controlados por algo ou alguém, a
idéia de que temos um destino, de que ele seja inalterável e que possa estar escrito
independentemente de nossa vontade. Tudo o que acontece conosco pode estar
previamente definido.
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 Pélops

Esta idéia de que nossa


vida pode estar traçada
anteriormente por algo ou
alguém, é vista com mais clareza
na continuidade do mito: Pélops
era o filho de Tântalo, morto por
seu pai e ressuscitado pelos
deuses, ele apaixonou-se pela
princesa Hipodâmia, de Elice.

O rei Enômao ouvira de Fonte: pelops_2.jpg.mythologica


um oráculo que se sua filha se
casasse, ele morreria. Para evitar o casamento de sua filha, o rei anunciava uma corrida de
carruagem a todos os pretendentes dela: a corrida acontecia de Pisa até o altar de
Poseidon, em Corinto, e enquanto os pretendentes largavam na frente, o rei oferecia um
carneiro a Zeus. Se o rei alcançasse seu oponente, podia matá-lo com sua lança; caso
contrário, o pretendente poderia casar-se com Hipodâmia – assim, muitos já haviam
morrido, já que os cavalos do rei, Fila e Harpina, corriam mais velozmente que o vento
Norte.

Pélops era mais um concorrente e, antes da corrida, invocou Poseidon, que o


atendeu e ofereceu a ele uma carruagem com cavalos alados e rápidos como flechas. Na
corrida, mesmo com estes cavalos, Pélops foi alcançado por Enômao.

Poseidon soltou as rodas da carruagem do rei, que caiu e morreu enquanto Pélops
alcançava a linha de chegada em Corinto. De volta a Pisa, Pélops ainda salvou a princesa
de um incêndio do castelo real e, enfim, casou-se com sua amada.

Dizíamos que a idéia de determinismo aparece nesta narrativa mais claramente que
na primeira. Basta verificar que a previsão oracular cumpriu-se com todo o seu rigor:
como perdeu a corrida, o rei seria morto e, no momento que ele cai da carruagem, a morte
apresentou-se fatalmente, tal como estava determinado. No derminismo, não há como
alterar o destino imposto pelos deuses: uma vez que o destino do rei era a morte, caso sua
filha se casasse, ela mostrou-se fatal, inexorável.

 Níobe

Níobe era orgulhosa como seu pai, Tântalo. Como rainha de Tebas, certa vez
proibiu as pessoas de fazerem uma homenagem a Leto, Apolo e Ártemis alegando que ela
é que deveria ser homenageada por ser filha de Tântalo, neta de Zeus e um de seus
antepassados é Atlas. As oferendas foram interrompidas e todos voltaram para casa.

Leto, a deusa do destino, e seus filhos, Apolo e Ártemis, reagiram aos insultos de
Níobe e prepararam uma terrível vingança: Apolo acertou, com flechas, cada um dos sete
filhos de Níobe, que faziam treinos eqüestres. A notícia se espalhou e Anfíon, rei de Tebas
e marido de Níobe, ao saber da notícia, suicidou-se com sua espada. Níobe, acompanhada

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