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Conteúdo de filosofia do 6 ao 9 ano para os alunos do Colégio

Bandeira Tribuzi-Paço do Lumiar

Filosofia: Viver Bem 9º ano


Filosofia → significa amor ao saber ou amor à
sabedoria.
→modo rigoroso de pensar e dialogar em busca de
Soluções para a maioria das dúvida humanas.

Uma das muitas dúvidas humanas é: O que é viver bem?


É sobre essa dúvida que se trata as linhas abaixo.
Para iniciar essa reflexão lembre-se da observação de
Heráclito, um dos mais antigos filósofos gregos: “ Vivemos
cercados de contrários, como o calor e o frio, claridade e
escuridão, nascimento e morte, bem e mal. Portanto, se quiser
descobrir qual a melhor maneira de viver, você terá de refletir
sobre o significado da palavra bem e de sua contraria, a palavra
mal. Afinal, elas são frequentemente empregadas para avaliar os
acontecimentos, as atitudes, os objetos e até mesmo as
pessoas”.
Seguido o raciocínio de Heráclito sobre o bem e o mal. Será
que julgamentos de bem e mal ou bom e mau permanece para
sempre?
Exemplo: quando um vulcão entra em erupção sua lava se
espalha e queima tudo que tiver em seu caminho, incluindo
locais habitados causando morte e destruição. Entretanto os
vulcões são muito importantes para o conforto e sobrevivência
dos seres humanos, pois fertilizam o solo, geram pedras e metais
úteis e preciosos, além de formar belíssimas paisagens.
A palavra mal é associada a algum tipo de sofrimento
(obstáculos, dificuldades, doenças, tristezas, decepções, enfim
todas as dores do corpo e alma). Essas dores nos atingem e
parecem insuportáveis. Porém não podemos evitar que essas
nos atinjam ou atinjam aos outros.
Na antiguidade alguns filósofos, conscientes disso, acreditavam
que a maior característica de um sábio era a ataraxia (capacidade
de manter-se tranquilo, em qualquer circunstância) a conquista
dessa, evitaria que o sábio se abale por prazeres, alegrias, dores
ou sofrimentos, e que os desejos viessem a inquietado.
Esses filósofos eram denominados de estoicos (nome que vem
da palavra grega stoá que significa portal). Tinham esse nome
pois se reuniam sob o portal da entrada de Antenas, onde
ensinavam a quem quisesse ouvir que não deveriam se deixar
levar pela dor, sofrimentos, doenças, morte e qualquer coisa
considerado mau pela maioria. Acreditavam que todos os
acontecimentos eram bons, pois seguiam leis naturais, sábias e
corretas.
. Qual o maior bem de todos?
Muitos filósofos já refletiram sobre isso, entre as respostas,
chama atenção a de Aristóteles (filósofo grego que viveu há
cerca de 23 séculos).
Esse filósofo afirma que as ações, as escolhas e os
conhecimentos humanos tinham por finalidade de alcançar
algum bem (sabedoria, honra, riquezas, etc.). Todos esses bens
eram desejados por nos trazerem alguma felicidade. Entretanto,
a felicidade não é desejada para nos trazer qualquer outro bem.
Ela nos basta, é o maior desejo e objetivo de todas as pessoas.
Portanto, segundo ele a verdadeira felicidade é o maior e mais
perfeito de todos os bens.
Para Aristóteles, ser feliz depende de se viver bem. Ele
apontou alguns elementos para se viver bem:
O exercício da racionalidade, pelo desenvolvimento do pensar;
O hábito de temperança, ou seja, da moderação nos sentimentos
e nas atitudes;
A convivência amigável com outras pessoas.
Filosofia: Viver em busca do bem
Ao contrário dos animais não somos movidos pelo instinto.
Somos movidos por nossas ideias, gostos, desejos e interesses,
afinal, podemos refletir e escolher entre diversas direções e
atitudes.
A humanidade aponta o bem como critério para orientar
nossas escolhas. Com base na ideia de bem, podem-se
estabelecer socialmente algumas regras de conduta. O conjunto
dessas regras é denominado moral.
Muitos filósofos acreditaram na possibilidade de encontra uma
moral universal uma regra que fosse válida para qualquer
pessoa, em qualquer circunstância. Destes, destacou-se
Immanuel Kant, ela dizia que todo indivíduo precisava
reconhecer e respeitar a humanidade dos outros, agindo sempre
do modo como gostaria que os demais também agissem. Essa
era regra universal. Contrariando essa ideia de moral universal
no final do século XIX, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche
afirmava que as pessoas não possuem uma única moral mas,
sim, diversas morais.

Immanuel Kant
"Toda moral deve se basear no respeito à humanidade de cada
um"
Friedrich Nietzsche
"Existem vários sóis... E existem várias morais..."

Muitos acreditam que, aprendendo e seguindo regras morais,


podemos ser bons, viver e conviver bem, construir um mundo
melhor. Mas será que regras morais bastam para que isso se
realize? Será que todas elas são boas e merecem ser aceitas? E
quando as seguimos contra nossa vontade, isso nos torna
pessoas boas? Ou sermos bons também depende dos nossos
pensamentos e sentimentos?
As ideias de bondade e empatia(buscar colocar-se no lugar de
alguém, tentando: ver o mundo sob o olhar dessa pessoa) fazem
as pessoas imaginarem como poderia ou como deveria ser o
mundo social: com bens materiais e morais disponíveis para
todos. Porém, não encontramos isso na realidade.

Para Aristóteles a justiça, assim como outras virtudes, deveria


seguir uma "justa medida", um equilíbrio entre o excesso e a
falta. Além disso, pensando em sua aplicação às relações sociais,
esse filósofo a dividia em três tipos:

Justiça distributiva = aplicada pelos governantes aos seus


governos, distribui honras e riquezas conforme o mérito, a fim de
manter o equilíbrio entre os que ocupam igual posição;
Justiça comutativa = a qual organiza e equilibra as trocas de
bens, cometidos o critério de igual valor;
Justiça corretiva = aquela que busca o equilíbrio entre os delitos
cometidos e os castigos correspondentes.

Aristóteles
"Ser justo é tratar os iguais como iguais, sem excesso, nem
falta!"

A noção aristotélica de justiça previa uma condição de


igualdade e equilíbrio entre os cidadãos gregos. No entanto, nem
todos eram considerados cidadãos na cidade em que Aristóteles
vivia. Isso demostra o quanto é difícil uma medida realmente
justa nas relações sociais estabelecidas.

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