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UNIVERSIDADE PAULISTA

SABRINNE TEODORO AZAMBUJA

AS RELAÇÕES DA FILOSOFIA EXISTENCIALISTA COM A JUVENTUDE


CONTEMPORÂNEA NA ERA DAS REDES SOCIAIS

Campo Grande - MS
2022
SABRINNE TEODORO AZAMBUJA

AS RELAÇÕES DA FILOSOFIA EXISTENCIALISTA COM A JUVENTUDE


CONTEMPORÂNEA NA ERA DAS REDES SOCIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Filosofia da UNIVERSIDADE PAULISTA,
como requisito parcial para a Obtenção do grau de
Licenciatura em Filosofia

Orientador: Prof. Me. Cidclei Guimarães

Campo Grande - MS
2022
SABRINNE TEODORO AZAMBUJA

AS RELAÇÕES DA FILOSOFIA EXISTENCIALISTA COM A JUVENTUDE


CONTEMPORÂNEA NA ERA DAS REDES SOCIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Filosofia da UNIVERSIDADE PAULISTA,
como requisito parcial para a Obtenção do grau de
Licenciatura em Filosofia

São Paulo, 05 de Dezembro de 2023

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Renato Bulcão de Moraes

Universidade Paulista
Dedico este trabalho aos meus filhos e ao meu
companheiro que sempre me incentivaram.
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus livros que me salvaram dos dias difíceis e me guiaram para a
luz da Filosofia. Desde então, meu passado, presente e futuro tem um sentido mais
bem explorado. Ao Davi e o Théo que são motivos da busca pelo que melhor existe
em mim e ao Thiago por me apoiar neste caminho. Por eles, para eles e com eles,
que todos os dias minhas teorias tomam forma práticas, que a felicidade se torna
possível e que os dias são ainda mais agradáveis e significativos.
"Só sei que nada sei." (Sócrates)
RESUMO

As relações da filosofia existencialista com a juventude contemporânea na era das


redes sociais foi minha linha de pesquisa para elencar uma escola filosófica a uma
prática que tomou conta dos nossos dias de forma imponente. É importante
começarmos a descrever sobre os efeitos desse novo estilo de vida que tanto
impacta nossos relacionamentos, contextualizando com os conceitos e as
estatísticas já disponibilizados. Sem o intuito de demonizar ou santificar essa prática,
nosso trabalho busca trazer a luz aos efeitos dessa realidade na nossa sociedade
seja no presente ou nas possíveis consequências futuras. Precisamos destacar as
situações vividas com o advento de tamanha influência digital, sem esquecer o que
os filósofos já escreviam a respeito das relações sociais.

Palavras-chave: Existencialismo; redes sociais; estatísticas.


ABSTRACT

The relations of existentialist philosophy with contemporary youth in the age of social
networks was my line of research to list a philosophical school to a practice that took
over our days in an imposing way. It is important to start describing the effects of this
new lifestyle that so impacts our relationships, contextualizing with the concepts and
statistics already available.

Keywords: Mettzer; formatting; academic work.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 — Imagem da 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – Tempo


livre ........................................................................................................................... 23
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TCC Trabalho de Conclusão de Curso


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 111


2 JUSTIFICATIVA .................................................................................... 122
2.1 CONCEITO ............................................................................................. 13
2.2 FILÓSOFOS ............................................................................................ 15
2.3 PESQUISA 1 (RD STATION EM ABRIL DE 2022).............................. 2020
2.4 PESQUISA 2 (RETRATOS DA LEITURA NO BRASIL EM 2019) ......... 233
2.5 PESQUISA 3 (MINDMINERS EM 2019) ............................................... 255
2.6 PESQUISA 4 (UNITED KINGDOM’S ROYAL SOCIETY OF PUBLIC
HEALTH EM 2020) ................................................................................................. 277
3 CONCLUSÃO ....................................................................................... 299
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 30
11

1 INTRODUÇÃO

As relações da filosofia existencialista com a juventude contemporânea na era


das redes sociais.
Neste trabalho pretendo abordar á realidade dos jovens usuários das redes
sociais com o movimento Existencialista que se popularizou após a Segunda Guerra
Mundial. Buscando trazer conceitos e pesquisas para englobar essa população,
explorando esse movimento que analisa o ser humano como um todo com esse
público, que segundo estatísticas, no mundo existem aproximadamente 4,2 bilhões
de usuários na internet.
Analisando algumas redes sociais podemos comparar como os seres
humanos, principalmente os jovens, tem utilizados esses canais como suas
principais formas de comunicação. Não banalizando o movimento filosófico, mas
aproveitando do foco peculiar dele, para, utilizando estatísticas e conceitos, abordar
esse tema tão atual, predominante e observável.
12

2 JUSTIFICATIVA

Nosso trabalho irá abordar alguns conceitos no que diz respeito ao


Existencialismo, e logo em seguida contemplar os principais filósofos desse
movimento filosófico e literário. Para respaldar nossas ideias, iremos apresentar
algumas pesquisas com os levantamentos necessário sobre os jovens e as redes
sociais.
Nossa problemática se volta justamente para a escassa possibilidade de
aprofundarmos mais no assunto, já que os dados ainda são reduzidos e limitados.
Com o intuito de gerar maior engajamento na reflexão dessa nova realidade em que
nossa sociedade vive, buscamos com este trabalho abordar itens significativos de
hábitos frequentes e impositivos que estão, literalmente, nas palmas de nossas
mãos.
Para Heidegger, a principal pergunta da filosofia deve ser sobre o Ser, essa
demanda excessiva dos jovens pelas redes sociais, essa busca que embora possa
ser benéfica de se encaixar num padrão que por algum motivo caiu na popularidade
nos impõe quais consequências, estamos utilizando esses aplicativos de forma
consciente, são algumas das perguntas que iremos abordar neste trabalho.
13

2.1 CONCEITO

Na obra Introdução à filosofia, Heidegger inicia o texto com um primeiro


tópico: “Ser homem já significa filosofar”, para os críticos que afirmam que a Filosofia
está morrendo, iremos utilizar das redes sociais para discorrer um pouco sobre o
comportamento, exibição e padrões utilizados pelos jovens.
Segundo Beaufret (1976), quando ouvimos o termo existencialismo, o que
sobressai é a existência, com o sufixo “ismo”, que comumente indica uma doutrina e
que nos sugere que o existencialismo seria por si a filosofia da existência. Já para
Chauí:
”No entanto, a Filosofia do século XX tendeu a dar maior importância ao
finito, isto é, ao que surge e desaparece, ao que tem fronteiras e limites.
Esse interesse pelo finito aparece, por exemplo, numa corrente filosófica
(entre os anos 30 e 50) chamada existencialismo e que definiu o humano ou
o homem como “um ser para a morte”, isto é, um ser que sabe que termina
e que precisa encontrar em si mesmo o sentido de sua existência. Para a
maioria dos existencialistas, dois eram os modos privilegiados de o homem
aceitar e enfrentar sua finitude: através das artes e através da ação político-
revolucionária. Nessas formas excepcionais da atividade, os humanos
seriam capazes de dar sentido à brevidade e finitude de suas vidas.”
(CHAUÍ, 1992)

Vemos que atualmente o homem enfrenta sua finitude nas redes sociais,
sendo usuários de um aplicativo e compartilhando sua vida nele. Podemos abordar
que as redes são utilizadas para expressar rotinas, atividades em torno da exibição
de si mesmo, é a nossa realidade, e a filosofia de vida de muitos jovens.
Com o advento da internet, possibilitando lugar de voz a todos através de
seus perfis, visualizamos constantemente o que Chauí defini por “essa busca por si
mesmo”, seja amadurecendo como pessoa ou tendendo ao ridículo em busca de
curtidas, não queremos aqui definir positiva ou negativamente. Também não
queremos abordar sobre a capacidade de dar sentido a brevidade de suas vidas
através das artes ou ação político-revolucionária, mas sim enaltecer que milhões de
pessoas encontram atualmente nas redes sociais, o sentido da sua existência.
Vamos inicialmente abordar sobre as características do Existencialismo, para
João Penha “é a doutrina filosófica que centra sua reflexão sobre a existência
humana considerada em seu aspecto particular, individual e concreto” (PENHA,
1998).
14

Podemos comtemplar homens e mulheres bem mais comunicativos,


expositivos e opinativos, ressalto mais uma vez que não vamos optar por um
caminho único seja ele bom ou ruim, pretendemos demonstrar o espaço que os
jovens possuem, ademais entraremos no quesito “engajamento”, mas por hora há
que se demonstrar a notoriedade que estas redes possibilitaram aos jovens.
Não que a rede signifique assertivamente numa obrigatoriedade de reflexão
existencial, isso de fato, pode passar bem longe, mas em muitos casos, vamos focar
no qualitativo e não no quantitativo, notamos por hora a autorreflexão e a reflexão do
outro, seja ele como individual ou coletivo.
Vejamos as críticas deferidas sobre estética exacerbada, ridicularização
através das “dancinhas do TikTok”, com os anos eleitorais multiplicam os
preconceitos, intolerância, atualmente a xenofobia prevaleceu com o resultado
obtido no nordeste do país. Ainda existe a propagação de Fake News, alavancagem
de situações impróprias, dentre outros, são através desse canal de comunicação
que podemos ter a certeza do que o ser humano é, de sua definição, de como ele
reage diante da emoção, seja de raiva ou de humor.
Conforme podemos analisar no trecho do filósofo italiano Maurizio Ferraris,
professor da Università degli Studi di Torino, em artigo publicada no jornal La
Repubblica, em 13 de agosto de 2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto:

“A tecnologia não é aberração, mas sim revelação: mostra à humanidade


como ela é feita. Aristóteles disse que o homem é um animal político, e as
tecnologias dos últimos 30 anos realizaram um gigantesco desenvolvimento
das relações humanas nas redes sociais.” (FERRARIS, 2011)

As redes socias revelam quem realmente somos, e essa revelação se dá a


nós mesmos e aos demais que permitimos compartilhar nossas vidas. Nossas
reações quanto às curtidas, nosso temperamento enquanto comentários são
depositados a todo momento, linhas de raciocínio que seguimos através das
repostagens, notícias que optamos por opinar, textos e imagens que resolvemos
compartilhar.
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2.2 FILÓSOFOS

Notamos que há diferenças teóricas entre os filósofos, todavia o foco sempre


é o ser humano, vida e sentimento enquanto indivíduos. Assim sendo, não podemos
falar de Existencialismo sem citar a investigação filosófica de francês Jean-Paul
Sartre:
“Um homem compromete-se com sua vida, desenha seu rosto e para além
desse rosto, não existe nada. Evidentemente, tal pensamento pode parecer
difícil de aceitar por alguém que tenha fracassado em seus projetos de vida.
Mas, por outro lado, ele leva as pessoas a entenderem que só a realidade
conta, que os sonhos, as esperas, as esperanças, só permitem que o
homem se defina como sonho malogrado, como esperanças abortadas,
como esperas inúteis; ou seja, que ele se defina em negativo e não em
positivo; todavia, quando se diz: “tu nada mais és do que tua vida...”, isso
não implica que o artista seja julgado unicamente por suas obras de arte;
mil outras coisas contribuem igualmente para defini-lo. O que queremos
dizer é que um homem nada mais é do que uma série de empreendimentos,
que ele é a soma, a organização, o conjunto das relações que constituem
esses empreendimentos.” (SARTRE, 1987)

A internet trouxe a liberdade de milhões de pessoas poderem se expressar,


daqueles que antes se sentiam excluídos, hoje se sentirem integrantes da
sociedade, com seus medos, acertos e angústias, seres que erram, que em sua
plenitude, se expõe na íntegra ou utilizam uma maquiagem para mostrar um perfil
que sua mente deseja ser.
Sobre a abordagem do autor em o homem se definir em negativo,
começamos a traçar uma linha automática com essa tendência. Por hora, podemos
adiantar que a vida que se prega na rede social majoritariamente é perfeita, com
pessoas felizes, ricas, trabalhadoras, cultas, fitness e que viajam. A realidade sem
filtro é omitida, o que leva a pessoas com suas vidas “normais” acreditarem que algo
de errado não está certo, atormentando milhares de saúdes mentais. No próximo
capítulo iremos discorrer sobre levantamentos e pesquisas que nos permitem
realizar essa e as demais afirmativas.
Se a busca dessa corrente filosófica é a compreensão da existência humano,
o homem na sua experiência diária, pois bem, sabemos bem onde procurar. Ainda
segundo Sartre:
“O que significa, aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa
que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no
mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o
concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada:
16

só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si


mesmo. Assim, não existe natureza humana, já que não existe um Deus
para concebê-la. O homem é tão-somente, não apenas como ele se
concebe, mas também como ele se quer; como ele se concebe após a
existência, como ele se quer após esse impulso para a existência.”
(SARTRE, 1987)

O próprio Sartre diferencia o existencialismo ateu do cristão, não iremos


aprofundar nesse tópico, queremos priorizar o homem como ele mesmo, sem cunho
religioso. Para o autor, no homem, a existência precede a essência, ou seja, ele não
acredita que o ser humano possui um modelo padrão e uma essência inalterada e
prévia, mas sim uma possibilidade aberta para ele ser o que ele quiser ser.

“O existencialista declara frequentemente que o homem é angústia. Tal


afirmação significa o seguinte: o homem que se engaja e que se dá conta
de que ele não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um
legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira,
não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda
responsabilidade. É fato que muitas pessoas não sentem ansiedade, porém
nós estamos convictos de que estas pessoas mascaram a ansiedade
perante si mesmas, evitam encará-la; certamente muitos pensam que, ao
agir, estão apenas engajando a si próprios e, quando se lhes pergunta: mas
se todos fizessem o mesmo? eles encolhem os ombros e respondem: nem
todos fazem o mesmo. Porém, na verdade, devemos sempre perguntar-nos:
o que aconteceria se todo mundo fizesse como nós? e não podemos
escapar a essa pergunta inquietante a não ser através de uma espécie de
má fé. Aquele que mente e que se desculpa dizendo: nem todo mundo faz o
mesmo, é alguém que não está em paz com sua consciência, pois o fato de
mentir implica um valor universal atribuído à mentira. Mesmo quando ela se
disfarça, a angústia aparece.” (SARTRE, 1987)

A grande problemática é que o destino do homem é traçado por ele mesmo,


com um padrão tão invasivo quanto as redes sociais qual a dimensão de
autenticidade percorrida por cada ser humano. Quais são as ações que eu tomo
diariamente como ser humano que são minhas, que possamos nos reconhecer nelas
e o quanto são de outras pessoas que estão afetando as nossas paulatinamente.
Para Sartre, a liberdade é uma prisão, somos livre para fazermos nossas escolhas
mas somos prisioneiros das consequências que elas nos trazem.
Dados do Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2018 que avalia as
perspectivas dos brasileiros em relação à tecnologia, para 41% dos jovens
brasileiros, as redes sociais causam sintomas como tristeza, ansiedade ou
depressão. Isso é reflexo do que Sartre diz acima, os jovens, principalmente, iludem
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e mascaram suas essências e se comparam exacerbadamente, a rede social está


aberta para isso. O problema não é da rede social, é do homem, elencamos que as
redes apenas amplificam essas ações.
Não podemos falar de angústia sem citar o pai do Existencialismo, o filósofo
e teólogo dinamarquês Søren Kierkegaard, que nos ensina a importância da
singularidade existencial:

“Assim como um médico pode dizer que provavelmente não existe um único
ser vivo que seja completamente saudável, então qualquer um que
realmente conheça a humanidade poderia dizer que não existe um único ser
humano que não abrigue secretamente uma inquietação, um conflito
interno. Uma desarmonia, uma ansiedade sobre algo desconhecido ou algo
que ele nem ousa tentar saber, uma ansiedade sobre alguma possibilidade
na existência ou uma ansiedade sobre si mesmo … uma ansiedade que ele
não pode explicar. (Soren Kierkegaard, 1813)

A ansiedade para Kiegaard é “a vertigem da liberdade”, ou seja, com tamanha


liberdade ampliando as possibilidades gera ansiedade. O autor fala em “Aprender a
conhecer a ansiedade é uma aventura que todo homem tem que afrontar” (Soren
Kierkegaard, 1812).
Começamos a delinear para o lado dos efeitos de Instagram, na busca de
uma explicação filosófica que contemple essa realidade. Para Chauí:

“A segunda maneira de operar da ideologia é a produção do imaginário


social, através da imaginação reprodutora. Recolhendo as imagens diretas
e imediatas da experiência social (isto é, do modo como vivemos as
relações sociais), a ideologia as reproduz, mas transformando-as num
conjunto coerente, lógico e sistemático de idéias que funcionam em dois
registros: como representações da realidade (sistema explicativo ou teórico)
e como normas e regras de conduta e comportamento (sistema prescritivo
de normas e valores). Representações, normas e valores formam um tecido
de imagens que explicam toda a realidade e prescrevem para toda a
sociedade o que ela deve e como deve pensar, falar, sentir e agir. A
ideologia assegura, a todos, modos de entender a realidade e de se
comportar nela ou diante dela, eliminando dúvidas, ansiedades, angústias,
admirações, ocultando as contradições da vida social, bem como as
contradições entre esta e as idéias que supostamente a explicam e
controlam.” (CHAUÍ, 1992)

Ainda para a autora “cabe ao ego encontrar caminhos para a angústia


existencial. Estamos divididos entre o princípio do prazer (que não conhece limites)
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e o princípio da realidade (que nos impõe limites externos e internos).” (CHAUÍ,


1992)
A existência, segundo Heiddeger, é pautada na autenticidade, e sobre
impessoalidade o autor afirma:

“Neste espaçamento constitutivo do ser-com reside, porém, o fato de a


presença, enquanto convivência cotidiana, estar sob a tutela dos outros. O
arbítrio dos outros dispõe sobre a possibilidades cotidianas de ser da
presença (...) O impessoal pertence aos outros e consolida seu poder (...)
Já se mostrou anteriormente o quanto o mundo circundante público está a
mão e providenciado no “mundo circundante” mais próximo. Na utilização
dos meios de transporte público, no emprego dos meios de comunicação e
notícia (jornal), cada um é como o outro. Este conviver dissolve inteiramente
a própria presença no modo de ser dos “outros” e isso de tal maneira que os
outros desaparecem ainda mais em sua possibilidade de diferença e
expressão. O impessoal desenvolve sua própria ditadura nesta falta de
surpresa e de possibilidade de constatação. Assim nos divertimos e
entretemos como impessoalmente se faz; lemos, vemos e julgamos sobre
literatura e arte como impessoalmente se vê e julga; também nos retiramos
das “grandes multidões” como impessoalmente se considera revoltante. O
impessoal, que não é nada determinado, mas que todos são, embora não
como soma, prescreve o modo de ser da cotidianidade.” (HEIDDEGER,
1927)

E hoje, o ser para as redes sociais também e essencialmente angústia e


impessoalidade. Se, para Heiddeger, o mundo circundante mais próximo fossem as
redes sociais, em muito este trecho se encaixaria e com ainda mais intensidade em
suas palavras.
A rede social por um momento, é o canal estático para análise crítica sobre a
existência humana. O que estamos socialmente construindo, não é a rede social o
problema e sim o ser humano que engana a ele próprio, se sabotando. A gente não
fica pensando a gente simplesmente faz e vai no automático, essa repetição sem
reflexão.
Nós reconhecemos em que, até que ponto bancamos nosso eu, e até que
ponto, este eu sem curtidas sou capaz de sustentar. Estamos caminhando rumo ao
vazio, e chegaremos à linha final numa angústia tremenda por não termos vivido
nossa autenticidade.
Ainda cabe falar sobre o feminismo, que virou “modinha”, Beauvoir em
nenhum momento disse que não se nasce mulher, se afirmar como feminista e
assim torna-se uma mulher. O tornar-se mulher é diferente disso, o movimento tem
19

uma história que muitas que afirmam ser feministas não conhecem e só alegam ser
porque muitas mulheres com muitos seguidores são.
Para Kierkegaard angústia é não saber o que fazer na falta de diretrizes, para
Heiddeger, o ser para a morte é essencialmente angústia, e para Sartre a angústia é
a própria liberdade. Agora interpretemos nossa realidade, onde as diretrizes
preexistentes estão diminuindo, aumentando com isso a sensação de liberdade e
seguimos para o mesmo caminho, a morte. Tamanha angústia dos dias atuais, o
que confirmaremos com levantamentos e dados realizados por estudos atuais no
capítulo abaixo.
20

2.3 PESQUISA 1 (RD STATION EM ABRIL DE 2022)

Segundo Carrasco, o existencialismo é:

“Uma vertente filosófica que busca compreender a existência humana em


seus aspectos concreto, afetivo, histórico e singular, valorizando a liberdade
de ser e as particularidades de cada indivíduo. A palavra existir vem do
latim exsistere, que significa ser, estar, manifestar-se, aparecer, emergir.
Representa o movimento de ser lançado e de estar fora, junto às coisas do
mundo, expressando seu modo de ser e assumindo como se deseja ser.”
(CARRASCO. 2018)

Assim sendo, as redes sociais retratam bem esse movimento referido pelo
autor, principalmente em “assumir como se deseja ser” para si mesmo, e
principalmente, qual a parcela disso é em função dos outros. Sabemos que somos
seres sociáveis, mas a temática é o quanto disso afeta nossa autenticidade.
Os dados que iremos apresentar a seguir se refere a uma pesquisa da RD
Station em abril de 2022 com 297 respondentes e que revela estatísticas de redes
sociais. Entre o público de 16 a 24 anos, 57,2% seguem algum perfil de influenciador
nas redes sociais. Esse percentual vai caindo para faixas etárias mais altas: entre o
público de 55 a 64 anos que usa redes sociais, apenas 22,7% afirmaram seguir
algum perfil de influenciador.
Nosso foco foi justamente os jovens e essa porcentagem exorbitante de não
apenas seguir, mas tentar se adequar a padrões para tentar se tornar um
influenciador digital. Qualquer usuário pode facilmente identificar que grande parte
dos perfis seguem a linha da atividade física com jargões de “ta pago”, ostentam
algum momento seja no ramo alimentício ou do laser, principalmente voltado para a
natureza e até mesmo na prioridade de viajar, podemos observar até mesmo os
modos como são os vídeos dos usuários durante as viagens.
Não podemos afirmar que todas essas práticas são abomináveis, talvez até o
contrário seja verídico, todavia o mascarar suas realidades, se moldar em torno de
um número significativo de visualizações que nos preocupa.
Se no início, Kiergaard afirmava que a angústia gerada pela sociedade era
remediada pela fé, parece que estamos seguindo um caminho em que a própria
angústia que as redes sociais causam, são remediadas pela própria rede social. Ou
seja, parece que vivemos um mundo paralelo de mídia em que muitas vezes gera
21

uma ansiedade causando certa angústia inúmeras vezes, mas a bolha artificial faz
cada vez mais parte das rotinas das pessoas, que, angustiadas, usufruem ainda
mais daquele conteúdo digital.
E ao longo dos anos, conforme vão sendo publicadas mais estatísticas e
notícias como as que seguem abaixo, poderemos cada vez afirmar com mais
propriedade.
Ainda conforme a pesquisa, sobre as estatísticas das Redes Sociais no
Mundo, para 47,6% das pessoas, o principal motivo de usar as redes sociais é para
“Manter contato com amigos e familiares. Na lista dos principais motivos também
aparece “Passar o tempo” com 36,3% e “Ler notícias”, com 34,8%.
Já para 46% dos usuários de redes sociais afirmam que o principal tipo de
conta que seguem é de “” Amigos, família ou outras pessoas que conhece”; 30,2%
disseram que “seguem Atores, comediantes e outros artistas”, enquanto 28,7%
seguem páginas de “Entretenimento, memes ou contas de paródia”.
A pesquisa ainda especifica o cenário no Brasil nos possibilitando comparar
com a realidade mundial: para 65% dos brasileiros, o principal motivo de usar as
redes sociais é para “Manter contato com amigos e familiares”. Na lista dos
principais motivos também aparece “Ler notícias” com 57,4% e “Procurar produtos
para comprar”, com 46,7%.
Ora, estamos cada vez mais ausentes em nossas próprias residências, é
curioso saber que não dispomos de tempo presencial recorrendo as redes sociais
para manter contato com amigos e familiares. É fácil notar rodas de familiares e
amigos, inclusive em eventos, onde a maioria não desgruda do celular.
Conhecemos pessoas que vão para o banheiro com o celular, esperam uma
consulta ou um lanche manuseando o celular, o tempo livre sem o celular tem sido
praticamente inexistente, já que cada vez mais ele nos acompanha seja onde for.
Fato interessante demonstrado também foi o quesito “Passar tempo”, a vida é
notoriamente uma correria entre tantas tarefas que precisamos realizar no nosso dia
a dia, esse item nos remonta a uma dicotomia, passar o tempo que nem temos e
que tanto reclamamos.
Ainda vale ressaltar sobre o ibope que se dá á páginas de humor, para quem
é usuário das redes, podemos com uma pesquisa rápida notar tamanha
engajamento das páginas voltadas para os “memes” e brincadeiras que não importa
22

o cunho, seja religioso, ofensivo, criminoso ou regionalizado, cada vez mais


notoriedade tem notícias que ganham essas páginas de entretenimento.
No cenário brasileiro ainda podemos observar o item “Procurar produtos para
comprar” em que quase metade da população se enquadra, o que nos confirma o
aumento significativo de aplicativos de compra pela internet.
A pesquisa ainda nos apresenta um dado interessantíssimo, passamos em
média 3 horas e 49 minutos por dia navegando nas redes sociais. Esse número é
53% maior que a média global.
O público brasileiro está em 2º lugar no ranking de quem utiliza o maior
número de redes sociais por mês: são em média 8,4 redes ativas, ficando atrás
apenas na Índia, que tem uma média de 9,1 redes ativas por usuário.
Não é apenas sobre ser países populosos, e sim o quanto tempo se gasta
em tantas redes diferentes e a necessidade constante e desprendimento gigante de
tempo que isso demanda. O que nos leva a questionar o porquê de tamanha
demanda.
Recapitulando, a maioria do público de 16 a 24 anos, segue algum perfil de
influenciador nas redes sociais, entende-se como uma pessoa que utiliza a sua vida
nas redes sociais para “influenciar” outras, seja essa pessoa correta ou não,
inteligente ou não, estamos retratando uma pessoa que provavelmente vive disso e
sem critério embasado algum, caiu no gosto popular dos jovens.
No mundo, quase a metade das pessoas, o principal motivo de usar as redes
sociais é para “Manter contato com amigos e familiares enquanto no Brasil, esse
número aumenta em quase 20% se comparado.
E por fim, o item sobre “Ler notícias”, os brasileiros também se sobressaem
dos demais habitantes do mundo, ultrapassando a faixa de 20% de diferença.
23

2.4 PESQUISA 2 (RETRATOS DA LEITURA NO BRASIL EM 2019)

Conforme a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (realizada


pelo Instituto Pró-Livro (IPL), Itaú Cultural e IBOPE Inteligência), 82% dos leitores
responderam que gostariam de ler mais, sendo que, a falta de tempo (47%) é o
principal fator indicado pelos leitores pela não-leitura, passar quase quatro horas
navegando em redes sociais não parece que o tempo realmente esteja escasso.
Ainda sobre a pesquisa acima citada, o estudo revelou que houve uma queda
de cerca de 4,6 milhões de leitores, entre 2015 e 2019, ou seja, temos cada vez
mais voz e opinião a ser emitida, sendo que com o passar dos anos lemos cada vez
menos e estamos menos aptos para tal.
Podemos observar o quadro abaixo com números alarmantes:

Figura 1 — Imagem da 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – Tempo livre

Fonte: O autor (2022).

Imagem da 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – Tempo livre


De 2007 a 2019 podemos identificar o expressivo aumento no uso da internet
e principalmente das redes sociais bem como a queda significativa das leituras e das
visitações á locais culturais, e por fim, a manutenção na prática de esportas, não
condizente com a pesquisa abaixo:
24

Segundo a Ipsos Global Advisor divulgada em julho de 2021, uma pesquisa


com 29 países realizada mostra que o Brasil tem a adesão mais baixa à prática de
atividades físicas. Em média, os respondentes brasileiros se exercitam apenas 3
horas por semana e 31% dos brasileiros entrevistados disseram que não dedicam
nenhum tempo ao condicionamento físico. Além de que, 1 a cada 3 pessoas não
realizam atividade física no nosso país.
Podemos observar os números alarmantes, que nos leva a crer que a
realidade postada não é a vivida. Recordemos que são 3 horas e 49 minutos por dia
navegando nas redes sociais e apenas 3 horas semanais de atividade física
conforme demonstrado.
25

2.5 PESQUISA 3 (MINDMINERS EM 2019)

A MindMiners, em parceria com o Núcleo de Inovação em Mídia Digital da


Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), conversou com 1.000 usuários da
rede social de opinião Meseems, de todas as regiões do país, classes sociais, faixas
etárias e gêneros para entender qual o impacto da utilização das redes sociais no
cotidiano e na saúde mental dos brasileiros.
Temos que 94% dos entrevistados afirmaram que os amigos costumam
verificar notificações de redes sociais enquanto estão conversando. Como retratado
anteriormente, é inegável que estamos perdendo os espaços pessoal para o digital,
raras são as conversas em que as pessoas se observam por muito tempo, fato é
que os celulares integram qualquer diálogo.
Apesar de apenas 41% dos respondentes concordarem em algum grau com
que a reação das pessoas aos posts é importante, 63% concordaram com a
seguinte afirmação: “Depois que posto algo, checo ao menos uma vez o número de
curtidas/visualizações e quem curtiu/visualizou a minha publicação”. Esse percentual
aumenta para 74% entre os jovens de 18 a 24 anos.
Já 56% concordaram em algum grau com a afirmação: “Sinto que se eu
abandonar as redes sociais, ficarei desatualizado sobre alguns acontecimentos do
meu círculo de amigos.”
A pesquisa nos revela que essa busca constante por estar atualizando status
demandando aprovação é cansativa, principalmente entre os jovens, talvez por isso
essa média gritante de horas gastas nos aplicativos. A interação nas redes sociais
pode existir em um nível preocupante de frieza, sabemos que na vida real a
interação tem sido cada vez mais difícil.
Parte dos usuários de redes sociais já entende que é necessário repensar
essa utilização. Alguns já adotaram medidas mais “extremas” para se desconectar
nem que seja momentaneamente. Deixar o celular em casa por exemplo, já foi uma
atitude adotada por 19% dos respondentes. Deixar de usar ou apagar o perfil já
passou pela cabeça de 49% deles e o tempo gasto foi o principal motivo para esse
desejo.
Os principais motivos pelos quais os respondentes querem deixar alguma das
redes sociais, entre as que utilizam atualmente, estão ligados ao tempo gasto e o
relacionamento com outras pessoas dentro e fora desses ambientes.
26

Eis o ponto que queremos discutir no trabalho, a conscientização dos nossos


hábitos, o vício que tem se tornado na realidade de muitos jovens e a
problematização que essa nova realidade virtual nos impõe. Precisamos ampliar
essas questões, sabemos que não é a rede social a vilã da história e sim, os seres
humanos com a utilização inadequada (ou tendendo para a inconsciência) dela.
27

2.6 PESQUISA 4 (UNITED KINGDOM’S ROYAL SOCIETY OF PUBLIC HEALTH


EM 2020)

A pesquisa entrevistou 1.479 jovens de 14 a 24 anos, no Reino Unido, no


período de fevereiro a maio de 2020, para avaliar o impacto de 14 itens relacionados
com a saúde mental e o bem-estar.
Foram eles: 1) formas de entender as experiências de outros sobre a saúde,
2) acesso a informações de saúde confiáveis, 3) apoio emocional e empatia de
familiares e amigos, 4) ansiedade, 5) depressão, 6) sensação de solidão e
infelicidade, 7) qualidade do sono, 8) capacidade de exprimir sentimentos,
pensamentos ou ideias, 9) autoidentidade – habilidade para definir quem você é, 10)
percepção da aparência física, 11) relacionamento com a família e os amigos, 12)
relacionamento com a comunidade, 13) bullying – ameaças e comportamentos
abusivos, 14) necessidade de permanecer conectado pelo medo de perder
experiências importantes.
Os adolescentes entrevistados classificaram, em ordem decrescente de
efeitos positivos, as plataformas: 1) YouTube (a mais positiva), 2) Twitter, 3)
Facebook, 4) Snapchat, 5) Instagram (a mais negativa).
O Instagram foi bem avaliado nos quesitos de autoexpressão e de
autoidentidade, mas esteve associado a níveis mais elevados de ansiedade,
depressão, bullying e do medo de perder oportunidades.
Ora se essa conclusão já não tínhamos mencionado nos capítulos iniciais
deste trabalho. Vale lembrar que o Instagram retirou temporariamente o número de
curtidas, o que nos leva a crer o quão prejudicial essa comparação excessiva em
busca de “coraçõezinhos” acarreta.
Os jovens e adolescente ainda não possuem uma personalidade bem
formada, períodos de dúvidas são constantes afinal estão em formação e com sua
autoimagem em cheque.
Associemos a isso o crescimento em 40% o número de suicídios entre
crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, segundo os dados fornecidos pelo Mapa
da Violência do Ministério da Saúde, no período de 2000 a 2012.
Cheguemos ao ponto em que destacamos a importância de estudos sobre
esse assunto, precisamos aprofundar nossas reflexões principalmente para a faixa
jovem da sociedade. As redes sociais tem se tornado impositivas, até que ponto
28

seremos permissivos e até que ponto podemos associar com questões não só de
qualidade de vida, como até mesmo de vida ou morte.
29

3 CONCLUSÃO

Em nossas mãos estão, literalmente, o poder de nos conectarmos a milhares


de pessoas e desconectarmos de outras. Sabemos que a tecnologia aflora o que,
como seres humanos, já somos e que as pesquisas revelam que são em média 3
horas e 49 minutos diários de exposição às redes sociais.
Uma escola filosófica chamada Existencialismo nos enriqueceu com tantos
conceitos, descreveu tantas observações valiosas que não estão mais esquecidas
nas gavetas porque nem estão sendo mais impressas. Sartre, Kiegaard, Heiddeger
e tantos outros sendo publicados na superficialidade de uma legenda de foto de rede
social, cujo todo um pensamento reduzido a nada mais que duas linhas, pois o ser
humano acelerou o dedo com tantas informações para "arrastar para cima" na tela
de seus celulares.
Estamos nos deixando ser influenciados por quais pessoas? Quais são
nossos critérios, quem tem sido os exemplos para os nossos filhos? Estamos cada
vez mais tecnológicos e diminuindo nossas leituras, visitações á locais culturais e a
nossa presença física tem sido cada vez menos presente.
Ainda precisamos pesquisar e buscar sobre os efeitos dessa predominância
digital nas nossas vidas e, no mínimo, indagarmos o que será dos nossos filhos e
netos. Para onde nossa sociedade está caminhando, temos tempo para
conseguirmos observar ao menos essa trajetória?
30

REFERÊNCIAS

BEAUFRET, J. Introdução às filosofias da existência: de Kierkegaard a Heidegger.


Tradução: Salma Tannus Muchail. São Paulo: Duas Cidades, 1976.. Disponível em:
. Acesso em: Data inválida.

CARRASCO, B. Existencialismo e outros temas. [s.l.]: Wikiart, 2018.. Disponível em:


. Acesso em: Data inválida.

DMITRUK, Hilda Beatriz (Org.). Cadernos metodológicos: diretrizes da


metodologia científica. 5 ed. Chapecó: Argos, 2001. 123 p.

KIERKEGAARD, S. O desespero humano : Doença até à morte / Sören Kierkegaard


; trad. Adolfo Casais Monteiro Main Author: Kierkegaard, Sören, 1813-1855
Secondary Author: Monteiro, Adolfo Casais, 1908-1972 Language: Português..
Disponível em: . Acesso em: Data inválida.

PENHA, J. O que é existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 1998. (Coleção


Primeiros Passos). Disponível em: . Acesso em: Data inválida.

PESQUISA 1. RD Station em abril de 2022. Disponível em:


https://resultadosdigitais.com.br/marketing/estatisticas-redes-
sociais/#:~:text=Estat%C3%ADsticas%20de%20Redes%20Sociais%20no%20mund
o%20J%C3%A1%20s%C3%A3o,29%20minutos%20por%20dia%20navegando%20
nas%20redes%20sociais.. Acesso em: 13 set. 2022.

PESQUISA 2. Retratos da Leitura no Brasil em 2019. Disponível em:


https://www.cenpec.org.br/tematicas/retratos-da-leitura-no-brasil-por-que-estamos-
perdendo-leitores. Acesso em: 30 set. 2022.

Pesquisa 3 . MindMiners em 2019. Disponível em:


https://mindminers.com/blog/redes-sociais-saude-
mental/#:~:text=As%20redes%20sociais%20e%20os%20transtornos%20mentais%2
0Falando,transtorno%2C%20contudo%2021%25%20afirmou%20ter%20um%20imp
acto%20positivo.. Acesso em: 3 out. 2022.

Pesquisa 4 . United Kingdom’s Royal Society of Public Health em 2020.


Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/midias-sociais-e-
saude-mental-artigo/. Acesso em: 11 out. 2022.

SARTRE, J. O existencialismo é um humanismo. A imaginação; Questão de Método.


Tradução: Rita Correia Guedes, Luis Roberto Salinas Fortes e Bento Prado Jr. São
Paulo: Abril Cultural, 1987. (Coleção Os Pensadores).. O existencialismo é um
humanismo.

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