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Campo Grande - MS
2022
SABRINNE TEODORO AZAMBUJA
Campo Grande - MS
2022
SABRINNE TEODORO AZAMBUJA
BANCA EXAMINADORA
Universidade Paulista
Dedico este trabalho aos meus filhos e ao meu
companheiro que sempre me incentivaram.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus livros que me salvaram dos dias difíceis e me guiaram para a
luz da Filosofia. Desde então, meu passado, presente e futuro tem um sentido mais
bem explorado. Ao Davi e o Théo que são motivos da busca pelo que melhor existe
em mim e ao Thiago por me apoiar neste caminho. Por eles, para eles e com eles,
que todos os dias minhas teorias tomam forma práticas, que a felicidade se torna
possível e que os dias são ainda mais agradáveis e significativos.
"Só sei que nada sei." (Sócrates)
RESUMO
The relations of existentialist philosophy with contemporary youth in the age of social
networks was my line of research to list a philosophical school to a practice that took
over our days in an imposing way. It is important to start describing the effects of this
new lifestyle that so impacts our relationships, contextualizing with the concepts and
statistics already available.
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
2.1 CONCEITO
Vemos que atualmente o homem enfrenta sua finitude nas redes sociais,
sendo usuários de um aplicativo e compartilhando sua vida nele. Podemos abordar
que as redes são utilizadas para expressar rotinas, atividades em torno da exibição
de si mesmo, é a nossa realidade, e a filosofia de vida de muitos jovens.
Com o advento da internet, possibilitando lugar de voz a todos através de
seus perfis, visualizamos constantemente o que Chauí defini por “essa busca por si
mesmo”, seja amadurecendo como pessoa ou tendendo ao ridículo em busca de
curtidas, não queremos aqui definir positiva ou negativamente. Também não
queremos abordar sobre a capacidade de dar sentido a brevidade de suas vidas
através das artes ou ação político-revolucionária, mas sim enaltecer que milhões de
pessoas encontram atualmente nas redes sociais, o sentido da sua existência.
Vamos inicialmente abordar sobre as características do Existencialismo, para
João Penha “é a doutrina filosófica que centra sua reflexão sobre a existência
humana considerada em seu aspecto particular, individual e concreto” (PENHA,
1998).
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2.2 FILÓSOFOS
“Assim como um médico pode dizer que provavelmente não existe um único
ser vivo que seja completamente saudável, então qualquer um que
realmente conheça a humanidade poderia dizer que não existe um único ser
humano que não abrigue secretamente uma inquietação, um conflito
interno. Uma desarmonia, uma ansiedade sobre algo desconhecido ou algo
que ele nem ousa tentar saber, uma ansiedade sobre alguma possibilidade
na existência ou uma ansiedade sobre si mesmo … uma ansiedade que ele
não pode explicar. (Soren Kierkegaard, 1813)
uma história que muitas que afirmam ser feministas não conhecem e só alegam ser
porque muitas mulheres com muitos seguidores são.
Para Kierkegaard angústia é não saber o que fazer na falta de diretrizes, para
Heiddeger, o ser para a morte é essencialmente angústia, e para Sartre a angústia é
a própria liberdade. Agora interpretemos nossa realidade, onde as diretrizes
preexistentes estão diminuindo, aumentando com isso a sensação de liberdade e
seguimos para o mesmo caminho, a morte. Tamanha angústia dos dias atuais, o
que confirmaremos com levantamentos e dados realizados por estudos atuais no
capítulo abaixo.
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Assim sendo, as redes sociais retratam bem esse movimento referido pelo
autor, principalmente em “assumir como se deseja ser” para si mesmo, e
principalmente, qual a parcela disso é em função dos outros. Sabemos que somos
seres sociáveis, mas a temática é o quanto disso afeta nossa autenticidade.
Os dados que iremos apresentar a seguir se refere a uma pesquisa da RD
Station em abril de 2022 com 297 respondentes e que revela estatísticas de redes
sociais. Entre o público de 16 a 24 anos, 57,2% seguem algum perfil de influenciador
nas redes sociais. Esse percentual vai caindo para faixas etárias mais altas: entre o
público de 55 a 64 anos que usa redes sociais, apenas 22,7% afirmaram seguir
algum perfil de influenciador.
Nosso foco foi justamente os jovens e essa porcentagem exorbitante de não
apenas seguir, mas tentar se adequar a padrões para tentar se tornar um
influenciador digital. Qualquer usuário pode facilmente identificar que grande parte
dos perfis seguem a linha da atividade física com jargões de “ta pago”, ostentam
algum momento seja no ramo alimentício ou do laser, principalmente voltado para a
natureza e até mesmo na prioridade de viajar, podemos observar até mesmo os
modos como são os vídeos dos usuários durante as viagens.
Não podemos afirmar que todas essas práticas são abomináveis, talvez até o
contrário seja verídico, todavia o mascarar suas realidades, se moldar em torno de
um número significativo de visualizações que nos preocupa.
Se no início, Kiergaard afirmava que a angústia gerada pela sociedade era
remediada pela fé, parece que estamos seguindo um caminho em que a própria
angústia que as redes sociais causam, são remediadas pela própria rede social. Ou
seja, parece que vivemos um mundo paralelo de mídia em que muitas vezes gera
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uma ansiedade causando certa angústia inúmeras vezes, mas a bolha artificial faz
cada vez mais parte das rotinas das pessoas, que, angustiadas, usufruem ainda
mais daquele conteúdo digital.
E ao longo dos anos, conforme vão sendo publicadas mais estatísticas e
notícias como as que seguem abaixo, poderemos cada vez afirmar com mais
propriedade.
Ainda conforme a pesquisa, sobre as estatísticas das Redes Sociais no
Mundo, para 47,6% das pessoas, o principal motivo de usar as redes sociais é para
“Manter contato com amigos e familiares. Na lista dos principais motivos também
aparece “Passar o tempo” com 36,3% e “Ler notícias”, com 34,8%.
Já para 46% dos usuários de redes sociais afirmam que o principal tipo de
conta que seguem é de “” Amigos, família ou outras pessoas que conhece”; 30,2%
disseram que “seguem Atores, comediantes e outros artistas”, enquanto 28,7%
seguem páginas de “Entretenimento, memes ou contas de paródia”.
A pesquisa ainda especifica o cenário no Brasil nos possibilitando comparar
com a realidade mundial: para 65% dos brasileiros, o principal motivo de usar as
redes sociais é para “Manter contato com amigos e familiares”. Na lista dos
principais motivos também aparece “Ler notícias” com 57,4% e “Procurar produtos
para comprar”, com 46,7%.
Ora, estamos cada vez mais ausentes em nossas próprias residências, é
curioso saber que não dispomos de tempo presencial recorrendo as redes sociais
para manter contato com amigos e familiares. É fácil notar rodas de familiares e
amigos, inclusive em eventos, onde a maioria não desgruda do celular.
Conhecemos pessoas que vão para o banheiro com o celular, esperam uma
consulta ou um lanche manuseando o celular, o tempo livre sem o celular tem sido
praticamente inexistente, já que cada vez mais ele nos acompanha seja onde for.
Fato interessante demonstrado também foi o quesito “Passar tempo”, a vida é
notoriamente uma correria entre tantas tarefas que precisamos realizar no nosso dia
a dia, esse item nos remonta a uma dicotomia, passar o tempo que nem temos e
que tanto reclamamos.
Ainda vale ressaltar sobre o ibope que se dá á páginas de humor, para quem
é usuário das redes, podemos com uma pesquisa rápida notar tamanha
engajamento das páginas voltadas para os “memes” e brincadeiras que não importa
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seremos permissivos e até que ponto podemos associar com questões não só de
qualidade de vida, como até mesmo de vida ou morte.
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3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS