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Drucker em 33 lições

Uma existência humana é possível? 1943

Nunca na história ocidental houve um século tão distante de uma conscientização do trágico
quanto que nos deixou como herança 2 guerras mundiais. Ele treinou todos nós a suprimir o
trágico, a fechar nossos os olhos a ele, a negar sua existência.

pouco menos que 200 anos atrás, em 1755 para ser mais preciso, a morte de 15000 homens
em um terremoto em Lisboa bastou para derrubar a estrutura da crença tradicional cristã na
Europa. Os contemporâneos não via sentido naquilo. Eles não conseguiam conciliar esse
horror de um Deus misericordioso. E não conseguiam ver qualquer resposta a uma catástrofe
de tamanha magnitude. hoje em dia, ficamos sabendo diariamente do massacre de destruição
de números muito maiores, de povos inteiros morrendo de fome ou sendo exterminados, de
cidade de inteiras sendo derrubadas da noite para o dia. É muito mais difícil explicar essas
catástrofes produzidas pela mão humana em termos da nossa racionalidade do século XIX O
que era para o século XVIII explicar o terremoto de Lisboa em termos de racionalidade do
cristianismo do século XVIII. no entanto, não acredito essas catástrofes contemporâneos tem
uma balada o otimismo desses milhares de comitês dedicados à crise em que a paz e à
prosperidade permanentes resultaram inevitavelmente dessa guerra. Eles sem dúvida estão
cientes dos fatos que estão devidamente indignados por ele. Mas se recusam a vê-los como
catástrofes.

No entanto por mais que o século XIX tenha conseguido suprimir o trágico para possibilitar a
existência humana exclusivamente no tempo, há um outro fato que não pode ser suprimido,
um fato que permanece fora da admissão do tempo: a morte. Esse é o único fato que não
pode ser generalizado, mas permanece singular, o único fato e não pode ser socializado, mas
permanece individual. O século XIX fez de tudo para remover da morte se o aspecto individual,
singular e qualitativo. Ele fez da morte um incidente em termos de estatística ,
quantitativamente mensurável e previsível de acordo com as leis naturais da probabilidade. Ele
tentou contornar a morte organizando mais além as suas consequências. Esse é o sentido do
seguro de vida, ele promete remover da morte as suas consequências. O seguro de vida talvez
seja a instituição mais representativa da metafísica do século XIX, porque sua promessa de
“diluir os riscos” mostra com maior clareza a natureza de sua tentativa de fazer da morte um
incidente na vida humana.

Foi no século 19 que inventou o espiritualismo na tentativa de controlar a vida após a morte
por meio de recursos mecânicos. No entanto, a morte persiste com o final a sociedade pode
fazer da morte um tabu, pode criar a regra de que é de mau gosto de falar da morte, pode
substituir a cremação “ higiênica” por aqueles funerais horrivelmente públicos e pode passar a
chamar por vírus “ agentes funerários “. O erudito professor Ernest Haeckel, o naturalista
alemão, pode sugerir em termos gerais que a biologia darwiniana está prestes a viver para
sempre; mas ele não cumpriu sua promessa. I viva enquanto a morte persistir o homem
continua com um polo de sua existência fora da sociedade e fora do tempo.

Dessa forma, enquanto a morte persistir, conceito otimista da vida, a crença de que a
eternidade pode ser atingida pelo tempo e que o indivíduo pode se realizar plenamente na
sociedade só pode levar um resultado: o desespero. Deve chegar um momento na vida de
qualquer pessoa no qual ele ou ela subitamente se vê diante da morte. E, nesse ponto,
encontra-se completamente só; é totalmente um indivíduo. Se estiver perdido, sua existência
se torna sem sentido. O filósofo e teólogo dinamarquês Soren Kierkegaard , o primeiro a
diagnosticar o fenômeno e a prever onde ele levaria, o chamou de “o desespero de não estar
disposto a ser um indivíduo”. De forma superficial, o indivíduo pode se recuperar desse
encontro com um problema de existência na eternidade. Ele pode até se esquecer do
problema por algum tempo. Mas ele nunca poderá recuperar sua confiança em sua existência
na sociedade: ele basicamente permanece em desespero.

Dessa forma, a sociedade deve tentar possibilitar ao homem morrer, se quiser que ele seja
capaz de viver exclusivamente na sociedade. Só existe uma maneira na qual a sociedade pode
fazer isso: fazendo a vida individual perdeu o sentido. Se você não passar de uma folha na
árvore, uma célula no corpo da sociedade, a sua morte não chega a ser uma morte; ela é
apenas uma parte da vida do todo. você mal pode falar de morte; é melhor chamá-la de um
processo de regeneração coletiva. Mas então, é claro, a sua vida também não é uma vida real;
ela não passa de um processo funcional dentro da vida do tudo, destituída de qualquer sentido
exceto em temos do todo.

Assim você pode ver o que Kierkegaard viu claramente 100 anos atrás: O otimismo de uma
crença que proclama a existência humana é uma existência em sociedade deve levar
diretamente ao desespero em que o desespero leva diretamente ao totalitarismo. E você
também pode ver a essência da crença do totalitarismo não é como viver, mas como morrer.
Para que a morte seja mais suportável, é necessário fazer a vida individual perder o valor e o
sentido. A crença otimista que começa fazendo a vida neste mundo significar tudo leva
diretamente a glorificação nazista da autoimolação como único ato no qual o homem pode
existir algum sentido. O desespero se torna a essência da própria vida.

Dessa forma, o século XIX atingiu o mesmo ponto que o mundo apagão atingiu na era
Eurípedes ou no fim do Império Romano. E, como antiguidade, tentamos encontrar uma saída
escapando para o puramente ético, fugindo para a virtude como a essência da experiência
humana. A cultura ética e essa espécie de protestantismo liberal que vê em Jesus o melhor
homem que já existiu, a regra de ouro e o imperativo categórico de Kent, a satisfação de servir,
essas e outras informações de um conceito ético da vida se tornaram tão familiares no século
19 quanto a maioria delas foi na antiguidade. E elas não conseguiram proporcionar uma base
para a existência humana na mesma forma como não conseguiram 2000 anos atrás. Em seus
mais novos defensores, o conceito ético leva a uma resignação histórica, que oferece coragem
e firmeza , mas não dá sentido nem a vida nem a morte. E essa futilidade é demonstrada por
sua confiança no suicídio como solução definitiva, apesar de q, para os históricos, a morte É o
Fim de tudo e de toda a resistência. Soren justificadamente considerou essa posição como
oposição e até mais desespero do que a posição otimista ; ele a chama de o desespero desejar
ser indivíduo .

Na maioria dos casos, contudo, a posição ética não leva a nada tão nobre e tão coerente
quanto a filosofia estoica. Normalmente, ela nada mais faz do que dourar a pílula do
totalitarismo. Qual a posição ética se transforma em puro sentimentalismo, a posição os que
acreditam que o mal pode ser abolido e que a harmonia pode ser estabelecida pela promoção
da bondade, da luz e da boa vontade.

E, em todos os casos, a posição ética está fadada a se degenerar no nosso relativismo puro.
Isso porque, para encontrar as virtudes do homem, tudo o que é aceito pelo homem deve ser
virtude . Dessa forma, uma posição que começa, como fizeram Rousseau e Kant 175 anos
atrás, a estabelecer absolutos éticos criados pelo homem deve terminar em John Dewey e na
total negação da possibilidade da posição ética assim, não há como escapar do desespero.
será então que a nossa conclusão é que a existência humana não pode ser uma existência em
tragédia e desespero? Se for o caso, os sábios do Oriente estão certos ao ver na destruição do
ser, na subversão submersão do homem no Nirvana, no nada, a única respostai.

Nada pode estar mais longe de Soren. Porque Soren tem uma resposta. A existência humana é
possível como uma existência não no desespero, como existência não na tragédia, ela é
possível como uma existência na fé. O oposto do pecado, para utilizar o termo tradicional para
a experiência puramente na sociedade, não é a virtude; é a fé.

Ah É a crença de que em Deus O Impossível possível ele que nele tenho que ir até unidade só
um só, que tanto a vida quanto a morte têm sentido. No meu preferido outros livros de
chorem, um pequeno volume intitulado temor e tremor, publicado em 1843, Soren levanta a
questão: O que distingue a disposição de Abraão de sacrificar seu filho, Isaac de um
assassinato qualquer?

se a distinção porque Abraão nunca tive a intenção de levar um sacrifício acaba, mas o tempo
todo só pretendia exibir sua obediência a Deus, ele, de fato, não teria sido um assassino, mas
teria sido algo mais desprezível : uma frase de um trapaceiro . Se ele não amasse Isaac, mas
nem fosse diferente, ele estaria disposto a ser um assassino. Mas Abraão era um homem Santo
e as ordens de Deus eram para ele um comando absoluto a ser executado sem reservas. Isso
homens informados de que ele amava Isaque mais do que assim mesmo. Mas Abraão tinha fé.
Ele acreditava que em Deus do impossível se tornaria possível viva o que ele poderia executar
ordem de Deus e mesmo assim poupa Isaac.

X se você leu esse pequeno livro em inglês, Fear and trembling , pode ser lido na introdução do
tradutor que ele trata simbolicamente do mais profundo segredo desordem, seu grande e
trágico amor. Ele falava de si mesmo, quando fala de Abraão. Mas esse significado como uma
autobiografia simbólica é apenas secundário. O verdadeiro e universal significado é que a
existência humana é possível, só é possível, na fé. Na fé, o indivíduo se transforma no
universal, deixa de ser isolado, se torna significativo e absoluto; dessa forma, na fé reside uma
verdadeira ética. E na fé a existência na sociedade também se torna significativa com a
existência da verdadeira caridade.

Essa fé não é o que hoje em dia se chama com tanta frequência de experiência Mística, algo
que aparentemente pode ser induzido pelos exercícios respiratórios adequados, pelo jejum,
por narcóticos ou pela exposição prolongada a Bach com olhos e ouvidos fechados. É algo que
pode ser atingido apenas pelo desespero, pela tragédia, por um longo, doloroso incessante
esforço. Ela não é irracional língua sentimental, emocional ou espontânea. Ela resulta de
grande reflexão é aprendizado, vigorosa disciplina, de total sobriedade, de absoluta
determinação. É algo que poucos podem atingir, mas todos podem, e devem, buscar.

Quem eu sou até aqui. Se vocês quiserem ir adiante , se quiserem saber sobre a natureza da
experiência religiosa sobre o caminho que leva ela, sobre a fence, vocês precisam ler só em.
Mesmo assim, vocês podem dizer que tentei levá-los no caminho além do que eu mesmo
conheço. vocês podem me acusar e tentar fazer sorem aceitar a sociedade como real e
significativa enquanto na verdade ele a repudiava. Vocês podem até dizer que eu não consegui
relacionar à fé com a existência em sociedade. Todas as queixas seria justificada, mas eu não
me preocuparia muito com elas, pelo menos no que se refere ao objetivo desta aula. Isso
porque tudo que eu quis mostrar a vocês é a possibilidade de termos uma filosofia que
permita que os homens morram. Não subestime o poder de uma filosofia como essa. por que,
em uma época de grande tristeza e catástrofe Hum aqui precisamos suportar, é uma grande
coisa podemos morrer. Mas isso não basta. Também sorem permite que os homens morram;
mas sua fé também permite que eles vivam.

o mito do estado

mito é uma palavra estranha. Se vocês consultarem o dicionário, a verão definida como: com a
lenda, uma invenção, normalmente evocando o sobrenatural para explicar fenômenos
naturais. Essa definição é literalmente correta vir ou pelo menos tão correta quanto à
definição do dicionário pode ser. Vocês mesmos podem fazer o teste; vejam com uma palavra
se encaixa bem no “mito do estado” sobre o qual falaremos hoje.

No entanto, a ênfase retórica na definição e seu X objetivo propagandístico são exatamente o


contrário do que normalmente queremos dizer nos dias de hoje quando falamos sobre um
mito. o que é definição padrão transmite é que um medo é uma super é uma superstição tola,
uma lenda em fundada. Na melhor das hipóteses, ele é tolerado com o voo inocente da
imaginação, com um orçamento, bugiganga reluzente para crianças ou para as horas de lazer
de executivos cansados. Na pior das hipóteses, ele é condenado como a invenção charlatões
inescrupulosos - padres gananciosos, demagogos famintos por poder , capitalistas implacáveis-
que utilizam para Amedrontar os crédulos, incultos e tolos a submissão e ao tributo.

Agora, eu não estou dizendo que não se pode abusar do mito ou utilizá-lo para o mal - na
verdade, ao falar sobre o mito do estado, as principais questões são justamente: qual é a
utilização adequada, correta, do mito? E o que é mau uso demagógico, obscurantista, tirânico?
Mas, quando utilizamos o termo mito, também não estamos falando de uma superstição ou
uma lenda infundada. Estamos falando de algo real, racional é verdadeiro: a expressão
simbólica de uma experiência comum a todos os homens.

A mudança radical na conotação do termo implica uma mudança radical das crenças e
conceitos filosóficos básicos e, acima de tudo, não consegue ter natureza humana. Trata se de
uma transição de uma filosofia que vê o homem como razão, com o resto do seu ser - corpo,
emoção, experiência - como é ilusão ou uma fraqueza, há uma posição filosófica tem mais uma
vez tenta ver o todo do homem, isto é, ver um ser .

bonito, um até os racionalistas radicais do século XVIII viram , linda com a experiência. Ele lida
com o que sabemos, não o que podemos deduzir ou provar. A experiência não é razão ontem,
é experiência. Para o racionalista cartesiano e seu sucessor, um filósofo idealista alemão,
realidade, verdade e veracidade só existiam na razão, e a razão só podia ser aplicada ao que já
se encontrava no âmbito da razão. Não existia uma ponte da verdade da razão as ilusões e
alucinações da experiência. A experiência não era apenas não racional; ela era irracional. e o
mito era pior: era uma mentira.

X todo mundo tenta apresentar a experiência nacional de uma forma com a qual a razão pode
trabalhar . E isso, para os nacionalistas ou idealista , é o maior crime; é uma desonestidade, só
pode ter como objetivo escravizar a razão.

Oi tudo, no momento em que voltamos a ver o homem como ser - como uma criatura que tem
existência em vez de uma partícula isolada de razão-, comida se torne central. o medo que
simboliza a minha experiência à razão. Ele possibilita para razão compreender e analisar a
nossa experiência, criticar, direcionar e alterar nossa reação à experiência. Quem investisse
nacional, comida é visto como um grande racionalizador - a ponte entre experiência em razão
do.

O mito possibilita a nossa razão organizar a experiência de forma racional significativa - isto é,
ele possibilita o ritual. Ele permite que a nossa razão direcione e determine a nossa reação à
experiência. Ao compreendermos o que sabemos com base na nossa experiência, ele
possibilita a ação, que é o termo isso que usamos para o movimento direcionado pela razão,
quando de outra forma só haveria a superstição. Sem o mito, seríamos escravos no pânico; o
mito permite que o homem caminhe ereto; ele libera a sua razão do temor inominável do
exterior e do interior não compreensíveis.

e, por ele ser tão real, é um central, tão poderoso, que digo: “ fui cuidado com o mito”. Fui
pelo fato de ele ser a base de tudo virtual e de todas as instituições, é vital que ele seja um
verdadeiro mito, verdadeiramente interpretado. Porque um mito falso, ou bonito internet
interpretado de forma errada, é a coisa mais odiosa e destrutiva que conhecemos. Mas, vocês
podem perguntar, como o livro pode ser verdadeiro ou falso? Não é uma contradição patente
aplicar tais termos de valor ético e filosófico a experiência? Mais um mito não é apenas a
experiência; ele é a expressão simbólica da experiência, o que significa que um mito em si já é
um produto da nossa consciência, da nossa razão, das nossas crenças, o produto de uma
decisão sobre o que é relevante na. nossa experiência e que a nossa experiência de fato
significa. Isso se aplica com ainda mais força a interpretação do mito- isto é, ao virtual e a ação.

Vocês podem dizer que qualquer mito é um mito vale se passou pelo teste pragmático, o teste
do tempo. Ele não teria sobrevivido a não ser que expressasse em um símbolo plausível uma
experiência comum a toda espécie humana. Unido sempre levanta as questões certas, sempre
registra as perturbações sísmica certas, mas não necessariamente proporciona as respostas
certas. Na verdade, ele não funciona nenhuma resposta. As respostas são obtidas pela nossa
interpretação do mito e da experiência que ele expressa; elas são proporcionadas pela filosofia
é pela teologia, as 2 disciplinas que são exclusivamente voltadas à análise, interpretação e
crítica do mito básico com final essas respostas pode ser correta, mas também incorretas,
dependendo dos princípios, métodos e objetivos do filósofo e teólogo.

Neste ponto de van vocês podem ter percebido que tudo isso foi dito com uma introdução
para a minha aula desta noite viva para falar sobre o “ mito do estado”. As primeiras pessoas a
falarem do estado com Unido não usar o termo neste sentido. Pelo contrário, ao considerar o
estado um mito, elas queriam dizer que na verdade não existe um estado, que existem apenas
indivíduos e que é pior do que uma mentira fingir haver um estado. No entanto, o estado é um
verdadeiro mito no sentido em que usei o tema até aqui.

A experiência de pertencer a um grupo, a experiência que o grupo é real, existem e possui


qualidades próprias e, vocês até podem dizer, tem um corpo, é uma experiência que todos nós
já vivemos. E também sabemos, além de provas racionais e além de tradições, e as situações
nas quais esse fenômeno que chamamos de “grupo” tem mais realidade de mais vida do que o
indivíduo, situação nas quais o indivíduo está disposto a morrer para que o grupo possa
sobreviver. Você pode tentar explicar racionalmente esse fenômeno e desenvolver o estado à
partir da necessidade biológica da família de cuidar do bebê e da mãe que amamenta, outros
princípios fui quê unitários de que meio pão é melhor do que nenhum pão. Mas não é possível
avançar nesse caminho. os e com certeza não poderá explicar racionalmente a experiência
política central, a experiência de chamar de “ lealdade” . Você só pode negar que existe uma
experiência básica como essa, existe algo além do indivíduo - mas isso não faz muito mais
sentido do que negar qualquer outra experiência básica, como a dos nossos sentidos; isso
também faz com que você seja capaz de qualquer eficácia de ação política. Se você está na
política deve aceitar a realidade do grupo organizado como uma experiência básica da vida de
um homem. Você deve aceitar o mito do estado um mito real, como uma expressão simbólica
de uma experiência autêntica, comum a todos nós.

Se tratasse de um mito real, de acordo até mesmo com a definição de dicionário que
apresentem no começo de: “ uma lenda, uma invenção, evocando sobrenatural para explicar
fenômenos naturais”. Podemos não personificar conscientemente o estado como o
sobrenatural, apesar de o processo que nos proporcionou a pessoa do tio Sam e o simbolismo
da bandeira provavelmente não ser tão diferente daquele que deu aos nossos ancestrais a
deusa do milho ou o Carvalho sagrado de Dodona. mas, mesmo sem os fatores externos da
personificação, temos no estado como ser sobrenatural. Nós lhe conferimos imortalidade e,
apesar de não podermos vê-lo, lhe consideramos realidade e eficácia viva o que significa que
lhe conferimos o corpo invisível sobrenatural. Tudo isso, contudo, não significa, como
pensavam os racionalistas, porque lidamos com a mera superstição, que se dissolve diante da
luz da lógica e da razão. Isso significa, pelo contrário que estamos diante de uma realidade e
que um mito por si só nos possibilita lidar com ela nacionalmente.

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