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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO

Guia para a elaboração do projeto de Investigação

Maria dos Anjos Dixe


UNIVERSIDADE DE SANTIAGO

LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS


APA – American Psychological Association

ESSLei – Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria

UC – Unidade Curricular

Maria dos Anjos Dixe


UNIVERSIDADE DE SANTIAGO

Índice
INDICE DE TABELAS...............................................................................................................iv
INTRODUÇÃO............................................................................................................................v
I AVALIAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR........................................................................v
II ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO..................................................vi
1. Título do trabalho (70 caracteres).......................................................................................vii
2. Introdução...........................................................................................................................vii
3. Enquadramento/Problemática (Estado da Arte – Revisão Crítica da Literatura)................vii
4. Metodologia.......................................................................................................................viii
4.1. Concetualização do estudo e objetivos...........................................................................viii
4.2. Questões de investigação e ou hipóteses.........................................................................viii
4.3. População e amostra..........................................................................................................ix
4.4. Instrumentos......................................................................................................................ix
4.5. Procedimentos formais e éticos..........................................................................................x
4.6. Previsão do tratamento de dados.......................................................................................x
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................xi

Maria dos Anjos Dixe


INDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Estimativa do nº da amostra em função do N da população — Adaptado de


Krejcie & Morgan (1970) com nível de confiança de 95%

iv
INTRODUÇÃO

O Guia para a elaboração de Projetos de Investigação tem como propósito apresentar


linhas metodológicas para a elaboração de um projeto de investigação

É um documento que se destina a esclarecer aspetos do processo de construção do


projeto de investigação, orientar na sua estrutura e informar sobre o processo de
orientação dos estudantes durante o projeto assim como a sua avaliação.

Define resumidamente alguns critérios metodológicos que orientem o utilizador na


estruturação e apresentação de um trabalho escrito que reflita a conceção de um projeto
de investigação científica. Procura facilitar aprendizagem dos estudantes, ajudando-os
na preparação dos seus trabalhos.

I AVALIAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR

O trabalho da investigação a realizar corresponde à avaliação da unidade curricular e é


da responsabilidade do estudante com a orientação do docente responsável pela Unidade
curricular. A avaliação da Unidade curricular terá por base o trabalho individual
entregue no final da UC

II ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO

O projeto de investigação deve obedecer à seguinte sequência de itens e limites,


refletindo-se a sua não conformidade na avaliação final.

1. Título do trabalho
2. Introdução
3. Enquadramento/Problemática (Estado da Arte – revisão crítica da literatura)
4. Metodologia/Material e métodos
4.1. Concetualização do estudo e objetivos
4.2. Questões de Investigação e ou Hipóteses

v
4.3. População e amostra
4.4. Instrumentos
4.5. Procedimentos formais e éticos
4.6. Previsão do tratamento de dados

1. Título do trabalho (70 caracteres)

O título do trabalho deve ser representativo do seu conteúdo e ter a extensão máxima de
70 caracteres incluindo os espaços. Poderá ser adicionado um subtítulo indicado após : -
dois pontos.

2. Introdução

A introdução deve incluir:


1. Identificação e delimitação do problema, deixando claro qual o problema que o
trabalho procura dar resposta;
2. Formulação adequada da questão de investigação/questão de partida;
3. Justificação da relevância do estudo, apresentando uma breve revisão da
literatura que sustente a justificação;
4. Clarificação do tipo de estudo que vai ser desenvolvido;
5. Apresentação dos objetivos, que devem estar de acordo com a(s) questão(ões) de
investigação e/ou hipóteses;
6. Referência à metodologia utilizada;
7. Referência à forma de estruturação do trabalho.

3. Enquadramento/Problemática (Estado da Arte – Revisão Crítica da Literatura)

O objetivo desta subsecção é apresentar e descrever a problemática sujeita a


investigação e o seu enquadramento no âmbito do projeto de investigação, bem como
referenciar estudos anteriores relacionados com o objeto de investigação.

Deve demonstrar o conhecimento sobre o estado da arte e a justificação do carácter


inovador da proposta:

a) devem ser salientadas a pertinência/importância e a originalidade do estudo;


b) caso se trate de uma revalidação ou uma nova aferição de resultados deve ser
justificada a opção.

vi
A revisão da literatura deve ser crítica, isto é, a simples referência a trabalhos. Os
comentários ao contributo que esses trabalhos trazem para o projeto ou sobre as suas
limitações, devem ser reduzidos pois não é uma informação significativa nem útil.

Esta deve ter no máximo quinze páginas e responder diretamente aos objetivos.

4. Metodologia

Esta deve ter no máximo 5 páginas e deve ser estruturada da forma como a seguir se
apresenta.

4.1. Concetualização do estudo e objetivos

Face à revisão crítica da literatura apresentada anteriormente, deve descrever-se o plano


de investigação proposto e as metodologias a serem utilizadas.

Deve realizar-se uma breve declaração introdutória da estratégia de investigação e as


características que a definem de modo a fornecer uma visão geral de como a pesquisa
será realmente realizada sem entrar nos detalhes dos elementos de design específicos
que pertencem às seções subsequentes. O panorama também pode incluir um breve
resumo das ligações entre as perspetivas teóricas e metodológicas refletidas no estudo.

Deve ser redigida pormenorizando o que se pretende fazer no projeto, o que se pretende
alcançar e as razões para a sua importância.

Pretende-se que descreva em detalhe o desafio e de que forma as abordagens e


metodologias contribuem para a investigação e para alcançar os objetivos
preestabelecidos. É, portanto, o espaço para pormenorizar o plano de investigação que
se pretende levar a cabo, as estratégias a adotar, os resultados esperados e a divisão das
atividades em tarefas.

Deve incluir informação sobre como os dados irão ser recolhidos, analisados e
interpretados. Deve ainda mostrar que as metodologias propostas são adequadas para
alcançar os objetivos e, se possível, metodologias alternativas, se os métodos propostos
não se revelarem profícuos.

vii
4.2. Questões de investigação e ou hipóteses

Esta secção deve principiar pela apresentação da finalidade do estudo, isto é, o que se
propõe atingir com a realização da investigação. Deve-se declaradamente informar
sobre qual o produto resultante da investigação.

4.3. População e amostra

Nesta subsecção deve definir-se a população estudada e o seu relacionamento com a


problemática sujeita a investigação. Deve pormenorizar-se qual o método de
amostragem selecionado e justificada a sua utilização no âmbito do projeto de
investigação. Deve haver especial atenção nos métodos utilizados para garantir a
representatividade e a significância da amostra estudada e consequentemente a
generalização de resultados. Na tabela seguinte (Tabela ) apresenta-se uma síntese de
alguns valores para o tamanho da amostra em função do N da população.
Para melhor e mais rápido calculo sugere-se a utilização das calculadoras online.

Tabela 1 - Estimativa do n da amostra em função do N da população — Adaptado de


Krejcie & Morgan (1970) com nível de confiança de 95%
± N ± N ± N
População ± n Amostra ± n Amostra ± n Amostra População
População
100 80 600 230 1500 320
200 130 700 245 2000 330
300 165 800 260 3000 350
400 190 900 270 5000 360

500 215 1000 280 10000 370


Fonte; Almeida & Freire (2000, p.107)

4.4. Instrumentos

O investigador tem ao seu alcance diversos métodos para recolher os dados junto da
população alvo da sua pesquisa.

viii
Neste ponto deve indicar qual foi adotado no estudo assim como as razões da opção.
Devem igualmente ser operacionalizadas as variáveis em estudo
Qualquer estudo que envolva a recolha de dados, em particular os que envolvem
medições e aplicações de testes, carecem de verificação de Validade e Fidelidade. No
âmbito do projeto devem ser explicadas as formas para atestar a validade e a fidelidade
dos instrumentos de recolha de dados utilizados.

4.5. Procedimentos formais e éticos

Tomando como certo, que a investigação científica é indispensável ao progresso do


homem, busca o conhecimento sobre a vida, a saúde e a doença, é consensual que
qualquer estudo de investigação traga benefícios para a sociedade. Assim é exigível que,
quando se lida com a pessoa humana, o pesquisador tenha presente os cinco
direitos/princípios éticos determinados pelo código de ética: o direito à
autodeterminação, à intimidade, ao anonimato e à confidencialidade, à proteção contra o
desconforto e o prejuízo e o direito a um tratamento justo e leal.

Neste ponto devem ser descritos todos os princípios a ter presente na realização do
estudo nomeadamente: Pedidos de autorização para a comissão de ética, Conselho de
Administração das instituições onde ira decorrer o estudo, descrição dos procedimentos
para garantir a confidencialidade e anonimato dos dados assim como o consentimento
informado dos participantes.

4.6. Previsão do tratamento de dados

Se possível devem ser identificados softwares de apoio ao tratamento de dados


(referenciando a utilidade e tipo de analises que se pretendem realizar tendo presente o
tipo e características das variáveis assim como os objetivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, L., & Freire, T. (2008). Metodologia de investigação em psicologia e


educação. Braga: Psiquilíbrios.

ix
Fernandes, H., Ferreira, F., Moreira, M., Esteves, A., & Fernandes, A. (2002, Outubro).
A Investigação em Ciências Sociais. Aproximação ao contexto de Educação
Física e Desporto. (L. E. Deportes, Editor) Retrieved Setembro 19, 2012, from
EFDESPORTES.COM: http://www.efdeportes.com/efd53/sociais.htm

Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). (2012, Fevereiro 15). Retrieved Setembro
19, 2012, from http://www.fct.pt/apoios/projectos/concursos/docs/guiao

National Library of Medicine. (2011, Outubro 28). Medical Subject Headings. Retrieved
Setembro 19, 2012, from http://www.nlm.nih.gov/mesh/

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