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Programa de Mestrado

Profissional em Tecnologia,
Gestão e Saúde Ocular

GUIA ORIENTATIVO PARA ELABORAÇÃO


DE REVISÃO DE ESCOPO
EM TECNOLOGIA EM SAÚDE
PARA O MESTRADO PROFISSIONAL
Ana Maria Rodrigues Moreira
Prof. Dr. Vagner Rogério dos Santos
Programa de Mestrado Profissional
em Tecnologia, Gestão e Saúde Ocular

GUIA ORIENTATIVO PARA ELABORAÇÃO


DE REVISÃO DE ESCOPO
EM TECNOLOGIA EM SAÚDE
PARA O MESTRADO PROFISSIONAL

Elaborado por:
Ana Maria Rodrigues Moreira (mestranda)
Prof. Dr. Vagner Rogério dos Santos (orientador)
Prof. Dra. Rita Simone Lopes Moreira (colaboradora)
Fabíola Letícia Damascena Amador (mestra colaboradora)

Projeto Gráfico e Design:


Profa. Me. Angelica Morais

São Paulo
2023
Motivação..........................................................................04

SUMÁRIO
Apresentação.......................................................................05

1. Título da revisão de escopo..................................................08


2.Introdução......................................................................09
3. Pergunta norteadora............................................................09
4.Critérios de inclusão e exclusão dos textos.............10
5. Estratégia de busca dos textos............................................11
6.Resultados.........................................................14
7.Discussão................................................................14
8. Conclusão e recomendações..........................................14
9.Resumo............................................................................15
10.Referências.............................................................................15
11. Como organizar a pesquisa................................................16

Material de Apoio.......................................................................20
Glossário....................................................................26
Este guia foi elaborado durante minha
M OT I VAÇ ÃO

jornada acadêmica no Programa de Mestrado


Profissional em Tecnologia, Gestão e Saúde
Ocular do Departamento de Oftalmologia e
Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina/
Universidade Federal de São Paulo.
O intuito foi elaborar um material de
consulta simplificado sobre revisão de escopo
para auxiliar e/ou nortear estudantes, professores,
pesquisadores, empresas e comunidades
em pesquisas sobre temáticas transversais,
disruptivas e inovadoras, nas áreas ligadas ao
desenvolvimento tecnológico e inovação em
saúde.
Vale ressaltar que se trata de uma obra
orgânica, fluida, que em sua essência sofrerá
atualizações ao longo do tempo, em busca de
melhorias e renovação.

4
O uso da tecnologia na saúde nas últimas décadas

A P R E S E N TAÇ ÃO
alcançou um aumento significativo e deu luz às ideias
pioneiras na área, colaborando com a velocidade da
criação e a inovação tecnológica nesse setor.
Uma das possibilidades de acompanhar a
velocidade das pesquisas em tecnologia para saúde são
as revisões da literatura, que têm o objetivo de sintetizar
informações de uma área ou tópico de conhecimento.
Para garantir a qualidade e a reprodutibilidade,
as revisões devem seguir regras e padrões específicos
ligados a uma instituição normativa.
A revisão de escopo apresenta características
que podem auxiliar no levantamento da informação,
possibilitando a utilização de textos científicos,
tecnológicos, técnicos e de informação geral que, juntos,
auxiliam na compreensão de uma determinada tecnologia
ou inovação. Essa revisão manifesta-se como uma
possibilidade para os programas de mestrado profissional
que tenham linhas de pesquisa em desenvolvimento
tecnológico, inovação e incorporação de tecnologias
para saúde, pois permitem a utilização e diversos tipos
de textos e documentos, que podem ser preliminares
ou tecnológicos: caso de sucesso, comentário de editor,
reportagem, protocolo, dissertação, tese, catálogos e
afins.
A JBI é a instituição que normatiza e atualiza os
dados e as recomendações para o uso da revisão de
escopo; uma proposta dinâmica e atual, sendo uma
grande possibilidade para as pesquisas em saúde.
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1. TÍTULO DA REVISÃO DE ESCOPO

O título é a primeira etapa da elaboração da revisão


de escopo; é um dos principais e indispensáveis
itens do seu estudo.

O título mantém o pesquisador focado no tema de estudo


escolhido, e sua definição deve selecionar as palavras mais
importantes, que representem o conteúdo de sua revisão de escopo.
O título deverá relatar o que o estudo tem de mais expressivo, uma
atualização ou uma contribuição; deverá estar escrito com coesão,
clareza e concisão, de forma que seja possível a compreensão por
qualquer leitor. É mandatório que o termo “revisão de escopo” deva
ser incluído no título.

Exemplos de Título:
- Revisão de escopo: Potencialidades para a síntese de
metodologias utilizadas em pesquisa primária qualitativa.
- Papel do gestor de saúde pública em região de fronteira:
Scoping review.

Dica: O título deve gerar a curiosidade de ler o estudo.

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2. INTRODUÇÃO

A fundamentação da área de estudo deve ser elaborada


e escrita de forma que o leitor do estudo/pesquisa compreenda
sua importância.
Para a elaboração da introdução, o pesquisador necessita ler/
estudar textos relacionados ao tema da área do conhecimento, para
adquirir familiaridade com o assunto.
O pesquisador (autor) responsável pela condução da revisão
de escopo deve fornecer uma justificativa conceitual do objetivo,
motivo e importância do estudo.
A introdução tem que apresentar para o leitor a razão da
revisão e apontar os antecedentes que a justifiquem.
É recomendado realizar uma consulta prévia, para
identificar se foram realizadas revisões de escopo sobre o tema
de pesquisa; caso a resposta seja positiva, deverá ser relatado o
diferencial, para uma nova revisão.

3. PERGUNTA NORTEADORA
A pergunta da revisão de escopo deve ser elaborada a partir
do tema de pesquisa (problema) que o autor deseja abordar
e responder, segundo o título definido e a introdução.

Com base no estudo realizado para elaborar a introdução, e


segundo o título escolhido, o pesquisador irá desenvolver a pergunta
norteadora de pesquisa (apresentado no capítulo 5), que dará o foco
da revisão de escopo que, inclusive, pode influenciar na alteração/
adequação do título.
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4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DOS TEXTOS

Os critérios de escolha devem estar relacionados ao objetivo e


à pergunta norteadora de pesquisa e são aplicados para selecionar
os textos que serão utilizados para a revisão de escopo. Por isso, é
importante que haja uma ligação clara entre os elementos escolhidos
e a pergunta da revisão.
Os critérios de inclusão deverão detalhar os tipos de textos
relacionados, conceito central a ser examinado e contexto, claramente
articulados e detalhados.
Já os critérios de exclusão podem ser definidos visando o que
a pesquisa não irá estudar/pesquisar.
Obs.: A data de início e término da busca deve ser descrita, e
as datas das fontes selecionadas também.
Deverá ser descrito o uso dos textos escolhidos quanto à
literatura branca e literatura cinzenta.
Podem ser utilizados relatórios de técnicos de pesquisa,
publicações comerciais, white papers, catálogos, datasheets,
application notes, user guides e quickstart guides. Estes termos estão
descritos no glossário.

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5. ESTRATÉGIA DE BUSCA DOS TEXTOS

A estratégia de busca tem a função de selecionar os textos


que serão utilizados para responder à pergunta norteadora de
pesquisa.
Para tal, recomenda-se a utilização de uma “fórmula”, que
auxilie na seleção dos descritores e/ou palavras-chave, e deve
estar relacionada a três dimensões, recebendo o nome de PCC ou
“fórmula” de busca:
- População: participantes e suas características relevantes
considerando o objetivo do estudo.
- Conceito: conceito central que orienta a amplitude da
investigação. Pode incluir intervenções, fenômenos de interesse e/
ou desfechos, o formato e o conteúdo.
- Contexto: é o cenário como um todo, considerando fatores
culturais, localização geográfica e/ou interesses sociais, culturais ou
de gênero específicos.
As relações/combinações entre descritores são organizadas
por conectores, utilizando operadores booleanos. São exemplos
de conectores: AND, OR, NOT.

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Os conectores serão utilizados para relacionar os
descritores na(s) diferentes base(s) de dado(s) ou sites de
busca escolhidos. Todas essas informações configuram a
equação de estratégia de busca ou “fórmula” de busca.
Para melhor entendimento, um exemplo do uso dos
três conectores abaixo:

AND > Adição: COVID AND sequelas


OR > Semelhança: COVID OR SARS-CoV-2
NOT > Exclusão: Câncer NOT metástase

Exemplo de uma aplicação de PCC e operadores


booleanos em revisão de escopo de tecnologia em saúde
(AMADOR, F.L.D)

Uma proposta interessante para a organização da


“fórmula” de busca é combinar a estratégia PCC com o
modelo Objetivo, Extração, Conversão, Combinação,
Construção e Uso (OECCCU), cuja combinação auxilia na
organização das informações e na visualização da estratégia
de pesquisa. A figura abaixo exemplifica essa combinação:

12
Fonte: Adaptado de Araújo (2020)

Na primeira coluna, são indicados os termos que descrevem

.
o modelo OECCCU:

.
Objetivo: Apresentação do problema de pesquisa;

.
Extração: Seleção de descritores;
Conversão: Conversão/adequação dos termos selecionados,
utilizando um vocabulário controlado, nos idiomas que

.
serão utilizados para o estudo;
Combinação: Combinação dos descritores, com termos
de linguagem natural, sinônimos, variações semânticas e de

.
grafia;
Construção: Para cada dimensão do PCC e seus respec-
tivos descritores e/ou palavras-chave e/ou conversão e/ou

.
combinações com os conectores escolhidos para a pesquisa;
Uso: Aplicação das construções nas bases de dados ou nos
sites de busca específicos.
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6. RESULTADOS

Os resultados de uma revisão de escopo podem ser


apresentados como um mapa de dados extraídos dos textos, em uma
forma diagramática ou tabulação. Os dados encontrados deverão
ser agrupados e seus achados detalhados, além do resumo em um
formato claramente ilustrado.
Os resultados devem ser apresentados de acordo com as
orientações da JBI, sendo: um fluxograma PRISMA-SCR e um quadro
final, demonstrando todo o processo, incluindo a escolha dos textos
e a seleção do material de pesquisa.

7. DISCUSSÃO

Na discussão, os resultados devem ser resgatados,


apresentando a comparação entre a pergunta de pesquisa e os
objetivos.
Além disso, apontar as limitações da revisão realizada e
lacunas para estudos futuros, que deve estar em conformidade com
as orientações da JBI.

8. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

A conclusão deverá ser escrita para que o leitor possa


compreender os achados, que deverão estar descritos de forma
clara e detalhada.
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9. RESUMO

O resumo deverá ser escrito de forma clara, fluida, com uma


escrita precisa, sintética e seletiva do texto da revisão que será
elaborada.
Deve destacar as informações de maior relevância, descrever
os principais objetivos, métodos empregados, resultados e
conclusões, permitindo ao leitor decidir sobre a conveniência da
leitura do texto na íntegra.
Deverá começar com uma frase que contenha o essencial
do documento original, evitando repetir as palavras do título;
incluir os pontos significativos em um único parágrafo, com frases
simples, coerentes e com continuidade. Não deve conter citações
bibliográficas, tabelas, quadros, esquemas e uso dos verbos na
terceira pessoa do singular. Deve ter até 500 palavras (exceto título e
descritores).

10. REFERÊNCIAS

As referências devem ser descritas conforme normas técnicas


de escrita, como ABNT, Vancouver, ou normas descritas de acordo
com a instituição de ensino ou periódico alvo.

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11. COMO ORGANIZAR A PESQUISA

Após a definição do título, da redação da introdução e


elaboração da pergunta norteadora, o pesquisador terá que
organizar e construir seu método de pesquisa.
O método é o conjunto de etapas que devem ser seguidas
para realizar a revisão de escopo.

Etapa 1 – Equação de busca


O pesquisador deverá começar pela montagem da busca
ou “fórmula” de busca (ver capítulo 5), para organizar descritores
de acordo com a pergunta norteadora e recomendações da JBI.

Obs.: Cada base de dados, repositório de informações ou site de


pesquisa usa uma estratégia de busca específica, assim, o pesquisador
deve observar as orientações sobre como utilizar cada opção.

Recomendações gerais:

. Verificar se descritores e/ou palavras-chave são pertinentes


para a base de dados, repositório de informações ou sites de
pesquisa;

. Atentar para sinônimos, eles podem não alcançar seu objeto


de pesquisa;

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. Ler as instruções de uso da base de dados,repositório de
informações ou sites de pesquisa;

. Realizar algumas pesquisas, para aprender como se faz;

. Pedir ajuda a uma bibliotecária.

Etapa 2 – Como pesquisar?


Após a definição da estratégia de buscas, segundo critérios
de inclusão e onde os textos serão procurados, iniciamos a
pesquisa.
Pesquisa: Pesquisar nas bases de dados, repositórios de
informação ou sites de pesquisa, usando as combinações definidas
no PCC.

Recomendações:

. Pesquisar em duas bases de dados e/ou repositórios de


informações e/ou sites de pesquisa relevantes para o tema
(análise das palavras contidas no título e no resumo dos textos
encontrados);

. Pesquisar agora usando todos os descritores e palavras-chave


identificados, em todos os bancos de dados incluídos;

. Avaliar as referências bibliográficas dos textos incluídos para


realização da revisão de escopo.

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Etapa 3 – Registro do protocolo, onde realizar?
O registro do protocolo é parte importante, que pode
ser realizada mesmo antes de iniciar o levantamento das
informações.
Tudo certo? Caso a resposta seja positiva, o método elaborado
deverá ser registrado, gerando, obrigatoriamente, um protocolo da
revisão proposta.
O registro do protocolo é realizado em plataformas específicas,
como, por exemplo:
- Plataforma OSF: é uma plataforma online, aberta e gratuita
para pesquisa científica colaborativa, mantida pela organização sem
fins lucrativos Center for Open Science (COS);
- Plataforma Figshare: é um repositório que permite aos
usuários a disponibilização de todos os produtos e subprodutos
de suas investigações, de uma maneira que estes sejam facilmente
encontrados, citados, compartilháveis e reconhecíveis, aumentando,
assim, a sua visibilidade.

Etapa 4 – Coleta de dados


A escolha inicial dos textos será realizada no processo de
triagem, com a leitura do título e resumo.
Muitas vezes, na leitura dos estudos selecionados, apenas
o título já permite descobrir se terá pertinência com seu tema
de pesquisa ou não.

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Os textos escolhidos serão lidos por completo, para realizar a
seleção dos textos que fazem parte da revisão de escopo.
A escolha dos estudos deverá ser em duplas, supervisionadas
pelo orientador, para a seleção e coleta dos dados. Em caso de
dúvidas e discordância, entrará um terceiro revisor.
Podem ser usados softwares (Rayyan) que façam cegamento
de revisores; a seleção deverá descrever o processo de triagem do
estudo, com base no título e resumo e, após isso, com base na leitura
do texto completo. Este procedimento é utilizado para resolver as
divergências entre os revisores.
Etapa 5 – Como realizar a formatação do banco de dados da
pesquisa?
A formatação e organização dos bancos de dados poderá ser
de forma manual – montando em tabelas as informações como título,
ano, nome do autor, resumo do estudo, entre outras informações de
acordo com sua necessidade –, ou utilizando softwares.
Como as melhorias das revisões são muito dinâmicas,
recomenda-se sempre consultar o site da JBI, para verificar as
atualizações.
Após a seleção, pode ser usado um gerenciador de referências
para tirar as duplicatas (Mendeley).

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1. Bases de dados para pesquisa
MATERIAL DE APOIO

DeCS:
h t t p s : / / d e c s . b v s a l u d . o r g / e n / t h s
resource/?id=20174&filter=ths_exact_
term&q=idoso.

PubMED: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/

Portal periódicos CAPES - Acesso Café:


https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.
gov.br/index.php/acesso-cafe.html

CINAHL Ultimate – EBSCO:


https://www.ebsco.com/pt/produtos/bases-de-dados/
cinahl-ultimate

MEDLINE Overview:
https://www.nlm.nih.gov/medline/medline_overview.html

Manual JBI 2020:


https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL

Artigo de atualização do Manual 2022:

Best practice guidance and reporting items for the devel-


opment of scoping review protocols. JBI Evidence Synthesis:
https://journals.lww.com/jbisrir/Fulltext/2022/04000/Best_
practice_guidance_and_reporting_items_for_the.3.aspx?-
context=FeaturedArticles&collectionId=2#JCL-P-7

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Gerenciador de seleção de estudos/artigos:

Rayyan – Intelligent Systematic Review:


https://www.rayyan.ai/

Gerenciador de referências:

Mendeley – Reference Management Software:


https://www.mendeley.com/

Gerenciador de tarefas:

Trello:https://trello.com/pt-BR?&aceid=&adposition=&
amp;adgroup=113770574286&campaign=11821318527&a
mp;creative=486381205189&device=c&keyword=trello
&matchtype=e&network=g&placement=&ds_
kids=p59407427523&ds_e=GOOGLE&ds_
e i d = 7 0 0 0 0 0 0 0 1 5 5 0 0 5 7 & a m p ; d s _
e 1 = G O O G L E & a m p ; g c l i d = C j w K C A j w y _
aUBhACEiwA2IHHQMfdjndnXd0hGI3t17_OkLIA_ZP36vLQiRvXHN_
M5hISiYVPEvXw8RoCXokQAvD_BwE&gclsrc=aw.ds.

Vídeo:

Webinar – Revisão de Escopo com Dra. Érica Brandão (81min30s).


Publicado pelo canal NUPETSE UFF:
https://www.youtube.com/watch?v=z9eLbtuHMXg

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2. Seleção de descritores
MATERIAL DE APOIO

Os descritores devem estar ligados ao PCC e deverão


escolher os melhores termos, que possam representar
nosso objeto de estudo, pois eles irão ajudar a encontrar
nossa pesquisa.

Obs.: Descritores também são chamados de vocabulário


controlado
São termos padronizados, indexados em bases de
dados, definidos por especialistas, que servem para definir
assuntos e recuperar a informação.
Os vocabulários controlados mais conhecidos
são: MeHS (PubMed) livre acesso, DeCS (BVS) livre acesso
e o Emtree (Embase), que não tem acesso livre, mas pelo
CAPES.

Dica: Os termos devem estar em inglês.


Atentar-se à definição do descritor, para ter certeza
de que representa o que está buscando.

3. Palavras-chave

São atribuídas pelo autor, termos simples ou


expressões compostas para definir um assunto. Sinônimos
que podem ser usados.

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4. Bases de dados de saúde

- MedLine/PubMed
- Embase, via CAPES
- Scopus – Interdisciplinar (tecnologia), via CAPES
- Web of Science, via CAPES
- Cochrane (estudos de intervenção)
- LILACS, via BVS

5. Literatura cinzenta

São publicações que não estão nas bases de dados, não


passaram por revisores. Exemplos: Dissertações, teses, documentos
pré-impressos ou preliminares, documentos técnicos, relatórios
estatísticos, memorandos, atas de conferência etc.
Será um desafio na busca, o autor deverá detalhar seus bancos
de dados, plataformas de pesquisa, site institucional e outras fontes
que tenham relevância na pesquisa.
Não é recomendado limitar as buscas, assim, a literatura
cinzenta tem seu papel importante, o que torna fundamental ao
autor impor limitações à abrangência, mas deverá ser reconhecida e
racionalizada com transparência.

Onde encontrar?

- Google Scholar
- Open Grey: Teses e dissertações
- Banco de teses da CAPES
- ProQuest: Teses e dissertações (BOTELHO, 2015).
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6. Como definir os critérios de inclusão e exclusão
MATERIAL DE APOIO

- Inclusão: São os elementos (pessoas) que irão


participar de sua pesquisa, quem você deseja
pesquisar.
- Exclusão: O que entre as pessoas que você irá
pesquisar não alcançará, não fará parte.
7. Gerenciador de referências

São programas (online e para download) para


importar referências bibliográficas de diferentes bases
de dados, organizar uma biblioteca, remover referências
duplicadas. Comprime os metadados.

8. Registro do Protocolo: Open source

- Plataforma OSF: https://osf.io/registries


- Plataforma Figshare: https://figshare.com/

Sites de registro:
https://osf.io/registries
https://figshare.com/

9. Linguagem natural

É a que se desenvolve espontaneamente no interior


de uma comunidade.

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10. Literatura branca

São documentos formais, como livros e periódicos,


amplamente difundidos e disponíveis no mercado livreiro,
podendo ser adquiridos pelos mecanismos usuais de compra
(BOTELHO, 2015).

Referências

ARAÚJO, Wánderson Cássio Oliveira. Recuperação da


informação em saúde: construção, modelos e estratégias.
Convergências em Ciência da Informação, Aracaju, v. 3, n.
2, p. 100-134, 2020. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.
php/conci/article/view/13447. Acesso em: 12 maio 2023.

BOTELHO, R. G.; OLIVEIRA, C. da C. de. Literaturas branca e


cinzenta: uma revisão conceitual. Ciência da Informação,
Brasília, DF, v. 44, n. 3, p. 501-513, 2017. DOI: 10.18225/ci.inf.
v44i3.1804. Disponível em: https://revista.ibict.br/ciinf/article/
view/1804. Acesso em: 12 maio 2023.

AMADOR, F.L.D. Uso e desenvolvimento de podcast para


educação em saúde do adulto: Uma revisão de escopo.
Orientador: Rita Simone Lopes Moreira. 2023. 88f. Dissertação
(Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2022.

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2. COMO
ABNT:ESCREVER A INTRODUÇÃO?
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
GLOSSÁRIO
Application notes: São documentos técnicos que fornecem informações
Aespecíficas sobre odo
introdução usoprotocolo
de um determinado produtode
de revisão ou escopo
tecnologia.é onde o

raciocínio
BVS:para conduzir
Biblioteca Virtual aem
revisão
Saúde. é apresentado. Os autores devem
fornecer uma explicação clara do motivo da revisão de escopo seja
CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
conduzida com seu objetivo em questão.
Catálogo: Lista organizada e classificada de qualquer tipo de objetos ou serviços.
A introdução tem que clarificar as razões da realização do
estudo CINAHL:
e apontar sua importância,
Cumulative Index to Nursingatribuindo os antecedentes
and Allied Health que
Literature. É o recurso
mais abrangente para literatura de enfermagem e saúde aliada.
o justifiquem. Deve englobar uma revisão da literatura em que se
expõe oCochrane:
avanço As dorevisões
conteúdo,Cochrane são questionamentos
seus revisões sistemáticas deeestudos primários
importância.
sobre saúde humana e políticas de saúde.

Dica: ODatasheet: É um relatório


último parágrafo devede dados,
justifi carum registro do
a escolha escrito,
tema com detalhes e
e informar
informações de uma peça eletrônica, equipamento, sistema ou produto.
que foi realizada uma busca
3. PERGUNTA
DeCS: Descritores em Ciências da Saúde. Tesauro utilizado por profissionais de
NORTEADORA
ciências da informação no processo de indexação de documentos nas principais
bases de dados bibliográficas.

Embase: Excerpta Médica Data-base, provido pela Editora Elsevier.

Emtree: É usado para indexar todo o conteúdo do Embase.

Com
Escopo:base noque
Aquilo estudo
se mira realizado
atingir. para elaborar a introdução, e
segundo o título escolhido, o pesquisador irá desenvolver a pergunta
Estado da arte: De forma geral, um mapeamento de toda a produção acadêmica
norteadora deassunto
sobre um pesquisa (apresentado
específico. É uma das no capítulo
partes 5), que dará
mais importantes o foco
do trabalho,
porque reúne as conclusões que outras pesquisas científicas chegaram sobre o
da revisão de escopo que, inclusive, pode influenciar na alteração/
assunto.
adequação do título.
Estudo primário: Publicação no formato de artigos científicos, que relatam os
O que signifi
resultados de uma o PCC?
capesquisa O acrônimo
inédita PCC
ou de achados significa: desconhecidos
anteriormente População,
sem publicação anterior.

JBI: É uma organização internacional de pesquisa e desenvolvimento, sem fins


lucrativos, com sede na Universidade de Adelaide (Austrália), especializada em
recursos para a prática baseada em evidências, destinados a profissionais de saúde.
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LILACS: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciência da Saúde. É um conjunto
de políticas, sistemas e fluxos de trabalho, que visam criar e gerir uma base de dados
bibliográfica voltada ao registro da literatura científica e técnica em saúde em um país ou
área temática.

Literatura cinzenta: Documentos que pertencem a essa categoria de literatura geralmente


não são formais ou comercialmente publicados, dificultando a recuperação, reprodução ou
citação – relatórios técnicos, manuais, documentos governamentais, teses e dissertações
acadêmicas.

Mapear conceitos: Usado para representar o conhecimento implícito, como uma teoria ou
conceito existente.

MeSH: Medical Subject Headings.

Modelos ECUs: Extração, Conversão, Combinação, Construção e Uso. Estratégia de busca


de alta sensibilidade.

Open source: É um termo que se refere ao software open source (OSS). É um código
projetado para ser acessado abertamente pelo público: todas as pessoas podem ver,
modificar e distribuir, conforme suas necessidades.

PCC: População, Conceito e Contexto.

Protocolo de revisão de escopo: Uma revisão de escopo se propõe a localizar, examinar e


descrever, mapear a natureza e extensão da evidência relevante sobre determinado assunto,
por meio de um método rigoroso e transparente, o estado da arte em uma área temática.

Protocolo: Conjunto de informações, decisões, normas e regras definidas de um ato.

PubMed: Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.

Quickstart guides: São guias de início rápido, concisos, tutoriais curtos, projetados para
ajudar os usuários a começarem rapidamente a usar um determinado produto, serviço ou
plataforma. Fornecem instruções passo a passo.

User guides: Podem se apresentar como manuais ou guias, que fornecem instruções sobre
como usar um produto, sistema ou software específico, projetados para ajudar os usuários
na compreensão das funções de produto e fornecer instruções claras sobre como realizar
tarefas específicas.

White paper: É um relatório ou guia, cujo objetivo é ajudar os leitores na compreensão e


resolução de um problema e tomada de decisão.
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Elaborado por:
Ana Maria Rodrigues Moreira
(mestranda)

Prof. Dr. Vagner Rogério


dos Santos (orientador)

Profa. Dra. Rita Simone


Lopes Moreira (colaboradora)

Fabíola Letícia Damascena


Amador (mestra colaboradora)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO


Escola Paulista de Medicina
Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais

DOI 10.5281/zenodo.8380598

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