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Autoria

Keylla Fernandes

Produção Editorial
Núcleo de Publicações Institucionais (NPI)

Coordenação de Produção
Filipe Carvalho de Almeida

Diagramação
Raiff Pimentel Félix Almeida

Como construir um projeto de pesquisa? | Keylla Fernandes


Unipê: João Pessoa, 2019 | 19 páginas | ISBN 978-85-87868-80-0
Apresentação
No decorrer da sua formação acadêmica o discente
se depara com diversos desafios na construção do
conhecimento. Destaca-se, entre eles, o desenvolvimento
do projeto de pesquisa, instrumento necessário para
viabilizar estudos científicos. Diante disso, foi construída
a presente cartilha, com o objetivo de apresentar as
informações essenciais para a elaboração do projeto de
pesquisa.
Sumário

1 DESENHO...............................................................7
2 RESUMO................................................................7
3 INTRODUÇÃO.......................................................8
4 OBJETIVOS............................................................10
5 HIPÓTESES............................................................11
6 REVISÃO DA LITERATURA..................................12
7 METODOLOGIA....................................................12
8 CRONOGRAMA.....................................................16
9 ORÇAMENTO........................................................17
10 REFERÊNCIAS ....................................................17
11 ANEXOS E APÊNCICES.......................................17
REFERÊNCIAS..........................................................18
CONSTRUÇÃO DO
PROJETO DE PESQUISA
O desenvolvimento do estudo científico perpassa por diferentes etapas, dentre elas se destaca
a construção do projeto de pesquisa. Com o objetivo de organizar e direcionar a pesquisa
científica, o projeto é compreendido pelos seguintes componentes:

Desenho Resumo Introdução Objetivo Hipóteses


Abordagem Breve descrição Delinear as
metodológica dos componentes hipóteses que
que será do estudo serão testadas no
utilizada Descritores estudo

Revisão Metodologia Cronograma e Referência Apêndices e


da literatura orçamento anexos
Tipo e local de Referência dos
Levantar as estudo, população Determinação dos textos utilizados Termo de
principais e amostra prazos e custos conforme a ABNT consentimento livre
publicações Critérios de e esclarecido
sobre a temática inclusão e exclusão, Instrumentos e
escolhida riscos e benefícios documentos
Coleta e análise dos utilizados
dados. Desfecho e
aspectos éticos

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1 DESENHO
Nessa seção, é delineada o tipo de abordagem metodológica que será utilizada para
responder o problema do estudo. Para tanto, são definidas certas características como:
população e amostra, a unidade de análise e a existência ou não de intervenção direta sobre
a exposição. Ensaio clínico, pesquisa de coorte, casos controle e transversais, são exemplo
de desenhos de estudo (BRASIL, 2018).

2 RESUMO
Trata-se de uma breve descrição sobre os componentes mais importantes do
estudo. Embora seja a primeira seção do trabalho, é indicado que a construção seja
realizada apenas após a conclusão de todas as etapas do projeto de pesquisa. O resumo
deve ser conciso e direto, seguir uma ordem lógica, mencionando a temática, objetivos, o
método elencado e, no caso de resumos de pesquisas concluídas, apresentar os principais
resultados e as considerações finais.
Recomenda-se que seja escrito na terceira pessoa do singular, com frases afirmativas
e curtas, em parágrafo único e apresentar entre 150 e 250 palavras. Entretanto é oportuno
evitar abreviações, símbolos ou fórmulas, assim como citações de outros estudos. Na
seção do resumo são descritas as palavras chave, que podem variar de 3 a 5 descritores.
É indicado buscar os termos nos Descritores de Ciências da Saúde (DeCs) da Biblioteca
Virtual da Saúde (BVS).

Exemplo: As quedas acometem grande parcela da população idosa suscitando a reflexão,


por parte dos serviços de saúde, sobretudo, na identificação e reconhecimento precoce dos
fatores de riscos e, assim, prevenir a ocorrência desses eventos. O presente estudo objetiva
identificar o risco de quedas em idosos em atendimento ambulatorial e a associação entre
seus fatores. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa que envolverá
120 idosos atendidos em um ambulatório de geriatria. Para coleta de dados, será utilizado
um instrumento contendo a avaliação sociodemográfica, clínica e o  FallRisck Score. Os
dados serão analisados com a utilização de estatística descritiva e o teste do Qui-quadrado.
É oportuno destacar que durante todo o processo de pesquisa, sobretudo na coleta de
dados, serão respeitados os preceitos éticos e legais.

Descritores: Enfermagem; Idosos; Acidentes por quedas.

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3 INTRODUÇÃO
3.1 Delimitação do tema e do problema

O primeiro passo de toda pesquisa científica é delimitar o tema, ou seja, determinar


qual o assunto será estudado. Por exemplo, caso se tenha afinidade pelas temáticas
relacionadas a saúde do idoso, poderá pesquisar sobre a incidência de quedas que acomete
essa população ou a prevalência de incapacidades funcional. Ao determinar o tema, se
inicia a construção da introdução a partir de estudos atualizados (últimos cinco anos). É
necessário levantar, de forma clara e concisa, as principais contribuições publicadas sobre
a temática.
Segundo Marconi e Lakatos (2017) alguns fatores devem ser considerados ao
escolher um tema, dentre eles destaca-se:

• Encontre uma área que você se identifique. Lembre-se, trabalhará por um ano com
aquela temática, o que irá demandar muitas leituras;
• Pense em um objeto de pesquisa que mereça ser investigado e possa ser formulado e
delimitado em função da pesquisa;
• Escolher uma temática que condiz com a sua formação acadêmica;
• Considerar a disponibilidade de tempo para realizar a pesquisa, sobretudo aquelas que
envolvem coleta de dados primários;
• É importante considerar o que há publicado na literatura sobre a temática escolhida a
fim de encontrar lacunas a serem investigadas;
• Reflita sobre a relevância do seu tema para sua área profissional.

Após determinar o tema a ser estudado é necessário delinear o problema da sua


pesquisa, ou seja, qualquer questão que não foi resolvida e que seja passível de discussão.
A formulação do problema indica qual a dificuldade que se pretende resolver, limitando seu
campo e apresentando suas características, demonstrando qual a questão que a pesquisa
pretende responder (MARCONI; LAKATOS, 2017). É oportuno destacar que o problema deve
ser passível de teste e envolver variáveis que possam ser observadas ou manipuladas.

Exemplo: Após leituras sobre a temática é possível perceber que as quedas na população
idosa é um evento comum e que traz consequências significativas para o indivíduo. Desse
tema poderá surgir o seguinte problema: quais são os fatores que favorecem as quedas
entre as pessoas idosas?

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Ao formular o problema é esperado que o pesquisador siga algumas regras:

Figura 1 – Representação das orientações a serem seguidas para a construção do problema de pesquisa.
João Pessoa, PB – 2019.

Deve ser formulado com um questionamento


PROBLEMA

Não deve exprimir nenhum valor

A delimitação do problema é importante pois norteará o processo de pesquisa,


determinando o que deve ser apresentado na introdução, quais métodos serão necessários
para responder o questionamento e como o objeto de pesquisa se apresenta na população
estudada.

3.2 Justificativa

A justificativa demonstra a importância do seu problema assim como sua


relevância do ponto de vista científico e social. Apresenta de forma objetiva a relevância
teórica e prática da sua investigação. Algumas perguntas auxiliam os pesquisadores:
Por que o tema que escolhi é relevante? Para que irá servir a minha pesquisa? Quais as
contribuições que o meu estudo irá proporcionar? Ao redigir a justificativa não poderá
haver citações de outros autores, logo, é extremamente importante que o pesquisador
detenha o conhecimento sobre a temática escolhida. Ademais, as leituras sobre a
temática permitem conhecer o que se está publicando, as descobertas recentes e, assim,
auxiliar na construção da justificativa, conectando a sua pesquisa a outros estudos.

Exemplo: Nessa perspectiva, justifica-se o estudo dado o caráter debilitante das quedas
entre os idosos e a possibilidade de compreensão das origens multifatoriais associadas ao
fenômeno, bem como pelo propósito de que os resultados desta avaliação possam oferecer
subsídios para o planejamento e implementação de intervenções específicas de prevenção
de quedas, exercendo impacto positivo na qualidade de vida da pessoa idosa e manutenção
da sua autonomia.

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Figura 2 – Mapa conceitual sobre os principais aspectos da introdução de um projeto de pesquisa. João Pessoa, PB – 2019.

INTRODUÇÃO

Demonstra o

Buscar literatura dos


Tema da pesquisa
últimos cinco anos

Deve ser formulado como


Subsidia o um questionário

Problema Deve ser expressivo e claro

Por que o tema que escolhi


é relevante?
Fundamenta a
Não deve exprimir valor

Para que serve


minha pesquisa?

Quais são as contribuições


do meu estudo?

4 OBJETIVOS
Única seção do projeto que poderá ser apresentado em tópicos, os objetivos
buscam delimitar claramente a temática de estudo e estão alinhados com o problema e a
justificativa. Podem ser definidos como objetivo geral e específico e buscam demonstrar a
finalidade da pesquisa, ou seja, o que se pretende atingir. De acordo com Lakatos e Marconi
(2017), podem ser divididos em:

• Objetivo geral: Trata-se da visão global e abrangente do tema, definindo o que se


pretende atingir com a execução da pesquisa.
• Objetivo específico: Possui função intermediária e instrumental, permitindo definir as
etapas de trabalho a serem realizadas para atingir o objetivo geral.

Os objetivos, seja geral ou específico, devem utilizar um verbo no infinitivo,
que podem ser classificados como exploratórios (identificar, descobrir, conhecer),
descritivos (caracterizar, descrever, determinar) e explicativos (avaliar, verificar, analisar)

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Objetivo: ação (verbo no infinitivo) + problemática do estudo + delimitação

Exemplo:

Objetivo geral:

Identificar a prevalência de quedas e suas características entre a população idosa atendida


em um ambulatório de geriatria.

Objetivo específico:

- Delimitar as características sociodemográficas e o estado de saúde referido por idosos


que sofreram quedas;
- Identificar os principais fatores internos e externos que precederam as quedas;

5 HIPÓTESES
Trata-se de uma suposta solução do problema a ser investigado, cuja a execução
da pesquisa permitirá determinar se a hipótese será aceita ou rejeitada. O principal objetivo
é sugerir explicações para o objeto investigado. Elaboradas de maneira clara, conduzem à
verificação empírica (GIL, 2009).
As hipóteses são escritas sempre como uma afirmação e devem apresentar
determinadas características, como:

• Ser conceitualmente clara e que possam auxiliar o esclarecimento do fenômeno


estudado;
• Deve ser específica, evitando conceitos amplos;
• Não devem exprimir valor (bom, mau, melhor ou ruim);
• Deve ser testada empiricamente.

Exemplo:

• As quedas são mais comuns entre os idosos com a idade avançada


• A queda é um evento que ocorre com maior frequência no ambiente domiciliar

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6 REVISÃO DA LITERATURA
Nessa seção é possível resumir os principais achados na literatura sobre a temática
escolhida. É oportuno destacar que nenhuma pesquisa parte do zero, sempre haverá estudos
semelhantes ou complementares que permitem a construção da revisão da literatura, o
que se torna imprescindível para determinar a contribuição da pesquisa, demonstrar
contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes (MACONI; LAKATOS, 2017).
A literatura pesquisada deve ser condizente com o problema em estudo, além de
ser relevante e atual. A partir da revisão é possível demonstrar o entendimento sobre as
pesquisas mais comuns na área e evidenciar as lacunas que ainda existem. Ressalta-
se também que todas as citações devem seguir as regras de formatação da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

7 METODOLOGIA
Por meio da metodologia é possível delinear a forma como o pesquisador irá
trabalhar para alcançar os resultados esperados de acordo com os objetivos da pesquisa.
Algumas questões norteiam a escolha do método, dentre elas destacam-se: como será
executado o estudo? Onde? Por quanto tempo será coletado os dados? Como será analisado
as evidências empíricas? Logo, a construção da metodologia segue os seguintes passos:

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• Tipo de estudo:

Figura 3 – Organograma com os principais tipos de pesquisas. João Pessoa, PB – 2019

CAMBRON, J.A. Study design. Lombard: National University of Health Science

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Além do tipo de estudo, é necessário determinar qual abordagem será utilizado a
fim de alcançar os objetivos. Para tanto, há a abordagem quantitativa, que analisa os dados
numericamente através de ferramentas e técnicas estatísticas (médias, desvio padrão,
frequências e testes estatísticos). Há também a abordagem qualitativa que possui caráter
subjetivo, em que se estuda as particularidades das experiências e comportamentos.

Exemplo: Trata-se de um estudo descritivo com corte transversal e abordagem quantitativa.

• Local de estudo – Explicitar o local que será desenvolvido o estudo.

• População – A população constitui um grupo de pessoas ou objetos que possuem


características comuns, em que deve ser determinada de acordo com o tema e o problema
do estudo. Por exemplo, se desejo conhecer a prevalência de quedas entre as pessoas
idosas, devo escolher um local em que possa facilmente ter acesso a minha população,
como um serviço especializado de geriatria. É oportuno destacar que a escolha
da população deve ser feita de maneira criteriosa, estabelecendo claramente suas
características, a fim de não induzir os resultados da pesquisa. Exemplo: A população
do estudo compreende todos os indivíduos maiores de 60 anos cadastrados pela ESF
do município de João Pessoa no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB).

• Amostra - Como nem sempre é possível investigar


toda a população, exceto em estudos censitários,
define-se a amostra. Podem ser classificadas em
probabilísticas (todos indivíduos possuem a mesma
probabilidade de serem incluídos) e não probabilística
(escolha intencional ou por conveniência). A
abordagem do estudo determinará a maneira como
serão selecionados os participantes. Em investigações
de cunho quantitativo é necessário realizar cálculo
amostral e podem ser definidas como aleatória,
sistemática, estratificada e por conglomerado. Caso
opte por pesquisas qualitativas, pode-se considerar a amostragem não probabilística
como bola de neve, por conveniência e saturação teórica. Exemplo: A determinação
da amostra será do tipo probabilística, por meio da técnica de amostragem simples.
Para a seleção dos idosos investigados, será levantado junto a Secretária Municipal
de Saúde (SMS) do referido município a quantidade de idosos cadastrados no SIAB.
Posteriormente, delimitar-se-á a amostra considerando a seguinte fórmula: n = Z2 PQ/
d2, sendo n = tamanho amostral mínimo; Z = variável reduzida; P = probabilidade de
encontrar o fenômeno estudado; Q = 1-P; d = precisão desejada. Adotou-se p = 50%,
por se tratar de uma avaliação multidimensional, e parâmetro de erro amostral de 5%.

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• Critérios de inclusão e exclusão – São elementos que auxiliam a selecionar os
participantes do estudo. Os critérios de inclusão podem ser definidos como as
características-chave da população que os pesquisadores poderão utilizar para
alcançar os objetivos do estudo, como características demográficas, clínicas
e geográficas. Já os critérios de exclusão são atributos que podem interferir no
sucesso do estudo e gerar vieses nos resultados. É oportuno destacar que se deve
evitar utilizar a mesma variável para definir os critérios (por exemplo, em um estudo
incluindo apenas idosos, listar indivíduos menores de 60 anos como um critério de
exclusão) assim como selecionar critérios que não estão associadas ao problema
da pesquisa (PATINO; FERREIRA, 2018). Exemplo: Participarão do estudo indivíduos
de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, bem como possuir
residência permanente no distrito sanitário pesquisado. Serão excluídos do estudo
aqueles que apresentarem comprometimento grave da motricidade, pacientes com
diagnóstico de doença de Parkinson em estágio avançado, assim como déficits
de audição e problemas com a fala que dificultem fortemente a comunicação.

• Riscos e benefícios: Projeto encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) deve


explicitar os possíveis riscos e benefícios, diretos ou indiretos, para a população
estudada. Os danos devem ser descritos assim como as medidas para a sua
minimização, assegurando os cuidados necessários aos indivíduos, conforme
estabelece a Norma Operacional Nº001/2013 do Conselho Nacional de Saúde. Salienta-
se que todas as pesquisas que envolvem seres humanos possuem potencial para
causar riscos, que devem ser previstos e documentados no projeto de pesquisa.

• Coleta de dados – Por meio de técnicas específicas é possível coletar as


informações necessárias para atingir os objetivos. Nessa seção, são explicitadas
as técnicas de coleta de dados (questionário, entrevista, observação, entre outros),
o período em que acontecerá a coleta e os instrumentos que serão utilizados.
Exemplo: A coleta de dados acontecerá no período de janeiro a fevereiro de 2019
por meio de entrevista subsidiada por instrumento estruturado. O instrumento,
construído pelos pesquisadores, contempla questões sociodemográficas e de
autoavaliação da saúde, assim como frequência e características das quedas.

• Análise dos dados – Os dados coletados são organizados e então analisados e


interpretados. A abordagem do estudo guiará a análise, que pode ser por meio da
estatística descritiva e/ou inferencial para os dados quantitativos. Em pesquisas
de cunho qualitativo, há vários meios de analisar os dados como, por exemplo,
análise do conteúdo, análise do discurso, história oral, teoria fundamentada
nos dados, entre outros. Exemplo: A análise dos dados será efetivada numa
abordagem quantitativa por meio da estatística descritiva de natureza univariada
para todas as variáveis, incluindo medidas de frequência, de posição e dispersão.

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Para comparação das principais variáveis categóricas, será utilizado o Teste do
Qui-quadrado ou Exato de Fisher, de acordo com os objetivos propostos para o
estudo. Para tanto, utilizará o sistema computacional Statistical Package for the
Social Sciences – SPSS versão 20.0, por ser adequado ao alcance dos objetivos
do estudo e por possibilitar a precisão e generalização dos seus resultados.

• Desfecho primário e secundário – São eventos clínicos que surgem como o


resultado do estudo. O desfecho primário é determinado antes de iniciar a pesquisa,
indica os resultados esperados e está relacionado ao objetivo geral. Os desfechos
secundários são eventos adicionais, monitorados para auxiliar a interpretação dos
resultados do desfecho primário (FERREIRA; PATINO, 2017). Exemplo: Compreensão
dos fatores relacionados a ocorrência de quedas entre a população idosa.

• Aspectos éticos e legais – Serão dispostos os preceitos éticos e legais que nortearão a
construção do estudo. Atualmente a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde
preconiza as diretrizes e as normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos. Estudos de revisão integrativa ou sistemática da literatura não há necessidade
de serem encaminhadas ao Comitê de Ética e Pesquisa para apreciação ética.

8 CRONOGRAMA
O cronograma é um instrumento de planejamento que objetiva auxiliar os
pesquisadores na organização do estudo, distribuindo suas etapas em relação ao tempo
disponível para execução da pesquisa.

Exemplo de cronograma:
MESES 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
ATIVIDADE
Revisão da literatura
Elaboração do projeto
Envio ao Comitê de Ética
Coleta de dados
Análise dos dados
Construção do artigo
Pré-banca
Defesa do trabalho de
conclusão de curso
Envio da versão definitiva para o CEP

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9 ORÇAMENTO
Demonstrativo dos custos relativos a execução da pesquisa, prevendo os recursos
necessários. A estimativa dos materiais a serem utilizados deve ser feita de maneira
criteriosa e detalhada, como o exemplo a seguir:

Material Quantidade Valor das despesas (R$)


Papel Ofício A4 02 pacotes 40,00
Cartucho para impressora 01 unidade 50,00
Estatístico 1000,00

Pasta com aba 01 unidade 3,00

Transporte 30 litros de gasolina 150,00

Total Geral 1243,00

Obs.: Todas as despesas serão custeadas pelas pesquisadoras

10 REFERÊNCIAS
Todas as fontes de informações citadas no decorrer do projeto devem ser
referenciadas ao final, seguindo as normas de formatação da ABNT. É oportuno destacar
que as referências devem ser elencadas de acordo com a ordem alfabética, alinhadas à
esquerda e espaçamento simples.

11 ANEXOS E APÊNDICES

Anexos Apêndices
Documentos não elaborados Textos elaborados pelo
pelo pesquisador próprio pesquisador

Ex. Carta de anuência Ex. Instrumento de coleta de dados

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Tais documentos devem ser dispostos no final do projeto, após a apresentação das
referências. O Termo de Consentimento Livre Esclarecido, necessário para as pesquisas
que envolvem seres humanos, deve ser apresentado nessa seção e seguir as normas do
Comitê de Ética da instituição de ensino.

BOM ESTUDO!
“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se
suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-
se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes
tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos
tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores...
Tornam-se seu destino.” Mahatma Gandhi

REFERÊNCIAS
BRASIL. Manual do usuário pesquisador: Plataforma Brasil. Brasília, DF, 2018, 86p.

CAMBRON, J.A. Study design. 2008. Disponível em: <http://www.nuhs.edu/


media/4134/5.1cAppraiseStudyDesignOverviewCaseStudyRCT.pdf>. Acesso em: 02 Jan
2019.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARCONI, M.A; LAKATOS, E.M. Metodologia do trabalho científico. 8 ed, São Paulo: Atlas,
2017.

PATINO, C.M; FERREIRA, J.C. Critérios de inclusão e exclusão em estudos de pesquisa:


definições e por que eles importam. J. bras. pneumol. v. 44, n. 2, p. 84, 2018. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132018000200084&lng
=en&nrm=iso>. Acesso em  02  Jan.  2019. 

PATINO, C.M; FERREIRA, J.C. Tipos de desfecho em pesquisa clínica. J. bras. pneumol.
v.43, n.1, p.5, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n1/pt_1806-3713-
jbpneu-43-01-00005.pdf>. Acesso em: 02 Jan 2019.

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