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O QUE É UM TCC?
O ORIENTADOR
O trabalho de conclusão de curso deve ser feito pelo aluno, porém em concordância com o
orientador, pois ele auxiliará o aluno em todos os processos do trabalho.
A escolha do orientador deve ser realizada levando em consideração a linha de pesquisa do aluno,
pois ele poderá auxiliar muito mais em um tema que ele tenha conhecimento.
Geralmente uma lista de orientadores disponíveis é entregue para o aluno e ele deverá analisar as
suas linhas de pesquisa. Quando se existe essa lista na instituição, entende-se que os professores
disponíveis têm tempo para orientar a sua pesquisa, sendo assim, fica mais fácil conciliar os
encontros.
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O TEMA
Assim como toda a pesquisa, a escolha do tema também é uma função do aluno, mas que deve
estar de acordo com o orientador. Conforme dito acima, quando se conhece a linha de pesquisa do
orientador, é mais fácil verificar se ele poderá te auxiliar com o trabalho.
Um tema de TCC tem que ser algo específico, ou seja, um recorte de um tema maior, que você
tenha algo para pesquisar dentro desse recorte, seja analisando prospectivamente ou
retrospectivamente (ver mais sobre isso em ‘TIPOS DE ESTUDO’), seja com pesquisa em banco de
dados online, pesquisa em trabalhos existentes, pesquisa em prontuários ou aplicando
questionários.
O PROBLEMA E AS HIPÓTESES
O problema no TCC é uma pergunta que você montará para ser solucionada no decorrer do
trabalho. Todos os procedimentos propostos para a realização da pesquisa deverão ser planejados
afim de se solucionar ou esclarecer o problema proposto.
O quadro abaixo apresenta o critério FINER (factível, interessante, novo (inovador), ético e
relevante) e ele foi proposto por Cummings, Browner e Hulley, no livro “Delineando a Pesquisa
Clínica – Uma Abordagem Epidemiológica”. Esse critério demonstra as características necessárias
para se elaborar um bom problema.
Já as hipóteses são respostas para o problema proposto por você. Essas hipóteses são feitas
antes do trabalho ser realizado. É uma suposição sua para o motivo do problema acontecer. Apenas
com o final da pesquisa você conseguirá ver se as suas hipóteses foram confirmadas ou negadas.
A REVISÃO DE LITERATURA
Somente após a revisão ampla da literatura disponível acerca do tema a ser pesquisado que
o pesquisador conhecerá quem já escreveu sobre a temática, o que já foi publicado, quais aspectos
foram abordados e as dúvidas sobre o tema ou sobre a questão da pesquisa proposta.
A JUSTIFICATIVA
A justificativa do TCC é o motivo pelo qual seu trabalho é relevante para o meio acadêmico
e qual o seu impacto nesse meio e na sociedade.
É o momento que o pesquisador tem para apresentar quais as motivações que o fizeram
escolher aquele tema e, assim, convencer a banca examinadora que essas motivações possuem
relevância para aquele meio científico.
O objetivo geral é o resumo da ideia principal e a finalidade do seu trabalho. Ele é o objetivo
mais abrangente, de longo prazo, coerente com o tema a ser pesquisado. Deverá ser estruturado
com verbos que dão ideia ampla e de difícil mensuração, como: compreender, saber, atualizar etc.
Os objetivos específicos deverão ser estruturados com verbos mensuráveis, como: fazer,
escrever, identificar, executar, selecionar etc.
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OS RISCOS E OS BENEFÍCIOS
Para os casos em que a pesquisa envolve menores de 18 anos ou incapazes, deverá ser
anexado juntamente, o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), que é um documento
elaborado em linguagem acessível para esses indivíduos.
A METODOLOGIA
Nesse tópico deverá estar descrito o tipo de pesquisa que será realizada no trabalho de
conclusão de curso. Existem diversas classificações e a sua escolha será baseada naquela que se
enquadra melhor ao seu tema e ao seu público.
O quadro abaixo (Quadro 02) mostra, de maneira simplificada e objetiva, quais são os tipos de
pesquisa:
Para facilitar ainda mais, fique atento na descrição dos tipos de pesquisa:
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QUANTO À FINALIDADE:
QUANTO À NATUREZA:
• Pesquisa observacional: Neste tipo de estudo, o investigador atua como expectador, sem
realizar qualquer intervenção que possa interferir no curso natural e/ou no desfecho dos
fenômenos ou fatos. O pesquisador pode, no decorrer do estudo, realizar medições, análises
e outros procedimentos para coleta de dados. As pesquisas observacionais podem ser
conduzidas sobre quatro tipos de estudos: série de casos, estudo de corte transversal, estudo
de coorte e estudo caso-controle.
• Pesquisa experimental: Neste tipo de estudo, o pesquisador participa ativamente na
condução do fenômeno, processo ou do fato avaliado, ou seja, ele tem o poder de modificar
o experimento e avaliar, assim, as mudanças no desfecho. O pesquisador seleciona as
variáveis que serão estudadas, define a forma de controle sobre elas e observa os efeitos
sobre o objeto de estudo, em condições pré-estabelecidas. Os estudos experimentais podem
ser conduzidos sobre diversos delineamentos, dentre eles: estudos controlados (duplo cego,
randomizado, não-randomizado, autocontrolado e com controle externo) e estudos não-
controlados.
De acordo com a complexidade da apresentação e da análise dos dados, uma pesquisa quantitativa
pode ser classificada em descritiva ou analítica, sendo que o que diferencia um estudo descritivo de
um analítico é a capacidade do estudo analítico de fazer predições para a população de onde a
amostra foi retirada e fazer inferências estatísticas pela aplicação de testes de hipótese.
• Pesquisa exploratória: Neste tipo de pesquisa, o pesquisador tem uma primeira aproximação
com o tema, a fim de se familiarizar com os fatos e fenômenos relacionados com o problema
estudado.
• Pesquisa explicativa: É o tipo de pesquisa na qual o pesquisador pretende explicar o ‘porquê’
de um determinado fenômeno, processo ou fato. É uma consequência lógica da pesquisa
exploratória.
Pesquisa transversal e longitudinal: Apresentam o tempo como grande diferença entre as duas. Na
pesquisa transversal, o estudo é realizado em um curto período de tempo, em um momento
específico. Já na pesquisa longitudinal, que é tipicamente observacional, o pesquisador visa analisar
as variações nas caraterísticas de elementos amostrais ao longo de um longo período no tempo
(frequentemente anos). A pesquisa longitudinal pode ser classificada em prospectiva e
retrospectiva.
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Além da classificação do tipo de estudo, a metodologia também deve conter o cenário da pesquisa,
quais são os participantes e como será realizada a coleta e a análise de dados.
O CRONOGRAMA
Como o próprio nome já diz, neste tópico, o pesquisador deverá descrever o cronograma
que ele formulou, em conjunto com o orientador, para desenvolver a pesquisa e o TCC como um
todo. Deverão estar descritas todas as reuniões de planejamento e apresentação do andamento do
TCC, o tempo para a revisão bibliográfica, coleta de dados, entrega de relatórios, análise estatística
dos dados e desenvolvimento do trabalho, com as devidas conclusões. Importante salientar que
um dos maiores erros dos pesquisadores é o de não planejar, dentro do cronograma, que a coleta
de dados, quando for o caso, somente poderá se iniciar após a aprovação da pesquisa pelo CEP da
instituição.
OS ANEXOS
É nesse tópico que o pesquisador deverá anexar, quando existir, o instrumento de coleta de
dados, arquivos e fotos pertinentes à pesquisa, entre outros.
A CONCLUSÃO
Elaborar um trabalho de conclusão de curso é um processo que exige tempo e
determinação. Desde a escolha do tema e do orientador, o pesquisador será colocado à prova, pois
não é somente realizar um trabalho de qualquer maneira, mas sim, entender que esse trabalho
poderá (e deverá), no futuro, contribuir para a comunidade acadêmica, científica e/ou para a
sociedade.
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Não foi descrito acima, entretanto, ainda no TCC, o pesquisador, antes de finalizar, deverá descrever
os dados, realizar a análise deles, discutir sobre o que foi analisado e finalizar com uma conclusão
sobre o tema. Na apresentação do trabalho propriamente dita, todos os tópicos descritos deverão
estar devidamente organizados e na memória do investigador, pois ele deverá convencer a banca
examinadora, que o seu estudo foi realizado corretamente e engrandeceu a bibliografia sobre o
tema.
REFERÊNCIAS