CONTEXTO • Atendimento à criança em situação difícil (Preâmbulo e art. 1); Quem é? • Órfã necessitada; exposta à vulnerabilidade e marginalização; abandonada (art. 2);
• As crianças têm direito à protecção e aos cuidados necessários
ao seu bem-estar (art. 47(1) da CRM); • N descriminação art. 4(2) e SIC (art. 9(3)) Lei 7/08; • O atendimento: é provisório (art. 37); em instituições vocacionadas (art. 66) ambos da Lei 7/08 • Ao MP compete ... assegurar a defesa jurídica dos menores... (art. 236 da CRM e art. 4(1)d) da LOMP; • Aos tribunais, MP e os SAS compete fiscalizar as instituicoes de atendimento (art. 76).
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O Reg. dos Infantários e dos Centros de Acolhimento Consiste de 38 artigos, divididos em 9 Capítulos;
Cap. I- Disposições gerais ;
Cap. II- Dos Infantários e centros de acolhimento; Cap. III- Do pessoal; Cap. IV- Dos órgãos de gestão; Cap. V- Dos regimes dos Centros de Acolhimento; Cap. VI- Da inspecção e supervisão; Cap. VII- Das infrações e sanções; Cap. VIII- Compet. para aplicação de sanções; Cap. IX- Disposições finais.
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Âmbito da aplicação Instituições públicas e privadas (Infantários e Centros de acolhimento) de atendimento à criança em situação difícil (art. 1);
Infantário: Instituição de atendimento à crianças órfãs
necessitando dos primeiros cuidados maternos e a crianças expostas à vulnerabilidade e marginalização, dos 0 a 12 anos. (art. 2 (1));
Centros de acolhimento: Locais de atendimento e prestação de
auxílio à crianças órfãs, abandonadas ou vulneráveis à marginalização, dos 7 a 18 anos. (art. 2 (2)).
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OBJECTIVOS DOS INFANTÁRIOS (Art. 3) Assistência e protecção à criança desprovida de ambiente familiar e que, pelo facto, seja propensa à marginalização;
Proporcionar à criança a pré-escolarização e assegurar que tenha acesso à
formação socio-profissional;
Dar conhecimentos e ensinamentos à criança que lhe proporcionem o
crescimento integral e harmonioso;
Defender e fazer respeitar os direitos fundamentais da criança, bem como
promover a reposição dos que tiverem sido violados.
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OBJECTIVOS DOS CENTROS DE ACOLHIMENTO (Art. 4) Garantir a protecção e assistência à criança desprovida de ambiente familiar e que, pelo facto, seja propensa à marginalização;
Acolher e dar atendimento à criança propensa à marginalização;
Proporcionar a educação, escolarização e formação socio-profissional à criança
atendida; Proporcionar à criança conhecimentos adequados para o seu crescimento integral e harmonioso, bem como o desenvolvimento da capacidade de se integrar na vida em sociedade; Defender, respeitar e fazer respeitar os direitos fundamentais da criança, com incidência para aqueles cuja violação atenta contra a sua vida, integridade física e psíquica, ou contra a sua dignidade humana;
Providenciar a reparação e a reposição dos direitos da criança que tenham sido
violados.;
Assegurar à criança protecção nomeadamente saúde, alimentação adequada, afecto
e carinho.
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AUTORIZAÇÃO DE ABERTURA Compete ao Ministro (MGCAS)(art. 5(1));
Pode delegar aos directores provinciais (ibid);
Os Despachos são publicados em BR (art. 5(2));
N/B: Só as pessoas colectivas podem requerer a abertura de
infantários e de centros de acolhimento (art. 5(3));
Os pedidos devem ser instruídos com documentos tais como;
comprovativo da idoneidade cívica, psíquica e pedagógica dos educadores; boletim de sanidade do centro; prova da existência de fundos necessários ao funcionamento do centro (art. 6).
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DO INGRESSO DAS CRIANÇA Admissão mediante prévia comunicação aos Serviços de Acção Social (art. 9(1));
Ou, na falta, no prazo de 5 dias (art. 9 (2));
Devem ser presentes o boletim de nascimento ou documento equiparado
(art. 9(3));
Deve ser aberto um processo individual com história social e fotografia da
criança (art. 9 (4)); A identidade da criança pode ser confirmada por auto de notícia da autoridade competente donde tiver sido encontrada a criança (art. 9 (5)); Criança abandonada? (art. 9 (6)). A falta de boletim médico não deve constituir impedimento para a recepção. A unidade social deve providenciar;
Exames médicos dentro de 10 dias (art. 97)).
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ADMISSÃO DO PESSOAL Educadores, técnicos da Acção Social e outro pessoal especializado, pessoal administrativo, de apoio geral (art. 10(1));
A admissã obedece a requisitos tais como, não padecer de doença
infecto-contagiosa; não ter sido condenado por crime doloso que atente contra a vida e dignidade humana (art. 11);
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DO REGIME DOS CENTROS (art. 19) Fechado – a criança tem como domicílio o Centro (art. 19(1));
Misto – a criança não é domiciliada no Centro, mas passa parte do
dia no mesmo (art. 19(2));
Aberto - a criança frequenta o Centro e la realiza diversas
actividades e beneficia de pelo menos uma refeição (art. 19(3)).
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INSPECÇÃO E SUPERVISÃO Supervisão e inspecção periódica por equipas devidamente credenciadas para o efeito (art. 20);
Inspecçã-Geral do MGCAS e Inspectores Provinciais (art. 22(1));
Podem também os órgãos competentes da saúde sobre matérias da
sua competência (art.22(2));
Terminada a inspecção há que notificar por escrito a instituição
inspeccionada sobre os resultados, incluindo as medidas a tomar num dado prazo (art. 22(3)).
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INFRACÇÕES E SANÇÕES (art. 23) Admoestação escrita (art. 24;
Multa (de 1 a 30 salários mínimos) (art. 25);
Suspensão do exercício da actividade (1 a 6 meses) (art. 26));
Encerramento temporário das actividades (6 meses a 1 ano) (art. 27));
Encerramento definitivo das actividades (proibição do exercício e cassação
do alvará) (art. 28); Processo escrito (prazo máximo de 15 dias) (art. 29 (1));
Previsão de recurso nos termos das NFSAP (art. 29 (2));
Previsão de responsabilidade em caso de recusa para a inspecção (multa de
5 salários mínimos) (art. 30).
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) COMP. PARA APLICAÇÃO DE SANÇÕES Geral – admoestação escrita (art. 31);
Dos Inspectores-chefes provinciais – multa ate 10 salários mínimos (art.
32);
Ainda, multa até 30 salários mínimos e encerramento temporário (art. 34);
Dos directores provinciais - multa até 20 salários mínimos e suspensão (art.
33). N/B: podem agir por delegação (art. 5 (1));
Do Ministro do MGCAS – Encerramento definitivo (art. 35);
Destino das Multas (art. 36):
40% para o OE; 60% para o sector de tutela
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DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Continuar a articular com o Governo para a
operacionalização do Dip. Min.; Intensificar a Supervisão e inspecção; Apoiar os Centros da regularização dos centros; Capacitar os centros de acolhimento; Reforçar a colaboração com outras instituições do Estado; Fortalecer a colaboração com as ONGs; A legislação oferece boas perspectivas; As acções de divulgação do Dip. Min sao um ótimo exemplo; Há que continuar ...
ÂNGELO V. MATUSSE (PROCURADOR-GERAL ADJUNTO)
POR UM MINISTÉRIO PÚBLICO MAIS INTERVENTIVO NA DEFESA DOS MENORES
MUITO OBRIGADO! ÂNGELO V. MATUSSE /Procurador-Geral Adjunto/ angelo.matusse@gmail.com
Direitos Humanos e ações afirmativas de Políticas Públicas na esfera do Direito Fundamental à Saúde: processos e tutelas específicas no Brasil e Argentina em perspectiva comparada