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do Adolescente
Estatuto da Criança e Adolescente
Constituição Federal de 1988
Convenção dos Direitos da Criança
ECA: Título II – Dos Direitos Fundamentais
Cap. I – Do Direito à Vida e à Saúde: arts. 7 ao 14
Cap. II – Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade: arts.
15 ao 18
Cap. III – Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária: arts.
19 ao 52-D
Cap. IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao
Lazer
Cap. V – Do Direito à Profissionalização e à Proteção do Trabalho
Direito à Vida
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e
à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso,
em condições dignas de existência.
Direito à vida (art. 6º CDA):
existência
integridade física
integridade moral (JOSÉ AFONSO DA SILVA)
Abortos lícitos: terapêutico e humanitário (art. 128 CP)
Antecipação terapêutica do parto de fetos anencéfalos (ADPF 54)
Pesquisas com células-tronco embrionárias (Lei 11.105/05 e
ADIN 3.510)
Direito à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida
e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Políticas públicas: “programas de ação governamental visando
a coordenar os meios à disposição do Estado e as atividades
privadas, para a realização de objetivos socialmente relevantas e
politicamente determinados” (Maria Paula Dallari Bucci)
Limites à implementação dos direitos sociais:
Reserva do possível (Peter Harbele): a efetivação dos direitos sociais
só poderia se dar dentro dos limites do orçamento público.
Respeito a tripartição de Poderes: discricionariedade do administrador
(Executivo) em escolher a prestação de um ou outro serviço
público e a maior ou menor destinação de verbas
Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento
reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento
pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema
Único de Saúde.
Várias alterações promovidas pelo Estatuto da Primeira Infância
(Lei nº 13.257/16 – 1ª infância: 6 anos completos ou 72 meses)
Direito da mulher: o ECA assegura à mulher
independentemente de estar grávida o direito à saúde e
planejamento reprodutivo (reflexo na proteção à criança e
adolescente)
Direito da gestante: amplia o período de proteção para o pós-
natal
Direitos da gestante
O artigo 8º nos seus parágrafos estabelece vários direitos
concernentes à gestante, destacam-se:
§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de
sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto
e do pós-parto imediato.
§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda
a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação
de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.
§ 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não
iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da
puérpera que não comparecer às consultas pós-parto.
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com
filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de
privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e
assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho,
em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao
desenvolvimento integral da criança. (sem embargo do art. 318 CPP)
Parto anônimo
Direito e procedimento (art. 13, § 1º e art. 19-A ECA – Lei nº
13.509/17): é o direito que, dentro do mais absoluto sigilo,
permite à mulher não assumir a maternidade da criança que gerou,
encaminhando o neonato a outra família por meio de mecanismos
colocados à disposição da genitora pelo Estado
Encaminhamento da mulher diretamente à Justiça da Infância e
Juventude (entrega da criança se dará pela ordem de preferência do
Estatuto: genitor, família extensa art. 25, par. único ECA, adoção)
– descumprimento/omissão por profissional da saúde: sanção art. 258-B ECA
Decisão consciente: art. 8º, § 5o A assistência referida no § 4o deste
artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem
interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e
mães que se encontrem em situação de privação de
liberdade. (igualmente art. 19-A, § 1º e 2º)
Direito ao aleitamento materno – art. 9º
Reconhecido pela Declaração de Innocenti de 1990 (UNICEF); art. 24,
item 2, alínea a, da CDC.
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão
condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de
mães submetidas a medida privativa de liberdade.
CLT: art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção,
até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito,
durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora
cada um. § 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis)
meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. § 2o Os
horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser
definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador.
Art. 83, § 2º LEP: § 2o Os estabelecimentos penais destinados a
mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar
de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de
idade. (CF/88: art. 5º, L)
Obrigações hospitais e demais estabelecimentos de atenção
à saúde das gestantes – art. 10º
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de
gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários
individuais, pelo prazo de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e
digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas
normatizadas pela autoridade administrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades
no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência
junto à mãe.
VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando
orientações quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na
unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente.
Sanções:
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de
atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na
forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de
nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.