Você está na página 1de 12

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

PARTE 1
VÍDEO AULA HISTGER104 – HISTGER105

Professor: Adelarmo.

Ap. 3
Mod. 11
Frente A
Pág. 3
• Conjunto de transformações ocorridas na
Europa Ocidental (séculos XVIII e XIX)
relacionadas à substituição do trabalho
artesanal pelo trabalho em que
predominavam as máquinas.

• Consolidou o capitalismo como modo de


produção sistemático e organizado;

• Relações assalariadas de produção,


tipicamente capitalistas;

• Separação capital x trabalho: a burguesia a


detentora dos meios de produção  o
proletariado vende sua força de trabalho, em
troca de um salário.
(FUVEST-2022) Ao opor operários sob vigilância e operários a domicílio, a fábrica reduziu os seus
custos sem se ver necessariamente obrigada a adotar uma tecnologia mais eficaz. O argumento da
superioridade tecnológica não é, portanto, nem necessário nem suficiente para explicar o advento
e o êxito da fábrica.
Stephen Marglin. “Origens e funções do parcelamento das tarefas”. Revista de Administração de Empresas, v.18, nº4. Rio de Janeiro, 1978, p.14. Adaptado.

De acordo com o economista norte-americano, o triunfo da organização econômica fabril deve ser
compreendido
a) por meio do maciço investimento na tecnologia das grandes máquinas, diminuindo os custos da
produção.
b) pela capacidade de controlar e padronizar as diferentes etapas do processo produtivo por meio
da disciplina.
c) pelo processo de concentração de operários, que estimulou a disputa por vagas e a diminuição
dos salários.
d) através da substituição das formas artesanais das oficinas domésticas pela estrutura de guildas
e corporações.
e) por meio de estratégias de gestão que incidiam na divisão do trabalho e na introdução de bônus
por produtividade.
(ENEM-PPL - 2021)
Juiz — Entre, Edmund, falei com o seu senhor.
Edmund — Não com o meu senhor, Vossa Excelência, espero ser o meu próprio senhor.
Juiz — Bem, com o seu empregador, o Sr. E..., o fabricante de roupas. Serve a palavra
empregador?
Edmund — Sim, sim, Vossa Excelência, qualquer coisa que não seja senhor.
DEFOE, D. apud THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

Qual alteração nas relações sociais na Inglaterra é registrada no diálogo extraído da obra escrita
em 1724?
a) Melhoria das condições laborais no ambiente fabril.
b) Superação do caráter servil nas relações trabalhistas.
c) Extinção dos conflitos hierárquicos no contexto industrial.
d) Abrandamento dos ideais burgueses nos centros urbanos.
e) Desaparecimento das distinções sociais no ordenamento jurídico.
(UNESP) Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso,
porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-
Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi
acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço
comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade,
foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa
perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia
pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de
produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada
pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem
a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos
da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.
(Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)
O texto afirma que a Revolução Industrial
a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário
criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.
b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com
esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.
c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e
envolveu-os num duro processo de produção.
d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de
consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a
miséria e facilitou o alastramento de epidemias.
Pág. 4

O PIONEIRISMO DA INGLATERRA.

 Revolução Comercial – Comercialismo.


 Iniciada com a expansão marítima, possibilitou através das
práticas mercantilistas a acumulação primitiva de capitais.
  A Inglaterra foi o país que mais lucrou com os tratados de
comércio vantajosos (Tratado de Methuen-1703), tráfico de
escravos, Atos de Navegação e pirataria (corso – contra navios
espanhóis).
Pág. 4

 Grande quantidade de mão-de-obra


 Proveniente do êxodo rural em função da Lei dos Cercamentos 
expropriado de sua terra, o camponês torna-se mão-de-obra barata para as
nascentes fábricas. Falência das corporações nas cidades, liberou mão-de-
obra.

 Recursos naturais / condições geográficas


 O país possuía reservas de minério de ferro e carvão e ainda recebia
algodão de suas colônias na América do Norte;
 a Inglaterra estava protegida dos conflitos no continente europeu por se
localizar afastada das áreas desses conflitos; possuía uma vasta rede
portuária que facilitava o escoamento da produção.
Pág. 4

 Mercado consumidor
 Propiciado pelo crescimento populacional e urbanização, além do aumento
das áreas coloniais inglesas.

 O Tratado de Methuen, de 1703, assinado com Portugal, abria os mercados


portugueses e de suas colônias aos manufaturados ingleses.

 Revolução Gloriosa

 Levou a burguesia ao poder derrubando o regime absolutista

  uma vez no poder, sob a forma de Monarquia Parlamentar, a burguesia


criou os mecanismos para estimular a industrialização.
 Ética calvinista.
 Presente na sociedade inglesa veio
impulsionar o forte espírito
empreendedor da burguesia
(presbiteriana e puritana).
 Busca de acumulação de capital, do
lucro e poupanças necessárias para se
consolidar o capitalismo.
(UVV-2022) Segundo Eric Hobsbawm (2000, p. 43) “Comecemos com a revolução industrial, isto é, com a
Inglaterra. Essa, à primeira vista, é um ponto de partida caprichoso, uma vez que as repercussões dessa
revolução não se fizeram sentir de uma maneira óbvia e inconfundível – pelo menos fora da Inglaterra – até
bem o final do nosso período; certamente não antes de 1830, provavelmente não antes de 1840 ou por essa
época. [...]”.
Disponível em: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: Europa 1789 - 1848. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. Acesso em: 11/08/2021.

Sobre as razões para o pioneirismo inglês no processo de industrialização, analise as opções e marque a alternativa
correta:
a) Um aspecto determinante para o pioneirismo inglês importante no desenvolvimento da Revolução Industrial foi a sua
superioridade tecnológica e científica sobre os outros países do mundo.
b) O desenvolvimento industrial inglês ocorreu graças a uma força de trabalho altamente educada e comprometida com os
interesses dos proprietários das indústrias.
c) Um governo estável e que apoiava a industrialização e o lucro privado e o desenvolvimento econômico como objetivos
socialmente aceitos foram fatores significativos para o pioneirismo inglês.
d) A falta de mão de obra, uma marca histórica da economia inglesa, foi fator essencial para o desenvolvimento da indústria.
e) As dificuldades inglesas em estabelecer relações comerciais com o mundo, prejudicada a Inglaterra pelo domínio francês e
alemão dos mares e dos sistemas coloniais.
(UEL) Um fator que contribuiu decisivamente para o processo de
industrialização na Inglaterra do século XVIII foi:
a) a acumulação de capital resultante da exploração colonial praticada pela
Inglaterra através do comércio.
b) a concorrência tecnológica entre ingleses e americanos, que estimulou o
desenvolvimento econômico.
c) a expulsão das tropas napoleônicas do território inglês, que uniu os
interesses nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento.
d) o movimento ludista na Inglaterra com a destruição das máquinas
consideradas obsoletas, ao incentivar a invenção de novas máquinas.
e) a abertura de mercados na Alemanha e na França para a Inglaterra, por
meio de um acordo comercial conhecido por Pacto de Berlim.

Você também pode gostar