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MÓDULO 2

Revolução Industrial

 Século XVIII – 1ªfase

1)O Pioneirismo Inglês:

A)O acúmulo de capitais nas mãos


da burguesia (principal interessada
na Revolução Industrial) =

O tráfico de escravos africanos e o


contrabando

O Banco da Inglaterra
(financiamentos) também foi
central nesse processo.

B)A disposição de mão de obra


barata nas cidades = Com a
“política dos cercamentos”
(enclouseres = modernização dos
campos) boa parte da população
inglesa passa a habitar as novas
cidades industriais (Êxodo Rural e
urbanização).

C)As Revoluções Inglesas (século


XVII) colocaram o poder político
nas mãos da burguesia.

 D)Aproveitamento das condições


naturais = a Inglaterra era rica em
carvão mineral (fonte de energia
para a máquina à vapor) e ferro
(matéria-prima para a fabricação
das máquinas)

 Além disso, o país possuía uma


posição geográfica privilegiada,
que facilitava o comércio marítimo
com as demais nações da Europa
(e em seguida do mundo).

 2)As principais inovações


tecnológicas:
A primeira Revolução Industrial
foi essencialmente têxtil. Na
Primeira metade do século XVIII,
John Kay inventou a lançadeira
volante (1733), possibilitando um
aceleramento na produção de
tecidos.

A nova máquina porém, tinha


como energia motriz a força da
água (problema = as oficinas ainda
precisavam ser instaladas nos
campos, ao lado dos rios)

A solução surge somente com


James Watt, inventor da máquina
à vapor (1765 - auge da primeira
Revolução Industrial)

Na segunda metade do século


XVIII foi inventado o tear
mecânico (1785 - Edmund
Cartwright) movido à vapor.

3)A classe operária:

A primeira tentativa de
organização dos operários ingleses
ocorreu no início do século XIX:
O movimento Ludista (liderado
por Ned Ludd) entendia que as
máquinas eram as principais
responsáveis pela miséria social.
Sendo assim, os trabalhadores
passaram a quebrá-las

Tempos depois, um grupo de


operários ingleses resolveram
escrever uma carta ao governo do
país (“Carta do Povo”), exigindo:
o sufrágio universal masculino e a
participação dos operários no
parlamento inglês

Assim como o Ludismo, o


movimento Cartista também
fracassou

 Século XIX – 2ª fase:

 1)Introdução:
Em meados do século XIX,
diversos países do mundo
começam a passar por um
considerável avanço tecnológico e
científico, denominada de Segunda
Revolução Industrial.

 2)O mundo passa por um período


de evolução:
A) Novas fontes de energia: O
carvão é substituído pelo petróleo
(usado para movimentar motores e
máquinas) e pela energia elétrica
(usada nas cidades e nas indústrias
= a invenção do dínamo)

B) Matéria-prima: O ferro é
substituído pelo aço (processo de
Bressemer = fabricação do aço em
larga escala); mais resistente e
durável.

C) Novas tecnologias: Nos


transportes, a invenção do barco e
da locomotiva à vapor. Também
podemos citar o surgimento do
primeiro carro do mundo (movido
à gasolina), desenvolvido pelo
alemão Karl Benz

Nas comunicações: O
desenvolvimento do telégrafo e do
telefone (pelo americano Graham
Bell).
Cantinho do Enem:
1. (Enem 2012)

Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de


organização fabril baseava-se na
a) autonomia do produtor direto.
b) adoção da divisão sexual do trabalho.
c) exploração do trabalho repetitivo.
d) utilização de empregados qualificados.
e) incentivo à criatividade dos funcionários.

2. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As
cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que
seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979


(adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da


Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século
XIX?
a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços
privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho
industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o
deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da
engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de
experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de
aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

Desafio:
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Leia o texto para responder à(s) questão(ões).

Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de


padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência
excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num
esforço comum, ao contrário do que se pode observar em países que atravessam uma
revolução nacional. Sua única ideologia foi a dos patrões.

(E.P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. II, 1987.)

3. (Famerp 2020) O texto caracteriza o surgimento e a expansão das fábricas, na Grã-


Bretanha dos séculos XVIII e XIX, como
a) superação do arcaísmo da produção artesanal e manufatureira.
b) vitória de um projeto coletivo de hegemonia econômica.
c) resultado de forte avanço tecnológico.
d) exemplo do eterno sofrimento das sociedades.
e) afirmação de um controle de classe.

4. (Famerp 2020) A associação das fábricas com “a erosão de padrões de vida tradicionais”
pode ser explicada pelo fato de que a industrialização gerou
a) o primeiro movimento de êxodo rural da história e o surgimento das grandes metrópoles
europeias.
b) a mudança de comportamentos sociais e o avanço do processo de disciplinarização do
trabalho.
c) a modernização tecnológica e a valorização do conhecimento da totalidade do processo
produtivo pelos trabalhadores fabris.
d) a constituição de um novo cotidiano dos trabalhadores rurais e o imediato surgimento de leis
de proteção ao trabalho fabril.
e) o fim do poder político e econômico dos senhores feudais e o desestímulo às práticas
místicas e religiosas.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
[C]

A imagem acima se refere ao “fordismo”, maneira de organizar a produção a partir de linhas de


montagem, em que cada operário realiza uma atividade específica sem se deslocar pelo local
de trabalho, num processo que pode ser classificado como de especialização ou de repetição.
Tal modelo procurou aperfeiçoar o modelo anterior – porém contemporâneo – que era o
Taylorismo, que justificava o ganho de tempo do trabalho do operário como fundamental para o
aumento da produtividade e, consequentemente, do lucro da empresa.
Tais modelos de organização do trabalho implicam em grande controle do trabalho por
encarregados e determina um processo maior de alienação do trabalhador sobre aquilo que
produz.

Resposta da questão 2:
[E]

A Revolução Industrial que se processou na Inglaterra a partir do final do século XVIII teve
características sociais nefastas para os trabalhadores, uma vez que, a inexistência de
legislação determinou um processo de superexploração. As condições de trabalho e de vida
eram marcadas pela miséria. Surgiram grandes bairros operários, caracterizados pela
formação de cortiços, marcados pela falta de infraestrutura e, muitas vezes, pela
promiscuidade.

Resposta da questão 3:
[E]

O historiador inglês, E. P. Thompson, em sua importante obra “A formação da classe operária


inglesa” apresenta as particularidades do surgimento da Primeira Revolução Industrial na
Inglaterra no final do século XVIII. Mostrou como a burguesia exerceu um forte controle social
sobre a incipiente classe operária que vivia em péssimas condições de trabalho, salário,
alimentação e moradia. Gabarito [E].

Resposta da questão 4:
[B]

O historiador inglês, E. P. Thompson, em sua importante obra “A formação da classe operária


inglesa” apresenta as particularidades do surgimento da Primeira Revolução Industrial na
Inglaterra no final do século XVIII. Mostrou como a burguesia exerceu um forte controle social
sobre a incipiente classe operária que vivia em péssimas condições de trabalho, salário,
alimentação e moradia, etc. Thompson quando associa o surgimento das fábricas com “a
erosão de padrões de vida tradicionais”, faz alusão a mudança de comportamentos sociais
dentro e fora das fábricas, ou seja, a burguesia exercia um forte controle social com uma
disciplina bem rígida. O relógio passou a ser uma ferramenta importante. Gabarito [B].

Exercícios atualizados:

1. (Unesp 2020) Era esta uma das artérias principais da cidade e regurgitara de gente durante
o dia todo. Mas, ao aproximar-se o anoitecer, a multidão engrossou e, quando as lâmpadas se
acenderam, duas densas e contínuas ondas de passantes desfilavam [...].

Muitos dos passantes tinham um aspecto prazerosamente comercial e pareciam pensar


apenas em abrir caminho através da turba. Traziam as sobrancelhas vincadas e seus olhos
moviam-se rapidamente; quando davam algum encontrão em outro passante, não mostravam
sinais de impaciência; recompunham-se e continuavam, apressados, seu caminho.
(Contos de Edgar Allan Poe, 1986.)

O conto, originalmente publicado em 1840, apresenta um perfil das metrópoles do século XIX,
destacando
a) a solidariedade entre os habitantes, o desenvolvimento da cidadania e a força da indústria.
b) o declínio das atividades comerciais, os ruídos incessantes das ruas e a solidão dos
habitantes.
c) a conformação de uma nova sensibilidade, o arcaísmo tecnológico e a imobilidade dos
habitantes.
d) o ordenamento do espaço urbano, o controle policial da circulação e o crescimento do
desemprego.
e) o crescimento populacional, a dinâmica da circulação urbana e a impessoalidade nas
relações.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Leia o texto para responder à(s) questão(ões).

Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de


padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência
excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num
esforço comum, ao contrário do que se pode observar em países que atravessam uma
revolução nacional. Sua única ideologia foi a dos patrões.

(E.P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. II, 1987.)

2. (Famerp 2020) O texto caracteriza o surgimento e a expansão das fábricas, na Grã-


Bretanha dos séculos XVIII e XIX, como
a) superação do arcaísmo da produção artesanal e manufatureira.
b) vitória de um projeto coletivo de hegemonia econômica.
c) resultado de forte avanço tecnológico.
d) exemplo do eterno sofrimento das sociedades.
e) afirmação de um controle de classe.

3. (Famerp 2020) A associação das fábricas com “a erosão de padrões de vida tradicionais”
pode ser explicada pelo fato de que a industrialização gerou
a) o primeiro movimento de êxodo rural da história e o surgimento das grandes metrópoles
europeias.
b) a mudança de comportamentos sociais e o avanço do processo de disciplinarização do
trabalho.
c) a modernização tecnológica e a valorização do conhecimento da totalidade do processo
produtivo pelos trabalhadores fabris.
d) a constituição de um novo cotidiano dos trabalhadores rurais e o imediato surgimento de leis
de proteção ao trabalho fabril.
e) o fim do poder político e econômico dos senhores feudais e o desestímulo às práticas
místicas e religiosas.

4. (Fuvest 2019) Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais
importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e
das cidades. E foi iniciado pela Grã‐Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.
Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 2005. 19ª edição, p. 52.

A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra nos decênios finais do século XVIII,


a) deveu‐se ao pioneirismo científico e tecnológico dos britânicos, aliado a uma grande oferta
de mão de obra especializada e a uma política estatal pacifista e voltada para o comércio.
b) originou‐se das profundas transformações agrárias expressas pela concentração fundiária,
perda da posse da terra pelo campesinato e formação de uma mão de obra assalariada.
c) vinculou-se à derrocada da aristocracia e à ascensão da burguesia, orientada pela política
mercantilista e sintetizada na filosofia de Adam Smith.
d) resultou da supressão de leis protecionistas de inspiração mercantilista e do combate ao
tráfico negreiro, com vistas à conquista de mercados externos consumidores.
e) decorreu da ampla difusão de um ideário Ilustrado, o qual teria promovido aquilo que o
sociólogo alemão Max Weber descreve como o “espírito do capitalismo”.

5. (Enem 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou
sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos
ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena
que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas; há um
fogo ótimo para cozinhá-las”.

HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte
processo socioespacial:
a) Restrição da propriedade privada.
b) Expropriação das terras comunais.
c) Imposição da estatização fundiária.
d) Redução da produção monocultora.
e) Proibição das atividades artesanais.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
[E]

O texto traz as consequências da 2ª Revolução Industrial para as sociedades urbanas, em


especial na Europa. Os aumentos populacional e da dinâmica social e a crescente
impessoalidade das relações são marcas desse processo.

Resposta da questão 2:
[E]

O historiador inglês, E. P. Thompson, em sua importante obra “A formação da classe operária


inglesa” apresenta as particularidades do surgimento da Primeira Revolução Industrial na
Inglaterra no final do século XVIII. Mostrou como a burguesia exerceu um forte controle social
sobre a incipiente classe operária que vivia em péssimas condições de trabalho, salário,
alimentação e moradia. Gabarito [E].

Resposta da questão 3:
[B]

O historiador inglês, E. P. Thompson, em sua importante obra “A formação da classe operária


inglesa” apresenta as particularidades do surgimento da Primeira Revolução Industrial na
Inglaterra no final do século XVIII. Mostrou como a burguesia exerceu um forte controle social
sobre a incipiente classe operária que vivia em péssimas condições de trabalho, salário,
alimentação e moradia, etc. Thompson quando associa o surgimento das fábricas com “a
erosão de padrões de vida tradicionais”, faz alusão a mudança de comportamentos sociais
dentro e fora das fábricas, ou seja, a burguesia exercia um forte controle social com uma
disciplina bem rígida. O relógio passou a ser uma ferramenta importante. Gabarito [B].

Resposta da questão 4:
[B]

Um dos fatores que contribuíram para a ocorrência da Revolução Industrial na Inglaterra foi a
ocorrência dos cercamentos: os grandes proprietários de terra ingleses “cercavam” as terras
dos pequenos proprietários e os expulsavam do campo. Tal fenômeno favoreceu a
concentração fundiária e a formação de uma massa de desempregados que migrou para as
cidades e passou a trabalhar nas fábricas recém-inauguradas.

Resposta da questão 5:
[B]

O texto faz referência a um fenômeno que foi, ao mesmo tempo, causa e consequência da
Revolução Industrial na Inglaterra: os cercamentos. Tal prática, que consistia na tomada das
terras dos pequenos camponeses pelos grandes senhores de terra, provocou grande êxodo
rural e causou muita fome e miséria entre os camponeses, levando a manifestações como a
descrita no enunciado.

Exercícios propostos:
1. (Ufrgs 2007) A Revolução Industrial representou uma profunda transformação da economia,
marcada pela utilização de novas técnicas, pelo uso da energia fóssil e por uma nova forma de
organização da produção.

Sobre essa revolução, é correto afirmar que


a) a Inglaterra, apesar da forte resistência de uma parcela da nobreza, a "gentry', foi a primeira
nação a incorporar os avanços científicos e a reorganizar a sua economia.
b) as colônias se tornaram as principais consumidoras dos produtos industrializados da Europa,
pois o contingente populacional europeu se mantinha havia décadas no mesmo nível.
c) ela se contrapôs a uma certa estagnação da agricultura e do comércio, principais bases
econômicas do sistema feudal.
d) os grandes avanços produtivos dela resultantes constituíram fatores fundamentais que
levaram a Inglaterra a incentivar a abolição do tráfico escravista.
e) ela desenvolveu o sistema manufatureiro e consolidou a exploração da mão de obra servil
nas colônias inglesas do Novo Mundo.

2. (Uerj 2013)

Na Inglaterra, um horário ferroviário uniforme foi adotado em meados do século XIX.


Baseava-se na hora do Tempo Médio de Greenwich, isto é, a hora do meridiano do
Observatório Real de Greenwich, geralmente indicada pelas letras GMT (Greenwich Mean
Time). No final da década de 1840, Sir George Airy, astrônomo real, insistiu para que o Big
Ben, novo relógio a ser construído, fosse regulado pela hora de Greenwich. Airy expandiu
muito o serviço público baseado na GMT, fazendo com que essa hora fosse transmitida por
todo o país por cabos que corriam ao longo das linhas férreas. Em 1853, escreveu: “Não posso
sentir senão satisfação ao pensar que o Observatório Real está assim contribuindo para a
pontualidade dos negócios por toda uma grande extensão deste país”.

Adaptado de WHITROW, G. J. O tempo na história: concepções do tempo da pré-história aos


nossos dias. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.

As sociedades industriais modernas desenvolveram formas de medir o tempo associadas ao


uso do relógio e à padronização dos horários em escala nacional, como no caso da Inglaterra,
no decorrer do século XIX.
Um dos efeitos dessas medidas padronizadoras do tempo se manifestou basicamente na
regulação dos:
a) ritmos do trabalho
b) sistemas de plantio
c) níveis de escolaridade
d) fluxos de investimentos

3. (Unesp 2013) As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos
séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do
fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e
sim matérias-primas.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida
quando
a) portugueses e espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas
comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do mundo.
b) norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas, para
ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
c) ingleses e holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do
Atlântico Sul.
d) ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e
desestimularam o comércio escravista.
e) portugueses e espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.

4. (Unesp 2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha relações comerciais regulares
com várias regiões do continente africano. O interesse de ingleses nesse comércio derivava,
entre outras coisas, da necessidade de
a) mercado consumidor para os tecidos, produzidos em escala industrial nas fábricas inglesas
e francesas.
b) especiarias e sal, utilizados na conservação de alimentos consumidos nas grandes cidades
europeias.
c) petróleo, utilizado como fonte principal de energia nas fábricas instaladas em torno das
grandes cidades inglesas.
d) matérias-primas, como o algodão e os óleos vegetais, que eram utilizadas pelas fábricas
inglesas.
e) mão de obra a ser empregada nas manufaturas e fábricas que proliferavam na Inglaterra e
na França.

5. (Unesp 2013) Leia.

Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de


padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência
excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num
esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma
violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode
ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos
proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido
limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença
os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial,
mas sim o próprio trabalho.

(Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)

O texto afirma que a Revolução Industrial


a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar
mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.
b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e
apoio plenos de todos os segmentos da população.
c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-
os num duro processo de produção.
d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de
consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e
facilitou o alastramento de epidemias.

6. (Fuvest 2013) Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele
instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O
desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança.
Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável
passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e
assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a destruição.
Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me
havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!

Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985.

O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser
lido corretamente como uma
a) apologia à guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período.
b) crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços
científicos.
c) defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental.
d) recusa do evolucionismo, bastante em voga no período.
e) adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade social.

7. (Ufrn 2013) Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial

[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da
Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas
gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu
relacionamento com outros povos do mundo.

LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento


industrial na Europa ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
p. 1.

A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo


a) avanços técnicos, oposição entre a burguesia e o proletariado, e revalorização mundial dos
princípios mercantilistas.
b) alteração no processo de produção, sujeição do proletariado ao capital e divisão
internacional do trabalho.
c) aumento da produtividade, acelerada urbanização e equilíbrio geopolítico entre as nações
europeias.
d) exploração de nova fonte de energia, modificações de estilos de vida e rejeição às práticas
políticas imperialistas.

8. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.

A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego
Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado
acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo
flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente
carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem
e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.

(Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H.
Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.)

a) Com base no texto, descreva duas características fundamentais da Revolução Industrial


inglesa do século XVIII.
b) Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social no mundo
contemporâneo.
9. (Pucrj 2012) Entre 1837 e 1839, o escritor inglês Charles Dickens publicou o romance
“Oliver Twist”. Abaixo, estão reproduzidos os primeiros parágrafos desse texto de Dickens:

“Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem uma cidade de Inglaterra, cujo nome
tenho a prudência de não dizer, e à qual não quero dar um nome imaginário, um existe comum
à maior parte das cidades grandes ou pequenas: é o asilo da mendicidade.
Lá em certo dia, cuja data não é necessário indicar, tanto mais que nenhuma importância tem,
nasceu o pequeno mortal que dá nome a este livro.
Muito tempo depois de ter o cirurgião dos pobres da paróquia introduzido o pequeno Oliver
neste vale de lágrimas, ainda se duvidava se a pobre criança viveria ou não; se sucumbisse, é
mais que provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas
páginas, e deste modo teriam o inapreciável mérito de ser o modelo de biografia mais curioso e
exato que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.”

(Charles Dickens, Oliver Twist, Tradução de Machado de Assis e Ricardo Lísias, 1ª. Ed., São
Paulo, Hedra, 2002.)

Considerando a passagem acima, assinale a alternativa que indica corretamente as


características do período a que Dickens se refere.
a) Crescimento urbano e pobreza que acompanharam o desenvolvimento material da revolução
industrial.
b) Revolução comercial, reforma protestante e surgimento de uma nova ética de trabalho.
c) Crise econômica do feudalismo e ascensão das ideias científicas do liberalismo.
d) Espírito regenerador dos valores cristãos praticados pela Contra Reforma na Inglaterra.
e) Exaltação da classe operária inglesa e suas propensões naturais para o socialismo e a
revolução.

10. (Uftm 2011) Leia o texto.

Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil
habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu
número já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em
cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam
monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira
Guerra Mundial, elas já eram 149.

(René Rémond. Introdução à história do nosso tempo – O Século XIX, 1976.)

A situação descrita pode ser explicada


a) pela pressão dos senhores feudais, que substituíram os antigos servos por trabalhadores
livres.
b) pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para erradicar doenças e aumentar a
expectativa média de vida.
c) pelo crescimento da publicidade, que incentivava o deslocamento de populações por todo o
continente.
d) pelo processo de industrialização, que concentrou a produção e a mão de obra nos centros
urbanos.
e) pela política armamentista, que incentivava o serviço militar obrigatório e o crescimento do
exército nas áreas urbanas.

11. (Ufu 2011) Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário
desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as pontas, um quinto o
afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a
importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito
operações distintas. Trabalhando desta maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas
mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia
4.800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro,
sem que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de atividade, certamente cada um deles
não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um.

SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural,1996, p. 65.

Sobre a divisão do trabalho instituída a partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos,


é correto afirmar que:
a) o toyotismo é uma forma de gerenciamento de estoque das indústrias, que proporcionou
melhores meios de lidar com o meio ambiente e o controle de matérias-primas.
b) o fordismo é uma forma de gerenciamento científico que serviu para os trabalhadores
exercitarem suas melhores habilidades em atividades específicas.
c) a redução da exigência do desenvolvimento das habilidades do trabalhador teve impacto
sobre o processo produtivo e restringiu o conhecimento integral do trabalhador sobre seu
ofício.
d) a especialização do trabalhador obrigou que somente homens, bem treinados e com
instrução sólida, fossem absorvidos pelas vagas de trabalho geradas com o processo de
industrialização.

12. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As
cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que
seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979


(adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da


Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século
XIX?
a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços
privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o
deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da
engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de
experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de
aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

13. (Pucpr 2010) A cólera é uma doença causada por uma bactéria intestinal chamada Vibrio
cholerare. Geralmente se propaga em situações de pouca higiene, em lugares sem sistema de
esgoto sanitário. Esse foi o caso de sua propagação nas grandes cidades da Europa do século
XIX, contexto da Revolução Industrial.
Sobre a difícil vida da classe trabalhadora e as reações à industrialização, marque a alternativa
INCORRETA:
a) O socialismo cristão, ou catolicismo social, surgiu na segunda metade do século XIX e
pregava a aplicação dos ensinamentos cristãos para corrigir os males criados pela
industrialização.
b) O socialismo científico encabeçado por Marx e Engels defende a ideia de uma sociedade
sem classes e igualitária.
c) Charles Fourrier, considerado defensor das ideias liberais de Adam Smith, defendia uma
economia livre que não coibisse a iniciativa privada. Considerava que a pobreza e o
sofrimento faziam parte da ordem natural do mundo.
d) Saint-Simon é um dos principais expoentes do socialismo utópico. Argumentava que, da
mesma forma que o cristianismo propiciara unidade e estabilidade sociais durante a Idade
Média, assim também o conhecimento científico iria unir a sociedade de sua época.
e) David Ricardo, pensador liberal, considerava que os salários variam para permanecer no
patamar mínimo a fim de garantir a manutenção dos trabalhadores. Caso contrário, eles
seriam encorajados a ter mais filhos, provocando um aumento na oferta de mão de obra, e a
competição maior por empregos forçaria, por sua vez, a redução dos salários.

14. (Uerj 2010)

Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos que seriam vermelhos se a
fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e de altas chaminés. Apresentava muitas
ruas largas, todas iguais, e muitas ruazinhas ainda mais iguais, cheias de pessoas também
muito iguais, pois todas saíam e entravam nas mesmas horas, andando com passo igual na
mesma calçada, para fazer o mesmo trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da
véspera e com o dia seguinte.

CHARLES DICKENS
In: ENDERS, Armelle e outros. História em curso. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

A Revolução Industrial provocou grandes mudanças em algumas cidades inglesas a partir de


finais do século XVIII. A imagem de Birmingham, de 1886, e o fragmento do romance Tempos
difíceis, publicado em 1854, apresentam sinais dessas transformações.

Apresente uma mudança causada pelo processo de industrialização nas cidades inglesas e
uma de suas consequências para as condições de vida do operariado.

15. (Enem 2ª aplicação 2010) Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como
sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em
primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado.
Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos
mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de
ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num
primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. “Revoluções burguesas”. In: REIS FILHO, D.A.etal (Orgs.). O século
XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).

Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na
Inglaterra foi o
a) aumento do consumo interno.
b) congelamento do salário mínimo.
c) fortalecimento dos sindicatos proletários.
d) enfraquecimento da burguesia industrial.
e) desmembramento das propriedades improdutivas.

16. (Pucrs 2010) A Revolução Industrial que se consolidou na Inglaterra da segunda metade
do século XVIII apresentava fatores condicionantes em variados campos da sociedade
britânica. No campo institucional, tem-se a _________; no que se refere ao pensamento
econômico, apresenta-se o _________; no plano ético de fundamentação religiosa, cita-se o
_________ e, no campo econômico, verifica-se a liberação de mão de obra causada pela
prática dos _________.
a) Monarquia Parlamentar
mercantilismo
protestantismo
cercamentos
b) República Parlamentar
liberalismo
catolicismo
campos abertos
c) Monarquia Parlamentar
liberalismo
protestantismo
cercamentos
d) República Parlamentar
mercantilismo
protestantismo
campos abertos
e) Monarquia Parlamentar
liberalismo
catolicismo
cercamentos

17. (Unifesp 2010) A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a
indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra]
bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.

(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris:
Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo:
Estação Liberdade, 2003.)

O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das
fábricas. Explique
a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”.
b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”.
18. (Unesp 2010) Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do trabalho, o
mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes:
primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, à economia de tempo, que
antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande
número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar,
permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.

(Adam Smith. “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)”. In:
Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.)

O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do


trabalho no contexto da Revolução Industrial:
a) a introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o aparecimento da figura do patrão.
b) o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na
exigência de mão de obra.
c) a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do
trabalhador.
d) o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema
de distribuição de mercadorias.
e) a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção.

19. (Uerj 2010) O permanente revolucionar da produção, o abalar ininterrupto de todas as


condições sociais, a incerteza e o movimento eternos distinguem a época de todas as outras.
Todas as relações fixas e enferrujadas, com seu cortejo de representações e concepções, são
dissolvidas, todas as relações recém-formadas envelhecem antes de poderem ossificar-se.
Tudo o que era estável se volatiliza, e os homens são por fim obrigados a encarar com os olhos
bem abertos a sua posição na vida.

MARX e ENGELS
Adaptado do Manifesto do Partido Comunista

Em 1848, na defesa de uma nova sociedade, o Manifesto Comunista criticou as


transformações advindas da modernização capitalista nos países da Europa Ocidental.
Dois aspectos dessa modernização, então criticados, foram:
a) crescimento industrial – garantia de direitos sociais
b) aceleração tecnológica – aumento da divisão do trabalho
c) mecanização da produção – elevação da renda salarial média
d) diversificação de mercados – valorização das corporações sindicais

20. (Unicamp 2010) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e
para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa
experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto,
de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão
relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito
mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.

(Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade


contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-38.)

a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao


passado?
b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de
produção?
21. (Ibmecrj 2009) "A expressão Revolução Industrial tem sido utilizada para designar um
conjunto de transformações econômicas, sociais e tecnológicas que teve início na Inglaterra, na
segunda metade do século XVIII. Em pouco tempo, essas mudanças afetariam outros países
da Europa e outros continentes, alterando definitivamente as relações entre as sociedades
humanas."
FIGUEIRA, D. G. "História". São Paulo: Ática, 2005. p. 193.

Sobre esse tema são feitas as seguintes afirmativas:

I - A produção de tecidos foi um dos primeiros setores a desenvolver o processo


industrializador.
II - Ao aumentar a produtividade de cada trabalhador, aumentou a oferta de mercadoria e, por
consequência, possibilitou uma redução nos preços dos produtos.
III - O sucesso da Revolução Industrial foi tão significativo que originou um apoio à utilização de
máquinas, processo que ficou conhecido como ludismo.

Assinale:
a) Se apenas a afirmativa I for correta.
b) Se apenas a afirmativa II for correta.
c) Se apenas a afirmativa III for correta.
d) Se as afirmativas I e II forem corretas.
e) Se as afirmativas II e III forem corretas.

22. (Uel 2009) Sobre a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, é correto afirmar.
a) Uma condição indispensável para a transição do artesanato para a manufatura e desta para
a indústria moderna foi a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos do
capitalista.
b) O crescimento industrial na Inglaterra resultou em um processo conhecido como "segunda
servidão", na qual os antigos servos rurais foram transferidos para as indústrias urbanas,
visando ao aumento de produtividade das mesmas.
c) Embora detivessem o poder político, tanto a burguesia rural como a aristocracia urbana não
possuíam capitais que possibilitassem o desenvolvimento da Revolução Industrial, sendo
esta, portanto, financiada pelos pequenos proprietários rurais.
d) A industrialização na Grã-Bretanha iniciou-se com a instalação das indústrias de bens de
capital (aço e maquinário) e, depois de estruturada essa base, partiu-se para a produção de
bens de consumo semiduráveis e não duráveis (tecidos, alimentos, bebidas).
e) Por não haver complementaridade entre a atividade industrial e a pecuária (gado bovino,
ovino), este foi o setor mais duramente atingido pela conversão da Europa rural em
industrial.

23. (Enem 2009) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia
uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões
temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais.
Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com
novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas
propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos
teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a
sucessivas reduções dos rendimentos.
THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books,
1979 (adaptado).
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar
alterou-se porque
a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais.
b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes.
c) os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados.
d) os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência.
e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas
fábricas.

24. (Ibmecrj 2009) A Primeira Revolução Industrial introduziu:


a) a substituição do ferro pelo aço, como principal matéria-prima;
b) um maior controle do Estado na economia, em substituição ao mercantilismo clássico;
c) uma ampla utilização da máquina, em substituição ao trabalho humano;
d) o petróleo, como fonte energética principal;
e) a substituição do artesanato doméstico pela produção fabril, em especial têxtil.

25. (Fuvest 2008) Durante o século XVIII, na Europa, constituíram-se dois polos dinâmicos: um
de dimensão cultural, representado pela França, e outro de dimensão econômica, representado
pela Inglaterra.
Descreva aspectos referentes ao
a) primeiro polo.
b) segundo polo.

26. (Ufscar 2008) "Os palácios de fada eram um incêndio de luzes, antes que a pálida
madrugada deixasse ver as monstruosas serpentes de fumo espraiando-se sobre Coketown.
Um barulho de sapatos pesados na calçada, um tilintar de sinetas e todos os elefantes
melancolicamente loucos, polidos e oleados para a rotina diária, recomeçavam a sua tarefa.
Stephen, atento e calmo, debruçava-se sobre o seu tear, formando como os outros
homens perdidos naquela floresta de máquinas um contraste com a máquina poderosa com
que trabalhava.
Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor
de energia. Sabe-se até ao mais pequeno pormenor aquilo que a máquina é capaz de fazer.
Não existe qualquer mistério na máquina, porém, no mais mesquinho dentre esses homens
existe um mistério jamais decifrado.
O dia clareou e mostrou-se lá fora, apesar das luzes brilhantes do interior. As luzes
apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do
vapor, os montes de barris e ferro-velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por
toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro.
O trabalho continuou até a sineta tocar o meio-dia. Mais barulho de sapatos nas
calçadas. Os teares, as rodas e as mãos paravam durante uma hora.
Stephen saiu do calor da fábrica para o frio e a umidade da rua molhada. Vinha
cansado e macilento. Dando as costas ao seu bairro e aos companheiros, levando apenas um
naco de pão, dirigiu-se à colina, onde residia o seu patrão numa casa vermelha com persianas
pretas, cortinas verdes, porta de entrada negra, onde se lia Bounderby, numa chapa de cobre".
(Charles Dickens. "Tempos difíceis". São Paulo: Clube do Livro, 1969.)

a) Identifique o contexto histórico descrito no texto.


b) A partir da interpretação do texto, escreva sobre os aspectos econômicos e sociais do
contexto histórico citado.

27. (Ufrj 2008) Em Sheffield, cidade famosa pela produção de tesouras, foices, facas e
navalhas, 769 metalúrgicos enviaram petição ao Parlamento em 1789 contra o comércio de
escravos.

"[...] sendo os artigos de cutelaria enviados em grandes quantidades para a costa da África a
título de pagamento por escravos, supõe-se que os interesses de seus peticionários possam
ser prejudicados se tal comércio for abolido. Mas, uma vez que seus peticionários sempre
compreenderam que os nativos da África nutrem grande aversão pela escravidão no exterior,
consideram o caso das nações africanas como se considerassem o seu próprio."
(Adaptado de HOCHSCHILD, Adam. "Bury the Chains". Boston: Houghton Miffflin,
2004.)

De acordo com uma visão recorrente na historiografia, a Inglaterra teria abolido o tráfico de
escravos para suas colônias em 1807 com o objetivo de ampliar o mercado para seus produtos
industrializados.
Explique de que maneira o trecho acima questiona essa visão.

28. (Fuvest 2008) "O livre-comércio é um bem - como a virtude, a santidade e a retidão - a ser
amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do
mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males - como o vício e o crime - a
serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos."
"The Economist", em 1848.

Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os


interesses
a) do comércio internacional, mas não do inglês.
b) da agricultura inglesa e da estrangeira.
c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.
d) da agricultura e da indústria estrangeiras.
e) dos produtores de todos os países.

29. (Uel 2008) Leia o texto seguinte sobre a Revolução Industrial e algumas de suas
consequências:

"Essa revolução industrial, que nasceu na Inglaterra do século XVIII e se propaga, no


século XIX, pelo continente, na França, na Bélgica, a Oeste da Alemanha, no Norte da Itália e
em alguns pontos da península ibérica, repousa no uso de uma nova fonte de energia, o
carvão, e nos desenvolvimentos das máquinas, depois das invenções que modificam as
técnicas de fabricação. A conjunção desses dois fatores, a aplicação dessa energia nova à
maquinaria, constitui a origem da revolução industrial, cujo símbolo é a máquina a vapor.
(RÉMOND, R. O século XIX: 1815-1914. "Introdução à história de nosso tempo" - 2.
São Paulo: Editora Cultrix, 1976. p. 103.)

Considere as afirmativas a seguir:

I. Com a Revolução Industrial e o crescimento da nova indústria, surgiu uma classe


inteiramente nova de trabalhadores que são os operários assalariados.
II. O crescimento das unidades industriais a partir da Revolução Industrial propiciou também o
surgimento da categoria de empresários possuidores de capitais.
III. A Revolução Industrial atingiu mais a população campesina que a urbana, pois esta se
constituía em parcela da sociedade excluída das transformações empreendidas nas cidades.
IV. A Revolução Industrial não solucionou os problemas dos trabalhadores. O número de
empregos era menor que o de mão de obra disponível e, assim, surgiu o chamado "exército de
reserva de mão de obra".

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

30. (Uel 2008) Sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar:


a) As Américas anglo-saxônica, hispânica e portuguesa não vivenciaram, como a Europa, o
crescimento da mão de obra e a consequente baixa nos salários em função de uma melhor
distribuição dos trabalhadores entre o campo e a cidade.
b) Os países que não vivenciaram o fenômeno da grande indústria conservaram-se agrícolas e
não foram afetados pela supervalorização dada ao capital após a citada revolução.
c) O comércio internacional pós revolução provocou uma especialização da produção dividindo
o mundo entre áreas produtoras de matérias-primas e áreas industriais e propiciando o
acúmulo de capital nos países industrializados.
d) Os movimentos sociais surgidos nesse período foram responsáveis pela disseminação das
ideias de liberdade e igualdade para todos e o cumprimento da lei do direito ao voto para as
mulheres que trabalhavam nas fábricas.
e) Mesmo tendo aumentado o número de produtos manufaturados no mercado, a Revolução
Industrial não significou, no primeiro século, avanços e progresso tecnológico.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
[D]

Resposta da questão 2:
[A]

Desde o final do século XVIII, com a expansão da indústria, foram criadas formas de controlar o
trabalho desenvolvido pelos operários, como forma de aumentar a produtividade e
consequentemente o lucro. A utilização do relógio pelo patrão e a padronização do horário no
país fizeram parte desse processo no decorrer do século seguinte.

Resposta da questão 3:
[D]

A partir do século XVIII, com a expansão da manufatura e da Revolução Industrial na


Inglaterra, os interesses europeus, principalmente de Inglaterra e França, se modificaram e a
África se tornou fonte de matérias-primas industriais ou de produtos utilizados como
complemento dessa atividade. Desse modo, o tráfico negreiro que criava instabilidade entre
povos africanos e em sua economia básica passou a ser condenada.

Resposta da questão 4:
[D]

O século XVIII foi caracterizado pela Revolução Industrial na Inglaterra e, apesar de destacar-
se a indústria têxtil e sua matéria-prima fundamental, o algodão, outros componentes eram
necessários para o desenvolvimento, funcionamento e manutenção do maquinário. No século
XVIII, o mercado era essencialmente inglês e europeu, e a mão de obra era composta por
antigos camponeses expulsos de suas terras. As especiarias já não tinham grande importância
comercial, e o petróleo e seus derivados não haviam sido descobertos.

Resposta da questão 5:
[C]

O autor destaca aspectos sociais da Revolução Industrial, na medida em que promove a


separação definitiva entre capital e trabalho e agudiza as distinções sociais. Mais do que um
avanço tecnológico, aponta o retrocesso social, na medida em que trabalhadores são
submetidos a uma condição de vida e de trabalho marcada pela exploração e pela miséria.

Resposta da questão 6:
[B]

O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi escrito e publicado sob o contexto da Primeira
Revolução Industrial, época marcada por grandes avanços científicos e pela crença de que o
homem poderia controlar a natureza – fatos que são questionados pela autora.

Resposta da questão 7:
[B]

A Revolução Industrial está associada ao desenvolvimento dos princípios liberais e não


mercantilistas e impulsionou a conquista de novos mercados, abrindo caminho para a formação
do imperialismo inglês do século XIX, promovendo o desequilíbrio geopolítico, redefinido pela
ideia de Divisão Internacional do Trabalho, teoria que separava o mundo entre países com
vocação industrial e outros, com vocação agrária. A formação do proletariado e sua
subordinação aos ditames do capital – concentrado nas mãos da burguesia – foi a principal
transformação socioeconômica.
Resposta da questão 8:
a) Sobre a revolução industrial, o candidato deve articular uma resposta que aponte suas
características: o surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o
surgimento da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o
cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado.
b) Espera-se que o candidato articule uma reflexão demonstrando como o desenvolvimento
tecnológico pode contribuir para o desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação
ambiental. Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a
desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os aspectos
contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social.

Resposta da questão 9:
[A]

[B] Incorreta. A Revolução comercial é um processo que antecede o período tratado no texto,
além disso, o extrato da obra Oliver Twist que foi selecionado não trata de aspectos ligados
ao comércio.
[C] Incorreta. A Inglaterra do século XIX não estava passando pela crise econômica do
feudalismo.
[D] Incorreta. No século XIX, a Igreja Anglicana não estava passando por uma crise religiosa
relacionada à Contra Reforma.
[E] Incorreta. O texto não faz referências ao socialismo ou a movimentos revolucionários. A
opção correta é aquela que relaciona crescimento urbano e pobreza com o desenvolvimento
material da revolução industrial. Portanto, a opção [A] está correta.

Resposta da questão 10:


[D]

O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta terá relação com a Primeira Guerra
Mundial, mas uma interpretação mais profunda mostra que o texto se relaciona às
consequências da Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias.

Resposta da questão 11:


[C]

O texto retrata o processo de especialização do trabalho, que retira do trabalhador o


conhecimento sobre a elaboração completa de um produto. Até antes da Revolução Industrial,
do final do século XVIII, os artesãos produtores eram aqueles que conheciam e realizavam
todas as etapas da produção e, portanto, controlavam a produção. A partir da industrialização,
a especialização tira do trabalhador o controle sobre a elaboração do produto, que passa a ser
controlado pelo burguês ao empregar alguns especialistas.

Resposta da questão 12:


[E]

A Revolução Industrial que se processou na Inglaterra a partir do final do século XVIII teve
características sociais nefastas para os trabalhadores, uma vez que, a inexistência de
legislação determinou um processo de superexploração. As condições de trabalho e de vida
eram marcadas pela miséria. Surgiram grandes bairros operários, caracterizados pela
formação de cortiços, marcados pela falta de infraestrutura e, muitas vezes, pela
promiscuidade.

Resposta da questão 13:


[C]

Charles Fourrier foi um dos representantes do socialismo utópico na primeira parte do século
XIX e um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico feroz do economicismo e do
capitalismo de sua época e adversário da industrialização e do liberalismo. Propôs a criação de
unidades de produção e consumo chamadas ou falanstérios, que consistiam em grandes
construções comunais que refletiriam uma organização harmônica e descentralizada onde cada
um trabalharia conforme suas paixões e vocações, sendo portanto, baseadas numa forma de
cooperativismo integral e auto-suficiente.

Resposta da questão 14:


Uma das mudanças:
• expansão, diversificação e maior complexidade da paisagem urbana
• separação entre bairros operários, mais próximos das zonas de localização das indústrias, e
bairros nobres, áreas de lazer e logradouros destinados à administração
• alteração do espaço natural decorrente da concentração industrial em áreas urbanas,
causadora de efeitos poluentes e de degradação ambiental, associados tanto à aplicação dos
progressos tecnológicos na mecanização da produção quanto aos processos de expansão e
de concentração demográfica
• crescimento populacional decorrente da ampliação da demanda por mão de obra e alimentado
por feixes migratórios originários das áreas rurais

Uma das consequências:


• crescente divisão do trabalho
• padronização dos ritmos de vida
• exploração da mão de obra infantil e feminina
• crescimento dos índices de violência e criminalidade

Entre as consequências as Revolução Industrial, a intensificação do processo de urbanização


da sociedade foi uma das mais significativas, porém as precárias condições de vida e trabalho
a que foram submetidas as populações operárias geravam situações como as descritas no
texto.

Resposta da questão 15:


[A]

Os cercamentos representaram, na prática, a concentração das propriedades até então


improdutivas, desde o final do século XVI. Analisando-se a Revolução Industrial do século
XVIII, percebe-se a ausência de leis trabalhista e a proibição de associação por parte dos
trabalhadores, o aumento da população urbana e da riqueza na Inglaterra, que possibilitaram a
ampliação do mercado interno, apesar da pobreza da maioria dos trabalhadores.

Resposta da questão 16:


[C]

A questão sintetiza de forma objetiva os fatores de ordem política, ideológica, religiosa e


econômica que favoreceram a consolidação da Revolução Industrial Inglesa no século XVIII

Resposta da questão 17:


a) Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em
precárias condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre,
sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários insignificantes.

b) A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no


contexto em que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a
Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no
século XVIII.

Resposta da questão 18:


[E]
A questão trata objetivamente da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra na segunda
metade do século XVIII e, portanto, não podemos perceber a ideia de especialização como a
característica mais recente do fordismo ou do taylorismo – ambos no século XX. Do ponto de
vista tecnológico, a Revolução Industrial foi marcada pela substituição do trabalho manual pelo
trabalho da máquina, ou seja, da manufatura para a maquinofatura, consolidando o processo
de divisão do trabalho e de especialização do trabalhador, que no período anterior, tinha
conhecimento sobre todo o processo produtivo.

Resposta da questão 19:


[B]

A crítica dá ênfase ao ritmo de trabalho ditado pela máquina e à perda da autonomia do


trabalhador cujo trabalho foi subdividido em múltiplas operações, realizadas em linhas de
montagem. Essa divisão do trabalho conduziu a especialização do trabalhador, levando-o ao
que se convencionou chamar de trabalho alienado.

Resposta da questão 20:


a) De acordo com o texto sim, pois antes da Revolução Industrial, “o passado era o modelo
para o presente e o futuro”, pois o velho representava a sabedoria, experiência e a memória.
Depois da Revolução Industrial, novidade surgida a cada geração ganhou mais importância em
relação a sua semelhança com o que havia antes.

b) A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX promoveu a substituição da produção


artesanal como sistema de produção predominante pelo sistema fabril. Promoveu também a
mecanização da produção e a perda o controle por parte do trabalhador sobre o processo de
trabalho, isto é, a alienação.

Resposta da questão 21:


[D]

Resposta da questão 22:


[A]

Resposta da questão 23:


[D]

Se na alternativa A, a referência ao tear, for subentendida como tear mecânico surgido no


contexto da Primeira Revolução Industrial (século XVII) e consideradas suas implicações
sociais nas relações de trabalho, como fica evidente no fragmento do enunciado, esta seria a
alternativa correta.
O emprego do termo “fazendeiros tecelões” de forma específica no fragmento do enunciado e
da expressão “artesãos, no período anterior” de forma generalizante na alternativa D, suscita
dúvidas se a referência é apenas aos “fazendeiros tecelões”.

Resposta da questão 24:


[E]

A alternativa [A] está errada porque a substituição do ferro pelo aço ocorreu depois do têxtil. A
[B] está errada porque o Estado não controlava a economia. Na [C], o trabalho humano não foi
substituído amplamente. O petróleo passa a ser fonte energética principal somente na segunda
fase da Revolução Industrial, por isso a [D] está errada.

Resposta da questão 25:


a) A França foi , no século XVIII, o centro de difusão dos ideais liberais contrários ao então
vigente Antigo Regime e que inspiraram as chamadas revoluções burguesas. As ideias liberais
tinham por fundamento a filosofia iluminista, cujos princípios mais relevantes eram a defesa da
razão como único caminho para o conhecimento e a defesa da liberdade e da igualdade de
direitos.

b) A Inglaterra era, no século XVIII, o principal centro dinâmico do capitalismo. O país foi o
berço da Revolução Industrial, importante processo que desencadeou inúmeras
transformações econômicas, sociais, políticas e culturais em dimensões mundiais, verificadas a
partir do século XIX, promovendo a consolidação do capitalismo.

Resposta da questão 26:


a) Trata-se da primeira fase da Revolução Industrial (século XVIII), que se caracterizou pela
transição do sistema de produção artesanal doméstico para o sistema fabril.

b) Dentre os aspectos econômicos da Revolução Industrial, pode-se destacar a consolidação


do capitalismo e a consolidação da separação entre capital e trabalho. Dentre os aspectos
sociais, o surgimento do proletariado e o fortalecimento da burguesia.

Resposta da questão 27:


Ao se referir a trabalhadores que se posicionavam contra uma atividade - o tráfico de escravos
- que absorvia bens por eles produzidos e que, além disso, ajudava a garantir os seus
empregos, o texto destacado questiona frontalmente a ideia de que o abolicionismo inglês
visava ampliar o mercado para as indústrias britânicas.

Resposta da questão 28:


[C]

Resposta da questão 29:


[D]

Resposta da questão 30:


[C]

Saiba mais:

Revoluções industriais:
Anselmo Lázaro Branco

30/10/200718h48

Nos primórdios da presença humana na Terra, as modificações que o homem


produzia eram muito pequenas, sobretudo, antes do desenvolvimento da atividade
agrícola. No decorrer da história da humanidade, com o crescimento populacional e
com o desenvolvimento de novas técnicas, o domínio de novas tecnologias e os novos
instrumentos de produção, as intervenções nas paisagens foram sendo cada vez mais
intensas e amplas.

Nesse sentido, um marco na relação sociedade-natureza e no estabelecimento de


novas formas de produção foi a Primeira Revolução Industrial.

Essa Revolução Industrial foi um processo iniciado na Inglaterra, aproximadamente


na metade do século 18, que teve como um dos principais acontecimentos a invenção
da máquina a vapor e sua aplicação na produção têxtil, ou seja, na fabricação de fios e
tecidos.
Esse processo trouxe modificações significativas na economia e na sociedade, que
se tornaram mais complexas, e, por consequência, no espaço geográfico: aumentou a
quantidade de profissões, de mercadorias produzidas, de unidades de produção (as
fábricas); as cidades passaram a crescer, em alguns casos, num ritmo bastante
acelerado; o campo conheceu um processo de mecanização; foram estruturadas
ferrovias, que aumentaram a capacidade de circulação de mercadorias e pessoas,
além de terem agilizado o transporte; a necessidade por matérias-primas agrícolas e
minerais ampliou-se significativamente e, em decorrência disso, muitos povos foram
explorados, sobretudo no continente africano.

Essas modificações foram, num primeiro momento, restritas aos países que hoje
denominamos de desenvolvidos - diversos da Europa, como Alemanha, França,
Bélgica e Holanda entre outros, além da própria Inglaterra; EUA; Japão. A partir de
meados do século 20, alguns países subdesenvolvidos se industrializaram, entre eles,
o Brasil, mas o processo verificado nesses países é diferente daquele que ocorreu nos
desenvolvidos, pois, por exemplo: o capital (dinheiro e máquinas) veio, em boa parte,
de fora (de outros países), assim como a tecnologia, por meio de empresas
estrangeiras (multinacionais).

Segunda Revolução Industrial

Desde a Primeira Revolução Industrial, o avanço tecnológico passou a atingir um


ritmo bastante acelerado e isso se intensificou a partir da segunda metade do século
20 (Terceira Revolução Industrial), com o lançamento contínuo de novos produtos, a
elaboração de novas máquinas e o aprimoramento de equipamentos de informática e
de robôs, sempre controlados pelas grandes empresas multinacionais que possuem
sedes nos países desenvolvidos e por esses países mesmos. Na Segunda Revolução
Industrial, entre meados do século 19 e meados do século 20, diversos inventos
passaram a ser produzidos e comercializados: automóvel, telefone, televisor, rádio,
avião.

Essas situações de avanço tecnológico contínuo e modernização de equipamentos


e produtos podem contribuir para que as pessoas desvalorizem o que não é moderno,
inclusive, as sociedades que têm uma grande riqueza cultural, nas quais a criatividade
humana está presente de forma marcante, como nas diversas sociedades indígenas
que habitam o Brasil.

Terceira revolução industrial

Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar


por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial,
diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito
além das transformações industriais.

Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração


física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.

Fonte: Uol Educação


1. (Ufsj 2013) Leia o texto com atenção:

“As barreiras institucionais sobreviventes ao livre movimento dos fatores de produção, à livre
iniciativa ou a qualquer coisa que concebivelmente pudesse vir a tolher sua operacionalidade
lucrativa caíram diante de uma ofensiva mundial. O que torna esta suspensão geral de
barreiras tão extraordinária é que ela não estava limitada aos Estados onde o liberalismo
político era triunfante ou mesmo influente. Se tinha sido mais drástica nas monarquias
absolutas restauradas e principados da Europa que na Inglaterra, França ou Países Baixos, era
porque ali muito mais havia a ser levado de roldão.”

HOBSBAWM, E. A era do capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

O texto acima trata


a) de meados do século XVII, período de forte depressão econômica em toda Europa e
marcado por políticas protecionistas que tolhiam o livre comércio.
b) da segunda metade do século XIX, período de forte crescimento da economia capitalista na
Europa e nos Estados Unidos e marcado por medidas liberais favoráveis ao livre comércio.
c) de meados do século XIV, período de forte crise econômica em boa parte da Europa e
marcado pela desagregação da estrutura feudal da produção.
d) do início do século XIX, período em que Napoleão, controlando boa parte da Europa, impôs
um embargo comercial à Grã-Bretanha, afetando o livre comércio e o crescimento
econômico.

2. (Ufrn 2012) A charge a seguir, publicada na França em 1885, refere-se a um episódio


específico de um fenômeno histórico, cujas repercussões atingiram diversos continentes até as
primeiras décadas do século XX.

Analise os elementos que compõem a charge e responda:


a) Qual o fenômeno histórico a que ela faz referência? Entre o século XIX e as primeiras
décadas do século XX, que relações de poder existiam entre as nações?
b) Mencione dois aspectos (acontecimentos ou ideias) que se relacionam a esse fenômeno
histórico.
3. (Mackenzie 2012)

Na segunda metade do século XIX, em todo mundo ocidental, verificou-se o crescimento das
elites urbanas. A existência de um público leitor urbano, com determinado nível de renda e de
instrução, determinou a reformulação da linguagem visual da época, como vemos nas imagens
de embalagem de sabonete acima. Além das novas tecnologias introduzidas no setor gráfico,
permitindo a produção e a veiculação em maior escala de informações e de imagens, o outro
fator decisivo para essa expansão foi
a) a mudança na relação entre comerciante e consumidor que passou a depender muito mais
do poder de influência da publicidade e da embalagem dos produtos, do que da real
necessidade do consumidor em adquiri-los.
b) o apoio irrestrito dos governos nacionais, que se utilizaram dessa expansão inédita de
impressos e do consumo tipográfico pela população urbana para anunciar e veicular
símbolos patrióticos e incentivar o nacionalismo.
c) a ávida necessidade, nessas novas sociedades urbanas ocidentais, de informação e de
ideais, como pátria e liberdade, civilização e tecnologia, capazes de unirem, em torno de um
mesmo ideal, os diferentes grupos sociais.
d) a maior oferta de mão de obra especializada nos grandes centros urbanos, capaz de atender
a demanda desse novo setor tipográfico e também de se tornarem futuros consumidores.
e) a busca constante de novidades que pudessem aumentar as vendas no comércio, dado ao
aumento expressivo da capacidade de consumo das classes trabalhadoras urbanas.

4. (Enem 2012)

Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de


organização fabril baseava-se na
a) autonomia do produtor direto.
b) adoção da divisão sexual do trabalho.
c) exploração do trabalho repetitivo.
d) utilização de empregados qualificados.
e) incentivo à criatividade dos funcionários.

5. (Fgvrj 2012) A chamada Segunda Revolução Industrial, ocorrida nas últimas décadas do
século XIX, foi caracterizada:
a) pela concentração do processo de industrialização na Inglaterra e pela montagem do império
colonial britânico.
b) pelo desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e pela expansão da industrialização
para além do continente europeu.
c) pela industrialização e pela formação de Estados nacionais no continente africano, a partir
das suas antigas fronteiras culturais e linguísticas.
d) pelo equilíbrio de forças entre as antigas colônias europeias e os Estados europeus devido à
difusão da industrialização.
e) pela retração da economia mundial devido à mecanização da produção e à diminuição da
oferta de produtos industrializados.

6. (Enem PPL 2012) Outro importante método de racionalização do trabalho industrial foi
concebido graças aos estudos desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano Frederick
Winslow Taylor. Uma de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que a
capacidade produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu patamar máximo. Para tanto,
ele acreditava que estudos científicos minuciosos deveriam combater os problemas que
impediam o incremento da produção.

TayIorismo e Fordismo. Disponível em www.brasilescola.com. Acesso em: 28 fev. 2012.

O Taylorismo apresentou-se como um importante modelo produtivo ainda no inicio do século


XX, produzindo transformações na organização da produção e, também, na organização da
vida social. A inovação técnica trazida pelo seu método foi a
a) utilização de estoques mínimos em plantas industriais de pequeno porte.
b) cronometragem e controle rigoroso do trabalho para evitar desperdícios.
c) produção orientada pela demanda enxuta atendendo a específicos nichos de mercado.
d) flexibilização da hierarquia no interior da fábrica para estreitar a relação entre os
empregados.
e) polivalência dos trabalhadores que passaram a realizar funções diversificadas numa mesma
jornada.

7. (Uftm 2011) Leia o texto.

Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil
habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu
número já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em
cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam
monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira
Guerra Mundial, elas já eram 149.

(René Rémond. Introdução à história do nosso tempo – O Século XIX, 1976.)

A situação descrita pode ser explicada


a) pela pressão dos senhores feudais, que substituíram os antigos servos por trabalhadores
livres.
b) pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para erradicar doenças e aumentar a
expectativa média de vida.
c) pelo crescimento da publicidade, que incentivava o deslocamento de populações por todo o
continente.
d) pelo processo de industrialização, que concentrou a produção e a mão de obra nos centros
urbanos.
e) pela política armamentista, que incentivava o serviço militar obrigatório e o crescimento do
exército nas áreas urbanas.
8. (Fuvest 2011) Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais.
Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido,
portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um
grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das
vestimentas operárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua
presa, implica um conhecimento específico da cidade.

Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo:
Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.

O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades


europeias, no século XIX, redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seus habitantes
as quais, em alguns casos, persistem até hoje.
a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no século
XIX.
b) Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto, que se faça presente
em grandes cidades atuais.

9. (Uem 2011) “Na segunda metade do século XIX, teve início na Europa ocidental um novo
processo de mudanças econômicas e inovações tecnológicas. Embora fossem decorrentes da
expansão industrial iniciada no século anterior, essas transformações apresentavam
características próprias.”

PAZZINATO, Alceu L.; SENISE, Maria Helena V. História Moderna e Contemporânea. São
Paulo: Ática: 2002, p. 185.

Considerando o trecho acima e as discussões sobre a Revolução Industrial e o


desenvolvimento do capitalismo, assinale o que for correto.
01) No final do século XIX, Frederick Taylor propôs a aplicação de princípios científicos na
organização do trabalho. Tais princípios objetivavam uma maior racionalização do processo
produtivo.
02) As inovações tecnológicas do século XIX primavam por possibilitar uma maior liberdade à
mão de obra das indústrias, no uso das horas de trabalho.
04) As mudanças provocadas pelo desenvolvimento científico da época se fizeram sentir no
campo da medicina e da higiene, com o desenvolvimento de políticas sanitaristas de forte
controle social e intenso combate a doenças contagiosas.
08) No Brasil, o governo imperial deu início à chamada revolução burguesa brasileira, com a
crescente substituição da economia cafeeira por uma economia pautada pela produção
industrial.
16) A crescente acumulação de capital em países periféricos da Ásia e da África permitiu que
tais regiões desenvolvessem inovações tecnológicas e processos produtivos que
sustentaram as guerras pela descolonização.

10. (Uerj 2011)


A Exposição de Paris de 1889 centrava-se na “Torre de Gustave Eiffel” com 300 m de
altura, mais de 7.000 toneladas e mais de um milhão de rebites. Tinha duas longas galerias
devotadas às Belas-Artes e às artes decorativas; por detrás ficava o imponente “Palácio das
Máquinas”.

Adaptado de http://www.esec-josefa-obidos.rcts.pt

As exposições internacionais iniciaram-se em Londres, em 1851. A Torre Eiffel, um dos


símbolos da cidade de Paris, foi erguida para a exposição de 1889, comemorativa do
centenário da Revolução Francesa.

Durante a expansão capitalista europeia, no século XIX, essas exposições tiveram como
principal objetivo ressaltar a importância da:
a) cooperação financeira franco-britânica
b) modernização tecnológica da produção
c) consolidação das democracias burguesas
d) uniformização dos padrões de desenvolvimento

11. (Uepg 2010) Compreende-se por Revolução Industrial o conjunto de mudanças


tecnológicas com impacto no processo produtivo e consequências econômicas e sociais,
iniciadas no século XVIII na Inglaterra e que se expandiu ao redor do mundo no século XIX. A
respeito da Revolução Industrial, assinale o que for correto.
01) Antes da Revolução Industrial as atividades produtivas eram manuais e artesanais, no
máximo, empregando algumas máquinas simples.
02) Com a Revolução Industrial o controle do processo produtivo ficou restrito aos patrões, uma
vez que estes passaram a contratar os operários, comprar a matéria prima e, por
consequência, ficavam com o lucro da produção.
04) Do ponto de vista filosófico, o liberalismo, conjunto de ideias originalmente concebidas por
Adam Smith, deu suporte para o desenvolvimento da Revolução Industrial.
08) Em razão dos desdobramentos da Revolução Industrial, o século XIX foi marcado pela
hegemonia britânica, pelo contínuo avanço tecnológico, pela expansão colonialista e pelo
início das lutas dos trabalhadores.
16) O movimento ludista e o movimento cartista são exemplos de ações promovidas pelos
trabalhadores com o objetivo de questionar as condições de trabalho e de vida geradas
pela Revolução Industrial.

12. (Unemat 2010) Para muitos historiadores, o período compreendido entre1850 e 1914, do
ponto de vista econômico, é conhecido como “Segunda Revolução Industrial”.
Sobre o tema assinale a alternativa correta.
a) Nesse período, a industrialização se concentrou na Inglaterra, que era conhecida como a
Oficina do Mundo.
b) Esta fase da industrialização ficou limitada ao uso do ferro, do carvão e do vapor.
c) Nesta época, devido ao progresso econômico que a industrialização proporcionou, o
movimento operário praticamente desapareceu na Europa e nos Estados Unidos.
d) Entre os anos de 1873 e 1896, ocorreu uma grave crise econômica na Europa, cuja maior
consequência foi o fim dos trustes e cartéis.
e) A deflagração da I Guerra Mundial (1914-1918) teve como uma de suas motivações a
rivalidade entre as nações industrializadas, resultante do acelerado desenvolvimento
econômico ocorrido a partir do final do século XIX.

13. (Fuvest 2010) No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço
avanço da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o
representa, das ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”.
E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875.

A “ordem social” e as “ideias e credos” a que se refere o autor caracterizam-se,


respectivamente, como
a) aristocrática e conservadoras.
b) socialista e anarquistas.
c) popular e democráticas.
d) tradicional e positivistas.
e) burguesa e liberais.

14. (Unesp 2009) Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no filme Tempos
modernos, 1936.

Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados
Unidos da América dos anos trinta do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos
transcorrem numa sociedade
a) capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos movimentos operários de destruição das
máquinas.
b) globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário o uso das máquinas na
produção de mercadorias.
c) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países
pobres em benefício dos operários americanos.
d) abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do trabalho humano ao
movimento das máquinas.
e) pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o homem da opressão do trabalho
industrial.

15. (Unifesp 2008) ... a multiplicação dos confortos materiais; o avanço e a difusão do
conhecimento; a decadência da superstição; as facilidades de intercâmbio recíproco; o
abrandamento das maneiras; o declínio da guerra e do conflito pessoal; a limitação progressiva
da tirania dos fortes contra os fracos; as grandes obras realizadas em todos os cantos do globo
graças à cooperação de multidões.
(do filósofo John Stuart Mill, em 1830.)

O texto apresenta uma concepção


a) de progresso, que foi dominante no pensamento europeu, tendo chegado ao auge com a
'belle époque'.
b) da evolução da humanidade, a qual, por seu caráter pessimista, foi desmentida pelo século
XX.
c) positivista, que serviu de inspiração a Charles Darwin para formular sua teoria da evolução
natural.
d) relativista das culturas, a qual considera que não há superioridade de uma civilização sobre
outra.
e) do desenvolvimento da humanidade que, vista em perspectiva histórica, revelou-se profética.

16. (Uel 2008)

Com base na imagem, considere as afirmativas a seguir.

I. No século XIX, com a descoberta de novas técnicas e a consequente mecanização da


produção, os industriais intensificaram a exploração da mão de obra para recuperar os
investimentos com as maquinarias e aumentar os lucros com a produção. Para conseguir tal
intento, os assalariados tinham que cumprir em média 15 horas de trabalho por dia, sendo
que mulheres e crianças - consideradas inferiores - foram comumente utilizadas como mão
de obra por se constituírem em força de trabalho mais barata.
II. A crise econômica que arrasou a Inglaterra na segunda metade do século XIX abriu espaço
para que os Estados Unidos colocassem no mercado seus produtos industrializados. A partir
de então, o capitalismo foi se consolidando numa perspectiva mais financeira e abriu espaço
para o surgimento das grandes potências bancárias.
III. A luta de classes tornou-se uma realidade a partir do momento em que a sociedade ficou
dividida em duas classes antagônicas: burguesia e proletariado. As diferenças entre aqueles
que eram donos dos meios de produção - e do capital - e aqueles que possuíam a força de
trabalho - mão de obra - levou estes últimos a organizarem-se em sindicatos, partidos,
associações para lutar contra a exploração a que eram submetidos.
IV. O anarquismo como doutrina política foi primordial para a constituição da classe burguesa,
no século XIX, porque defendia a importância do capital na consolidação desta nova ordem
social. Defendia também que todos os indivíduos tinham o direito de lutar para garantir
melhores salários e qualidade de vida.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

17. (Uerj 2007)

Por volta de 1860/70, a economia capitalista ganha ritmo acelerado, contribuindo para a
superação do chamado capitalismo livre-concorrencial. Apesar do progresso, as grandes
cidades europeias não estavam isentas de sérios problemas sociais. As cités (vilas),
amontoados de barracos, eram as únicas moradias acessíveis para muitos trabalhadores
parisienses. Essa situação influiu no significativo aumento da imigração europeia.
Aponte um elemento característico das transformações verificadas nas economias capitalistas
durante a segunda metade do século XIX e explique como esse processo influenciou o
aumento da imigração europeia para a América em finais desse século.

18. (Ufg 2007) Observe a imagem e o texto a seguir.

"Tempos modernos", filme de 1936, cuja temática ultrapassa a tragédia da existência individual
e coloca em cena o conflito entre o homem e o taylorismo.
BODY-GENDROT, Sophie. Uma vida privada francesa segundo o modelo americano.
In: DUBY, Georges; ARIES, Philippe. "História da vida privada". V.3, p. 535. [Adaptado].

Considerando a imagem e o fragmento,


a) indique duas características do taylorismo;
b) explique o novo tipo de conflito sugerido no texto.

19. (Uff 2007) Um dos efeitos mais importantes da fotografia, na passagem do século XIX para
o século XX, foi a sua condição de ser um efeito de demonstração de progresso.

Uma das opções a seguir caracteriza corretamente o período mencionado. Assinale-a.


a) As renovações técnicas no final do século XIX ocorreram em função da curiosidade do
homem pós-iluminista e das necessidades de se resolverem as questões sociais decorrentes
da superprodução.
b) As descobertas científicas do século XIX tiveram como base a ciência do século XVII e
atendiam aos requisitos do capitalismo liberal de livre-concorrência.
c) As inovações tecnológicas do final do século XIX resultaram do enorme investimento de
capital que os proprietários rurais europeus fizeram na agricultura como base da expansão
do ludismo.
d) As novidades científicas do século XIX decorreram da busca por novas áreas de mercado,
seguindo a orientação do mercantilismo estatal, baseado no evolucionismo.
e) As invenções do final do século XIX foram fruto do desenvolvimento do capitalismo, da
expansão da ciência após o iluminismo e da necessidade de dar utilidade aos seus
resultados.

20. (Ufsm 2007) A 2a Revolução Industrial, no período de 1860 a 1910, caracteriza-se


por novas tecnologias: o processo Bessemer de transformação do ferro em aço, a criação do
dínamo (movido à eletricidade) e do motor a combustão interna (movido por derivados do
petróleo).
MELLO, L. I. A. e COSTA, L.C.A. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione,
1999. p. 201 (texto adaptado)

Essas transformações tecnológicas permitem maior produtividade e acúmulo de capitais,


possibilitando

I. a consolidação das pequenas e médias empresas e o desaparecimento dos conglomerados


industriais.
II. o surgimento de grandes bancos, capazes de realizar empréstimos e financiamentos para
empreendimentos industriais de grande vulto.
III. a expansão imperialista da Inglaterra na Índia e na China.
IV. a crise do neocolonialismo, uma vez que o acesso à matéria-prima para indústria, assim
como garantias para investimentos na Ásia, África e América estão assegurados pelas
regras do livre comércio.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas II e III.
d) apenas II e IV.
e) apenas III e IV.

21. (Pucsp 2007) CRESCIMENTO ECONÔMICO X AQUECIMENTO


GLOBAL
Leia com atenção:

"A História da economia mundial desde a Revolução Industrial tem sido - de acelerado
progresso técnico, de contínuo, mas irregular crescimento econômico, e de crescente
'globalização', ou seja, de uma divisão mundial cada vez mais elaborada e complexa de
trabalho - uma rede cada vez maior de fluxos e intercâmbios que ligam todas as partes da
economia mundial ao sistema global."
Adaptado de Eric Hobsbawn. "Era dos extremos. O breve século XX. 1914-1991". São
Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 92.
"Os países industrializados dividem-se entre os partidários de um acordo que imporia a
redução dos gases efeito-estufa (maior parte da União Europeia) e os promotores de uma
estabilização das emissões e de soluções econômicas flexíveis (Estados Unidos, Canadá,
Austráulia, Nova Zelândia, Japão, Rússia, Ucrânia, Noruega). Os países emergentes
consideram que os problemas climáticos são causados pelos países industrializados e insistem
em priorizar e não restringir seu crescimento e desenvolvimento econômico".
Marie-Françoise Durand et alli. "Atlas de la Mondialisation". Paris: Sciences Po - Les
Presses, 2006, p. 87, tradução nossa.
O relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) denominado
"Mudança Climática 2007: a Base da Ciência Física" foi divulgado internacionalmente no início
de fevereiro de 2007.
Suas afirmações são contundentes: vivemos e viveremos uma era de aquecimento
global, cujas consequências serão mudanças climáticas pertubadoras.

Diante do que afirma este relatório e considerando os textos e o mapa, procure


descrever:
- As ocorrências históricas que definiram a divisão mundial do trabalho no século XX e
tornaram países como Estados Unidos, China e Rússia alguns dos maiores emissores de
gases-estufas, em quantidades absolutas.

22. (Uerj 2006)


As imagens apresentam algumas mudanças ocorridas na vida urbana do Rio de Janeiro, na
passagem do século XIX para o século XX, indicando reflexos do processo da Revolução
Tecnológica e Científica na cidade.

a) De acordo com a ilustração acima, um elemento foi fundamental para estabelecer a


diferença entre a Revolução Industrial da Inglaterra no século XVIII e a Revolução
Tecnológica e Científica do final do século XIX.
Identifique esse elemento, descrevendo o papel que ele desempenhou na diferenciação
entre esses dois processos.

b) Na passagem do século XIX para o XX, dizia-se pelos jornais: "O Rio civiliza-se".
Cite um aspecto da vida urbana da capital brasileira nessa época que era considerado como
um símbolo de atraso e a solução proposta por intelectuais e políticos para superá-lo.

23. (Ufsm 2006) Júlio Verne (1828-1905) foi um famoso romancista francês. Em seus livros,
descreveu engenhos, máquinas e viagens que somente seriam realizadas décadas depois. Em
1863, imaginou o balão dirigível, em "Cinco semanas num balão"; em 1870, inventou o
submarino elétrico, em "Vinte mil léguas submarinas"; no mesmo ano, descreveu uma viagem
espacial, em "À roda da Lua". Sua ficção relaciona-se com
a) o surgimento da física quântica, decorrente do crescimento urbano e industrial desenfreados.
b) o avanço do movimento operário, das lutas populares e do "espectro do comunismo", tal
qual Marx previra.
c) o desmantelamento dos Estados liberais e a montagem das monarquias constitucionais e
parlamentaristas.
d) a descrença em relação à ciência e à cultura patrocinada pela Europa Imperialista.
e) o avanço da ciência e da tecnologia do mundo industrial, bem como com o otimismo da
sociedade burguesa.

24. (Ufes 2006) Os modelos de produção industrial fordista e taylorista propiciaram, no


contexto da sua criação, um incremento da capacidade produtiva das indústrias ao otimizar a
relação tecnologia/força de trabalho. Analise as seguintes definições sobre o Fordismo e o
Taylorismo.

I - O Fordismo é um método de organização do trabalho fabril baseado na produção em série,


ou linha de montagem.
II - O Taylorismo constituiu-se como método de organização do trabalho fabril já na época da
máquina a vapor.
III - O Fordismo constituiu um método de organização do trabalho fabril que visava ao aumento
da produtividade por meio da autonomia do trabalhador em relação à máquina.
IV - O Taylorismo se caracteriza como método de racionalização da produção que introduz a
hierarquização nas relações de trabalho e a burocratização na administração da fábrica.
V - O Fordismo é contemporâneo das máquinas movidas segundo o padrão óptico.

É CORRETO o que se afirma em:


a) I, II e IV.
b) I e IV.
c) II, III e V.
d) II e IV.
e) IV e V.

25. (Ufrrj 2006) Observe a tabela a seguir:

Principais exportações britânicas como percentagem das exportações totais, 1830-1870

A tabela indica uma mudança na produção industrial inglesa com grandes consequências tanto
internas quanto na relação e na posição da Grã-Bretanha no mundo. Com base nisto:
a) especifique a(s) diferença(s) existentes entre a fase de industrialização ocorrida a partir da
segunda metade do século XIX e a primeira iniciada ainda no século XVIII.
b) De que forma se pode relacionar as transformações na produção industrial no século XIX e o
fenômeno do imperialismo?

26. (Fgv 2005) "As perspectivas de desenvolvimento econômico e progresso científico


pareciam infinitas no princípio do século. As estradas de ferro se espalhavam por todo o mundo
(...) O cientista italiano Guglielmo Marconi preparava- se para transmitir, pela primeira vez,
sinais de rádio através do Oceano Atlântico. O automóvel, o telefone e o cinema se
popularizavam, mudando a face das cidades".
BRENER, J., "Jornal do século XX", São Paulo, Moderna, 1998, p. 24.

O texto refere-se a um contexto de inovações tecnológicas propiciadas:


a) Pela Segunda Revolução Industrial, marcada pelo surgimento das primeiras fábricas, da
utilização das máquinas a vapor e de matérias-primas como carvão e ferro.
b) Pela Revolução Agrária Europeia, marcada pela mecanização da produção agrícola e pela
estruturação fundiária em pequenas e médias propriedades.
c) Pelo Período Entre-Guerras, marcado pela expansão da economia industrial e pela
disseminação do liberalismo como referência econômica entre as potências europeias.
d) Pela Primeira Revolução Industrial, marcada pelo desenvolvimento industrial norte-
americano e pela proliferação da produção de eletrodomésticos.
e) Pela Segunda Revolução Industrial, marcada pela aplicação de descobertas científicas à
produção, pela utilização da energia elétrica e o desenvolvimento de indústrias químicas.

27. (Unesp 2005) A Exposição Internacional de Eletricidade foi aberta ao público no Palácio da
Indústria em Paris, em agosto de 1881 [...]. A maior parte dos aparelhos expostos resultaram
de descobertas moderníssimas [...]. O bonde que transporta os visitantes; as máquinas
eletromagnéticas e o dínamo-elétrico em funcionamento; os focos luminosos brilhando; os
telefones que nos permitem ouvir à distância representações de ópera - tudo isto é tão novo
que nem sequer seu nome era conhecido cinco anos atrás.
(Revista "A Natureza", 1881.)

As inovações mencionadas
a) resultaram dos investimentos em tecnologia e da criação dos cursos técnicos nas
universidades europeias e norte-americanas.
b) foram consequências da Segunda Revolução Industrial, que explorou novas fontes de
energia e desenvolveu novos processos produtivos.
c) ficaram restritas às camadas privilegiadas da sociedade, sem alterar o cotidiano da maioria
dos habitantes da Europa.
d) possibilitaram a autossuficiência dos países capitalistas adiantados e trouxeram dificuldades
para os exportadores de produtos primários.
e) determinaram a expansão dos regimes democráticos e iniciaram a difusão dos
conhecimentos científicos em diferentes sociedades.

28. (Unesp 2004) Os historiadores costumam distinguir a primeira Revolução Industrial,


ocorrida na Inglaterra no século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do último quartel do
século XIX.
a) Estabeleça duas distinções entre a 1a e a 2a Revolução Industrial.
b) Aponte uma consequência política da 2a Revolução Industrial.

29. (Pucmg 2004) PRODUÇÃO DE CARVÃO, FERRO FUNDIDO E AÇO NA GRÃ-


BRETANHA, ALEMANHA E ESTADOS UNIDOS NO FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO
SÉCULO XX.
A análise e contextualização histórica das informações apresentadas pela tabela acima
permitem afirmar:
a) No final do século XIX, a economia dos países capitalistas centrais passou por uma típica
crise de superprodução, o que pode ser verificado através do crescimento acelerado da
produção de carvão, ferro e aço.
b) A unificação política tardia da Alemanha pode ser apontada como um fator impeditivo do
avanço das forças capitalistas naquele país, o que fica claro quando se observa o seu
desempenho econômico no período em questão.
c) Às vésperas da Primeira Grande Guerra, a Grã-Bretanha mantinha inconteste sua posição
hegemônica no cenário internacional, pois mantinha uma posição de liderança no setor
siderúrgico e na produção de carvão.
d) Como resultado da Guerra de Secessão nos Estados Unidos, a economia norte-americana
fica muito fragilizada, apresentando um ritmo de crescimento muito modesto no decorrer do
último quartel do século XIX.

30. (Enem 2004) O consumo diário de energia pelo ser humano vem crescendo e se
diversificando ao longo da História, de acordo com as formas de organização da vida social. O
esquema apresenta o consumo típico de energia de um habitante de diferentes lugares e em
diferentes épocas.

Segundo esse esquema, do estágio primitivo ao tecnológico, o consumo de energia per capita
no mundo cresceu mais de 100 vezes, variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a
razão entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumento ocorreu. O
período em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada está associado à passagem
a) do habitante das cavernas ao homem caçador.
b) do homem caçador à utilização do transporte por tração animal.
c) da introdução da agricultura ao crescimento das cidades.
d) da Idade Média à máquina a vapor.
e) da Segunda Revolução Industrial aos dias atuais.

Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]

O texto retrata o avanço do liberalismo econômico, destacando que a situação anterior, de


controle da economia pelo Estado, não foi uma situação existente apenas em países
absolutistas.

Resposta da questão 2:
a) Fenômeno Histórico
- Novo colonialismo/neocolonialismo – século XIX ou
- Novo imperialismo/neoimperialismo – século XIX ou
- Imperialismo na África e na Ásia ou
- Partilha da África/Ásia pelos países europeus ou
- Conferência de Berlim (1884-1885).

Relações de poder:
As relações entre as potências europeias eram marcadas por muitas tensões, conflitos e
disputas pelo domínio de vastas áreas na Ásia e na África.
As relações entre as potências europeias e os territórios “colonizados” eram marcadas pelo
domínio político e econômico.

b) ACONTECIMENTOS/IDEIAS QUE MARCARAM O NEOCOLONIALISMO


- Expansão do capitalismo industrial, que necessitava de novos mercados para solucionar
crises de superprodução.
- Investimento de capitais excedentes, que eram aplicados na Ásia e na África.
- Implantação, nos territórios coloniais, de empresas de serviços e de bancos.
- Ideologia da missão civilizadora dos europeus. Essa missão era vista como o “fardo do
homem branco”.
- Difusão das ideias do “darwinismo social”, que justificava, pela lei da seleção natural, o
domínio da espécie mais evoluída.
- Expedições científicas e missões religiosas, que possibilitaram o contato com realidades
geográficas, naturais e sociais ainda desconhecidas dos europeus.
- Instalação de excedentes populacionais da Europa nas áreas coloniais.
- Conquista de bases estratégicas para a segurança do comércio marítimo das nações
europeias.
- Posse de armas sofisticadas, que garantiram a supremacia europeia por quase toda a
África.
- Conhecimentos científicos, que preveniam doenças (malária), e a navegação a vapor, que
facilitava o deslocamento para os territórios colonizados.
- Conflitos étnicos na África, em razão das fronteiras definidas pelos países europeus na
Conferência de Berlim.
- Disputas por territórios coloniais pelas potências imperialistas, ocasionando a Primeira
Guerra Mundial.
- Revoltas e rebeliões dos povos dominados: Guerra dos Cipaios, Guerra dos Bôeres,
Guerra dos Boxers.
- Difusão da cultura europeia nos territórios colonizados.

Resposta da questão 3:
[A]
A Revolução Tecnológica e Científica verificada nos países desenvolvidos a partir da segunda
metade do século XIX com o advento da segunda fase da Revolução Industrial provocou
grandes mudanças nos padrões de produção e consumo das mercadorias que influenciaram os
padrões culturais de um mundo cada vez mais urbano. Esses novos padrões se difundiram
pela sociedade através do avanço dos meios de comunicação em massa e converteram certos
bens de consumo em itens de desejo e status social.

Resposta da questão 4:
[C]

A imagem acima se refere ao “fordismo”, maneira de organizar a produção a partir de linhas de


montagem, em que cada operário realiza uma atividade específica sem se deslocar pelo local
de trabalho, num processo que pode ser classificado como de especialização ou de repetição.
Tal modelo procurou aperfeiçoar o modelo anterior – porém contemporâneo – que era o
Taylorismo, que justificava o ganho de tempo do trabalho do operário como fundamental para o
aumento da produtividade e, consequentemente, do lucro da empresa.
Tais modelos de organização do trabalho implicam em grande controle do trabalho por
encarregados e determina um processo maior de alienação do trabalhador sobre aquilo que
produz.

Resposta da questão 5:
[B]

A Segunda Revolução Industrial representou a expansão da industrialização para diversas


nações, incluindo Estados Unidos e Japão e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas
tecnologias, coma utilização da eletricidade no lugar da energia a vapor e da siderurgia, dando
novos rumos à utilização do ferro. Desenvolveu-se o capitalismo monopolista associado à
conquista de mercados afro-asiáticos.

Resposta da questão 6:
[B]

O Taylorismo foi um sistema de organização industrial surgido no século XX com o objetivo de


aperfeiçoar a produção. Dentre seus objetivos, podemos citar: utilização de métodos de
padronização da produção para evitar o desperdício produtivo, adoção de métodos para evitar
a fadiga dos trabalhadores e disciplina da distribuição das tarefas.

Resposta da questão 7:
[D]

O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta terá relação com a Primeira Guerra
Mundial, mas uma interpretação mais profunda mostra que o texto se relaciona às
consequências da Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias.

 Resposta da questão 8:
O principal motivo de crescimento dessas duas cidades foi a industrialização, bastante
acentuada no decorrer do século XIX, apesar da revolução industrial na Inglaterra ter-se
iniciado no século anterior. A segunda metade do século XIX foi marcada pela 2ª Revolução
Industrial, que promoveu não apenas as novas tecnologias, mas também um aumento
significativo do número de fábricas e, portanto, de postos de trabalho. A segunda causa é a
crise no setor agrário, colocado em segundo plano pelos governantes e burguesia dessas
nações e que sofreu a interferência do processo de mecanização, principalmente nas últimas
décadas do século, provocando desemprego entre os camponeses que, em um primeiro
momento, tendiam a migrar para as grandes cidades.

No trecho: “(...) o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos, a sua presa (...)”,
podemos observar uma situação cada vez mais comum nas grandes cidades, marcadas pelo
banditismo e pela organização da criminalidade, com aumento constante da violência urbana
em praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, que tem como contrapartida a “ação
policial” e a preocupação da sociedade civil.

Resposta da questão 9:
01 + 04 = 05

[01] Verdadeiro – Denominado de taylorismo, implicou uma nova forma de organização do


trabalho, e foi responsável pela racionalização da produção e controle sobre o processo
produtivo.
[02] Falso – Tanto o taylorismo como o fordismo se preocupavam em restringir a liberdade e
autonomia do trabalhador.
[04] Verdadeiro – Pouco se trata do assunto na Europa, mas conhecemos sua repercussão no
Brasil, em particular no Rio de Janeiro, com a Revolta da Vacina.
[08] Falso – No período imperial, consolidou-se a economia cafeeira, preservando-se o
latifúndio e seu caráter exportador. A única mudança significativa ocorreu com a redução
gradual do trabalho escravo.
[16] Falso – Não houve acumulação de capitais em colônias ou países periféricos.

Resposta da questão 10:


[B]

A segunda metade do século XIX foi marcada pela ascensão da burguesia ao poder em
diversos estados europeus, nos Estados Unidos e no Japão e, do ponto de vista econômico,
pela expansão do capitalismo com a segunda revolução industrial. As grandes obras e eventos
científicos serviram para exaltar essa nova modernidade e a ideia de progresso que o
desenvolvimento tecnológico poderia proporcionar.
Nesses países, predominou o liberalismo, mas não a democracia, pois o voto era censitário e a
tendência foi o aumento da competição e da disputa por mercados entre as grandes potências.

Resposta da questão 11:


01+ 02 + 04 + 08 + 16 = 31

A questão abrange na sua totalidade importantes aspectos da Revolução Industrial em suas


duas fases.

Resposta da questão 12:


[E]

A Segunda Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XIX, caracterizou-se


pelo advento da eletricidade e do petróleo como fontes de energia e do aço na confecção de
máquinas e produtos. Essas inovações tecnológicas empregadas no processo produtivo,
promoveram um aumento espetacular da produção e geraram demandas por fontes de
matérias-primas e mercados, motivando disputas entre as potências industriais, que resultaram
na eclosão da Primeira Guerra Mundial no início do século XX.

Resposta da questão 13:


[E]

O período citado no enunciado corresponde ao início da Segunda Revolução Industrial e de


formação do capitalismo monopolista juntamente com a supremacia burguesa a frente do poder
político nos estados nacionais europeus, fundamentada nos preceitos liberais de não
intervenção do Estado na economia e de acesso dos cidadãos à vida política, apesar de o
direito de voto ser censitário.

Resposta da questão 14:


[D]
O filme Tempos Modernos retrata as consequências do fenômeno histórico conhecido como
Revolução Industrial. No filme, Chaplin critica o afastamento do trabalhador do objeto de seu
trabalho, a submissão do homem perante a máquina e as péssimas condições de trabalho do
operariado nas fábricas.

Resposta da questão 15:


[A]

Resposta da questão 16:


[B]

Resposta da questão 17:


Um dentre os elementos:
- aumento da produção industrial
- acentuado progresso técnico-científico
- aparecimento do capitalismo monopolista
- acirramento da corrida colonialista - imperialismo
- crescente concentração da produção e do capital
- revolução dos meios de comunicação e transporte
- adoção de medidas protecionistas por vários países
- significativo crescimento da indústria de equipamentos
- ampliação da divisão do mundo entre potências centrais capitalistas e economias periféricas
dependentes
A modernização da tecnologia aplicada à produção agrícola e industrial ampliou o êxodo rural e
ao mesmo tempo não garantiu emprego para os antigos camponeses nos centros urbanos,
forçando-os à imigração.

Resposta da questão 18:


Serão consideradas duas dentre essas características:
a) Frederick Taylor (1856-1915) concebeu o que se denominaria o "taylorismo", que se
caracteriza por:
- aplicação de métodos científicos para obter uniformidade na produção e reduzir custos;
- planejamento das etapas de trabalho (metodologia para o trabalho), visando ao aumento da
produção;
- treinamento de trabalhadores para produzir mais e com mais qualidade;
- especialização do trabalho (o trabalho deve ser realizado tendo em vista uma sequência e um
tempo pré-determinados para que não haja desperdício operacional);
- inserção de supervisão funcional e do planejamento de cargos e tarefas (todas as fases do
trabalho devem ser acompanhadas, o que aumenta o controle sobre a atividade e o tempo de
trabalho do operário);
- o fordismo (anos 20) é expressão prática da concepção taylorista.

b) a presença das máquinas e a necessidade do trabalhador de acompanhar seu ritmo para


que se alcance o maior índice de produtividade provoca uma sujeição do homem à máquina,
sujeição marcada pela repetição reflexa dos movimentos e pelo aparecimento de novas
enfermidades ligadas ao espaço de trabalho. As sequências do filme "Tempos Modernos"
explicitam a crítica no que diz respeito à adequação corporal do trabalhador a esse novo
mundo da produção, dominado pelas máquinas.

Resposta da questão 19:


[E]

Resposta da questão 20:


[C]
Resposta da questão 21:
As origens da divisão internacional do trabalho remontam ao Antigo Sistema Colonial
na Idade Moderna. Nele já se configuravam os centros do capitalismo, as metrópoles europeias
(áreas de produção de manufaturas e detentores dos recursos financeiros) e as suas colônias
(áreas periféricas, fornecedoras de matérias-primas e de mercados consumidores).
Porém, é a partir da Segunda Revolução Industrial, iniciada no final do século XIX, que
tal fenômeno foi reforçado.
A Revolução Industrial, desde a origem, ainda no século XVIII, por promover a
produção em larga escala, criou demandas por matérias-primas, mercados consumidores e por
áreas de investimentos, levando ao Neocolonialismo (ocupação de territórios na África e na
Ásia pelas potências industriais na segunda metade do século XIX) e, por conseguinte, à
redefinição e reafirmação da divisão internacional do trabalho. Decorreram ainda desse
processo, a desarticulação das formas tradicionais de produção, menos impactantes ao meio
ambiente, além da desagregação do meio ambiente e a poluição nas mais variadas formas.
Desde o início da Revolução Industrial até o final do século XIX, quando outras
potências emergiram e em particular os Estados Unidos, a Inglaterra esteve à frente do
processo.
Com o término da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos emergiram como
principal potência capitalista, apoiados no crescimento da atividade industrial.
Rússia e China, após a implantação do socialismo (respectivamente em 1917 e 1949),
ao promoverem, os "Planos Quinquenais" de Stalin e o "Grande Salto para a Frente" de Mao
Tsé-tung que priorizaram a indústria pesada e a petroquímica. Em ambos os casos, a
industrialização vinculava-se à ideia de progresso e fortalecimento bélico, num contexto de
afirmação do socialismo, sobretudo a partir da Guerra Fria.
Eventos como a Segunda Guerra Mundial e a Descolonização Afro-Asiática no século
XX, promoveram alterações na divisão internacional do trabalho quanto às suas características,
mas não quanto à organização espacial. Após a Segunda Guerra Mundial, a bipolarização
capitalismo e socialismo, surgida com a ascensão da União Soviética, levou os países
capitalistas, sobretudo os Estados Unidos, a reforçar ou ampliar a presença do capitalismo em
suas áreas de influência, acentuando a dependência das áreas periféricas em relação à áreas
centrais.
Nos países surgidos em decorrência da descolonização, num contexto em que
industrialização era sinônimo de desenvolvimento, instalaram-se empresas transnacionais
provenientes dos países centrais interessadas em matérias-primas e mão de obra a baixo
custo, além de tributos menores e a ausência de políticas ambientalistas.
A própria dinâmica do sistema capitalista orientada para a acumulação e reprodução do
capital, estimulando o lucro crescente, tende a ignorar os impactos da produção em larga
escala quanto ao esgotamento dos recursos naturais e as alterações no meio ambiente.
Somente a partir da grande mudança comportamental surgida na contracultura dos
anos 60 e com maior ênfase a partir da década de 1990, as preocupações com o meio
ambiente ganharam relevância. E mesmo apesar do tom de gravidade que se observa, por
exemplo, quanto às alterações climáticas decorrentes da emissão de gases-estufa, persiste
uma visão empresarial insensível e inflexível que, ainda neste início do século XXI, influencia
dirigentes de algumas nações, sobretudo os norte-americanos, a ignorarem uma política de
controle sobre a emissão de poluentes.
A preocupação com os impactos ambientais decorrentes da produção capitalista,
tornou-se tão global quanto o próprio capitalismo.

Resposta da questão 22:


a) O uso da eletricidade, fruto da crescente interação entre tecnologia e produção, passando a
substituir o vapor, obtido por meio da combustão do carvão, como força motriz da indústria.

b) Um dentre os aspectos e suas respectivas soluções:


- capacidade limitada do porto da cidade; modernização e ampliação do porto
- insalubridade da Cidade Velha; obras de saneamento da capital da República
- traçado tortuoso das ruas da cidade; abertura de novas avenidas, cujo símbolo maior foi a
Avenida Central
- controle e mesmo proibição das festas populares de rua (como o entrudo e as quermesses);
realização de festas nos espaços fechados dos bailes, salões e clubes

Resposta da questão 23:


[E]

Resposta da questão 24:


[B]

Resposta da questão 25:


a) A primeira fase da industrialização estava assentada sobre a indústria têxtil, enquanto a
segunda, sobre a indústria de bens de produção.

b) Produção de excedentes de capital e a busca de espaços de investimento e busca de


centros que fornecessem matéria-prima e que absorvessem parte da produção metropolitana.

Resposta da questão 26:


[E]

Resposta da questão 27:


[B]

Resposta da questão 28:


a) A Primeira Revolução Industrial (século XVIII), foi marcada pela introdução do vapor e do
carvão mineral para obtenção de energia e o surgimento do proletariado como nova classe
social.
A Segunda Revolução Industrial (século XIX) tem como símbolos a eletricidade, o petróleo e
o aço e desencadeou o neocolonialismo e a estruturação do capitalismo monopolista.
b) A introdução das novas tecnologias na indústria no século XIX, gerou a necessidade de se
ampliar as
fontes de matérias-primas e os mercados consumidores, além de se criar novas áreas para o
investimento de capitais excedentes. Tais necessidades levaram as potências industriais a uma
política imperialista com a conquista e ocupação de novos territórios. As potências europeias
concentraram seus esforços na África e na Ásia. Em particular na Ásia, enfrentaram a
resistência dos nativos em movimentos como a Guerra do Ópio na China em 1841 e Guerra
dos Cipaios na Índia em 1857.

Resposta da questão 29:


[A]

Resposta da questão 30:


[E]

Observando o gráfico, conclui-se que o menor intervalo de tempo decorrido entre quaisquer
dois intervalos de tempo tomados é o que tem início no final do século XIX e vai até os dias
atuais. Nesse intervalo também ocorreu o maior aumento de consumo diário de energia per
capita. Na segunda metade do século XIX iniciou-se a segunda revolução industrial,
determinando grande urbanização, revolução dos transportes e a formação de uma sociedade
de consumo.
Saiba mais:
História: A Revolução Industrial na
Inglaterra
CLAUDIO B. RECCO
da Folha de S.Paulo

A Revolução Industrial do século 18 representou o momento de consolidação do


capitalismo. Apesar de restrita à Inglaterra, ela foi responsável pela reordenação da
economia mundial durante o século 19, pois representou a nova dinâmica
capitalista, responsável por superar o mercantilismo.

O pioneirismo inglês pode ser explicado com base na existência de um Estado


liberal burguês, de capitais acumulados oriundos da exploração colonial e do
domínio sobre as atividades mercantis, até então de mão-de-obra barata, e da
disponibilidade de recursos naturais.

No entanto o aspecto mais importante, ao analisarmos esse processo, é entender o


seu significado. De que maneira podemos definir a Revolução Industrial? Dizemos:
"Foi um conjunto de transformações socioeconômicas e tecnológicas responsável
por consolidar o sistema capitalista".

Uma definição bastante simples, mas que possui um elemento fundamental:


primeiro o homem, depois a máquina. Isso significa que a revolução não deve ser
entendida apenas como um conjunto de inovações técnicas, novas máquinas e
novos procedimentos de produção. A revolução deve ser entendida a partir da
alteração estrutural que determinou.

Se pensar a máquina e seus inventores não é o mais importante para


compreendermos esse movimento, como deve ser vista a revolução? Quais são
suas características fundamentais? Ela foi responsável pela separação definitiva
entre o capital e o trabalho, pela consolidação do trabalho assalariado, pelo
controle da burguesia sobre a produção e pela formação de uma nova classe social,
o proletariado. Foi ainda caracterizada pela substituição do trabalho manual pelo
trabalho da máquina e pela substituição da energia humana pela energia a vapor.

O desenvolvimento desse processo determinou uma série de transformações na


vida cotidiana do homem inglês, em especial do homem pobre que migrava para a
cidade e engrossava a camada marginalizada ou subempregada. As condições de
vida e de trabalho eram caracterizadas pela miséria, o operário trabalhava cerca de
14 horas por dia em condições insalubres, não havia uma legislação trabalhista e a
exploração era ainda maior em relação às mulheres e às crianças, que viviam em
locais semelhantes a cortiços.

Dica: destaque as principais diferenças da industrialização em relação à produção


manufatureira e artesanal. Qual o papel da burguesia nos três momentos?

Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Curso Objetivo, e autor do livro
"História em Manchete - na Virada do Século"
Fonte: Folha de S. Paulo

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