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Revolução Industrial
O Banco da Inglaterra
(financiamentos) também foi
central nesse processo.
A primeira tentativa de
organização dos operários ingleses
ocorreu no início do século XIX:
O movimento Ludista (liderado
por Ned Ludd) entendia que as
máquinas eram as principais
responsáveis pela miséria social.
Sendo assim, os trabalhadores
passaram a quebrá-las
1)Introdução:
Em meados do século XIX,
diversos países do mundo
começam a passar por um
considerável avanço tecnológico e
científico, denominada de Segunda
Revolução Industrial.
B) Matéria-prima: O ferro é
substituído pelo aço (processo de
Bressemer = fabricação do aço em
larga escala); mais resistente e
durável.
Nas comunicações: O
desenvolvimento do telégrafo e do
telefone (pelo americano Graham
Bell).
Cantinho do Enem:
1. (Enem 2012)
2. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As
cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que
seu poder.
Desafio:
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Leia o texto para responder à(s) questão(ões).
4. (Famerp 2020) A associação das fábricas com “a erosão de padrões de vida tradicionais”
pode ser explicada pelo fato de que a industrialização gerou
a) o primeiro movimento de êxodo rural da história e o surgimento das grandes metrópoles
europeias.
b) a mudança de comportamentos sociais e o avanço do processo de disciplinarização do
trabalho.
c) a modernização tecnológica e a valorização do conhecimento da totalidade do processo
produtivo pelos trabalhadores fabris.
d) a constituição de um novo cotidiano dos trabalhadores rurais e o imediato surgimento de leis
de proteção ao trabalho fabril.
e) o fim do poder político e econômico dos senhores feudais e o desestímulo às práticas
místicas e religiosas.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[C]
Resposta da questão 2:
[E]
A Revolução Industrial que se processou na Inglaterra a partir do final do século XVIII teve
características sociais nefastas para os trabalhadores, uma vez que, a inexistência de
legislação determinou um processo de superexploração. As condições de trabalho e de vida
eram marcadas pela miséria. Surgiram grandes bairros operários, caracterizados pela
formação de cortiços, marcados pela falta de infraestrutura e, muitas vezes, pela
promiscuidade.
Resposta da questão 3:
[E]
Resposta da questão 4:
[B]
Exercícios atualizados:
1. (Unesp 2020) Era esta uma das artérias principais da cidade e regurgitara de gente durante
o dia todo. Mas, ao aproximar-se o anoitecer, a multidão engrossou e, quando as lâmpadas se
acenderam, duas densas e contínuas ondas de passantes desfilavam [...].
O conto, originalmente publicado em 1840, apresenta um perfil das metrópoles do século XIX,
destacando
a) a solidariedade entre os habitantes, o desenvolvimento da cidadania e a força da indústria.
b) o declínio das atividades comerciais, os ruídos incessantes das ruas e a solidão dos
habitantes.
c) a conformação de uma nova sensibilidade, o arcaísmo tecnológico e a imobilidade dos
habitantes.
d) o ordenamento do espaço urbano, o controle policial da circulação e o crescimento do
desemprego.
e) o crescimento populacional, a dinâmica da circulação urbana e a impessoalidade nas
relações.
3. (Famerp 2020) A associação das fábricas com “a erosão de padrões de vida tradicionais”
pode ser explicada pelo fato de que a industrialização gerou
a) o primeiro movimento de êxodo rural da história e o surgimento das grandes metrópoles
europeias.
b) a mudança de comportamentos sociais e o avanço do processo de disciplinarização do
trabalho.
c) a modernização tecnológica e a valorização do conhecimento da totalidade do processo
produtivo pelos trabalhadores fabris.
d) a constituição de um novo cotidiano dos trabalhadores rurais e o imediato surgimento de leis
de proteção ao trabalho fabril.
e) o fim do poder político e econômico dos senhores feudais e o desestímulo às práticas
místicas e religiosas.
4. (Fuvest 2019) Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais
importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e
das cidades. E foi iniciado pela Grã‐Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.
Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 2005. 19ª edição, p. 52.
5. (Enem 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou
sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos
ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena
que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas; há um
fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte
processo socioespacial:
a) Restrição da propriedade privada.
b) Expropriação das terras comunais.
c) Imposição da estatização fundiária.
d) Redução da produção monocultora.
e) Proibição das atividades artesanais.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[E]
Resposta da questão 2:
[E]
Resposta da questão 3:
[B]
Resposta da questão 4:
[B]
Um dos fatores que contribuíram para a ocorrência da Revolução Industrial na Inglaterra foi a
ocorrência dos cercamentos: os grandes proprietários de terra ingleses “cercavam” as terras
dos pequenos proprietários e os expulsavam do campo. Tal fenômeno favoreceu a
concentração fundiária e a formação de uma massa de desempregados que migrou para as
cidades e passou a trabalhar nas fábricas recém-inauguradas.
Resposta da questão 5:
[B]
O texto faz referência a um fenômeno que foi, ao mesmo tempo, causa e consequência da
Revolução Industrial na Inglaterra: os cercamentos. Tal prática, que consistia na tomada das
terras dos pequenos camponeses pelos grandes senhores de terra, provocou grande êxodo
rural e causou muita fome e miséria entre os camponeses, levando a manifestações como a
descrita no enunciado.
Exercícios propostos:
1. (Ufrgs 2007) A Revolução Industrial representou uma profunda transformação da economia,
marcada pela utilização de novas técnicas, pelo uso da energia fóssil e por uma nova forma de
organização da produção.
2. (Uerj 2013)
3. (Unesp 2013) As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos
séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do
fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e
sim matérias-primas.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida
quando
a) portugueses e espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas
comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do mundo.
b) norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas, para
ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
c) ingleses e holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do
Atlântico Sul.
d) ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e
desestimularam o comércio escravista.
e) portugueses e espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.
4. (Unesp 2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha relações comerciais regulares
com várias regiões do continente africano. O interesse de ingleses nesse comércio derivava,
entre outras coisas, da necessidade de
a) mercado consumidor para os tecidos, produzidos em escala industrial nas fábricas inglesas
e francesas.
b) especiarias e sal, utilizados na conservação de alimentos consumidos nas grandes cidades
europeias.
c) petróleo, utilizado como fonte principal de energia nas fábricas instaladas em torno das
grandes cidades inglesas.
d) matérias-primas, como o algodão e os óleos vegetais, que eram utilizadas pelas fábricas
inglesas.
e) mão de obra a ser empregada nas manufaturas e fábricas que proliferavam na Inglaterra e
na França.
6. (Fuvest 2013) Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele
instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O
desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança.
Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável
passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e
assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a destruição.
Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me
havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!
O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser
lido corretamente como uma
a) apologia à guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período.
b) crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços
científicos.
c) defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental.
d) recusa do evolucionismo, bastante em voga no período.
e) adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade social.
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da
Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas
gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu
relacionamento com outros povos do mundo.
A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego
Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado
acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo
flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente
carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem
e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.
(Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H.
Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.)
“Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem uma cidade de Inglaterra, cujo nome
tenho a prudência de não dizer, e à qual não quero dar um nome imaginário, um existe comum
à maior parte das cidades grandes ou pequenas: é o asilo da mendicidade.
Lá em certo dia, cuja data não é necessário indicar, tanto mais que nenhuma importância tem,
nasceu o pequeno mortal que dá nome a este livro.
Muito tempo depois de ter o cirurgião dos pobres da paróquia introduzido o pequeno Oliver
neste vale de lágrimas, ainda se duvidava se a pobre criança viveria ou não; se sucumbisse, é
mais que provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas
páginas, e deste modo teriam o inapreciável mérito de ser o modelo de biografia mais curioso e
exato que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.”
(Charles Dickens, Oliver Twist, Tradução de Machado de Assis e Ricardo Lísias, 1ª. Ed., São
Paulo, Hedra, 2002.)
Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil
habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu
número já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em
cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam
monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira
Guerra Mundial, elas já eram 149.
11. (Ufu 2011) Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário
desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as pontas, um quinto o
afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a
importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito
operações distintas. Trabalhando desta maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas
mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia
4.800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro,
sem que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de atividade, certamente cada um deles
não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um.
SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural,1996, p. 65.
12. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As
cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que
seu poder.
13. (Pucpr 2010) A cólera é uma doença causada por uma bactéria intestinal chamada Vibrio
cholerare. Geralmente se propaga em situações de pouca higiene, em lugares sem sistema de
esgoto sanitário. Esse foi o caso de sua propagação nas grandes cidades da Europa do século
XIX, contexto da Revolução Industrial.
Sobre a difícil vida da classe trabalhadora e as reações à industrialização, marque a alternativa
INCORRETA:
a) O socialismo cristão, ou catolicismo social, surgiu na segunda metade do século XIX e
pregava a aplicação dos ensinamentos cristãos para corrigir os males criados pela
industrialização.
b) O socialismo científico encabeçado por Marx e Engels defende a ideia de uma sociedade
sem classes e igualitária.
c) Charles Fourrier, considerado defensor das ideias liberais de Adam Smith, defendia uma
economia livre que não coibisse a iniciativa privada. Considerava que a pobreza e o
sofrimento faziam parte da ordem natural do mundo.
d) Saint-Simon é um dos principais expoentes do socialismo utópico. Argumentava que, da
mesma forma que o cristianismo propiciara unidade e estabilidade sociais durante a Idade
Média, assim também o conhecimento científico iria unir a sociedade de sua época.
e) David Ricardo, pensador liberal, considerava que os salários variam para permanecer no
patamar mínimo a fim de garantir a manutenção dos trabalhadores. Caso contrário, eles
seriam encorajados a ter mais filhos, provocando um aumento na oferta de mão de obra, e a
competição maior por empregos forçaria, por sua vez, a redução dos salários.
Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos que seriam vermelhos se a
fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e de altas chaminés. Apresentava muitas
ruas largas, todas iguais, e muitas ruazinhas ainda mais iguais, cheias de pessoas também
muito iguais, pois todas saíam e entravam nas mesmas horas, andando com passo igual na
mesma calçada, para fazer o mesmo trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da
véspera e com o dia seguinte.
CHARLES DICKENS
In: ENDERS, Armelle e outros. História em curso. Rio de Janeiro: FGV, 2008.
Apresente uma mudança causada pelo processo de industrialização nas cidades inglesas e
uma de suas consequências para as condições de vida do operariado.
15. (Enem 2ª aplicação 2010) Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como
sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em
primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado.
Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos
mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de
ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num
primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. “Revoluções burguesas”. In: REIS FILHO, D.A.etal (Orgs.). O século
XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na
Inglaterra foi o
a) aumento do consumo interno.
b) congelamento do salário mínimo.
c) fortalecimento dos sindicatos proletários.
d) enfraquecimento da burguesia industrial.
e) desmembramento das propriedades improdutivas.
16. (Pucrs 2010) A Revolução Industrial que se consolidou na Inglaterra da segunda metade
do século XVIII apresentava fatores condicionantes em variados campos da sociedade
britânica. No campo institucional, tem-se a _________; no que se refere ao pensamento
econômico, apresenta-se o _________; no plano ético de fundamentação religiosa, cita-se o
_________ e, no campo econômico, verifica-se a liberação de mão de obra causada pela
prática dos _________.
a) Monarquia Parlamentar
mercantilismo
protestantismo
cercamentos
b) República Parlamentar
liberalismo
catolicismo
campos abertos
c) Monarquia Parlamentar
liberalismo
protestantismo
cercamentos
d) República Parlamentar
mercantilismo
protestantismo
campos abertos
e) Monarquia Parlamentar
liberalismo
catolicismo
cercamentos
17. (Unifesp 2010) A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a
indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra]
bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.
(Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris:
Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo:
Estação Liberdade, 2003.)
O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das
fábricas. Explique
a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”.
b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”.
18. (Unesp 2010) Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do trabalho, o
mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes:
primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, à economia de tempo, que
antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande
número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar,
permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.
(Adam Smith. “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)”. In:
Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.)
MARX e ENGELS
Adaptado do Manifesto do Partido Comunista
20. (Unicamp 2010) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e
para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa
experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto,
de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão
relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito
mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.
Assinale:
a) Se apenas a afirmativa I for correta.
b) Se apenas a afirmativa II for correta.
c) Se apenas a afirmativa III for correta.
d) Se as afirmativas I e II forem corretas.
e) Se as afirmativas II e III forem corretas.
22. (Uel 2009) Sobre a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, é correto afirmar.
a) Uma condição indispensável para a transição do artesanato para a manufatura e desta para
a indústria moderna foi a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos do
capitalista.
b) O crescimento industrial na Inglaterra resultou em um processo conhecido como "segunda
servidão", na qual os antigos servos rurais foram transferidos para as indústrias urbanas,
visando ao aumento de produtividade das mesmas.
c) Embora detivessem o poder político, tanto a burguesia rural como a aristocracia urbana não
possuíam capitais que possibilitassem o desenvolvimento da Revolução Industrial, sendo
esta, portanto, financiada pelos pequenos proprietários rurais.
d) A industrialização na Grã-Bretanha iniciou-se com a instalação das indústrias de bens de
capital (aço e maquinário) e, depois de estruturada essa base, partiu-se para a produção de
bens de consumo semiduráveis e não duráveis (tecidos, alimentos, bebidas).
e) Por não haver complementaridade entre a atividade industrial e a pecuária (gado bovino,
ovino), este foi o setor mais duramente atingido pela conversão da Europa rural em
industrial.
23. (Enem 2009) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia
uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões
temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais.
Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com
novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas
propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos
teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a
sucessivas reduções dos rendimentos.
THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books,
1979 (adaptado).
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar
alterou-se porque
a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais.
b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes.
c) os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados.
d) os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência.
e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas
fábricas.
25. (Fuvest 2008) Durante o século XVIII, na Europa, constituíram-se dois polos dinâmicos: um
de dimensão cultural, representado pela França, e outro de dimensão econômica, representado
pela Inglaterra.
Descreva aspectos referentes ao
a) primeiro polo.
b) segundo polo.
26. (Ufscar 2008) "Os palácios de fada eram um incêndio de luzes, antes que a pálida
madrugada deixasse ver as monstruosas serpentes de fumo espraiando-se sobre Coketown.
Um barulho de sapatos pesados na calçada, um tilintar de sinetas e todos os elefantes
melancolicamente loucos, polidos e oleados para a rotina diária, recomeçavam a sua tarefa.
Stephen, atento e calmo, debruçava-se sobre o seu tear, formando como os outros
homens perdidos naquela floresta de máquinas um contraste com a máquina poderosa com
que trabalhava.
Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor
de energia. Sabe-se até ao mais pequeno pormenor aquilo que a máquina é capaz de fazer.
Não existe qualquer mistério na máquina, porém, no mais mesquinho dentre esses homens
existe um mistério jamais decifrado.
O dia clareou e mostrou-se lá fora, apesar das luzes brilhantes do interior. As luzes
apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do
vapor, os montes de barris e ferro-velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por
toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro.
O trabalho continuou até a sineta tocar o meio-dia. Mais barulho de sapatos nas
calçadas. Os teares, as rodas e as mãos paravam durante uma hora.
Stephen saiu do calor da fábrica para o frio e a umidade da rua molhada. Vinha
cansado e macilento. Dando as costas ao seu bairro e aos companheiros, levando apenas um
naco de pão, dirigiu-se à colina, onde residia o seu patrão numa casa vermelha com persianas
pretas, cortinas verdes, porta de entrada negra, onde se lia Bounderby, numa chapa de cobre".
(Charles Dickens. "Tempos difíceis". São Paulo: Clube do Livro, 1969.)
27. (Ufrj 2008) Em Sheffield, cidade famosa pela produção de tesouras, foices, facas e
navalhas, 769 metalúrgicos enviaram petição ao Parlamento em 1789 contra o comércio de
escravos.
"[...] sendo os artigos de cutelaria enviados em grandes quantidades para a costa da África a
título de pagamento por escravos, supõe-se que os interesses de seus peticionários possam
ser prejudicados se tal comércio for abolido. Mas, uma vez que seus peticionários sempre
compreenderam que os nativos da África nutrem grande aversão pela escravidão no exterior,
consideram o caso das nações africanas como se considerassem o seu próprio."
(Adaptado de HOCHSCHILD, Adam. "Bury the Chains". Boston: Houghton Miffflin,
2004.)
De acordo com uma visão recorrente na historiografia, a Inglaterra teria abolido o tráfico de
escravos para suas colônias em 1807 com o objetivo de ampliar o mercado para seus produtos
industrializados.
Explique de que maneira o trecho acima questiona essa visão.
28. (Fuvest 2008) "O livre-comércio é um bem - como a virtude, a santidade e a retidão - a ser
amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do
mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males - como o vício e o crime - a
serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos."
"The Economist", em 1848.
29. (Uel 2008) Leia o texto seguinte sobre a Revolução Industrial e algumas de suas
consequências:
Resposta da questão 1:
[D]
Resposta da questão 2:
[A]
Desde o final do século XVIII, com a expansão da indústria, foram criadas formas de controlar o
trabalho desenvolvido pelos operários, como forma de aumentar a produtividade e
consequentemente o lucro. A utilização do relógio pelo patrão e a padronização do horário no
país fizeram parte desse processo no decorrer do século seguinte.
Resposta da questão 3:
[D]
Resposta da questão 4:
[D]
O século XVIII foi caracterizado pela Revolução Industrial na Inglaterra e, apesar de destacar-
se a indústria têxtil e sua matéria-prima fundamental, o algodão, outros componentes eram
necessários para o desenvolvimento, funcionamento e manutenção do maquinário. No século
XVIII, o mercado era essencialmente inglês e europeu, e a mão de obra era composta por
antigos camponeses expulsos de suas terras. As especiarias já não tinham grande importância
comercial, e o petróleo e seus derivados não haviam sido descobertos.
Resposta da questão 5:
[C]
Resposta da questão 6:
[B]
O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi escrito e publicado sob o contexto da Primeira
Revolução Industrial, época marcada por grandes avanços científicos e pela crença de que o
homem poderia controlar a natureza – fatos que são questionados pela autora.
Resposta da questão 7:
[B]
Resposta da questão 9:
[A]
[B] Incorreta. A Revolução comercial é um processo que antecede o período tratado no texto,
além disso, o extrato da obra Oliver Twist que foi selecionado não trata de aspectos ligados
ao comércio.
[C] Incorreta. A Inglaterra do século XIX não estava passando pela crise econômica do
feudalismo.
[D] Incorreta. No século XIX, a Igreja Anglicana não estava passando por uma crise religiosa
relacionada à Contra Reforma.
[E] Incorreta. O texto não faz referências ao socialismo ou a movimentos revolucionários. A
opção correta é aquela que relaciona crescimento urbano e pobreza com o desenvolvimento
material da revolução industrial. Portanto, a opção [A] está correta.
O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta terá relação com a Primeira Guerra
Mundial, mas uma interpretação mais profunda mostra que o texto se relaciona às
consequências da Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias.
A Revolução Industrial que se processou na Inglaterra a partir do final do século XVIII teve
características sociais nefastas para os trabalhadores, uma vez que, a inexistência de
legislação determinou um processo de superexploração. As condições de trabalho e de vida
eram marcadas pela miséria. Surgiram grandes bairros operários, caracterizados pela
formação de cortiços, marcados pela falta de infraestrutura e, muitas vezes, pela
promiscuidade.
Charles Fourrier foi um dos representantes do socialismo utópico na primeira parte do século
XIX e um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico feroz do economicismo e do
capitalismo de sua época e adversário da industrialização e do liberalismo. Propôs a criação de
unidades de produção e consumo chamadas ou falanstérios, que consistiam em grandes
construções comunais que refletiriam uma organização harmônica e descentralizada onde cada
um trabalharia conforme suas paixões e vocações, sendo portanto, baseadas numa forma de
cooperativismo integral e auto-suficiente.
A alternativa [A] está errada porque a substituição do ferro pelo aço ocorreu depois do têxtil. A
[B] está errada porque o Estado não controlava a economia. Na [C], o trabalho humano não foi
substituído amplamente. O petróleo passa a ser fonte energética principal somente na segunda
fase da Revolução Industrial, por isso a [D] está errada.
b) A Inglaterra era, no século XVIII, o principal centro dinâmico do capitalismo. O país foi o
berço da Revolução Industrial, importante processo que desencadeou inúmeras
transformações econômicas, sociais, políticas e culturais em dimensões mundiais, verificadas a
partir do século XIX, promovendo a consolidação do capitalismo.
Saiba mais:
Revoluções industriais:
Anselmo Lázaro Branco
30/10/200718h48
Essas modificações foram, num primeiro momento, restritas aos países que hoje
denominamos de desenvolvidos - diversos da Europa, como Alemanha, França,
Bélgica e Holanda entre outros, além da própria Inglaterra; EUA; Japão. A partir de
meados do século 20, alguns países subdesenvolvidos se industrializaram, entre eles,
o Brasil, mas o processo verificado nesses países é diferente daquele que ocorreu nos
desenvolvidos, pois, por exemplo: o capital (dinheiro e máquinas) veio, em boa parte,
de fora (de outros países), assim como a tecnologia, por meio de empresas
estrangeiras (multinacionais).
“As barreiras institucionais sobreviventes ao livre movimento dos fatores de produção, à livre
iniciativa ou a qualquer coisa que concebivelmente pudesse vir a tolher sua operacionalidade
lucrativa caíram diante de uma ofensiva mundial. O que torna esta suspensão geral de
barreiras tão extraordinária é que ela não estava limitada aos Estados onde o liberalismo
político era triunfante ou mesmo influente. Se tinha sido mais drástica nas monarquias
absolutas restauradas e principados da Europa que na Inglaterra, França ou Países Baixos, era
porque ali muito mais havia a ser levado de roldão.”
Na segunda metade do século XIX, em todo mundo ocidental, verificou-se o crescimento das
elites urbanas. A existência de um público leitor urbano, com determinado nível de renda e de
instrução, determinou a reformulação da linguagem visual da época, como vemos nas imagens
de embalagem de sabonete acima. Além das novas tecnologias introduzidas no setor gráfico,
permitindo a produção e a veiculação em maior escala de informações e de imagens, o outro
fator decisivo para essa expansão foi
a) a mudança na relação entre comerciante e consumidor que passou a depender muito mais
do poder de influência da publicidade e da embalagem dos produtos, do que da real
necessidade do consumidor em adquiri-los.
b) o apoio irrestrito dos governos nacionais, que se utilizaram dessa expansão inédita de
impressos e do consumo tipográfico pela população urbana para anunciar e veicular
símbolos patrióticos e incentivar o nacionalismo.
c) a ávida necessidade, nessas novas sociedades urbanas ocidentais, de informação e de
ideais, como pátria e liberdade, civilização e tecnologia, capazes de unirem, em torno de um
mesmo ideal, os diferentes grupos sociais.
d) a maior oferta de mão de obra especializada nos grandes centros urbanos, capaz de atender
a demanda desse novo setor tipográfico e também de se tornarem futuros consumidores.
e) a busca constante de novidades que pudessem aumentar as vendas no comércio, dado ao
aumento expressivo da capacidade de consumo das classes trabalhadoras urbanas.
4. (Enem 2012)
5. (Fgvrj 2012) A chamada Segunda Revolução Industrial, ocorrida nas últimas décadas do
século XIX, foi caracterizada:
a) pela concentração do processo de industrialização na Inglaterra e pela montagem do império
colonial britânico.
b) pelo desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e pela expansão da industrialização
para além do continente europeu.
c) pela industrialização e pela formação de Estados nacionais no continente africano, a partir
das suas antigas fronteiras culturais e linguísticas.
d) pelo equilíbrio de forças entre as antigas colônias europeias e os Estados europeus devido à
difusão da industrialização.
e) pela retração da economia mundial devido à mecanização da produção e à diminuição da
oferta de produtos industrializados.
6. (Enem PPL 2012) Outro importante método de racionalização do trabalho industrial foi
concebido graças aos estudos desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano Frederick
Winslow Taylor. Uma de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que a
capacidade produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu patamar máximo. Para tanto,
ele acreditava que estudos científicos minuciosos deveriam combater os problemas que
impediam o incremento da produção.
Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil
habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu
número já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em
cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam
monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira
Guerra Mundial, elas já eram 149.
Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo:
Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.
9. (Uem 2011) “Na segunda metade do século XIX, teve início na Europa ocidental um novo
processo de mudanças econômicas e inovações tecnológicas. Embora fossem decorrentes da
expansão industrial iniciada no século anterior, essas transformações apresentavam
características próprias.”
PAZZINATO, Alceu L.; SENISE, Maria Helena V. História Moderna e Contemporânea. São
Paulo: Ática: 2002, p. 185.
Adaptado de http://www.esec-josefa-obidos.rcts.pt
Durante a expansão capitalista europeia, no século XIX, essas exposições tiveram como
principal objetivo ressaltar a importância da:
a) cooperação financeira franco-britânica
b) modernização tecnológica da produção
c) consolidação das democracias burguesas
d) uniformização dos padrões de desenvolvimento
12. (Unemat 2010) Para muitos historiadores, o período compreendido entre1850 e 1914, do
ponto de vista econômico, é conhecido como “Segunda Revolução Industrial”.
Sobre o tema assinale a alternativa correta.
a) Nesse período, a industrialização se concentrou na Inglaterra, que era conhecida como a
Oficina do Mundo.
b) Esta fase da industrialização ficou limitada ao uso do ferro, do carvão e do vapor.
c) Nesta época, devido ao progresso econômico que a industrialização proporcionou, o
movimento operário praticamente desapareceu na Europa e nos Estados Unidos.
d) Entre os anos de 1873 e 1896, ocorreu uma grave crise econômica na Europa, cuja maior
consequência foi o fim dos trustes e cartéis.
e) A deflagração da I Guerra Mundial (1914-1918) teve como uma de suas motivações a
rivalidade entre as nações industrializadas, resultante do acelerado desenvolvimento
econômico ocorrido a partir do final do século XIX.
13. (Fuvest 2010) No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço
avanço da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o
representa, das ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”.
E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875.
14. (Unesp 2009) Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no filme Tempos
modernos, 1936.
Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados
Unidos da América dos anos trinta do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos
transcorrem numa sociedade
a) capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos movimentos operários de destruição das
máquinas.
b) globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário o uso das máquinas na
produção de mercadorias.
c) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países
pobres em benefício dos operários americanos.
d) abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do trabalho humano ao
movimento das máquinas.
e) pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o homem da opressão do trabalho
industrial.
15. (Unifesp 2008) ... a multiplicação dos confortos materiais; o avanço e a difusão do
conhecimento; a decadência da superstição; as facilidades de intercâmbio recíproco; o
abrandamento das maneiras; o declínio da guerra e do conflito pessoal; a limitação progressiva
da tirania dos fortes contra os fracos; as grandes obras realizadas em todos os cantos do globo
graças à cooperação de multidões.
(do filósofo John Stuart Mill, em 1830.)
Por volta de 1860/70, a economia capitalista ganha ritmo acelerado, contribuindo para a
superação do chamado capitalismo livre-concorrencial. Apesar do progresso, as grandes
cidades europeias não estavam isentas de sérios problemas sociais. As cités (vilas),
amontoados de barracos, eram as únicas moradias acessíveis para muitos trabalhadores
parisienses. Essa situação influiu no significativo aumento da imigração europeia.
Aponte um elemento característico das transformações verificadas nas economias capitalistas
durante a segunda metade do século XIX e explique como esse processo influenciou o
aumento da imigração europeia para a América em finais desse século.
"Tempos modernos", filme de 1936, cuja temática ultrapassa a tragédia da existência individual
e coloca em cena o conflito entre o homem e o taylorismo.
BODY-GENDROT, Sophie. Uma vida privada francesa segundo o modelo americano.
In: DUBY, Georges; ARIES, Philippe. "História da vida privada". V.3, p. 535. [Adaptado].
19. (Uff 2007) Um dos efeitos mais importantes da fotografia, na passagem do século XIX para
o século XX, foi a sua condição de ser um efeito de demonstração de progresso.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas II e III.
d) apenas II e IV.
e) apenas III e IV.
"A História da economia mundial desde a Revolução Industrial tem sido - de acelerado
progresso técnico, de contínuo, mas irregular crescimento econômico, e de crescente
'globalização', ou seja, de uma divisão mundial cada vez mais elaborada e complexa de
trabalho - uma rede cada vez maior de fluxos e intercâmbios que ligam todas as partes da
economia mundial ao sistema global."
Adaptado de Eric Hobsbawn. "Era dos extremos. O breve século XX. 1914-1991". São
Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 92.
"Os países industrializados dividem-se entre os partidários de um acordo que imporia a
redução dos gases efeito-estufa (maior parte da União Europeia) e os promotores de uma
estabilização das emissões e de soluções econômicas flexíveis (Estados Unidos, Canadá,
Austráulia, Nova Zelândia, Japão, Rússia, Ucrânia, Noruega). Os países emergentes
consideram que os problemas climáticos são causados pelos países industrializados e insistem
em priorizar e não restringir seu crescimento e desenvolvimento econômico".
Marie-Françoise Durand et alli. "Atlas de la Mondialisation". Paris: Sciences Po - Les
Presses, 2006, p. 87, tradução nossa.
O relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) denominado
"Mudança Climática 2007: a Base da Ciência Física" foi divulgado internacionalmente no início
de fevereiro de 2007.
Suas afirmações são contundentes: vivemos e viveremos uma era de aquecimento
global, cujas consequências serão mudanças climáticas pertubadoras.
b) Na passagem do século XIX para o XX, dizia-se pelos jornais: "O Rio civiliza-se".
Cite um aspecto da vida urbana da capital brasileira nessa época que era considerado como
um símbolo de atraso e a solução proposta por intelectuais e políticos para superá-lo.
23. (Ufsm 2006) Júlio Verne (1828-1905) foi um famoso romancista francês. Em seus livros,
descreveu engenhos, máquinas e viagens que somente seriam realizadas décadas depois. Em
1863, imaginou o balão dirigível, em "Cinco semanas num balão"; em 1870, inventou o
submarino elétrico, em "Vinte mil léguas submarinas"; no mesmo ano, descreveu uma viagem
espacial, em "À roda da Lua". Sua ficção relaciona-se com
a) o surgimento da física quântica, decorrente do crescimento urbano e industrial desenfreados.
b) o avanço do movimento operário, das lutas populares e do "espectro do comunismo", tal
qual Marx previra.
c) o desmantelamento dos Estados liberais e a montagem das monarquias constitucionais e
parlamentaristas.
d) a descrença em relação à ciência e à cultura patrocinada pela Europa Imperialista.
e) o avanço da ciência e da tecnologia do mundo industrial, bem como com o otimismo da
sociedade burguesa.
A tabela indica uma mudança na produção industrial inglesa com grandes consequências tanto
internas quanto na relação e na posição da Grã-Bretanha no mundo. Com base nisto:
a) especifique a(s) diferença(s) existentes entre a fase de industrialização ocorrida a partir da
segunda metade do século XIX e a primeira iniciada ainda no século XVIII.
b) De que forma se pode relacionar as transformações na produção industrial no século XIX e o
fenômeno do imperialismo?
27. (Unesp 2005) A Exposição Internacional de Eletricidade foi aberta ao público no Palácio da
Indústria em Paris, em agosto de 1881 [...]. A maior parte dos aparelhos expostos resultaram
de descobertas moderníssimas [...]. O bonde que transporta os visitantes; as máquinas
eletromagnéticas e o dínamo-elétrico em funcionamento; os focos luminosos brilhando; os
telefones que nos permitem ouvir à distância representações de ópera - tudo isto é tão novo
que nem sequer seu nome era conhecido cinco anos atrás.
(Revista "A Natureza", 1881.)
As inovações mencionadas
a) resultaram dos investimentos em tecnologia e da criação dos cursos técnicos nas
universidades europeias e norte-americanas.
b) foram consequências da Segunda Revolução Industrial, que explorou novas fontes de
energia e desenvolveu novos processos produtivos.
c) ficaram restritas às camadas privilegiadas da sociedade, sem alterar o cotidiano da maioria
dos habitantes da Europa.
d) possibilitaram a autossuficiência dos países capitalistas adiantados e trouxeram dificuldades
para os exportadores de produtos primários.
e) determinaram a expansão dos regimes democráticos e iniciaram a difusão dos
conhecimentos científicos em diferentes sociedades.
30. (Enem 2004) O consumo diário de energia pelo ser humano vem crescendo e se
diversificando ao longo da História, de acordo com as formas de organização da vida social. O
esquema apresenta o consumo típico de energia de um habitante de diferentes lugares e em
diferentes épocas.
Segundo esse esquema, do estágio primitivo ao tecnológico, o consumo de energia per capita
no mundo cresceu mais de 100 vezes, variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a
razão entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumento ocorreu. O
período em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada está associado à passagem
a) do habitante das cavernas ao homem caçador.
b) do homem caçador à utilização do transporte por tração animal.
c) da introdução da agricultura ao crescimento das cidades.
d) da Idade Média à máquina a vapor.
e) da Segunda Revolução Industrial aos dias atuais.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
a) Fenômeno Histórico
- Novo colonialismo/neocolonialismo – século XIX ou
- Novo imperialismo/neoimperialismo – século XIX ou
- Imperialismo na África e na Ásia ou
- Partilha da África/Ásia pelos países europeus ou
- Conferência de Berlim (1884-1885).
Relações de poder:
As relações entre as potências europeias eram marcadas por muitas tensões, conflitos e
disputas pelo domínio de vastas áreas na Ásia e na África.
As relações entre as potências europeias e os territórios “colonizados” eram marcadas pelo
domínio político e econômico.
Resposta da questão 3:
[A]
A Revolução Tecnológica e Científica verificada nos países desenvolvidos a partir da segunda
metade do século XIX com o advento da segunda fase da Revolução Industrial provocou
grandes mudanças nos padrões de produção e consumo das mercadorias que influenciaram os
padrões culturais de um mundo cada vez mais urbano. Esses novos padrões se difundiram
pela sociedade através do avanço dos meios de comunicação em massa e converteram certos
bens de consumo em itens de desejo e status social.
Resposta da questão 4:
[C]
Resposta da questão 5:
[B]
Resposta da questão 6:
[B]
Resposta da questão 7:
[D]
O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta terá relação com a Primeira Guerra
Mundial, mas uma interpretação mais profunda mostra que o texto se relaciona às
consequências da Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias.
Resposta da questão 8:
O principal motivo de crescimento dessas duas cidades foi a industrialização, bastante
acentuada no decorrer do século XIX, apesar da revolução industrial na Inglaterra ter-se
iniciado no século anterior. A segunda metade do século XIX foi marcada pela 2ª Revolução
Industrial, que promoveu não apenas as novas tecnologias, mas também um aumento
significativo do número de fábricas e, portanto, de postos de trabalho. A segunda causa é a
crise no setor agrário, colocado em segundo plano pelos governantes e burguesia dessas
nações e que sofreu a interferência do processo de mecanização, principalmente nas últimas
décadas do século, provocando desemprego entre os camponeses que, em um primeiro
momento, tendiam a migrar para as grandes cidades.
No trecho: “(...) o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos, a sua presa (...)”,
podemos observar uma situação cada vez mais comum nas grandes cidades, marcadas pelo
banditismo e pela organização da criminalidade, com aumento constante da violência urbana
em praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, que tem como contrapartida a “ação
policial” e a preocupação da sociedade civil.
Resposta da questão 9:
01 + 04 = 05
A segunda metade do século XIX foi marcada pela ascensão da burguesia ao poder em
diversos estados europeus, nos Estados Unidos e no Japão e, do ponto de vista econômico,
pela expansão do capitalismo com a segunda revolução industrial. As grandes obras e eventos
científicos serviram para exaltar essa nova modernidade e a ideia de progresso que o
desenvolvimento tecnológico poderia proporcionar.
Nesses países, predominou o liberalismo, mas não a democracia, pois o voto era censitário e a
tendência foi o aumento da competição e da disputa por mercados entre as grandes potências.
Observando o gráfico, conclui-se que o menor intervalo de tempo decorrido entre quaisquer
dois intervalos de tempo tomados é o que tem início no final do século XIX e vai até os dias
atuais. Nesse intervalo também ocorreu o maior aumento de consumo diário de energia per
capita. Na segunda metade do século XIX iniciou-se a segunda revolução industrial,
determinando grande urbanização, revolução dos transportes e a formação de uma sociedade
de consumo.
Saiba mais:
História: A Revolução Industrial na
Inglaterra
CLAUDIO B. RECCO
da Folha de S.Paulo
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Curso Objetivo, e autor do livro
"História em Manchete - na Virada do Século"
Fonte: Folha de S. Paulo