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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PIAUÍ-UESPI


COORDENADORIA DO CURSO DE: DIREITO – BOM JESUS/PI
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA - BLOCO – 1º - 2022.2
Prefº.: GÊNIA DARC DE OLIVEIRA PEREIRA

Resenha do Livro: Manifesto do Partido Comunista

Tatiano Ribeiro Dos Santos – Matricula Nº 1086006


Josele de Carvalho e Silva – Matrícula Nº 1086016
Carlos Eduardo de Carvalho – Matrícula Nº 1086009

Bom Jesus – PI
2023
Segundo o site ensinarhistória.com.br o Manifesto Comunista
(originalmente, Manifesto do Partido Comunista), em 21 de fevereiro de 1848,
em Londres, foi publicado hoje considerado um dos documentos políticos de maior
influência mundial. O panfleto, consistia em uma introdução e quatro capítulos.
Começa com a frase “Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo“, e
termina com o célebre chamado “Proletários de todos os países, uni-vos!“.

Karl Marx nasceu em 1818 em Trier, na Renânia, então parte da Prússia, filho
de um advogado judeu que se convertera ao luteranismo para poder praticar a
profissão. Formou-se em direito em Berlim e logo se destacou por seu brilhantismo
intelectual. Na década de 1840, integrou-se ao movimento esquerdista dos Jovens
Hegelianos e foi influenciado pelas leituras de Ludwig Feuerbach, Henri de Saint-
Simon, Charles Fourier, Adam Smith e David Ricardo. Após ser expulso da Bélgica
e da Alemanha, refugiou-se em Londres, onde enfrentou sérias dificuldades
econômicas. Morreu na capital inglesa, em 1883, e foi enterrado como apátrida.

Friedrich Engels nasceu em 1820, em Barmen (atual Wuppertal), na província


prussiana da Renânia. Filósofo e jornalista, era filho de um rico industrial e desde
cedo voltou sua atenção para as condições miseráveis em que viviam os operários.
Dirigiu por alguns anos uma das indústrias da família, em Manchester, Inglaterra,
experiência que o ajudou a criar a base teórica para uma de suas principais obras, A
situação da classe trabalhadora na Inglaterra, publicada em 1845. Ao lado de Marx,
em longa parceria, teorizou os fundamentos do socialismo e se responsabilizou pela
publicação dos últimos volumes de O capital, após a morte do amigo. É autor de
livros fundamentais para a teoria socialista, como A evolução do socialismo de utopia
a ciência (1882), A origem da família, da propriedade privada e do Estado (1884) e
Revoltas camponesas na Alemanha (1926), entre outros. Morreu em Londres, em
1895.

Ao realizarmos uma leitura superficial do Manifesto do Partido Comunista


identificamos que o mesmo possui uma introdução inicial sobre a realidade
comunista na Europa, mas especificamente na Alemanha do século XIX, e na
sequência os capítulos: i. Burgueses e proletários; ii. Proletários e comunistas;
iii. Às Literaturas Socialista e Comunista, subdividido em 03 tópicos e
subtópicos – 1.O socialismo reacionário a) O socialismo feudal; b) O
socialismo pequeno-burguês; c) O socialismo alemão, ou o “verdadeiro”
socialismo; 2.O socialismo conservador ou burguês e 3. Socialismo e
comunismo crítico-utópico e por fim o capítulo iv. O posicionamento dos
comunistas em relação aos diversos partidos oposicionistas.

De início os autores Karl Marx e Friedrich Engels nos apresenta uma


introdução do Manifesto Comunista iniciando com a famosa frase: "Um espectro
ronda a Europa - o espectro do comunismo". Marx e Engels explicam que o
comunismo é um movimento que busca a abolição da propriedade privada e a
construção de uma sociedade sem classes. Segundo os autores explicam que o
objetivo do Manifesto Comunista é apresentar os ideais fundamentalistas do
movimento comunista de maneira clara e acessível, afirmando que essa luta é da
classe trabalhadora, e que os comunistas estão do lado dos oprimidos contra os
opressores, buscando afirmar que os mesmos não visavam vivenciar uma utopia,
mas ter por base a ciência e a razão, afirmando ser o movimento a única alternativa
viável para a superar contradições capitalistas, sendo uma revolução proletária
inevitável. Essa introdução, portanto, apresenta as relevantes ideias e objetivos do
Manifesto, e estimula à leitura nos aspecto do estudo da sociologia.

Em seguida com a leitura do capítulo sobre i. Burgueses e proletários, os


autores Marx e Engels nos apresentam que “a história de todas as sociedades até
então existentes é a história das lutas de classes”. Afirmando haver uma supremacia
de opressores sobre uma minoria oprimida, sendo que no capitalismo, as classes
trabalhadoras estariam sendo exploradas pela classe burguesa, explorando aqueles
por força das mãos de obra, visando lucros e acumulo de capital. Porém este
proletariado, viria tomar consciência dessa situação e lutar contra essa classe
opressora, através de movimento revolucionário, com o objetivo de derrubar esta
classe burguesa.

No capitulo ii. que aborda Proletários e comunistas, os autores iniciam com


afirmação de que os comunistas estariam conscientes com a classe trabalhadora.
Sendo o ideal comunista a representação da vontade geral do proletariado no
mundo, que estariam a favor dos seus interesses, em todas a nações, aspirando
uma sociedade sem estado e sem classes. Entre as medidas mais fundamentais
estão: abolir a propriedade privada da terra e emprego das rendas da terra para fins
públicos; extinguir a carga tributária crescente; excluir a hereditariedade; tomar as
propriedades dos estrangeiros e rebeldes; concentrar os recursos financeiros pelo
governo, através de um único banco estatal; definir únicas empresas de transporte
e comunicação; difundir os meios de produção, fábricas e agricultura por meio de
um plano geral; unir o trabalho obrigatório para todos, organizando exércitos nas
industrias, e especial na área agrícola; fundir os trabalhos rurais e industriais;
dissolver diferenças entre cidade e o campo através de uma divisão por igual no
país; implantar a educação pública e gratuita a todas as crianças; extinguir o trabalho
infantil na fábrica a fim de unir educação com a produção material.

Ao procedermos a leitura do Capítulo iii que abrange As Literaturas Socialista


e Comunista, subdividido em 03 tópicos e subtópicos – 1.O Socialismo reacionário
a) O socialismo feudal; b) O socialismo pequeno-burguês; c) O socialismo alemão,
ou o “verdadeiro” socialismo; 2.O socialismo conservador ou burguês e 3. Socialismo
e comunismo crítico-utópico e por fim o capítulo, é possível diferenciar o comunismo
de outros tipos de socialismo recorrentes na época: o socialismo reacionário, o
socialismo conservador ou burguês e o socialismo utópico. Sendo que todos esses
eles tiveram um rejeição por apresentarem reformas ínfimas, por não contemplarem
a luta de classes e não apoiarem o objetivo revolucionário necessária à classe
trabalhadora.

Finalizando a leitura do manifesto o seu último Capítulo iv. Sobre o


posicionamento dos comunistas em relação aos diversos partidos oposicionistas, os
autores Marx e Engels debatem a postura do comunismo em relação a estas às
reivindicações dos operários nos países França, Suíça, Polônia e Alemanha no
século XIX. Revelando quais são partidos políticos e as forças os mesmos estariam
apoiando. Finalizam proclamando que seus objetivos “só podem ser alcançados pela
derrubada violenta de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes
tremam à ideia de uma revolução comunista! Nela os proletários nada têm a perder
a não ser os seus grilhões. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países,
uni-vos!” (Marx e Engels, Manifesto Comunista.)
Ao concluirmos a leitura do Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels
somos capazes de relacionar esta obra com a disciplina de sociologia jurídica
analisando a relação entre o direito e a luta de classes, pois o mesmo afirma que a
luta dos comunistas é a luta da classe trabalhadora, e que os comunistas estão do
lado dos oprimidos contra os opressores. Sendo assim a sociologia jurídica seria
capaz de refletir como a luta de classes se enquadram no direito, e como as classes
dominantes utilizam o direito como um instrumento para manter seu poder. A
conclusão do manifesto comunista sugere que a luta de classes pode levar a uma
transformação radical das estruturas sociais e tolerantes, e que essa transformação
pode ser acompanhada por uma mudança na forma como o direito é concebido e
utilizado atualmente.

REFERÊNCIA:
MARX, K. & ENGELS, F. O manifesto comunista. Edição Ridendo Castigat Mores,
1999. (Versão para e-book.)

https://ensinarhistoria.com.br/linha-do-tempo/lancado-o-manifesto-comunista/ -
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

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