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Laborat ório de

Circuit os Elét ricos I

JULIO C. BRANDELERO
THIAGO H. AKINAGA
Graduandos do curso de engenharia elét rica da
Universidade Federal de Sant a Cat arina

Colaborador:

DOUGLAS M . ARAUJO
Graduando do curso de engenharia elétrica da
Universidade Federal de Sant a Cat arina

FLORIANÓPOLIS, SANTA CATARINA, BRASIL - 2008

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

1
Sumário

ERROS EM M ED I D AS, PAD RÕ ES E I N STRU M EN TOS ELÉTRI COS D E M ED I ÇÃO 6

LISTA DE EXERCÍCIOS........................................................................................................................... 6

V OLTÍ M ETRO E AM PERÍ M ETRO D E CORREN TE CON TÍ N U A 9

Int rodução........................................................................................................................................................ 9

Desenvolvimento .............................................................................................................................................. 9

2.1 SEGUNDA LEI DE KIRCHHOFF (LEI DAS M ALHAS) ..................................................................... 10

2.2 ERRO DE INSERÇÃO NA M EDIÇÃO DE TENSÃO ELÉTRICA ......................................................... 12

2.3 PRIM EIRA LEI DE KIRCHHOFF (LEI DAS CORRENTES OU DOS NÓS) ............................................ 13

2.4 ERRO DE INSERÇÃO NA M EDIÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA ..................................................... 15

Conclusão ....................................................................................................................................................... 16

M ED I D AS D E RESI STÊN CI A ELÉTRI CA 17

Int rodução...................................................................................................................................................... 17

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 17

3.1 UTILIZAÇÃO DA PONTE DE W HEATSTONE .............................................................................. 17

3.2 M ÉTODO VOLT-AM PERE A JUSANTE ...................................................................................... 19

3.3 M ÉTODO VOLT-AM PERE A M ONTANTE.................................................................................. 20

Conclusão ....................................................................................................................................................... 22

TEOREM A D A M ÁXI M A TRAN SFERÊN CI A D E PO TÊN CI A E TEOREM A D A


SU PERPOSI ÇÃO 23

Int rodução...................................................................................................................................................... 23

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 23

4.1 TEOREM A DA M ÁXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA ........................................................... 23

4.2 TEOREM A DA SUPERPSIÇÃO.................................................................................................. 26

Conclusão ....................................................................................................................................................... 29

OSCI LOSCÓPI O 30

Indrodução ..................................................................................................................................................... 30

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 30

5.0 INDUTOR .................................................................................................................................. 30

5.1 CAPACITOR ............................................................................................................................... 30

5.2 INDUTORES EM SERIE................................................................................................................ 31

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

3
5.3 INDUTORES EM PARALELO ......................................................................................................... 31

5.4 CAPACITORES EM PARALELO...................................................................................................... 31

5.5 CAPACITORES EM SERIE............................................................................................................. 32

5.6 ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS............................................................................................. 32

5.7 FASORES................................................................................................................................... 32

5.8 ELEM ENTOS PASSIVOS NO DOM ÍNIO DA FREQÜÊNCIA................................................................. 33

5.9 PARA O RESISTOR...................................................................................................................... 33

5.10 PARA O INDUTOR .................................................................................................................... 33

5.11 PARA O CAPACITOR ................................................................................................................. 33

5.12 IM PEDÂNCIA (Z) E ADM ITÂNCIA (Y) .......................................................................................... 34

5.13 M ONTAGEM EM LABORATÓRIO I ............................................................................................. 34

5.14 M ONTAGEM A SER REALIZADA NO LABORATÓRIO II .................................................................. 35

Conclusão ....................................................................................................................................................... 38

TEOREM AS D E TH ÉV EN I N E N ORTON 39

Int rodução...................................................................................................................................................... 39

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 39

6.1 CIRCUITO DE THÉVENIN: ....................................................................................................... 39

6.2 CIRCUITO DE NORTON: ......................................................................................................... 39

6.3 CIRCUITOS NO DOM ÍNIO DA FREQÜÊNCIA: ............................................................................ 40

6.4 PARTE PRÁTICA .................................................................................................................... 40

QUESTÕES...................................................................................................................................... 46

Conclusão ....................................................................................................................................................... 46

POTÊN CI A M ON OFÁSI CA E FATOR D E POTÊN CI A 48

Int rodução...................................................................................................................................................... 48

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 48

7.1 INSTRUM ENTO ELETRODINÂM ICO ........................................................................................ 48

7.1 W ATTÍM ETRO ...................................................................................................................... 48

7.2 TRANSFORM ADORES DE M EDIDAS ........................................................................................ 49

7.3 POTENCIA INSTANTÂNEA ...................................................................................................... 49

7.4 POTÊNCIA M ÉDIA E POTÊNCIA REATIVA ................................................................................. 50

7.5 POTÊNCIA EM CIRCUITOS EXCLUSIVAM ENTE RESISTIVOS........................................................ 50

7.6 POTÊNCIA EM CIRCUITOS EXCLUSIVAM ENTE INDUTIVOS........................................................ 50

7.7 POTÊNCIA EM CIRCUITOS EXCLUSIVAM ENTE CAPACITIVOS: .................................................... 50

7.8 ANALISE GERAL .................................................................................................................... 51

7.9 FATOR DE POTENCIA ............................................................................................................ 51

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7.10 VALORES RM S ...................................................................................................................... 51

7.11 TENSÃO RM S ....................................................................................................................... 51

7.12 POTÊNCIA RM S: ................................................................................................................... 51

7.13 POTENCIA COM PLEXA:.......................................................................................................... 51

7.14 FORM AS ALTERNATIVAS PARA O CÁLCULO DE POTÊNCIA: ...................................................... 52

7.15 FORM AS ALTERNATIVAS DE POTENCIAS COM PLEXAS: ............................................................ 52

COM PROVAÇÃO PRÁTICA ................................................................................................................ 52

Conclusão ....................................................................................................................................................... 55

M ED I D AS EM CI RCU I TOS TRI FÁSI COS 56

Int rodução...................................................................................................................................................... 56

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 56

8.1 TERM OS USUAIS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS: ......................................................................... 56

8.2 TENSÕES TRIFÁSICAS EQUILIBRADAS ..................................................................................... 56

8.3 A LIGAÇÃO Y ........................................................................................................................ 56

8.4 A LIGAÇÃO DELTA (  ) .......................................................................................................... 57

8.5 ENSAIO – PRIM EIRA PARTE ................................................................................................... 58

8.6 ENSAIO – SEGUNDA PARTE ................................................................................................... 59

Conclusão ....................................................................................................................................................... 60

POTÊN CI A TRI FÁSI CA E M ED I D A D E EN ERGI A ELÉTRI CA 61

Int rodução...................................................................................................................................................... 61

Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 61

9.1 POTÊNCIA TRIFÁSICA ............................................................................................................ 61

9.2 DEM ONSTRAÇÃO DA CONEXÃO ARON ................................................................................... 61

9.3 M EDIDA DE EN ERGIA ELÉTRICA ............................................................................................ 62

9.4 POTENCIA TRIFÁSICA ............................................................................................................ 64

9.5 M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................. 64

Conclusão ....................................................................................................................................................... 65

BI BLI OGRÁFI A 67

I N D I CE REM I SSI V O
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LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

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ERROS EM M EDIDAS PADRÕES E INSTRUM ENTOS ELÉTTRICOS DE M EDIÇÃO

ERROS EM M EDIDAS, PADRÕES

1 E INSTRUM ENTOS ELÉTRICOS


DE M EDIÇÃO

LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Qual a diferença ent re exatidão e precisão?


R.: Exat idão consist e no grau de afast am ent o entre um valor medido ou calculado em relação a um
valor aceit o com o verdadeiro. Precisão refere-se a medida com o m aior ou m enor aproxim ação de casas
decim ais. Ou seja exprim e o grau de consist ência da avaliação est at íst ica de diversas m edidas. Por exem plo:
Um m ult ím etro com um a cert a classe de exat idão t em sua resist ência trocada por um a de m aior valor. O
aparelho cont inuará m edindo com a m esm a precisão, porém sua exatidão não será a mesm a, a qual só
poderá ser com provada se com parada a um padrão. “ A precisão é uma pré-requisit o da exatidão, m as a
precisão não garant e a exat idão” (M EDEIROS FILHO, Solon de. p.77).

2) Quais são as 3 classes de erro?


R.:
i. Erro grosseiro
ii. Erro sist em ático
iii. Erro aleat ório

i. Erro grosseiro: É proveniente de um a falha do operador, podendo ser evit ado pela repetição dos
ensaios. Ex.: posicionam ent o de virgulas.
ii. Erro sist em át ico: Dist orção de t odas as m edidas para algum sent ido, para m ais ou para m enos. São
difíceis de serem det ect adas e sua ocorrência pode passar facilm ente despercebidas. Ex.: Ajust e de
inst rum ent o.
iii. Erro aleat ório: Divergência entre result ados obtidos a part ir de ensaios feit os com mesm os
elem ent os e pela mesm a pessoa, onde o fat or responsável é incont rolável.

3) Um miliamperímet ro de calibre 1 mA possui 100 divisões. Qual a resolução desse medidor .


R.: A resolução é definida com o a capacidade do instrument o distinguir m edidas quase adjacentes.
Ent ão a m enor divisão de escala (M DE) dest e aparelho é dada por:

MDE   10.10 6  10 A
1.10 3
100

4) Est abeleça o número de algarismos significat ivos em :


R.:
a) 542 – 3 algarism os
b) 0,65 – 2 algarism os
c) 27,25 – 4 algarism os
d) 0,00005 – 1 algarism os
e) 20.000 – 5 algarism os
f) 4,16x10³ – 3 algarism os

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ERROS EM M EDIDAS PADRÕES E INSTRUM ENTOS ELÉTTRICOS DE M EDIÇÃO

1
5) As medidas das resist ências de um resist or em ohms foram:

x
147,2
147,5
147,4
147,6
147,9
147,4
148,1
147,6
147,1
147,5

a) A m édia arit mét ica.

x
10

x n 1
 147,53
n

10

b) O Desvio padrão

x
( x  x) 2
147,2 0,1089

147,5 0,0009

147,4 0,0169

147,6 0,0049

147,9 0,1369

147,4 0,0169

148,1 0,3249

147,6 0,0049

147,1 0,1849

147,5 0,0009

 x x 
10 2

 n 1
 0,298328677
n

10  1

6) Um grupo de pesquisadores realizou vários ensaios para a det erminação da t ensão de saída (10,00
V) de um novo t ransformador const ruído. As medidas encont radas por cada um est ão apresent adas
na Tabela.

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ERROS EM M EDIDAS PADRÕES E INSTRUM ENTOS ELÉTTRICOS DE M EDIÇÃO

R.: Calculando a m édia aritm ética e o desvio padrão:

 Vn  V V 
5 5 2

Va  n 1
 10,10 a  n 1
 0,015811
n

5 1

 V 
Pesquisador A:
5

V V
5 5 2

Vb  n 1
 10,01 b  n 1
 0,17176
n n

5 1

 V 
Pesquisador B:

V
5

V
5 5 2

Vc  n 1
 9,90 c  n 1
 0,21048
n n

5 1

 V 
Pesquisador C:
5

V V
5 5 2

Vd  n 1
 10,01 d  n 1
 0,033166
n n

5 1
Pesquisador D:
5

Com base na m édia aritm ética e no desvio padrões de cada um pode-se concluir que os
pesquisadores B e D obt iveram um a m elhor exatidão, porém o pesquisador com melhor precisão
foi o pesquisador A, com exat idão igual a do pesquisador C.

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i

2
VOLTÍM ETRO E
AM PERÍM ETRO DE
CORRENTE CONTÍNUA
INTRODUÇÃO

Adm itindo-se que já se t em o conhecim ent o básico do funcionament o dos m ult ím et ros analógicos
e digit ais, irem os realizar m edições de t ensão e corrent e cont ínua, focando dois objetivos principais, que
são: Com provar as leis de Kirchhoff experim ent alm ent e; esclarecer o funcionam ent o e operação dos
inst rum ent os.

Desenvolvimento
Prim eiram ente irem os enunciar sucint am ente conceit os im port ant es para a análise de circuit os,
que serão utilizados em t odo o relat ório:

Corrent e elétrica: Quantidade de carga que passar num cert o int ervalo de tem po, podendo ser
escrit a por:

I
dq
dt

Tensão: Energia usada para m over um a unidade de carga através do element o, podendo ser escrit a
por:

V 
dW
dq

Pot ência: Trabalho realizado num cert o int ervalo de t em po, podendo ser escrit a por:

P   V I
dW dW dq
dt dq dt

Conceit o de nó: “ Pont o de int erconexão ent re 2 ou mais element os do circuito”

Conceit o de m alha: “ Caminho fechado passando apenas uma vez em cada nó e t erminando no nó
de partida”

Prim eira Lei de Kirchhoff (lei Kirchhoff para as correntes): “ A soma algébrica das corrent es em
qualquer nó de um circuit o é sempre nula.”

Segunda Lei de Kirchhoff (lei Kirchhoff para as tensões): “ A soma algébrica das t ensões em qualquer
malha de um circuit o é sempre nula”

Resist ência: Capacidade de um elem ent o se opor a passagem de corrent e elétrica. No caso de um
resist or ôhm ico, t em os a lei enunciada abaixo.

Lei de Ohm :

V  R.I

Resist ores em série: Associação em série ↔ todos os elementos sujeit os a mesma corrent e

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i

2
Vs  I s R1  I s R2  I s R3  ....  I s R7
Vs  I s ( R1  R2  R3  ....  R7 )
R Eq  R1  R2  R3  ....  R7 , Para um caso mais geral temos :

R Eq   Ri
k

i 1

Resist ores em paralelo: Associação em paralelo ↔ todos os elementos sujeitos a mesma tensão

Circuit o divisor de tensão: Tomemos o circuito como base:

(i ) V1  R1 .I
(ii ) V2  R2 .I
(iii ) V  ( R1  R2 ).I isolando I em (iii ) e substituindo em (i ) e (ii ) temos :

V1  V2 
V .R1 V .R2
R1  R2 R1  R2
e

2.1 SEGU N D A LEI D E KI RCH H OFF ( LEI D AS M A LH AS)

 V f  15V
 R1  1,3 k  0,5% 1 8W
 R2  510   0,5%1 8W

Com base no circuit o da figura 3 determ inar o que é solicit ado abaixo:
a) Calcular a t ensão sobre cada elem ent o do circuit o e preencher os cam pos correspondentes à t abela

Ut ilizando o conceit o de circuit o divisor de t ensão, t em os:

A t ensão sobre R1 é dada por:

R1  V f
VR1   10,77V
R1  R2

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i

2
A t ensão sobre R2 é dada por:

R2  V f
VR 2   4,23V
R2  R1

Logo V AB , é dado por:

V AB  V R1  V R 2  15,00 V

b) Calcular a corrent e que circula pelo circuit o.

I  8,29 mA
Vf
R1  R2

Calcular a potência dissipada em cada resist or ( P  R  I ) e verificar se est es valores não


2
c)
ult rapassam os lim ites de pot ência m áxim a dissipada em cada resist or (1/ 8 W).

PR1  R1  I 2  89, 28 mW  125 mW


PR 2  R2  I 2  35,03 mW  125 mW

Logo a potência dissipada não ult rapassa o lim ite m áxim o suport ado pelo resist or.

TABELA 1.
Valor t eórico sem Valor m edido Valor m edido
M edidas
inserção [V] m ultímet ro analógico [V] m ultímet ro digit al [V]
V R1 10,77 11,00 ± 0,05 (12) 10,95 ± 0,01 (20)

VR 2 4,23 4,36 ± 0,05 (12) 4,31 ± 0,01 (20)

V AB 15,00 15,10 ± 0,05 (30) 15,28 ± 0,01 (20)

a) Calcule a faixa de t ensões em cada um dos component es do circuit o, considerando a t olerância dos
resist ores R1 e R2 (±5%);

 R1máx  1365 
 R2máx  535,5 
 R1min  1235 
 R2min  484,5 

Com o a t ensão em cada component e do circuit o é dada por:

VR 
Vf R
R  Req

A t ensão m áxim a em R1 será quando o seu valor for m áxim o, e R2 t erá seu valor m ínim o. Ou seja,
nest a sit uação t erem os VR1 m áxim o e VR 2 m ínim o. Calculando os seus valores t em os:

  11,07 V
V f R1máx
R1máz  R2min
máx
V R1

2   3,93 V
V f R 2min
R1máz  R2min
V Rmin

Para o caso cont rário t em os:

  10,46V
V f R1min
R1min  R2máx
min
V R1

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i

2
  4,54V
V f R2máx
R1min  R2máx
V Rmáx
2

Logo 10, 46V  V R1  11,07 V e 3,93V  V R 2  4,54V

b) Com os valores obtidos na prát ica, com provar a 2ª Lei de Kirchhoff.

 M ult ím etro analógico (ENGRO 484)

V AB  V R1  V R 2  11,00  0,05  4,36  0, ,05  15,10  0,05V

O erro associado pode referir-se à m udança da resist ência interna do voltímet ro ocasionado pela
t roca de escala no aparelho. Apesar disso, pode-se aproxim ar o result ado, com provando a 2ª Lei de
Kirchhoff.

 M ult ím etro digit al (DAWER DM 2020)

V AB  V R1  V R 2  10,95  0,01  4,31  0, ,01  15,28  0,01V

Nest e caso não foi necessário a m udança de escala para efet uarm os as medidas. Logo o valor
encont rado encontrasse dentro dos lim it es esperados, comprovando a 2ª Lei de Kirchhoff.

2.2 ERRO D E I N SERÇÃO N A M ED I ÇÃO D E TEN SÃO ELÉTRI CA

a) Calcule a t ensão sobre R2 e preencha seu valor na Tabela 2. Nest e cálculo não é considerado o
erro de inserção.

VR 2   14,45V
V f R2
R2  R1

TABELA 2
Valor t eórico com Valor m edido
Valor t eórico sem Valor m edido
M edidas inserção m ultímet ro
inserção m ultímet ro digit al
ENGRO ELETR. analógico
(13,00 ± 0,05) V (14,60 ± 0,01) V
VR 2 14,45 V 13,03 V 14,36 V
(30) (20)

a) Realize o cálculo da t ensão em R2 considerando a inserção dos inst rument os e preencha as colunas
adequadas da Tabela 2;

 ENGRO 484

RV  600 k

R2  RV
VR 2  Req   450 k
V f R2
Req  R1 R2  RV
, sendo

Ent ão

VR 2   13,03V
V f R2
Req  R1

 DAWER DM 2020

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i

2
RV  10M

R2  RV
VR 2  Req   1,53 M
V f R2
Req  R1 R2  RV
, sendo

Ent ão

VR 2   14,36 V
V f R2
Req  R1

b) Com pare e com ente o erro de inserção do m ult ím etro analógico e do digit al.

Xs  Xc X s  Valor teórico sem inserção


 ins   100 , onde
Xs X c  Valor teórico com inserção

 ENGRO 484

Xs  Xc
 ins   100  9,3 %
Xs

 DAWER DM 2020

Xs  Xc
 ins   100  0,62 %
Xs

O volt ím etro ideal deve possuir um a resist ência int erna infinit a. Nest e caso o instrument o que tinha
a m aior resist ência int ernar era o digit al, por isso o m esm o apresent ou um m enor erro de inserção.

2.3 PRI M EI RA LEI D E KI RCH H OFF ( LEI D AS CORREN TES OU D OS N ÓS)

 V f  15V
 R1  12 k  5%, 1 / 8W
 R2  130  5%, 1 / 8W
 R x  1,3k  5%, 1 / 8W

Com base no circuito da figura 9 determinar o que é solicitado abaixo.


a) Calcule a corrente em cada ramo do circuito e preencha os campos correspondentes na Tabela 3;

Utilizando o método das malhas temos que

M alha da direit a:

1,3.103 I Rx  130I R 2

M alha da esquerda:

12.103 I R1  130I R 2  15
E pelo mét odo dos nós:

I R1  I R 2  I Rx

Com isso t em os o seguint e sist em a linear:

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i

2
I R1  I R 2  I Rx  0

12.10 I R1  130 I R 2  15

3

130 I R 2  1,3.10 I Rx  0
3

Resolvendo o sist em a linear t em os que:

I R1  1,24mA
I R 2  1,125mA
I Rx  112,53A

b) Determinar a corrente máxima e mínima que será exigida da fonte (If =IR1), independente do

 0 ) e circuito aberto entre A e B ( Rx   );


resistor Rx que for conectado aos terminais A e B. Verificar os casos extremos: curto-circuito
entre A e B ( Rx

Para R x  0 , t em os o seguint e circuit o correspondent e:

Ent ão:

I R1   1,250mA
Vf
R1

Para Rx   t em os o seguinte circuit o correspondent e:

Ent ão:

I R1   1,236mA
Vf
R1  R2

c) Justificar a razão pela qual se pode chamar o circuito apresentado na figura 9 de limitador de
corrente;

O circuit o pode ser cham ado de lim it ador de corrent e, pois não im port ando o valor de RX a
corrent e exigida da font e não varia significat ivam ente. Ist o ocorre devido a grande diferença da ordem de
grandeza ent re as resistências R1 e R2 . Podem os reparar t ambém que se colocarm os um potenciôm et ro
no lugar de RX , podem os cont rolar a corrente que passa na font e cujo valor est á com preendido entre
1,236m A < If < 1,250m A.

d) Considerando os terminais A e B em aberto e que os resistores R1 e R2 podem apresentar uma


variação de ±5% nos valores nominais de suas resistências, determine de maneira algébrica e

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i

2
corrente ( I f  I f max  I f min ).
numericamente a corrente máxima e mínima solicitada da fonte (If ). Determine a variação desta

R1máx  12,6k e R2máx  136,5

1   1,18mA
Vf
 R2máx
I Rmin máz
R1

R1min  11,4k e R2min  123,5

1   1,30mA
Vf
 R2min
I Rmax min
R 1

I f  I f max  I f min  1,30.103  1,18.103  0,12mA

TABELA 3
Valor multímetro analógico Valor multímetro digital
Medidas Valor Teórico sem inserção
1, 23  0,05 1, 27  0,01
(mA) (mA)
I R1 (3) (20mA)
0,90  0,05 1, 24  0,05
1,24mA
I R2 (3) ( 20mA)
112,53A ( 200 A)
1,125mA
Ix 0,10  0,05 (3) 67,9  0,1

Com os valores obtidos na Tabela 3 comprovar a 1ª Lei de Kirchhoff.

 ENGRO 484

 I R1  I R 2  I Rx  0
 1,23.10 3  0,05  0,9.10 3  0,05  0,10.10 3  0,05  0,23.10 3  0,05 A

O erro associado deve-se a regulagem do aparelho.

 DAWER DM 2020

 I R1  I R 2  I Rx  0
 1,27.10 3  0,01  1,24.10 3  0,01  67,9.10 6  0,05  1,27.10 3  0,01A

2 . 4 ERRO DE INSERÇÃO NA MEDIÇ ÃO DE CORRENTE ELÉTRICA

 V f  5V
 R1  1, 2 k

Ent ão t em os que:

I R1   4,17mA
Vf
R1

TABELA 4
Valor t eórico com Valor m edido
Valor t eórico sem Valor m edido
M edidas inserção m ultímet ro
inserção m ultímet ro digit al
ENGRO ELETR. analógico
(4,08 ± 0,05)mA (4,13 ± 0,01)mA
VR 2 4,17m A 4,10m A 4,12m A
(30) (20 mA)

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

15
i

2
a) Realize o cálculo da corrent e do circuit o da figura 11 considerando a inserção do am perím etro
e preencha a coluna correspondent e na Tabela 4;

 ENGRO 484

Ra  20

I R1   4,10mA
Vf
Ra  R1

 DAWER DM 2020

Queda de t ensão de 0,3 V na escala de 20 m A. Pela lei de ohm , t em os:

Ra   15 
0,3
20  10 3

I R1   4,12 mA
Vf
R1  Ra

b) Calcule o erro de inserção na m edida de I R1.

 ENGRO 484

Xs  Xc
 ins   100  1,7 %
Xs

 DAWER DM 2020

Xs  Xc
 ins   100  1,2 %
Xs

c) Com ent e a respeit o dos result ados obt idos nos itens ant eriores.

Um am perím etro ideal deve possuir um a resist ência int erna igual a zero. Nest e caso o am perím et ro
que possui a m enor resistência int erna é o digit al, por isso apresent a o m enor erro de inserção.

Conclu são

Podem os com provar experim ent alm ent e depois de medições e os devidos cálculos no prim eiro
circuit o a lei de Kirchhoff para as tensões, porém com cert o erro, que pode ser m ensurado no segundo
circuit o cujo objetivo era m ost rar o erro de inserção do volt ím etro. No penúltim o circuit o com provam os a lei
de Kirchhoff para as correntes, novam ent e com cert o erro relacionado, que pode ser vist o de um a m elhor
m aneira no últ im o circuit o m ont ado durant e a aula, que tinha o objet ivo de m ostrar o erro de inserção do
am perím etro. Diant e de t odas est as colet as de dados que foram feit as, observam os a não idealidade dos
inst rum ent os. E com o foram ut ilizados dois tipos de aparelhos, um analógico e out ro digit al, t am bém
concluím os que o últim o apresent ou m enores erros de inserção em am bos os casos, sendo m ais preciso e
exat o.

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

16
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

M edidas de r esist ência

3
INTRODUÇÃO
elét r ica

Esse relat ório t em por base a determ inação de resist ências elétricas, utilizarem os 3 mét odos para
isso: Pont e de Wheat st one, Volt-Am pere a jusant e e Volt-Am pere a m ont ant e.

Pont e de Wheat st one:


O esquem a da pont e de Wheat st one se apresent a da seguint e form a:

Conhecendo-se R1 e R3 ajust a-se R2 até que o circuit o est eja equilibrado ou seja quando não passar
corrent e pelo galvam ]nom etro colocado ent re os nós C e B.

Volt-Ampere a jusant e:
Consist e em m edir a resist encia elét ica colocando-se um amperim etro em serie com o resist or e um
volt im etro em paralelo com resist or, assim sabendo-se a tensão e a corrent e pode-se determ inar pela lei de
Hom a resist encia desconhecida.

Volt-Ampere a montante:
Consist e em m edir a resist encia elét ica colocando-se um volt im ent o em paralelo com um am perim etro e o
resist or, sendo que o am perim et ro em serie com o resist or, assim sabendo-se a t ensão e a corrent e pode-se
det erm inar pela lei de Hom a resist encia desconhecida.

Desenvolvimento

3.1 U TI LI ZAÇÃO D A PO N TE D E W H EATSTON E

Cálculos Preliminares
a) Com Rx=390 ฀, det ermine o deslocamento (em mm) do pont eiro do galvanômet ro, sabendo que a
sensibilidade do mesmo é de 10 ฀A/ mm.

G1  VA  VC   G g VA  VB   G p V A   0
Nó A:

Nó B:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

17
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

3
G2  VB  VC   G g VB  V A   G x VB   0

M as sabem os t am bém que:

VC  V f  15V

Logo t em os o seguint e sist em a de equações:

G1 V A  15  G g V A  VB   G pV A  0
G2 VB  15  G g VB  V A   G xVB  0

Resolvendo o sist em a, obt em os:

V A  1,35846696236V
VB  1,35278062095V

Com est es pot enciais podem os calcular a corrent e Ig at ravés da lei de Ohm :

I g  V A  VB G g  56,8634141000A

Ent ão a deform ação do pont eiro ( X ), é dada por:

X   5,69mm
Ig
10  10 6
b) Qual dos resist ores dissipará maior pot ência? (Para Rx=390 ฀).

Podem os calcular a pot ência fazendo o produt o da tensão (V), pela corrent e (I). No caso de um resist or,
podem os simplificar a equação ut ilizando a lei de Ohm , ficando da seguint e m aneira:

P  V  I  R  I   I  R  I 2

Logo podem os escrever as equações da potência para t odos os resist ores:

 PR1  (G1 (VC  V A )) 2 R1  186mW


 PR 2  (G 2 (VC  VB )) 2 R2  46,6mW
 PRp  (G p (V A  VD )) 2 R p  18,5mW
 PRg  (G g (V A  VB )) 2 Rg  323nW
 PRx  (G x (VB  VD )) 2 Rx  4,69mW

Ent ão o resist or que dissipará m aior pot ência será R1

Experimentação.
a) Escolher um conjunto de 4 resist ores, cada um dent ro de uma das seguintes faixas de valores:
De 10Ω a 100Ω
De 100Ω a 12Ω
De 56kΩ a 82kΩ
De 100kΩ a 1M Ω

b) M edir est es resist ores com a pont e de w heat st one e considerar os resultados como
valores padrões.

Os valores m edidos foram :

 10 a 100  (47,9  0,1)


 100 a 12k  (3,22  0,01)k
 56k a 82k  (55,8  0,1)k
 100k a 1M  (618  1)k

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

18
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

3
Obs.: As m edidas foram feit as ut ilizando o m ult ím etro digit al DAWER DM 2020.

3.2 M ÉTOD O V O LT- AM PERE A JU SAN TE

Cálculos Preliminares (Para ser desenvolvido antes da aula prática)

a) Det ermine o valor Rxv em função das leit uras e das resistências int ernas dos
inst rumentos ( amperímet ro e volt ímet ro ).Rxv = f (V,I,Rv,Ra)

Tem os que a t ensão aplicada em Rx é igual a V (valor lido no voltímet ro) ent ão tem os que :

Rx  onde I  I x  I v sendo I a corrente lida no amperimetro.


V
Ix

Ix  I 
V
então :
Rv

Rx 
V
I
V
Rv

b) Det erminar o erro de inserção absolut o e relat ivo do mét odo.

Rx ins  Rxj  Rxv

( Rv I  V )V  IVR v
R x ins      
V V V V .RV V2
I R x .I  V ( Rv .I  V ).I ( Rv .I  V ).I
I
I V
Rv

R% x ins 
V2
( Rv .I  V ).I .R xv
.100

c) O erro de inserção é por falt a ou por excesso para est e mét odo?

Com o o erro absolut o calculado foi negativo t em os que o erro com et ido é por falt a. Ou seja, o valor real é
m aior que o valor calculado.

d) Em que situação o erro de inserção é menor do que 1%?

Se os dois instrum ent os são de “ exatidão ½ %” e são lidos pert o do fim da escala (maior diferença entre os
valores da resist ência int erna dos aparelhos com os do circuit o, ocasionando um menor erro de inserção), o
erro instrument al no result ado pode ser qualquer coisa ent re 0 e 1%.

Comprovação Prática
a) Realizar a medição de 3 resistores, já escolhidos no Item 2., pelo método V-A a
jusant e e que est ejam dent ro das seguint es faixas:
· 100 W a 12 kW
· 56 kW a 82 kW
· 100 kW a 1 M W
OBS: Como sugest ão, ut ilize Vf=5 V.

Os valores lidos foram os seguintes:

Resist ores Tensão Corrent e


3,22kΩ (4,74±0,01)V (1,30±0,05)m A

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

19
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

3
55,8kΩ (4,99±0,01)V (0,09±0,05)m A
618kΩ (4,96±0,01)V (8,0±0,5)µA

Desenvolvimento após a obtenção dos dados em laboratório

a) Det ermine o erro de Rx para cada uma das leituras.

O erro que irem os calcular é o erro percent ual dado pela seguint e relação:

R xv  R xj
R x %  *100
R xv

R xv  R xj 3, 22  3,65
R xj   3,65k R x %  * 100  * 100  13, 4%
V
I R xv 3, 22

R xv  R xj 55,44  55,8
R xj   55, 44k R x %  *100  * 100  0,6%
V
I R xv 55,44

R xv  R xj 618  620
R xj   620k R x %  *100  * 100  0,3%
V
I R xv 618

b) Qual o índice de classe para o “ ohmímet ro” const ruído pela composição dos dois
inst rumentos (Volt ímet ro e Amperímet ro)? Prove usando propagação.

R
V
I
Tem os que e pela propagação de erros t em os que:
V
Rv
R R
R  .U  .I
U I
com isso t em os:

 
   
   
R  
1 
.U   .I
 V 
V
  
I     I   
2

 Rv 
V
 RV  

Aonde ΔU e ΔI são os erros de leit ura dos aparelhos.

3.3 M ÉTOD O V O LT- AM PERE A M ON TAN TE

Cálculos Preliminares (Para ser desenvolvido antes da aula prática)

a) Det ermine o valor Rxv em função das leit uras e das resistências int ernas dos
inst rumentos (amperímet ro e voltímet ro). Rxv = f (V,I,Rv,Ra)

Sabem os que Rx é dado por.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

20
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

3
Rx  onde VRX  então R x 
VRX VR X VR X
( Ra  R x ) ( Ra  Rx ).I
temos que :
I

Rx   Ra
V
I
b) Det erminar o erro de inserção absolut o e relat ivo do mét odo.

R x ins  R xm  R xv

R x ins    Ra  R a
V V
I I

R% x ins  * 100  a * 100


Rx R
R xv Rxv

b) O erro de inserção é por falta ou por excesso para est e método?

Com o o erro absolut o calculado foi posit ivo t em os que o erro com etido é por excesso. Ou seja o valor real é
m aior que o valor calculado.

d) Em que situação o erro de inserção é menor do que 1%?

Assim com o para o mét odo da jusante, se os dois inst rum ent os são de “ exat idão ½ %” e são lidos pert o do
fim da escala (m aior diferença entre os valores da resist ência int erna dos aparelhos com os do circuit o,
ocasionando um m enor erro de inserção), o erro inst rum ental no result ado pode ser qualquer coisa ent re 0
e 1%.
Com o podem os ver m ais claram ente nesse caso, a resist ência int erna do am perím et ro deve ser m enos
de100 vezes m enor que a resist ência a qual se quer calcular.

Comprovação Prática
Realizar a medição de 3 resist ores, já escolhidos no Item 2, pelo método V-A a
montante e que est ejam dent ro das seguint es faixas:
· 10 W a 100 W
· 100 W a 12 kW
· 100 kW a 1 M W
OBS: Como sugest ão, ut ilize Vf=5 V.

Os valores lidos foram os seguintes:

Resist ores Tensão Corrent e


47,8Ω (4,99±0,01)V (0,09±0,05)m A
3,22kΩ (5,01±0,01)V (1,30±0,05)m A
618kΩ (5,01±0,01)V (7,9±0,5)µA

Desenvolvimento após a obtenção dos dados em laboratório

c) Det ermine e erro de Rx para cada uma das leituras.

O erro que irem os calcular é o erro percent ual dado pela seguint e relação:

R xv  R xj
R x %  *100
R xv

R xv  R xj 47,8  55, 44
R xm   55,44 R x %  * 100  * 100  15,7%
V
I R xv 47,8
R xv  R xj 3, 22  3,85
R xm   3,85k R x %  * 100  * 100  19,6%
V
I R xv 3, 22

R xv  R xj 618  634,18
R xm   634,18k R x %  * 100  *100  2,6%
V
I R xv 618

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

21
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

3
d) Qual o índice de classe para o “ ohmímet ro” const ruído pela composição dos dois
inst rumentos (Volt ímet ro e Amperímet ro)?

R  Ra
V
Tem os que e pela propagação de erros t em os que:
I

R R
R  .U  .I
U I
com isso t em os:

1 V 
R   .U   2 .I
I I 

Aonde ΔU e ΔI são os erros de leit ura dos aparelhos.

Conclu são
Podem os com provar experim ent alm ent e depois de medições e os devidos cálculos no prim eiro
circuit o a lei de Kirchhoff para as tensões, porém com cert o erro, que pode ser m ensurado no segundo
circuit o cujo objetivo era m ost rar o erro de inserção do volt ím etro. No penúltim o circuit o com provam os a lei
de Kirchhoff para as correntes, novam ent e com cert o erro relacionado, que pode ser vist o de um a m elhor
m aneira no últ im o circuit o m ont ado durant e a aula, que tinha o objet ivo de m ostrar o erro de inserção do
am perím etro. Diant e de t odas est as colet as de dados que foram feit as, observam os a não idealidade dos
inst rum ent os. E com o foram ut ilizados dois tipos de aparelhos, um analógico e out ro digit al, t am bém
concluím os que o últim o apresent ou m enores erros de inserção em am bos os casos, sendo m ais preciso e
exat o.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

22
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

4
TEOREM A DA M ÁXIM A
TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
E TEOREM A DA SUPERPOSIÇÃO

INTRODUÇÃO
Nest e relat ório irem os enunciar dois t eorem as de grande im port ância para a análise de circuit os.
No primeiro m oment o será falado sobre o t eorem a da máxim a t ransferência de pot ência, e depois será
com ent ado sobre o t eorem a da superposição. Para o ent endim ent o, adm ite-se que o leit or t enha o
conheciment o das definições apresent adas nos relat órios ant eriores.

Desenvolvimento

4.1 TEOREM A D A M Á XI M A TRAN SFERÊN CI A D E PO TÊN CI A

2.1.1 Cálculos Preliminares

a) Enuncie o teorem a da m áxim a t ransferência de potência, e determ ine com relação à figura 1
qual o valor de ZL para que a font e t ransm it a a m áxim a potência.

Tem os que a pot encia dissipada no resist or RL é:

PRL  I ² R L

Tem os a corrente igual a:

I
VF
RTH  RL

Port ant o:

 VF 
PRL    RL
2

 RTH  RL 

Para obt erm os o valor de RL que m axim iza a pot ência, escrevem os a derivada da pot encia em
relação à RL .

PRL VF ²( RTH  RL )  2( RTH  RL )VF ² RL



RL ( RTH  RL ) 4
(1)

De acordo com um t eorem a fundament al do cálculo a pot ência será m áxim a quando a equação (1)
for igual à zero. Assim temos que:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

23
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

4
V F ²( RTH  R L )  2( RTH  R L )V F ² R L

RTH  R L

Logo a potencia m áxim a será dada por:

PMÁX 
VF ²
4 RL

b) Para o circuit o da figura 2, faça um a curva da pot ência entregue pela fonte e da potência
consumida pela carga em função de RL .

 Gráfico 1 (Potência ent regue pela font e em função de R L ).

Tem os que a pot ência na font e é dada por:

 Vf   V f  RTH   V f 
Pf ( R L )  V f   I   V RTH  I  V f         
 RTH  R L   RTH  R L   RTH  R L 
 Vf   V f  RTH     2800 
      V f        5 
5
 RTH  R L   RTH  R L   560  R L   560  R L 

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

24
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

 Gráfico 2 (Potência consumida pela carga em função de R L ).

Tem os que a pot ência dissipada pela carga é dada por:

 V f  RL   V f  25  R L
PRL ( R L )  V RL  I       
 RTH  R L   RTH  R L  560  R L 
2

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

25
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

4
2.1.2 Comprovação Prática

c) M ont e o circuit o da figura 2 e m eça a corrente 1 e a t ensão AB para 10 valores de R L , incluindo

VRL V  PRL mW (Calculada)


o pont o de m áxim a transferência de potência.

R L  I mA
66,7 ± 0,1* 0,47 ± 0,01 8,1 ± 0,5 3,8
152 ± 1 0,92 ± 0,01 7,1 ± 0,5 6,5
190 ± 1 1,27 ± 0,01 6,7 ± 0,5 8,5
310 ± 1 1,67 ± 0,01 6,0 ± 0,5 10,0
370 ± 1 2,08 ± 0,01 5,4 ± 0,5 11,2
551 ± 1 2,51 ± 0,01 4,6 ± 0,5 11,5
655 ± 1 2,69 ± 0,01 4,2 ± 0,5 11,3
751 ± 1 2,88 ± 0,01 3,9 ± 0,5 11,2
902 ± 1 3,10 ± 0,01 3,4 ± 0,5 10,5
1060 ± 1 3,31 ± 0,01 3,0 ± 0,5 9,9
1390 ± 1 3,57 ± 0,01 2,6 ± 0,5 9,3

Escalas Ut ilizadas:
Tensão: 20 V
Corrent e: 30 m A
Resist ência: 2 kΩ
(* ) Para efetuarm os um a m edida m ais precisa, a escala ut ilizada para a m edida dest a resist ência foi de
200Ω.

 Gráfico 3 (Potência dissipada pela carga em função de R L , com os dados colet ados no laborat ório).

4.2 TEOREM A D A SU PERPSI ÇÃO

2.2.1 Cálculos Preliminares

a) Enuncie o teorem a da m áxim a superposição, de form a geral.


O t eorem a da superposição diz que num sist em a linear aliment ado com um a ou m ais font es de
energia a respost a t ot al é a som a das respost as a cada um a das font es separadam ente.
Ut ilizarem os o circuit o abaixo para dem onst rar o t eorem a no caso.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

26
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

Ut ilizando o mét odo das t ensões de nó, t em os:

V1  E1
V2  E 2

Nó 2:

G1 (V2  V1 )  G1V2  G2 (V2  V3 )  0

G1 E1  G2 E2
V2 
G  G1  G2

VL  V2 e I RL 
VL
RL

Agora excluindo a font e E1:

Ut ilizando o mét odo das t ensões de nó, t em os:

V2  E 2

Nó 1:

G1V1  G LV2  G2 (V1  V2 )  0

V1 
G2 E 2
G1  GL  G2
V
  L
VL  V1 e I RL
RL

Agora excluindo a font e E2:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

27
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

Ut ilizando o mét odo das t ensões de nó, t em os:

V1  E1

Nó 2:

G1 (V2  V1 )  G2V2  G LV1  0

V2 
G1 E1
G1  GL  G2

VL
 
VL  V2 e I RL
RL

Logo pelo Teorem a da superposição, tem os que:

Vl  VL  VL e I RL  I RL
  I RL


b) Utilizando o t eorem a da superposição determ ine a t ensão e a corrent e na carga RL da figura 3.

VL
VL   6,02V    15,42mA
G2 E 2
G1  GL  G2
I RL

V 
RL

VL  0,78V   L  2,01mA


G1 E1
G1  GL  G2
I RL
RL

Vl  VL  VL  6,80V   I RL


I RL  I RL   17,43mA

c) Sem a ut ilização do t eorema da superposição (ut ilizando análise básica de


circuit os) det erm ine a t ensão e a corrent e na carga RL para o circuit o da figura 3.

G1 E1  G2 E 2
VL   6,80V
G  G1  G2

I RL   17,43mA
VL
RL

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

28
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ

4
2.2.2 Comprovação prática
a) M onte o circuit o da figura 3 e com prove em laborat ório o t eorem a da superposição, m edindo a
t ensão na carga RL .

V L  6,93  0,01V 20V 


I L  18,8  0,5mA (30mA)

b) Realize na prát ica a superposição, ou seja, meça primeiro a tensão na carga R L da figura 3, com
a font e de 15V curt o-circuit ada e a fonte de 5V ligada e depois m eça a t ensão na carga R L com a font e de

 Curt o circuit o na font e de 5V:


5V curt o-circuit ada e a font e de 15V ligada. Som e as duas t ensões m edidas.

V ' L  6,15  0,01V 20V 


I ' L  16,6  0,5mA (30mA)

 Curt o circuit o na font e de 15V:

V ' ' L  0,778  0,001V 2V 


I ' ' L  1,57  0,05mA (3mA)

Logo, t em os que:

V ' L V ' ' L  6,93V  V L


I ' L  I ' ' L  18,2mA  I L

Conclu são

Foi possível com provar o teorem a da m áxim a t ransferência de pot ência, e o t eorem a da
superposição. No prim eiro teorem a, é im port ante observar que a m áxim a pot ência nem sem pre é o foco
principal da aplicação do circuit o. Por exem plo, em sist em as de pot ência, onde se t em um a carga m uit o
elevada o objetivo é obt er o m aior rendim ent o, e não a m áxim a pot ência. Já no caso de um circuit o de baixa
pot ência, deve-se aproveit ar o m áxim o a energia do circuit o. Os gráficos da potência na carga, e na fonte, só
dem onst ram a conservação da energia. Onde a pot ência fornecida pela font e, em m ódulo é igual a potência
consumida pela carga RL .
No t eorem a da superposição, m uit as vezes é m ais sim ples analisar o circuit o com plet o do que
separar em vários “ sub-circuit os” para a resolução. A sua aplicação é m ais relevant e em circuit os onde
t em os font es alt ernadas e font e de cont ínuas.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

29
OSCILOSCÓPIO

5
Osciloscópio

INTRODUÇÃO

Com provarem os nest a aula a facilidade do uso do osciloscópio para analise de circuit os em regime
perm anent e. Avaliarem os 2 circuit os, RL e RC, aferindo período, freqüência, am plit ude e defasagem .
At ualment e exist em dois t ipos osciloscópios, os analógicos e os digit ais. Nós utilizarem os o
osciloscópio digit al, que é m ais preciso e m ais com pact o que o analógico.

Desenvolvimento
Prim eiram ente irem os enunciar sucint am ent e alguns conceit os im port ant es que serão ut ilizados ao
longo do relat ório.

5 . 0 I N D U TOR

É um elem ent o passivo capaz de arm azenar e fornecer quant idades finit as de energia. O físico
M ichael Faraday e quase que sim ult aneament e Joseph Henry descobriram que um cam po m agnét ico
variável podia produzir um a tensão no circuit o próxim o, foi dem onst rado que essa t ensão era proporcional a
variação de corrente produt ora do campo m agnét ico com o t em po. Essa const ante de proporcionalidade f oi
cham ada de indut ância, é sim bolizada por L e sua unidade de m edida é Henry, port ant o:

vL
di
dt

Tem os a corrente em um indut or:

Fisicam ent e um indut or pode ser const ruído enrolando um pedaço de fio na form a de um a bobina.
Tem os a polaridade dos indut ores:

5.1 CAPACI TOR

Assim com o o indut or o capacit or t am bém é um elem ent o passivo. O com port am ent o do capacit or
se baseia em fenôm enos associados ao cam po elétrico. Os cam pos elét ricos são produzidos por um a
separação de cargas elétricas, ou seja, por t ensão. Ent ão a carga é proporcional à diferença de pot encial e

q  CV i
dq
podem os escrever que . Ora sabem os que . Assim a relação t ensão corrent e no capacit or
dt
pode ser escrita da seguint e form a:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

30
OSCILOSCÓPIO

5
i C
dv
dt

Tem os a t ensão em um capacit or:

Fisicam ent e pode ser const ruir um capacit or ut ilizando duas placas condut oras separadas por um a
fina cam ada de m at erial isolante.

5.2 I N D U TORES EM SERI E

Tem os que a t ensão sobre cada indut or pode ser escrit a com o:

vt  v1  v 2  v3  ....  vn

v s  L1  L2  L3  ....  Ln
di di di di

  Ln por tan to,


dt dt dt dt
v s  Leq
N
di di
dt dt n1

Leq   Ln
N

n 1

5.3 I N D U TORES EM PARALELO

5.4 CA PACI TORES EM PARALELO

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

31
OSCILOSCÓPIO

5.5 CA PACI TORES EM SERI E

5.6 AN ÁLI SE D E CI RCU I TOS SEN OI D AI S

Font es senoidais são font es que produzem t ensão (corrente) com o funções do t em po.

i (t )  I p sen(t  ) v(t )  V p sen(t  )



O t em po necessário para percorrer um ciclo é cham ado período.

   2f
A freqüência é o núm ero de ciclo por segundo


Freqüência angular


É cham ado de ângulo de fase.
Ip, Vp são as am plit udes da corrent e e da t ensão.

5.7 FASORES

Definição: Fasor é um número com plexo que represent a um a tensão ou um a corrent e alt ernada,
cuja part e real represent a um a grandeza co-senoidal
em t =0.
O conceit o fasor é baseado na ident idade de Euler:

A t ransform ada fasorial de um a t ensão senoidal é feit a da seguinte form a:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

32
OSCILOSCÓPIO

5
v(t )  V p sen (t   )
 V p e{e j ( wt  ) }
 V p e{e wt e  }
 e{V p e wt e  }

Fasor t ensão:

5.8 ELEM EN TOS PASSI V OS N O D O M Í N I O D A FREQ Ü ÊN CI A

Ut ilizando um a excit ação com plexa do t ipo v(t )  V p e j ( wt v ) t erm os um a corrente do tipo

i(t )  I p e j ( wt i )

5.9 PARA O RESI STOR

Aplicando a lei de Ohm :

v(t )  Ri(t )  V p e j ( wt  v )  RI p e j ( wt  i )  V p e jv  RI p e ji

No dom ínio da freqüência obt em os:

V  RI

5.10 PARA O I N D U TOR

v  L  Vpe
di j ( wt  v )
L

d I p e j ( wt i ) 
 jLI p e j ( wt  i )  V p e v  jLI p e i
dt dt
No dom ínio da freqüência:

V  jLI

No indut or, a corrent e est a atrasada de 90°em rela ção à t ensão.

5.11 PARA O CAPA CI TOR

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

33
OSCILOSCÓPIO

iC
dv
 I p e j ( wt  v )  C

d Vpe j ( wt  i )
  jCV e j ( wt   i )
 I p e  v  jCV p e i
p
dt dt
No dom ínio da freqüência:

I  jCV  V  
C
j 
I

No capacit or, a corrente est á adiant ada de 90°em r elação à t ensão.

5.12 I M PED ÂN CI A ( Z) E AD M I TÂN CI A ( Y)

a) Im pedância(Z)

É a razão ent re o fasor t ensão e o fasor corrente. É um numero complexo, m as não é fasor.

Z  ( )
V
I

Z  A  jB Onde A é cham ada resist ência e B reat ância.


As im pedâncias se associam da m esm a form a que as resist ências.

b) Adm it ância ( Y)

É a razão ent re o fasor corrent e e o fasor tensão em um elem ent o. É um num ero com plexo, m as
não é fasor.

Y 
I
(S)
V

Y  G  jH Onde G é chamada condut ância e H sucept ância


.

Y 
1
Z

Adm it âncias se associam da m esm a form a que as capacit âncias.

Obs.: Com o circuit o no domínio da freqüência podem os analisar at ravés dos mét odos já vist os ant es.

5.13 M ON TAGEM EM LABORATÓ RI O I

2.5.1 Exercício 1

Coloque o gerador de sinal com um a freqüência de 1000 Hz e um a am plit ude de 1 Volt pp.

Escala Valor do período [m s] Incert eza [m s]


Triangular Quadrada Senoidal Triangular Quadrada Senoidal
1 ms 1,000 1,000 1,000 0,004 0,001 0,004
0,5 m s 0,999 1,000 1,000 0,004 0,002 0,004

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

34
OSCILOSCÓPIO

5
0,2 m s 1,000 1,000 1,000 0,003 0,002 0,003

Escala Valor da t ensão [V] Incert eza [V]


Triangular Quadrada Senoidal Triangular Quadrada Senoidal
2V 1,01 0,01 1,00 0,12 0,12 0,12
1V 1,00 1,01 1,00 0,04 0,03 0,04
0,5 V 0,95 0,90 1,00 0,05 0,12 0,02

2.5.2 Exercício 2

M ont e o circuit o abaixo:

 V f  Fonte de tensão de 15V e gerador de função onda senoidal 5V pp 3 KHz


 Ri  0 
 R1  1 K
 R2  630 

a) Calcular a t ensão sobre cada elem ent o do circuit o.


Para font e de t ensão de 15 V, t em os:

VR1   9,2V
V f R1
R1  R2

VR 2   5,8V
V f R2
R1  R2
V f  VR 2  VR1  15,0V

Para gerador de função, utilizando um a onda senoidal com 5 Volt pp, e freqüência de 3 KHz, t em os:

VR1   3,07V pp
V f R1
R1  R2

VR 2   1,93V pp
V f R2
R1  R2
V f  VR 2  VR1  5,00V pp

b) Com o osciloscópio realize as m edidas de tensão na fonte e em cada um dos resist ores
separadam ent e.

Tensão [V]
Calculado M edida
Font e 15,0 15,00
R1 9,2 9,30
R2 5,8 5,70

Tensão pico a pico [V]


Calculado M edida
Font e 5,00 5,00
R1 3,07 2,95
R2 1,93 2,00

5.14 M ON TAGEM A SER REA LI ZAD A N O LABORATÓRI O I I

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

35
OSCILOSCÓPIO

5
M ont ar os circuit os ilust rados na Figura 10. Para cada circuit o, variar a freqüência da onda senoidal
de entrada em valores com preendidos na faixa de 10 Hz a 100 KHz e medir para cada variação, as t ensões de
ent rada e saída no circuito. Ut ilize um a t ensão de 5 V de pico.

Circuit o RL:

T [s] f [Hz] Ventrada [V] Vsaída [V] t [m s]  [º ]


10 1 10 10,1 0,688 2,5 9

10 2 100 10,2 1,51 1,5 54

10 3 1000 10,2 8,32 0,075 27

10 4 10000 10,2 10,2 0 0

10 5 100000 10,3 9,92 0 0

Onde  (diferença de fase), pode ser calcular pela seguint e regra de t rês simples:

T  360 º 360  t
, daí tiram os que  
t   T

Circuit o RC:

Obs.: Estes valores foram feitos utilizando o resistor de 430 Ω.

T [s] f [Hz] Ventrada [V] Vsaída t [m s]  [º ]


10 1 10 10,0 10,0 V 1 3,6

10 2 100 10,1 8,72 V 0,875 31,5

10 3 1000 10,1 1,64 V 0,250 90

10 4 10000 10,2 0,192 V 0,025 90

10 5 100000 10,3 0,030 m V 0,0025 90

Onde  (diferença de fase), pode ser calcular pela seguint e regra de t rês simples:

T  360 º 360  t
, daí tiram os que  
t   T

a) Indicar na figura 11 a relação de am plit ude da ent rada em relação à saída do circuit o RL (Fig. 10a)

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

36
OSCILOSCÓPIO

5
Magnitude (Circuito RL)

12

10

8
Magnitude

0 10 100 1000 10000 100000


Freqüência (Hz)

b) Indicar na figura 12 a defasagem angular da saída em relação à ent rada do circuit o RL (Fig. 10a)

Fase (Circuito RL)

90
80
70
Ângulo (Graus)

60
50
40
30
20
10
0
10 100 1000 10000 100000
Freqüência (Hz)

c) Indicar na figura 13 a relação de am plit ude de entrada em relação à saída do circuit o RL (Fig. 10b)

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

37
OSCILOSCÓPIO

5
Magnitude (Circuito RC)

10

8
Magnitude

0 10 100 1000 10000 100000


Freqüência (Hz)

d) Indicar na figura 14 a defasagem angular da saída em relação à ent rada do circuit o RC (Fig. 10b)

Fase (Circuito RC)

-5
10 100 1000 10000 100000
-15
-25
Ângulo (Graus)

-35
-45
-55
-65
-75
-85
-95
Freqüência (Hz)

Conclu são

Const at am os que o osciloscópio é um im port ant e inst rum ent o para aferição de medidas elét ricas,
principalment e para circuit os onde a corrent e e a tensão varia em função do t em po. Com ele é possível
det erm inar diret am ent e a am plit ude e o período de um sinal.
Com relação aos dados obtidos podem os observar que t ant o o indut or quant o o capacit or funcionam

X 
C
j
com o filt ros de seleção de freqüência. Isso ocorre, pois a indut ância, t ant o do capacit or ( )

com o do indut or X  Lj varia com a freqüência.


No circuit o capacit ivo , a t ensão de saída (no capacit or) é m aior em baixas freqüências, Isso acont ece
pois em baixas freqüências o capacit or se com port a quase com o um circuit o abert o.
No circuit o indut ivo em alt as freqüências as t ensões de saída (no indut or) são m ais elevadas. Isso
acorre, pois em baixas freqüências o indut or se com port a quase com o um curt o-circuit o.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

38
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

TEOREM AS DE THÉVENIN E

6
INTRODUÇÃO
NORTON

Os circuit os equivalent es de Thévenin e Nort on são circuit os simplificados, que represent am o


m esm o com portament o que o circuit o original do pont o de vist a dos term inais dos quais se quer analisar.
M uit as vezes quando querem os analisar um circuit o est amos apenas preocupados com o que acont ece em
um cert o term inal, ent ão para est es casos a aplicação de circuit os equivalentes são de grande ajuda.

Desenvolvimento

6 . 1 CI RCU I TO D E TH ÉV EN I N :
VTh
O Circuit o de Thévenin è const it uído por um a font e independent e de t ensão e um a resist ência

RTh VTh RTh


que substit uem t odas as font es e resist ências do circuit o. Essa com binação em serie entre e
é equivalente ao circuit o original, no sentido que, se ligarmos a m esm a carga nos t erminais a e b do circuit o,
ela será subm et ida à m esm a tensão e será at ravessada pela m esm a corrent e. Essa equivalência exist e para
quaisquer valores possíveis de resist ência.
Para det erm inar o circuit o de Thévenin é necessário determinarm os a Tensão de Thévenin e a
resist ência de Thévenin. Se colocarm os um a carga com resist ência infinit am ent e grande nos t erminais a e b
do circuit o terem os um circuit o abert o. Por definição, a tensão de circuit o abert o ent re os term inais a e b é
V
igual à t ensão de Thévenin Th . Reduzindo-se a resist ência à zero, t erem os a sit uação opost a, ist o é um
curt o-circuit o entre os t erm inais a e b, t erm os um a corrent e Icc passando pelos t erminais a e b, a qual
cham arem os fut uram ent e de corrent e de Nort on. Assim , por definição, a resist ência de Thévenin será igual
à t ensão do circuit o original abert o dividida pela corrente de curt o-circuit o.

RTh 
VTh
IN

Exem plo de um circuit o e o seu circuit o equivalent e de Thévenin:

6.2 CI RCU I TO D E N ORTON :

IN
O circuit o de Nort on è const it uído por um a font e independent e de corrent e e um a resist ência

RN VTh
que subst it uem t odas as font es e resist ência do circuit o. Essa com binação em paralelo entre e

RN é equivalente ao circuit o original.

IN
Para det erm inar o circuit o de Nort on é necessário det erm inarm os a corrente de Nort on e
resist ência, RN , de Nort on. Se colocarm os um a carga com resist ência zero entre os term inais a e b do
circuit o terem os um curt o circuit o ent re os t erminais. Por definição, a corrent e de curt o-circuit o ent re os
t erm inais é igual a corrent e de Nort on IN . E a resist ência de nort on é obt ida de m aneira análoga a
resist ência de Thévenin, m as agora se det erm inando a t ensão ent re os t erminais. A carga de Nort on é igual à
carga de Thévenin.
Exem plo de um circuit o e o seu circuit o equivalent e de Norton:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

39
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

6 . 3 CI RCU I TOS N O D OM Í N I O D A FREQ Ü ÊN CI A:

As equivalentes de Thévenin e nort on t ambém podem ser aplicadas a circuit os no dom ínio da
freqüência. O qual é definido da m esm a form a apenas t rocando-se a resist ência RTh e RN por im pedâncias

Z Th e Z N .

6 . 4 PARTE PRÁTI CA

1. Encontre os resist ores requisit ados, conferindo os valores com o m ultímet ro e com o esquem a de
cores dos resist ores.

Resist ores Propost os:

 R1  10 k
 R2  12 k
 R3  15 k

Resist ores Ut ilizados:

 R1  10 k
 R2  13 k
 R3  16 k

2. Dado o circuit o abaixo, calcule os valores de VTh , RTh e IN com relação aos t erminais a e b.

Fazendo as devidas associações de resist ores, chegam os ao seguint e circuit o:

13k  16k  10k


Sendo:

R1eq   7,44k
13k  16k  10k

    R2eq  3,9k
1 1 1 1
eq
R2 13k 10k 13k

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

40
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

6
Para calcularm os VTh , ret iram os a carga RL e calculam os a diferença de pot encial Vab . Ent ão
chegam os ao circuit o abaixo.

Com o o circuit o est á abert o, não há corrent e circulando em R2eq , logo não tem queda de pot encial
naquele ram o. Ent ão a tensão em R1eq é just am ent e Vab . Aplicando o divisor de t ensão no resist or R1eq ,
t em os:

R1eq  15
Vab   6,40V  VTh
10k  R1eq

Para calcularm os RTh , bast a Retirar todas as fontes do circuit o e calcular a resist ência equivalent e.
Lembrando que para inat ivar uma font e de tensão bast a curt o circuit ar os seus term inais, e caso seja um a
font e de corrent e, bast a abrir os t erm inais. Fazendo isso, t em os o seguint e circuit o:

Fazendo as associações de resist ores, chegam os em :

Onde:

10k  R1eq
Req   R2eq  8,2k
10k  R1 eq

Para calcular I N , bast a curt o circuit ar os t erminais a e b e calcular a corrent e que passa por ele.

Fazendo a transform ação de font e de tensão pra font e de corrente:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

41
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

Associando os resist ores, t em os:

Sendo:

10k  R1eq
  4,27k I  1,5mA
15
10k  R1eq
eq
R 3 e
10k

Ent ão, aplicando o divisor de corrent e. Tem os:

I  R3eq
I N  eq  0,78mA
R3  R2eq

3. M ont e o circuit o ant erior, agora sem a resist ência de carga RL ;


4. Ajust e V para 15 Vcc e meça a tensão Vab
Valor m edido: 6,37V na escala de 20V, ut ilizando o m ult ím etro DAWER2020

8,28k 20k
5. Ret ire a font e de tensão e subst it ua-a por um curt o-circuit o. M eça a resist ência ent re a e b.
Valor m edido: na escala de
6. Volt e com a font e de tensão de 15 Vcc.
7. M eça com o am perím etro a corrent e ent re os t erm inais a e b.
Valor m edido: 0,76m A na escala de 20m A, utilizando o multím etro DAWER2020
Conect e o pot enciôm etro ent re a e b.
8. Encontrado VTh , RTh , calcule V RL e I RL para cada um dos valores de RL , conform e a t abela
abaixo, variando continuadam ente o pot enciôm etro.
Tem os ent ão o circuit o equivalent e de Thévenin.

Para calcular V RL e I RL , aplicam os o divisor de tensão em R L e percorrem os a m alha ut ilizando a


lei das m alhas. Chegando às expressões:

6,4  R L
VRL  I RL 
6,4
8,2k  RL 8,2k  RL
e

Ent ão aplicam os os valores para R L , apresent ados na t abela abaixo.

V RL I RL
RL
Calculado M edida Calculado M edida
0 0V 0V 0,78m A 0,76m A
1000 0,70V 0,68V (2) 0,70m A 0,68m A

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

42
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

6
5000 2,42V 2,4V (20) 0,48m A 0,47m A
9590Ω 3,45V 3,42V (20) 0,36m A 0,35m A

9. Det ermine os circuit os equivalent es de Thévenin e Nort on com relação aos t erminais A-B do
circuit o da figura 2.

Sendo:

 V  5 sin 6283t [V]


 R 1  365
 R2  976
 R3  755
 C  2,2 F
 F  100mH

No dom ínio da freqüência t em os:

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43
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

 V  50º [Vp ]
Onde:

 Z1  365
 Z 2  976
 Z 3  755

 ZC   72,35  90º
jC
1

 Z L  jL  628,390º

Associando as im pedâncias, t em os:

Onde:

   Z 1eq  72  84,53º


1 1 1
eq
Z1 ZC Z3

Z 2eq  Z L  Z 2  116132,77º

Por analogia com o circuit o já resolvido no it em 2 da part e prát ica, aplicando o divisor de t ensão,
t em os:

Z eq  V
Vab  eq1  0,95  73,61º V p  VTh  0,67  73,61º VRMS
Z 1  Z1

Para calcularm os a corrente IN , podem os fazer um a t ransformação de font e, chegando ao


seguint e circuit o:

Fazendo a associação das im pedâncias, t em os:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

44
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

Onde:

Z1  Z 1eq
Z eq   69,41  73,61º I   0,014 A p
V
Z 1  Z 1eq
e
Z1

Ent ão aplicando o divisor de corrent e, t em os:

Z eq  I
IN   8,32  10  4   103,0º A p  5,88  10  4   103,0º ARMS
Z eq  Z 2eq

Para calcularm os Z Th , bast a fazer:

Z Th   114329,43º
V
IN

Ent ão os circuit os equivalentes de Thévenin e Nort on ficam respectivam ent e:

Onde:

VTh  0,95  73,61º V p  0,67  73,61º VRMS


v(t )  0,95sin6283t  73,61º  [V p ]
(no dom ínio da freqüência)

(no dom ínio do tem po)

Z Th   114329,43º
V
IN

Onde:

IN  8,32  104   103,0º Ap  5,88  104   103,0º ARMS


i (t )  8,32  104 sin6283t  103,0º  [ Ap ]
(no dom ínio da freqüência)

(no dom ínio do tem po)

Z Th   114329,43º
V
I
N

Abaixo os gráficos de i(t ) e v(t ), para ilust ração:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

45
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

10. M ont e o circuit o da figura 2 e m eça a t ensão (em abert o), e com pare com a t ensão de Thévenin,
m eça a corrente de curt o circuit o entre A e B, e com pare com a corrent e de Nort on.

Tensão em abert o: 0,86V p  0,57VRMS


Corrent e de curt o: 0,46  10 3 ARMS

Q U ESTÕES

7.1 Qual a ut ilidade de se conhecer o equivalent e de Thévenin de um circuit o na prát ica?

A m aior ut ilidade, est á na subst it uição de um a grande part e da rede, m uit as vezes com plicada e
desint eressant e, por um circuit o m uit o sim ples, cont endo um a font e de t ensão independent e em série com
um resist or, at uando num a carga qualquer. Com isso pode-se rapidam ent e calcularm os a tensão, corrent e e
pot ência que o circuit o original era capaz de fornecer. Por exem plo, num am plificador t ransist orizado de
pot ência, conhecendo-se o equivalent e de Thévenin pode-se det erminar a m áxim a pot ência que o
am plificador pode fornecer, além de qual carga é necessária para se obt er m áxim a pot ência t ransferida,
m áxim a corrente, ou m áxim a t ensão, dependendo da aplicação.

7.2 Explique o porquê das diferenças obtidas ent re os valores t eóricos e práticos de VTh e RTh .

Quando efet uam os as m edidas de VTh e RTh , exist em alguns t ipos de erros inseridos, t ais com o:
Erro de inserção do aparelho ut ilizado; Erro de leit ura associado a quem efet ua a m edida; Erro nos valores
das resist ências, que possuem um a faixa de t olerância garant ida pelo fabricant e.

7.3 Com pare os valores m edido e calculado da corrente de Norton

Circuit o da figura 1:

I NT  I N 0,78m  0,76m
%   100   100  2,6%
I NT 0,78m

Circuit o da figura 2:

I NT  I N 0,59m  0, 46m
%   100   100  22%
I NT 0,59m

Conclu são

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

46
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON

6 Os circuit os de Thévenin e Nort on são de grande ajuda quando querem os saber o que acontece em
det erm inado t erminal do circuit o, por exem plo, quando ligam os um a t orradeira em um a t om ada, nos
int eressa saber apenas a tensão aplicada em seus t erminais e a corrent e que at ravessa o aparelho.
Norm alm ent e não nos im port am os com o efeit o do at o de ligar a t orradeira terá em out ros t erm inais do
circuit o.
Podem os com provar que os circuit os de Thévenin e Norton podem ser usados para represent ar
qualquer circuit o compost o por elem ent os lineares e t am bém vim os que os circuit os equivalentes t am bém
podem ser determ inados at ravés de circuit os no domínio da freqüência.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

47
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

7
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E
FATOR DE POTÊNCIA

INTRODUÇÃO
Est e relat ório t em o objet ivo de m ost rar um inst rument o muit o import ante para a engenharia elét rica,
o w at t ím etro. Tam bém ao final t em os um exercício envolvendo o conceit o de correção de fat or de pot ência,
que t em grande aplicabilidade em grandes indúst rias onde a pot ência reativa consum ida é grande.

Desenvolvimento

7 . 1 I N STRU M EN TO ELETROD I N ÂM I CO

O inst rum ent o elet rodinâm ico consist e de um a bobina m óvel, e um a fixa. Quando há passagem de
corrent e, se as bobinas forem polarizadas corret am ent e, as m esm as adquirem a m esm a polaridade,
provocando a deflexão do pont eiro at ravés da repulsão dos cam pos m agnéticos. A bobina m óvel é
alim ent ada por um a corrente que chega por m eio de duas m eias bobinas que sim ult aneam ent e
desenvolvem um a força rest auradora ao deslocam ent o angular. Com essas propriedades, é possível efet uar
m edições em circuit os em corrent e contínua e alt ernada, sendo que a deflexão do pont eiro não será
afet ada. A aplicação dest e instrument o pode ser encont rada em m edidores de pot ência (Wat tím et ros).

7 . 1 W ATTÍ M ETRO

O Wat tímet ro é um instrum ent o elet rodinâm ico para a m edição de pot ência at iva. Est á aferição
envolve a mult iplicação da t ensão pela corrent e, e devido à característ ica não linear dest a operação,
t écnicas bast ant e com plexas são ut ilizadas nos inst rum ent os analógicos. A bobina fixa é utilizada em série
com a carga, e a bobina m óvel é ut ilizada em paralelo com a carga.A figura 2 ilust ra com o as ligações devem
ser feit as para medir a pot ência consum ida por um a carga.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

48
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

A corrente que circula pela bobina de cam po é a corrent e de carga (i). A corrente ip (fasor muit o
pequeno) é prat icam ent e V/ R. Assim , o conjugado sobre a bobina m óvel, depende do produt o da densidade
de fluxo do cam po, produzido pela corrente e da corrent e da bobina m óvel. Um a vez que ip + V/ R, o
conjugado m ot or depende do produt o V x i. Se est as grandezas variarem no t em po, por exem plo,
senoidalm ente, o conjugado m ot or t am bém variará. Porém se est as variações forem m uit o rápidas (na
prát ica 60 Hz), a bobina m óvel não poderá acompanhar est e conjugado variável, t omando um a posição t al
que o conjugado resist ent e da m ola rest auradora se iguale ao valor m édio do conjugado m ot or produzido
pela ação elet rom agnét ica. Um a vez que o conjugado m ot or depende de V x i, o conjugado m ot or m édio é
proporcional à pot ência m édia, ou pot ência at iva. Logo t empos as seguint es relações:

Conjugado m ot or inst ant âneo  v(t ).i(t)

T 0
v(t )  i (t ) dt
T
1
Conjugado m édio =

Onde T= período das ondas v(t ) e i(t).

Exist em t am bém w at tímet ros digit ais, onde os sinais da corrent e e t ensão são convert idos para o
dom ínio digit al utilizando-se um conversor A/ D e o produt o V x i é efet uado por um mult iplicado binário,
podendo est as funções serem feit as por um m icrocont rolador.

7 . 2 TRAN SFORM AD ORES D E M ED I D AS

O uso de ferrament as de m edidas permit e a redução ou am pliação das escalas dos inst rum ent os.
Exist em dois tipos de transform adores de m edidas:

a) Transform adores de corrent e (T. C)


As funções básicas podem ser: reduzir a corrent e a valores seguros para fazer a medição; isolar o
circuit o prim ário do secundário. As quais t êm grande aplicabilidade em usinas geradoras de energia, por
exem plo. Pois precisam os m onit orar const ant em ente os valores que corrent e t ensão e pot ência. O prim ário
do t ransform ador de corrent e é ligado em série com o circuit o cuja corrent e se deseja m edir.

b) Transformadores de pot encial (T. P)


As funções básicas podem ser: isolar cont ra alt as tensões; fornecer ao secundário um a t ensão
proporcional a t ensão prim ária, com um certo grau de precisão, dent ro de um a faixa especificada para a
t ensão prim ária.
Considerarem os para os próxim os it ens o circuit o funcionando em seu regime perm anente.

7 . 3 POTEN CI A I N STAN TÂN EA

Usando a convenção passiva, a pot encia em qualquer inst ant e de t em po é dada por:

p (t )  v (t )  i (t ) (1)

Considerem os v e i dado pelas seguintes expressões:

v(t )  Vm cos(t   v )

i (t )  I m cos(t   i )
(2)

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

49
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

7
Com o est am os supondo que o sist em a se encontra em est ado est acionário, podem os escolher
qualquer ângulo convenient e com o referência para t=0s, t om ando-se ent ão a cont agem de t em po quando a
corrent e est á em seu m áxim o. Est a convenção exige que as corrent es sejam deslocadas em um ângulo de,
assim tem os:

v(t )  Vm cos(t   v   i )
i (t )  I m cos(t )
(3)

Quando subst it uím os (3 ) na equação (1) da potência obtemos:

p(t )  Vm I m cos(t   v   i ) cos(t ) (4)

Realizando as devidas m anipulações m at em át icas, que deixarem os a cargo do leit or, obt em os:

p (t )  cos( v   i )  m m cos( v   i ) cos( 2t )  m m sen( v   i ) sen( 2t )


Vm I m V I V I
(5)
2 2 2

7 . 4 POTÊN CI A M ÉD I A E POT ÊN CI A REATI V A

A equação (5) pode ser escrit a da seguinte form a:

p (t )  P 1  cos( 2t )   Q sen( 2t )


Onde,

P cos( v   i ) W  e Q  m m sen( v   i ) VAR 


Vm I m V I
(6)
2 2

Onde P é a pot ência média e Q recebe o nome de pot ência reat iva. A pot encia m édia é t am bém
cham ada de pot ência real porque represent a a parcela de pot ência presente em um circuit o convert ida em
t rabalho.
Para se calcular a pot ência média t em os que t om ar a m édia da pot encia.

 p(t ) dt
t0 T

P
1
(7)
T t0

Onde T é o período, e t 0 é qualquer inst ant e de t em po.


Podem os calcular a pot encia média substit uindo a equação (5) na equação (7) . Observe, porém ,
que a integral de um a função seno em seu período com plet o é zero. Observam os assim que a pot encia
m édia é dada por P.

7 . 5 POTÊN CI A EM CI RCU I TO S EXCLU SI V AM EN TE RESI STI V OS

Quando t em os um circuit o puram ente resist ivo a corrent e e a t ensão est ão em fase (ist o é v  i
) ent ão a equação se reduz a:

p (t ) 
Vm I m
1  cos(2t ) 
2

A pot encia inst ant ânea da equação é chamada de pot encia inst ant ânea real.

7.6 POTÊN CI A EM CI RCU I TO S EXCLU SI V AM EN TE I N D U TI V OS

 v  90º   i , t em os assim
Quando um circuit o é exclusivam ent e indutivo, a tensão e a corrent e est ão defasadas em
exat am ent e 90º , com a corrent e atrasada em relação à tensão ist o é que a
pot encia se reduz a:

p (t )  sen( 2t )
Vm I m
2

7 . 7 POTÊN CI A EM CI RCU I TOS EXCLU SI V AM EN TE CAPACI TI V OS:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

50
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

7
 v   i  90º , t em os assim
Quando um circuit o é exclusivam ente capacitivo, a t ensão e a corrent e est ão defasadas em
exat am ent e 90º , com a corrent e adiant ada em relação à tensão ist o é eu a
pot encia se reduz a:

p (t )   sen( 2t )
Vm I m
2

7 . 8 AN ALI SE GERA L

arm azenada pelo indut or e depois devolvida a font e, o que acont ece com um a freqüência de 2 , ou seja,
Podem os ver que a m édia da pot ência reativa é igual a zero, o que m ost ra que a pot ência é

quando p(t ) é positiva a potência est á sendo arm azenada nos cam pos m agnéticos e p(t ) é negativo se os
cam pos est ão devolvendo est a potência a fonte.
Um a medida de pot ência associada a circuit os exclusivament e indut ivos e a capacit ivos é a pot ência
reat iva Q, ist o se deve ao fat o de o indut or e o capacit or serem elem ent os reativos, e sua im pedância é
exclusivament e reat iva. Para dist inguir pot ência ativa de pot encia reativa usam os Wat t [W] com o unidade
de pot ência m édia e Volt am père reat ivo [VAR] com o unidade de pot ência reat iva.

7 . 9 FATOR D E POTEN CI A

O ângulo    v  i que aparece t ant o na pot ência média quanto na potência reat iva é
denominado de ângulo do fat or de potência. O co-seno dest e ângulo recebe o nome de fat or de potência, e
o seno é denominado de fat or reat ivo.

cos( v   i )  cos( i   v ). Para


Na prática é m ais com um especificar o fat or de pot ência que o ângulo do fat or de pot ência.
Ent ret ant o isso envolve um a am bigüidade de sinal, já que rem over
est a am bigüidade recorresse a expressão fator de pot ência at rasado (corrent e at rasada em relação à
t ensão) e adiant ado (corrent e adiant ada em relação a t ensão).

7.10 V ALORES RM S

São os valores cham ados eficazes, rm s que do inglês significa raiz média quadrát ica.

7.11 TEN SÃO RM S

v(t )  Vm cos(t   ) , o valor RM S será:


O valor RM S de um a função periódica é definida com o a raiz quadrada do valor m édio da função ao
quadrado assim se

 Vm cos (t   )dt


t 0 T

 Vrms 
1 22 Vm
Vrms assim
T t0 2

7.12 POTÊN CI A RM S:

Suponha que um a t ensão cossenoidal seja aplicada aos term inais de um resist or e que est ejam os
int eressados em det erm inar a potência m édia dissipada pelo resist or. De acordo com a equação (7) t em os:

P  Vrms I rms
Vm I m
2

P  rms P  I rms R .
2
V 2
Com isso t em os , de m aneira análoga t em os que
R
A pot ência m édia dada pela equação e a pot ência reat iva podem ser escrit as em term o de valores
efet ivos:

P cos( v   i )  m m cos( v   i )  V rms I rms cos( )


Vm I m V I
2 2 2

Q  m m sen( v   i )  m m sen( v   i )  Vrms I rms sen( )


V I V I
2 2 2

7.13 POTEN CI A COM PLEXA:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

51
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

7
É a som a da pot ência média com a pot encia reat iva m ult iplicada por j, definida m atem aticam ente
por:

S  P  jQ
S  P2  Q2

tg ( ) 
Q
P

7.14 FORM AS ALTERN ATI V AS PARA O CÁLCU LO D E POTÊN CI A:

Podem os a part ir das equações ant eriores, deduzir novas equações que poderão ser usadas para
calcular a pot ência média, reativa e a com plexa.

S cos( v   i )  j m m sen( v   i )
Vm I m V I
2 2
S  Vm I m ( v   i )
1

S  Vrms I rms ( v   i )


2

S  Vrms I * rms

7.15 FORM AS ALTERN ATI V AS D E POTEN CI AS CO M PLEXAS:

Vrms  ZI rms

P  I rms R 
2 1 2
Im R
2
Q  I rms X  Im X
2 1 2

P
2
Vrms
R

Q
2
Vrms
X

Com o já sabem os X é a reat ância indut iva ou capacitiva equivalent e do circuit o. A reat ância é
posit iva em circuit os indut ivos, e negat iva em circuit os capacit ivos.

COM PROVAÇÃO PRÁTICA

Realize as conexões indicadas na Figura 4 e meça a potência consum ida pelas lâm padas (carga), a t ensão
eficaz e a corrent e eficaz das lâm padas.

Figura 4 – Circuit o em análise

Desenhe um gráfico das form as de onda da t ensão sobre as lâm padas e da corrent e t ot al solicit ada.

LÂM PAD A I N CA N D ESCEN TE

M edidas feit as em laborat ório

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

52
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

7
I rms  (0,91  0,01) A
P  (200  5)W
Vrms  (220,0  2,5)V

Como o fat or de pot ência é unit ário a pot ência medida pelo w at t ímet ro é igual à
leit ura do volt ímet ro vezes a leit ura do amperímet ro. Logo, t emos:

PCalculado  0,91 220  200,2W

Supondo a corrente e a t ensão em regime senoidal, t em os:

v(t )  220 2 sen( 2 60t )


i (t )  0,91 2 sen( 2 60t )

Onde os gráficos são respect ivam ent e:

LÂM PAD A FLU ORESCEN TE

M edidas feit as em laborat ório

I rms  (0,07  0,01) A


P  (10  5)W
Vrms  (220,0  2,5)V

Agora como o fat or de pot ência não é unit ário, o produt o da corrent e eficaz com a

S  Vrms I rms  15,4 VA


t ensão eficaz, não nos fornece o valor de P, mas sim de S (Pot ência aparent e). Ent ão:

P  10W

cos( )     49,5º
10
15,4

Supondo a corrent e e a t ensão em regime senoidal, t emos:

v(t )  220 2 sen( 2 60t )


i (t )  0,07 sen( 2 60t  49,5º )

Onde os gráficos são respect ivament e:

Para o circuit o da Figura 7 det erminar o valor do capacit or para que o fator de pot ência de carga
seja igual a 0,92.

Analisando o circuit o sem o capacit or e considerando a carga o conjunt o indut or


(L) e resist or (R), t emos:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

53
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

Associando as im pedâncias, t emos:

Onde:

Z i  (500º )
Z eq  (57  j113)  126,6563,25º

Vrms  0 º V
5
2

Calculando a t ensão em cim a da carga:

Veq   ( 2,8816,67 º )V
Z eqVrms
Z eq  Z ri

Logo a potência na carga é dada por:

S eq   (2,95  j 5,8).10 2 VA
2
Vc
*
Z eq

Sabem os que ao int roduzir um capacit or ao circuit o não alt eram os a pot encia m édia da carga,
ent ão para obt erm os um fat or de potência de 0,92 t em os que:

S t  S eq  S c
Pt  jQt  Peq  jQeq  jQc

Onde

S t  Potência corrigida
S eq  Potência sem o capacitor
S c  Potência no capacitor

Ent ão chegam os as seguint es igualdades:

Pt  Peq  2,95  10 2 W
Qt  Qeq  Qc

  cos 1 (0,92) 23,07º


Sabendo-se que:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

54
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA

7 Temos

tg ( ) 
Qt
Peq

Qt  0,0126VAR

Para calcularm os a capacit ância, tem os:

Qc  Qt  Qeq  0,0454VAR

Tem os que a pot ência no capacit or é dada por:

Sc   Vc C ( j )
2
Vc 2
*
Zc

Sabem os que a pot ência no capacit or é puram ent e reat iva ent ão:

S c  jQc  Vc C (  j )  (  j )Qc  C   4,84 F


Qc
Vc 
2
2

Conclu são

Conseguim os observar com a experiência com as lâm padas incandescent es e fluorescent es, a
diferença na pot ência at iva, a qual efetivam ente realiza trabalho. Em t erm os de econom ia com cust os de
energia elét rica, as lâm padas fluorescentes são m uit o m ais vant ajosas, porém o seu circuit o elet rônico
necessit a do chaveam ento da corrent e para ligar a lâm pada com corrent e cont ínua. Est e circuit o acaba
gerando harm ônicos que prejudicam a rede elétrica. Fat o que pode ser observado, ligando-se um resist or
em série com a lâm pada e colet ando os sinais nos term inais do resist or com um osciloscópio. A form a de
onda da corrente que circulava no circuit o era visivelm ente alt erada.
Com relação à correção do fat or de pot ência, não foram realizados experim ent os. Porém o
exercício feit o m ost ra um a forma de aum ent ar o fat or de pot ência de um a carga, que consist e em colocar
um banco de capacit ores em paralelo com a carga. Assim a energia reativa que a com panhia energét ica
fornece a carga pode ser utilizada pela indúst ria e arm azenada nos capacit ores, já que não pode ser
devolvida a com panhia. Quant o m ais próxim o de um , m elhor o fat or de potência. Para residência, est e valor
é t ão próxim o disso, que as concessionárias nem cobram pela pot ência reativa. M as para grandes fábricas, a
correção t raz grandes result ados, sendo as econom ias nem significativas.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

55
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

8
M EDIDAS EM CIRCUITOS
TRIFÁSICOS

INTRODUÇÃO

circuit os analisarem os as configurações Y-Y e Y-  . Circuit os t rifásicos são de grande im port ância para a
Verem os nesse relat ório circuit os um a breve análise de circuit os t rifásicos equilibrados. Ent re esses

engenharia elét rica, pois a energia é gerada, dist ribuída e consum ida industrialment e através desse t ipo de
circuit o.

Desenvolvimento

8 . 1 TERM OS U SU AI S EM CI RCU I TOS TRI FÁSI COS:

Tensão de linha: é usado para designar a t ensão ent re duas linhas


Tensão de fase: significa a t ensão entre os t erminais de um ram o do circuit o
Corrent e de linha: é usado para designar a corrente ent re duas linhas
Corrent e de fase: significa a corrente ent re os term inais de um ram o do circuit o

8 . 2 TEN SÕES TRI FÁSI CAS EQ U I LI BRAD AS

Um sist em a de t ensões trifásicas equilibradas é um conjunto de 3 t ensões senoidais com m esm a a


m esm a am plit ude, a m esm a freqüência m as defasadas ent re si de 120º .
As t ensões são cham adas t ensões de fase a , b , c.

• Seqüência de fases (defasagem ent re as t ensões de fase):

Seqüência abc, posit iva ou diret a:

Van  V p 0
Van  V p   120
Van  V p   120

8 . 3 A LI GAÇÃO Y

Considerarem os a seguinte configuração:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

56
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Com base na figura t em os:

I aA 
Van
Zp
Vbn V an   120
I bB    I aA   120
Zp Zp
Vcn V an   240
I cC    I aA   240
Zp Zp

E assim

I Nn  I aA  I bB  I cC

Port ant o o neut ro não carrega corrente nenhum a caso a font e e a carga est ejam balanceadas e os
t rês fios t enham im pedância nula.

8 . 4 A LI GAÇÃO D ELTA ( )

Considerem os um a carga balanceada ligada em  e que consist e em um a im pedância Z inserida


com o na figura abaixo.

Com base nest a figura, t em os:

VL  V12  V13  V23

E as t ensões de fase:

Vp  V1n  V2 n  V3 n

Onde

VL  3  Vp e V12  3  V1n 30º

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

57
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

8
E as outras t ensões podem ser obtidas com o nas ligações do t ipo Y. Assim as correntes de fase
podem ser obt idas:

I12  12
V
Z

I13  13
V
Z

I23  23
V
Z

E sua diferença nos fornece as corrent es de linha

I11  I12  I13

Da m esm a m aneira que a t ensão nas corrent es nas ligações do t ipo Y, a m agnit ude das corrent es de
linha são iguais, com defasagem de 120º ent re si.

I p  I12  I13  I23

Se fizerm os o diagram a de fasores, podem os ver que:

I L  I 11  I 22  I 33
IL  3  I p

8 . 5 EN SAI O – PRI M EI RA PARTE

Procedim ent o
1. Conect e o cabo de energia de 4 fios na ent rada do varivolt , deixando-o, inicialm ent e, desligado da
bancada.
2. Na saída do varivolt conect e dois fios, um num a das fases (R) e o outro no neutro (N). Conect e esses fios
no voltím et ro ENGRO (saída VCA, escala de 12 volt s).
3. Ligue o varivolt na rede e, através do cursor, ajust e a t ensão de saída em 5V.
4. Após o ajust e, faça um a am ost ragem da tensão de saída do varivolt VRN (t ) no osciloscópio e m eça seu
valor RM S, pico-a-pico e sua freqüência.

Valores m edidos:

 Vrms  5,09  0,01V


 V pp  14,2  0,1V
 f  60 Hz

5. Conecte um segundo fio na fase S e faça a am ost ragem de VSN (t ) no segundo canal do osciloscópio.
M eça o valor RM S e pico-a-pico dest a segunda tensão. Use o N com o t erra.

Valores m edidos:

 Vrms  4,20  0,01V


 V pp  11,6  0,1V
 f  60 Hz

6. M eça a defasagem entre os sinais am ost rados no canal 1 e canal 2.

Tem os que a defasagem entre uma onda e out ra é de 5,5 ms, que pôde ser observada no osciloscópio. Ent ão
aplicando um a regra de t rês sim ples:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

58
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

8
360º  T

  t

360  t
  119º adiantado
T

8 . 6 EN SAI O – SEGU N D A PARTE

Procedim ent o:

1. Com o varivolt desligado da bancada e com o cursor no zero, conecte t rês lâm padas de 40W em
Delt a, t al com o m ost rado na Fig. 3, e esse conjunt o aos t erm inais da saída do varivolt . Conect e o
am perím etro digit al num a das fases da conexão e o volt ím etro ent re as fazes R e S. Observe que não há fio
de neut ro nest a conexão.

I rms  0,29  0,01 A


2. Ligue o varivolt à bancada e ajust e a t ensão de saída em 220V. M eça a corrente de carga.

Valor m edido:

Desenvolvimento

Para a conexão em Y e em Delt a, ut ilizando os valores m edidos para a corrente e a t ensão na carga,
calcule a pot ência consum ida em cada fase da carga e t am bém a potência trifásica. Responda as
seguint es quest ões:

a) Quais são as correntes e t ensões de fase e de linha em cada conexão?

Para a carga em Y, t em os a seguint e sit uação:

Sabem os que V1  2200º Vrms e I  0,160º Arms . Com o as cargas utilizadas est avam
balanceadas, t em os que:

V  V  V e V1  V2  V3  0


1 2 3

Ent ão, para um a seqüência de fases posit iva, t em os:

 V2  220119º Vrms


 V3  220  121º Vrms

Assim com o a t ensão, o m ódulo da corrente é igual em todas as cargas, onde diferem apenas na
fase.

Pot ência nas cargas:

S 3  S 2  S1  Vrms  Irms  35,20º VA


*

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

59
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

8
Pot ência trifásica:

S1  S 2  S 3  105,6VA

Para carga em  t em os a seguint e configuração:

Sabem os que V ff  22030º Vrms e I  0,2930º Arms . Com o as cargas ut ilizadas est avam
balanceadas, t em os que:

I1   0,167 Arms
I
3

V ff  3  V fn  V fn   12730º Vrms
V ff
3

Sendo que as out ras tensões de fase têm o m esm o m ódulo, porém defasadas de aproxim adament e
120º .

Pot ência nas cargas:

S 3  S 2  S1  V ff  I1  36,70º VA
*

Pot ência trifásica:

S1  S 2  S 3  110,22VA

b) A pot ência t rifásica da carga em Y é igual àquela da carga em Delt a? Just ifique.

Podem os not ar que:

SY  S   4,62VA

Porém para cargas balanceadas est as m edidas deveriam ser iguais. O que pode ter ocorrido são
erros de leit uras, erros de inserção dos inst rum ent os utilizados, a m á condição dos equipam ent os utilizados,
ent re out ros.

c) Cit e um a vant agem e um a desvant agem da conexão Y e da conexão Delt a.

Pelo m enos na sit uação de cargas desbalanceadas a ligação em  perm it e um a m aior flexibilidade
de alteração de cargas, o que na ligação em Y com 3 fios é difícil quando não im possível.

Conclu são

A corrent e de linha em configuração delt a são m aiores em um a razão de 3 que as correntes de


fase da configuração Y. Podem os perceber t am bém que na configuração Y, pela corrent e no condut or
neut ro ser igual a zero, não exist e nenhum a rest rição quant o a im pedância desse condut or; ele não af et a o
equilíbrio do sist em a.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

60
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA

POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA

9 DE ENERGIA ELÉTRICA

INTRODUÇÃO
Est e relat ório trará mét odos para a aferição da pot ência em circuit os t rifásicos e t am bém a medição
de energia consum ida por um circuit o m onofásico com cargas puram ent e resist ivas.
Ilust rarem os na part e experiment al a ut ilização dos w at tímet ros, já det alhado no relat ório passado,
para a m edição da pot ência e noções básicas sobre o funcionam ent o dos m edidores de energia elétrica do
t ipo int egrador, que são m uit o robust os e ut ilizados até os dias de hoje.

Desenvolvimento

9 . 1 POTÊN CI A TRI FÁSI CA

Para m edirm os a pot ência t rifásica, aparentement e parece ser simples de se fazer. At ravés de um a
analogia com os sist em as m onofásicos, podem os colocar um a bobina de t ensão ent re o neut ro e a fase, e

.
um a bobina de corrente em série com cada fase, e em seguida som ar as potências. Do m esmo m odo

usualm ent e não tem os acesso ao neutro da ligação Y e as fases da ligação  .


poderíam os fazer as mesm as ligações em Est es m étodos est ão t eoricam ente corret os. Porém

Consequent em ent e se faz necessário um m ét odo que ut ilize apenas três t erm inais. Est e mét odo
exist e, e nos perm ite efet uar a m edida de pot ência em cargas desbalanceadas ligadas a font es t am bém
desbalanceadas. Podem os ligas três w at t ím etros de t al m odo que cada um t enha suas bobinas de t ensão em
algum pont o em comum. Sendo que est e pont o ser arbitrariam ent e escolhido, e de acordo com o teorem a
de Blondel, “ se as bobinas de pot encial dos três w at tímetros forem ligadas a um pont o com um , que não
necessit a ser o neutro, a pot ência ativa t ot al é a som a das leit uras dos três w at tímet ros” . Ent ão escolhendo
o nosso pont o em comum na linha S, tem os a seguinte situação, m ais conhecido com o conexão ARON.

9 . 2 D EM ON STRAÇÃO D A CO N EXÃO ARON

Ut ilizando as leis de Kirchhoff, t em os:

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

61
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA

9
i R  i S  iT  0
v RS  v ST  vTR  0

I R  I S  IT  0
V RS  VST  VTR  0

Calculando a pot ência inst ant ânea, t em os:

p(t )  v R  iR  v S  iS  vT  iT (1)

Independent e do pont o com um às bobinas de pot encial dos t rês w at t ím etros. M as:

iS  (iR  iT )

Subst it uindo em (1), t em os:

p(t )  v R  iR  vS  (iR  iT )  vT  iT  (vR  vS )  iR  (vT  v S )  iT


 
vRS vTS

Logo

p(t )  (v RS )  iR  (vTS )  iT

Pela definição de pot ência m édia, ou ativa, t em os:

 p(t )dt   v RS  iR dt    vTS  iT dt


t0 T t 0 T t0 T

P 
1 1 1
T T T
 V RS  I S  cos(V RS , I R )  VTS  I T  cos(VTS , I T )
t0 t0 t0

Com o o cosseno pode assum ir valores negativos ou positivos, a pot ência t ot al é dada por:

P  W1  W 2

9 . 3 M ED I D A D E EN ERGI A ELÉTRI CA

A energia por definição e dada por:

E   p (t )dt
t

t0

Ent ão para m edirm os a energia consum ida, se faz necessário um disposit ivo que faça est a
int egração da pot ência (produt o da corrent e inst ant ânea pela t ensão inst ant ânea). Na figura abaixo
apresent am os o esquem a básico de um m edidor indut ivo do t ipo integrador.

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62
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA

A figura abaixo m ost ra o esquem a de um m edidor m onofásico do t ipo ciclomét rico

Onde:

 Bobinas BC1 e BC2: Bobinas de corrente, com poucas espiras de fio grosso (baixa resist ência), ficam
em série com a carga.

 Bobina BP: Bobina de pot encial, com m uit as espiras de fio fino (alt a resist ência), fica em paralelo
com a carga.

 Disco D: Disco de alumínio, especialm ent e const ruído, com a superfície alt am ente condut ora.

 Freio M agnét ico: Pode ser deslocado m ais para cim a ou m ais para fora do disco; freio m agnét ico ou
de Foucault .

As bobinas de corrente geram fluxos proporcionais à corrent e de carga. A bobina de pot encial gera
um fluxo proporcional à tensão do circuit o. Est es fluxos irão ocasionar campos magnéticos sobre o disco D,
induzindo corrent es parasit as (ou de Foucault) no m esm o. Est as correntes parasit as, em conjunt o com os
cam pos m agnéticos, serão responsáveis pelo surgim ent o de um t orque m ot or no disco. Sendo est e t orque
proporcional à pot ência at iva da carga. M at em at icam ent e represent ado por:

TM  K  V  I  cos(  )  K  P

O freio de Foucault (ím ã permanent e) gera um campo magnét ico responsável pela frenagem do
disco. O t orque da frenagem irá proporcionar o equilíbrio dinâmico na rot ação do disco, fazendo-o girar a
um a velocidade const ante. A pot ência ativa consum ida pela carga será proporcional à velocidade do disco. A
quant idade de energia em W.h por volt a do disco é chamada de const ante do disco (Kd). Para m edidores
t rifásicos, eles podem ser constit uídos de t rês conjunt os de bobinas de t ensão e corrent e, defasados no
espaço ou de t rês discos fixos a um único eixo.

ABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I – 2008.1

63
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA

9
PARTE EXPERIM ENTAL

9.4 POTÊNCIA TRIFÁSICA

Monte o circuito da Figura 5 com um quadro de lâmpadas e meça a potência total com apenas dois
wattímetros; realize a conexão ARON. Utilize um varivolt trifásico, um voltímetro, dois amperímetros e dois
wattímetros. Vá aumentando a tensão, através dos varivolt, até se obter 240V entre fases.

 W1  (30  1)W
 W2  (28  1)W
 V  240V
 A1  0,13 A
 A2  0,12 A

Tem os que utilizando o voltímet ro e o am perím etro no m étodo a m ont ante:


A pot ência m edida pelo volt ím etro e o am perím etro junt os ao w at t ím etro 1 e 2.

P1  V  A1  240  0,13  31, 2W


P2  V  A2  240  0,12  28,8W

Irem os calcular a diferença de potência m edida pelos am perím etros e voltímet ros em relação aos
w at t ím et ros.

31,2  30
 p1  100%  4%
30
28,8  28
 p2   100%  2,85%
28

9 . 5 M ED I D A D E EN ERGI A ELÉTRI CA

M ont e o circuit o represent ado na figura a seguir para que possam os efetuar medidas relat ivas ao
est udo da quant ização do consum o de energia do pont o de vist a das cargas.

a) Fazer a medida da energia consumida pela carga ao longo de um tempo (10 voltas do disco do
medidor de kWh);

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64
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA

9
As leit uras das medições efet uadas pelo inst rument o, aqui utilizado, são da ordem de kW. De
m aneira que nest e it em efet uam os apenas a ident ificação da const ant e de disco bem com o do t em po
decorrido ao longo das dez volt as efet uadas pelo referido:

W h
Kd  4

T  3 ' 54 ' '


rotação

b) Calcular, através da constante do disco, a energia consumida neste intervalo de tempo;

A energia consumida é dada pelo produt o entre a const ant e de disco e o número de volt as
efet uadas pelo m esm o.

E  K d  Voltas  4  10  40W  h

c) Através da medida do Wattímetro e do tempo medido, realizar o cálculo da energia


consumida. Comparar os resultados deste item com os resultados dos itens a e b;

A m edida de pot ência efet uada foi:

P  610  10 W

Agora obt em os, dest a segunda m aneira, a energia elétrica consumida pelo produt o ent re a
pot ência e o t em po m edidos, observando as devidas conversões de unidades t erem os:

 3 54 
E  610    2   39,65W  h
 60 60 

Para o cálculo do erro relativo admit irem os com o verdadeira a m edida de energia elétrica
decorrent e da leit ura do instrum ent o de medição de energia elét rica.

40  39,65
Er   100  0,87 %
40

d) Através das medidas do Voltímetro, Amperímetro e Wattímetro, calcular o fator de potência


da carga.

Prim eiram ente vam os calcular o m ódulo da pot ência aparent e na carga, dada pela conhecida
expressão:

S  Vef  I ef  220  2,77  609,4 VA

Os valores de t ensão e corrent e eficazes foram obt idos das leit uras dos inst rum ent os present es no
experiment o conforme indica a figura de abert ura da present e seção. Agora nos valendo da potência ativa
m edida através do Wat tím et ro, obt em os o fat or de potência da carga.

cos    1
P 610
S 609,4

No devido m om ent o t ecerem os com ent ários acerca do result ado obtido ant eriorm ent e.

Conclu são

Com o já com ent ado em relat órios ant eriores os circuit os trifásicos são am plament e utilizados t ant o
para a transmissão quant o para a ut ilização da energia elétrica, isso se deve pelo fat o das m áquinas elétricas
t rifásicas t enderem a ser m ais eficientes pela ut ilização plena dos circuit os m agnét icos, e t ambém pelo
sist em a t rifásico perm it ir a flexibilidade ent re dois níveis de t ensão, com o observam os na experiência.
Porém exist em algum as desvant agens. Em um sist em a t rifásico genérico pressupunha-se para a
aferição da potência elét rica, no mínim o o triplo de inst rument os de aferição diret a ou indiret a da pot ência
sobre a carga. Cont udo com as devidas m anipulações m at em áticas conseguim os reduzir os núm eros de
aparelhos para aferição dessas pot ências. Viabilizando a m edição da m esm a.
Com base nos conheciment o adquiridos na part e teórica partim os para a experiment ação do
circuit o propost o, em laborat ório. Obt ivem os ent ão m edições de pot ência, t ensão, corrent e, t em po, e

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65
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA

9
m edida de energia elét rica propriam ente dit a. Com base nos dados pudem os efet uar analises t eóricas a
cerca dos fenôm enos observados.
Observam os nos itens (a), (b) e (c) que as m edições, indiret as ou diret as, de energia elétrica
convergem para o m esm o valor, salvo alguns erros intrínsecos as experim ent ações.
No it em (d), com o esperado, o fat or de potência foi prat icam ent e unit ário o que est a associado à
um a carga puram ent e resistiva. No cálculo do fat or de potência aparent em ent e exist e um erro conceit ual
vist o que a potência at iva encont ra-se, ainda que sutilm ente, m aior do que a pot ência aparente. Ist o se dá
devido a erros nos instrum ent os e nas leit uras efet uadas, pois não era possível, no medidor de energia
elétrica, obter diret am ent e o valor da energia, a m esm a t eve que ser calculada com base na const ante do
disco do aparelho.

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66
BIBLIOGRÁFIA

BIBLIOGRÁFIA:
FONSECA, Alex. Grandezas elétricas. Disponível em:
<http://www.md.utfpr.edu.br/Intranet/professores/adm/download/apostilas/180544.pdf>.
Acesso em: 24 maio 08.

HAYT JR., William Hart. KEMMERLY, Jack E. Análise de circuitos em engenharia.


São Paulo: McGraw-Hill, 1975. 614 p.

MEDEIROS FILHO, Solon de. Fundamentos de medidas elétricas. Recife: Universitária,


1979. 307 p.

MEDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA. Florianópolis. Disponível em:


<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula10m.PDF>. Acesso em: 13 jun 08.

MEDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS. Florianópolis. Disponível em:


<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula08m.PDF>. Acesso em: 31 jun 08.

NILSON, James W. RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos. Rio de Janeiro: LTC, ed. 5,
2003.

OSCILOSCÓPIO. Florianópolis. Disponível em:


<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula05m.PDF>. Acesso em: 02 maio 08.

PENG, Patrick K. Apostila de circuitos I. Disponível em: <www.eel.ufsc.br/patrick>.


Acesso em: 02 maio 08.

POTÊNCIA MONOFÁSICA E FATOR DE POTÊNCIA. Florianópolis. Disponível em:


<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula07m.PDF>. Acesso em: 24 maio 08.

POTÊNCIA TRIFÁSICA. Florianópolis. Disponível em:


<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula09m.PDF>. Acesso em: 13 jun 08.

TEOREMA DA MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREMA DA


SUPERPOSIÇÃO. Florianópolis. Disponível em:
<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula02m.PDF>. Acesso em: 31 mar 08.

TEOREMAS DE THÉVENIN E NORTON. Florianópolis. Disponível em:


<http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula06m.PDF>. Acesso em: 16 maio 08.

VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO DE CORRENTE CONTÍNUA. Florianópolis.


Disponível em: <http://www.labspot.ufsc.br/circuitos1/aula02m.PDF>. Acesso em: 20 mar
08.

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67
INDICE

ÍNDICE REM ISSIVO:

Ligação Delt a, 57
A
Ligação Y, 56
algarismos significat ivos, 6
M
B
M édia arit mética, 7
Bobina BP, 63 M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA, 62
Bobinas BC1 e BC2, 63 medidor monofásico, 63

C P
Capacitores em paralelo, 31 Pont e de Wheatstone, 17
Capacitores em serie, 32 Potência, 9
circuit o de Nort on, 39 Potencia complexa:, 51
Circuit o de Thévenin, 39 Potência em circuit os exclusivament e Capacit ivos:, 50
circuit os senoidais, 32 Potência em circuit os exclusivament e Indutivos, 50
Conceit o de malha:, 9 Potência em circuit os exclusivament e resistivos, 50
Conceit o de nó:, 9 Potência média e pot ência reat iva, 50
conexão ARON, 61 Potência RM S, 51
Corrent e de fase: , 56 POTÊNCIA TRIFÁSICA, 61, 64
Corrent e de linha: , 56 Precisão, 6
Corrente elét rica:, 9 Primeira Lei de Kirchhoff, 9

D R
Desvio padrão, 7 Resistência:, 9
Disco D, 63 Resistores em paralelo, 10
Resistores em série, 9
resolução, 6
E
Element os passivos no domínio da freqüência, 33
S
Erro aleat ório, 6
Erro de inserção, 15 Segunda Lei de Kirchhoff, 9
Erro grosseiro:, 6
Erro sist emát ico:, 6 T
Exat idão, 6
Tensão de fase, 56
Tensão de linha , 56
F
Tensão RM S, 51
Fasores, 32 Tensão:, 9
Fat or de Potencia, 51 t ensões t rifásicas equilibradas, 56
Formas alt ernat ivas de potencias complexas, 52 TEOREM A DA M ÁXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA,
freio de Foucault , 63 23
TEOREM A DA Superpsição, 26
Transformadores de corrente (T. C), 49
I
Transformadores de pot encial (T. P), 49
Impedância ( Z) e admit ância (Y) , 34
Indut or, 30 V
Indut ores em paralelo, 31
Indut ores em serie, 31 Valores RM S, 51
inst rument o elet rodinâmico, 48 Volt-Ampere a jusant e: , 17
Volt-Ampere a mont ante, 17

L
W
Lâmpada fluorescent e, 53
Lei de Ohm, 9 Watt ímet ro, 48

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