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JULIO C. BRANDELERO
THIAGO H. AKINAGA
Graduandos do curso de engenharia elét rica da
Universidade Federal de Sant a Cat arina
Colaborador:
DOUGLAS M . ARAUJO
Graduando do curso de engenharia elétrica da
Universidade Federal de Sant a Cat arina
1
Sumário
LISTA DE EXERCÍCIOS........................................................................................................................... 6
Int rodução........................................................................................................................................................ 9
Desenvolvimento .............................................................................................................................................. 9
2.3 PRIM EIRA LEI DE KIRCHHOFF (LEI DAS CORRENTES OU DOS NÓS) ............................................ 13
Conclusão ....................................................................................................................................................... 16
Int rodução...................................................................................................................................................... 17
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 17
Conclusão ....................................................................................................................................................... 22
Int rodução...................................................................................................................................................... 23
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 23
Conclusão ....................................................................................................................................................... 29
OSCI LOSCÓPI O 30
Indrodução ..................................................................................................................................................... 30
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 30
3
5.3 INDUTORES EM PARALELO ......................................................................................................... 31
5.7 FASORES................................................................................................................................... 32
Conclusão ....................................................................................................................................................... 38
TEOREM AS D E TH ÉV EN I N E N ORTON 39
Int rodução...................................................................................................................................................... 39
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 39
QUESTÕES...................................................................................................................................... 46
Conclusão ....................................................................................................................................................... 46
Int rodução...................................................................................................................................................... 48
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 48
4
7.10 VALORES RM S ...................................................................................................................... 51
Conclusão ....................................................................................................................................................... 55
Int rodução...................................................................................................................................................... 56
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 56
Conclusão ....................................................................................................................................................... 60
Int rodução...................................................................................................................................................... 61
Desenvolvimento ............................................................................................................................................ 61
Conclusão ....................................................................................................................................................... 65
BI BLI OGRÁFI A 67
I N D I CE REM I SSI V O
618
5
ERROS EM M EDIDAS PADRÕES E INSTRUM ENTOS ELÉTTRICOS DE M EDIÇÃO
LISTA DE EXERCÍCIOS
i. Erro grosseiro: É proveniente de um a falha do operador, podendo ser evit ado pela repetição dos
ensaios. Ex.: posicionam ent o de virgulas.
ii. Erro sist em át ico: Dist orção de t odas as m edidas para algum sent ido, para m ais ou para m enos. São
difíceis de serem det ect adas e sua ocorrência pode passar facilm ente despercebidas. Ex.: Ajust e de
inst rum ent o.
iii. Erro aleat ório: Divergência entre result ados obtidos a part ir de ensaios feit os com mesm os
elem ent os e pela mesm a pessoa, onde o fat or responsável é incont rolável.
MDE 10.10 6 10 A
1.10 3
100
6
ERROS EM M EDIDAS PADRÕES E INSTRUM ENTOS ELÉTTRICOS DE M EDIÇÃO
1
5) As medidas das resist ências de um resist or em ohms foram:
x
147,2
147,5
147,4
147,6
147,9
147,4
148,1
147,6
147,1
147,5
x
10
x n 1
147,53
n
10
b) O Desvio padrão
x
( x x) 2
147,2 0,1089
147,5 0,0009
147,4 0,0169
147,6 0,0049
147,9 0,1369
147,4 0,0169
148,1 0,3249
147,6 0,0049
147,1 0,1849
147,5 0,0009
x x
10 2
n 1
0,298328677
n
10 1
6) Um grupo de pesquisadores realizou vários ensaios para a det erminação da t ensão de saída (10,00
V) de um novo t ransformador const ruído. As medidas encont radas por cada um est ão apresent adas
na Tabela.
7
ERROS EM M EDIDAS PADRÕES E INSTRUM ENTOS ELÉTTRICOS DE M EDIÇÃO
Vn V V
5 5 2
Va n 1
10,10 a n 1
0,015811
n
5 1
V
Pesquisador A:
5
V V
5 5 2
Vb n 1
10,01 b n 1
0,17176
n n
5 1
V
Pesquisador B:
V
5
V
5 5 2
Vc n 1
9,90 c n 1
0,21048
n n
5 1
V
Pesquisador C:
5
V V
5 5 2
Vd n 1
10,01 d n 1
0,033166
n n
5 1
Pesquisador D:
5
Com base na m édia aritm ética e no desvio padrões de cada um pode-se concluir que os
pesquisadores B e D obt iveram um a m elhor exatidão, porém o pesquisador com melhor precisão
foi o pesquisador A, com exat idão igual a do pesquisador C.
8
i
2
VOLTÍM ETRO E
AM PERÍM ETRO DE
CORRENTE CONTÍNUA
INTRODUÇÃO
Adm itindo-se que já se t em o conhecim ent o básico do funcionament o dos m ult ím et ros analógicos
e digit ais, irem os realizar m edições de t ensão e corrent e cont ínua, focando dois objetivos principais, que
são: Com provar as leis de Kirchhoff experim ent alm ent e; esclarecer o funcionam ent o e operação dos
inst rum ent os.
Desenvolvimento
Prim eiram ente irem os enunciar sucint am ente conceit os im port ant es para a análise de circuit os,
que serão utilizados em t odo o relat ório:
Corrent e elétrica: Quantidade de carga que passar num cert o int ervalo de tem po, podendo ser
escrit a por:
I
dq
dt
Tensão: Energia usada para m over um a unidade de carga através do element o, podendo ser escrit a
por:
V
dW
dq
Pot ência: Trabalho realizado num cert o int ervalo de t em po, podendo ser escrit a por:
P V I
dW dW dq
dt dq dt
Conceit o de m alha: “ Caminho fechado passando apenas uma vez em cada nó e t erminando no nó
de partida”
Prim eira Lei de Kirchhoff (lei Kirchhoff para as correntes): “ A soma algébrica das corrent es em
qualquer nó de um circuit o é sempre nula.”
Segunda Lei de Kirchhoff (lei Kirchhoff para as tensões): “ A soma algébrica das t ensões em qualquer
malha de um circuit o é sempre nula”
Resist ência: Capacidade de um elem ent o se opor a passagem de corrent e elétrica. No caso de um
resist or ôhm ico, t em os a lei enunciada abaixo.
Lei de Ohm :
V R.I
Resist ores em série: Associação em série ↔ todos os elementos sujeit os a mesma corrent e
9
i
2
Vs I s R1 I s R2 I s R3 .... I s R7
Vs I s ( R1 R2 R3 .... R7 )
R Eq R1 R2 R3 .... R7 , Para um caso mais geral temos :
R Eq Ri
k
i 1
Resist ores em paralelo: Associação em paralelo ↔ todos os elementos sujeitos a mesma tensão
(i ) V1 R1 .I
(ii ) V2 R2 .I
(iii ) V ( R1 R2 ).I isolando I em (iii ) e substituindo em (i ) e (ii ) temos :
V1 V2
V .R1 V .R2
R1 R2 R1 R2
e
V f 15V
R1 1,3 k 0,5% 1 8W
R2 510 0,5%1 8W
Com base no circuit o da figura 3 determ inar o que é solicit ado abaixo:
a) Calcular a t ensão sobre cada elem ent o do circuit o e preencher os cam pos correspondentes à t abela
R1 V f
VR1 10,77V
R1 R2
10
i
2
A t ensão sobre R2 é dada por:
R2 V f
VR 2 4,23V
R2 R1
V AB V R1 V R 2 15,00 V
I 8,29 mA
Vf
R1 R2
Logo a potência dissipada não ult rapassa o lim ite m áxim o suport ado pelo resist or.
TABELA 1.
Valor t eórico sem Valor m edido Valor m edido
M edidas
inserção [V] m ultímet ro analógico [V] m ultímet ro digit al [V]
V R1 10,77 11,00 ± 0,05 (12) 10,95 ± 0,01 (20)
a) Calcule a faixa de t ensões em cada um dos component es do circuit o, considerando a t olerância dos
resist ores R1 e R2 (±5%);
R1máx 1365
R2máx 535,5
R1min 1235
R2min 484,5
VR
Vf R
R Req
A t ensão m áxim a em R1 será quando o seu valor for m áxim o, e R2 t erá seu valor m ínim o. Ou seja,
nest a sit uação t erem os VR1 m áxim o e VR 2 m ínim o. Calculando os seus valores t em os:
11,07 V
V f R1máx
R1máz R2min
máx
V R1
2 3,93 V
V f R 2min
R1máz R2min
V Rmin
10,46V
V f R1min
R1min R2máx
min
V R1
11
i
2
4,54V
V f R2máx
R1min R2máx
V Rmáx
2
O erro associado pode referir-se à m udança da resist ência interna do voltímet ro ocasionado pela
t roca de escala no aparelho. Apesar disso, pode-se aproxim ar o result ado, com provando a 2ª Lei de
Kirchhoff.
Nest e caso não foi necessário a m udança de escala para efet uarm os as medidas. Logo o valor
encont rado encontrasse dentro dos lim it es esperados, comprovando a 2ª Lei de Kirchhoff.
a) Calcule a t ensão sobre R2 e preencha seu valor na Tabela 2. Nest e cálculo não é considerado o
erro de inserção.
VR 2 14,45V
V f R2
R2 R1
TABELA 2
Valor t eórico com Valor m edido
Valor t eórico sem Valor m edido
M edidas inserção m ultímet ro
inserção m ultímet ro digit al
ENGRO ELETR. analógico
(13,00 ± 0,05) V (14,60 ± 0,01) V
VR 2 14,45 V 13,03 V 14,36 V
(30) (20)
a) Realize o cálculo da t ensão em R2 considerando a inserção dos inst rument os e preencha as colunas
adequadas da Tabela 2;
ENGRO 484
RV 600 k
R2 RV
VR 2 Req 450 k
V f R2
Req R1 R2 RV
, sendo
Ent ão
VR 2 13,03V
V f R2
Req R1
DAWER DM 2020
12
i
2
RV 10M
R2 RV
VR 2 Req 1,53 M
V f R2
Req R1 R2 RV
, sendo
Ent ão
VR 2 14,36 V
V f R2
Req R1
b) Com pare e com ente o erro de inserção do m ult ím etro analógico e do digit al.
ENGRO 484
Xs Xc
ins 100 9,3 %
Xs
DAWER DM 2020
Xs Xc
ins 100 0,62 %
Xs
O volt ím etro ideal deve possuir um a resist ência int erna infinit a. Nest e caso o instrument o que tinha
a m aior resist ência int ernar era o digit al, por isso o m esm o apresent ou um m enor erro de inserção.
V f 15V
R1 12 k 5%, 1 / 8W
R2 130 5%, 1 / 8W
R x 1,3k 5%, 1 / 8W
M alha da direit a:
1,3.103 I Rx 130I R 2
M alha da esquerda:
12.103 I R1 130I R 2 15
E pelo mét odo dos nós:
I R1 I R 2 I Rx
13
i
2
I R1 I R 2 I Rx 0
12.10 I R1 130 I R 2 15
3
130 I R 2 1,3.10 I Rx 0
3
I R1 1,24mA
I R 2 1,125mA
I Rx 112,53A
b) Determinar a corrente máxima e mínima que será exigida da fonte (If =IR1), independente do
Ent ão:
I R1 1,250mA
Vf
R1
Ent ão:
I R1 1,236mA
Vf
R1 R2
c) Justificar a razão pela qual se pode chamar o circuito apresentado na figura 9 de limitador de
corrente;
O circuit o pode ser cham ado de lim it ador de corrent e, pois não im port ando o valor de RX a
corrent e exigida da font e não varia significat ivam ente. Ist o ocorre devido a grande diferença da ordem de
grandeza ent re as resistências R1 e R2 . Podem os reparar t ambém que se colocarm os um potenciôm et ro
no lugar de RX , podem os cont rolar a corrente que passa na font e cujo valor est á com preendido entre
1,236m A < If < 1,250m A.
14
i
2
corrente ( I f I f max I f min ).
numericamente a corrente máxima e mínima solicitada da fonte (If ). Determine a variação desta
1 1,18mA
Vf
R2máx
I Rmin máz
R1
1 1,30mA
Vf
R2min
I Rmax min
R 1
TABELA 3
Valor multímetro analógico Valor multímetro digital
Medidas Valor Teórico sem inserção
1, 23 0,05 1, 27 0,01
(mA) (mA)
I R1 (3) (20mA)
0,90 0,05 1, 24 0,05
1,24mA
I R2 (3) ( 20mA)
112,53A ( 200 A)
1,125mA
Ix 0,10 0,05 (3) 67,9 0,1
ENGRO 484
I R1 I R 2 I Rx 0
1,23.10 3 0,05 0,9.10 3 0,05 0,10.10 3 0,05 0,23.10 3 0,05 A
DAWER DM 2020
I R1 I R 2 I Rx 0
1,27.10 3 0,01 1,24.10 3 0,01 67,9.10 6 0,05 1,27.10 3 0,01A
V f 5V
R1 1, 2 k
Ent ão t em os que:
I R1 4,17mA
Vf
R1
TABELA 4
Valor t eórico com Valor m edido
Valor t eórico sem Valor m edido
M edidas inserção m ultímet ro
inserção m ultímet ro digit al
ENGRO ELETR. analógico
(4,08 ± 0,05)mA (4,13 ± 0,01)mA
VR 2 4,17m A 4,10m A 4,12m A
(30) (20 mA)
15
i
2
a) Realize o cálculo da corrent e do circuit o da figura 11 considerando a inserção do am perím etro
e preencha a coluna correspondent e na Tabela 4;
ENGRO 484
Ra 20
I R1 4,10mA
Vf
Ra R1
DAWER DM 2020
Ra 15
0,3
20 10 3
I R1 4,12 mA
Vf
R1 Ra
ENGRO 484
Xs Xc
ins 100 1,7 %
Xs
DAWER DM 2020
Xs Xc
ins 100 1,2 %
Xs
c) Com ent e a respeit o dos result ados obt idos nos itens ant eriores.
Um am perím etro ideal deve possuir um a resist ência int erna igual a zero. Nest e caso o am perím et ro
que possui a m enor resistência int erna é o digit al, por isso apresent a o m enor erro de inserção.
Conclu são
Podem os com provar experim ent alm ent e depois de medições e os devidos cálculos no prim eiro
circuit o a lei de Kirchhoff para as tensões, porém com cert o erro, que pode ser m ensurado no segundo
circuit o cujo objetivo era m ost rar o erro de inserção do volt ím etro. No penúltim o circuit o com provam os a lei
de Kirchhoff para as correntes, novam ent e com cert o erro relacionado, que pode ser vist o de um a m elhor
m aneira no últ im o circuit o m ont ado durant e a aula, que tinha o objet ivo de m ostrar o erro de inserção do
am perím etro. Diant e de t odas est as colet as de dados que foram feit as, observam os a não idealidade dos
inst rum ent os. E com o foram ut ilizados dois tipos de aparelhos, um analógico e out ro digit al, t am bém
concluím os que o últim o apresent ou m enores erros de inserção em am bos os casos, sendo m ais preciso e
exat o.
16
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
3
INTRODUÇÃO
elét r ica
Esse relat ório t em por base a determ inação de resist ências elétricas, utilizarem os 3 mét odos para
isso: Pont e de Wheat st one, Volt-Am pere a jusant e e Volt-Am pere a m ont ant e.
Conhecendo-se R1 e R3 ajust a-se R2 até que o circuit o est eja equilibrado ou seja quando não passar
corrent e pelo galvam ]nom etro colocado ent re os nós C e B.
Volt-Ampere a jusant e:
Consist e em m edir a resist encia elét ica colocando-se um amperim etro em serie com o resist or e um
volt im etro em paralelo com resist or, assim sabendo-se a tensão e a corrent e pode-se determ inar pela lei de
Hom a resist encia desconhecida.
Volt-Ampere a montante:
Consist e em m edir a resist encia elét ica colocando-se um volt im ent o em paralelo com um am perim etro e o
resist or, sendo que o am perim et ro em serie com o resist or, assim sabendo-se a t ensão e a corrent e pode-se
det erm inar pela lei de Hom a resist encia desconhecida.
Desenvolvimento
Cálculos Preliminares
a) Com Rx=390 , det ermine o deslocamento (em mm) do pont eiro do galvanômet ro, sabendo que a
sensibilidade do mesmo é de 10 A/ mm.
G1 VA VC G g VA VB G p V A 0
Nó A:
Nó B:
17
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
3
G2 VB VC G g VB V A G x VB 0
VC V f 15V
G1 V A 15 G g V A VB G pV A 0
G2 VB 15 G g VB V A G xVB 0
V A 1,35846696236V
VB 1,35278062095V
Com est es pot enciais podem os calcular a corrent e Ig at ravés da lei de Ohm :
I g V A VB G g 56,8634141000A
X 5,69mm
Ig
10 10 6
b) Qual dos resist ores dissipará maior pot ência? (Para Rx=390 ).
Podem os calcular a pot ência fazendo o produt o da tensão (V), pela corrent e (I). No caso de um resist or,
podem os simplificar a equação ut ilizando a lei de Ohm , ficando da seguint e m aneira:
P V I R I I R I 2
Experimentação.
a) Escolher um conjunto de 4 resist ores, cada um dent ro de uma das seguintes faixas de valores:
De 10Ω a 100Ω
De 100Ω a 12Ω
De 56kΩ a 82kΩ
De 100kΩ a 1M Ω
b) M edir est es resist ores com a pont e de w heat st one e considerar os resultados como
valores padrões.
18
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
3
Obs.: As m edidas foram feit as ut ilizando o m ult ím etro digit al DAWER DM 2020.
a) Det ermine o valor Rxv em função das leit uras e das resistências int ernas dos
inst rumentos ( amperímet ro e volt ímet ro ).Rxv = f (V,I,Rv,Ra)
Tem os que a t ensão aplicada em Rx é igual a V (valor lido no voltímet ro) ent ão tem os que :
Ix I
V
então :
Rv
Rx
V
I
V
Rv
( Rv I V )V IVR v
R x ins
V V V V .RV V2
I R x .I V ( Rv .I V ).I ( Rv .I V ).I
I
I V
Rv
R% x ins
V2
( Rv .I V ).I .R xv
.100
c) O erro de inserção é por falt a ou por excesso para est e mét odo?
Com o o erro absolut o calculado foi negativo t em os que o erro com et ido é por falt a. Ou seja, o valor real é
m aior que o valor calculado.
Se os dois instrum ent os são de “ exatidão ½ %” e são lidos pert o do fim da escala (maior diferença entre os
valores da resist ência int erna dos aparelhos com os do circuit o, ocasionando um menor erro de inserção), o
erro instrument al no result ado pode ser qualquer coisa ent re 0 e 1%.
Comprovação Prática
a) Realizar a medição de 3 resistores, já escolhidos no Item 2., pelo método V-A a
jusant e e que est ejam dent ro das seguint es faixas:
· 100 W a 12 kW
· 56 kW a 82 kW
· 100 kW a 1 M W
OBS: Como sugest ão, ut ilize Vf=5 V.
19
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
3
55,8kΩ (4,99±0,01)V (0,09±0,05)m A
618kΩ (4,96±0,01)V (8,0±0,5)µA
O erro que irem os calcular é o erro percent ual dado pela seguint e relação:
R xv R xj
R x % *100
R xv
R xv R xj 3, 22 3,65
R xj 3,65k R x % * 100 * 100 13, 4%
V
I R xv 3, 22
R xv R xj 55,44 55,8
R xj 55, 44k R x % *100 * 100 0,6%
V
I R xv 55,44
R xv R xj 618 620
R xj 620k R x % *100 * 100 0,3%
V
I R xv 618
b) Qual o índice de classe para o “ ohmímet ro” const ruído pela composição dos dois
inst rumentos (Volt ímet ro e Amperímet ro)? Prove usando propagação.
R
V
I
Tem os que e pela propagação de erros t em os que:
V
Rv
R R
R .U .I
U I
com isso t em os:
R
1
.U .I
V
V
I I
2
Rv
V
RV
a) Det ermine o valor Rxv em função das leit uras e das resistências int ernas dos
inst rumentos (amperímet ro e voltímet ro). Rxv = f (V,I,Rv,Ra)
20
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
3
Rx onde VRX então R x
VRX VR X VR X
( Ra R x ) ( Ra Rx ).I
temos que :
I
Rx Ra
V
I
b) Det erminar o erro de inserção absolut o e relat ivo do mét odo.
R x ins R xm R xv
R x ins Ra R a
V V
I I
Com o o erro absolut o calculado foi posit ivo t em os que o erro com etido é por excesso. Ou seja o valor real é
m aior que o valor calculado.
Assim com o para o mét odo da jusante, se os dois inst rum ent os são de “ exat idão ½ %” e são lidos pert o do
fim da escala (m aior diferença entre os valores da resist ência int erna dos aparelhos com os do circuit o,
ocasionando um m enor erro de inserção), o erro inst rum ental no result ado pode ser qualquer coisa ent re 0
e 1%.
Com o podem os ver m ais claram ente nesse caso, a resist ência int erna do am perím et ro deve ser m enos
de100 vezes m enor que a resist ência a qual se quer calcular.
Comprovação Prática
Realizar a medição de 3 resist ores, já escolhidos no Item 2, pelo método V-A a
montante e que est ejam dent ro das seguint es faixas:
· 10 W a 100 W
· 100 W a 12 kW
· 100 kW a 1 M W
OBS: Como sugest ão, ut ilize Vf=5 V.
O erro que irem os calcular é o erro percent ual dado pela seguint e relação:
R xv R xj
R x % *100
R xv
R xv R xj 47,8 55, 44
R xm 55,44 R x % * 100 * 100 15,7%
V
I R xv 47,8
R xv R xj 3, 22 3,85
R xm 3,85k R x % * 100 * 100 19,6%
V
I R xv 3, 22
R xv R xj 618 634,18
R xm 634,18k R x % * 100 *100 2,6%
V
I R xv 618
21
M EDIDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
3
d) Qual o índice de classe para o “ ohmímet ro” const ruído pela composição dos dois
inst rumentos (Volt ímet ro e Amperímet ro)?
R Ra
V
Tem os que e pela propagação de erros t em os que:
I
R R
R .U .I
U I
com isso t em os:
1 V
R .U 2 .I
I I
Conclu são
Podem os com provar experim ent alm ent e depois de medições e os devidos cálculos no prim eiro
circuit o a lei de Kirchhoff para as tensões, porém com cert o erro, que pode ser m ensurado no segundo
circuit o cujo objetivo era m ost rar o erro de inserção do volt ím etro. No penúltim o circuit o com provam os a lei
de Kirchhoff para as correntes, novam ent e com cert o erro relacionado, que pode ser vist o de um a m elhor
m aneira no últ im o circuit o m ont ado durant e a aula, que tinha o objet ivo de m ostrar o erro de inserção do
am perím etro. Diant e de t odas est as colet as de dados que foram feit as, observam os a não idealidade dos
inst rum ent os. E com o foram ut ilizados dois tipos de aparelhos, um analógico e out ro digit al, t am bém
concluím os que o últim o apresent ou m enores erros de inserção em am bos os casos, sendo m ais preciso e
exat o.
22
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
4
TEOREM A DA M ÁXIM A
TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
E TEOREM A DA SUPERPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nest e relat ório irem os enunciar dois t eorem as de grande im port ância para a análise de circuit os.
No primeiro m oment o será falado sobre o t eorem a da máxim a t ransferência de pot ência, e depois será
com ent ado sobre o t eorem a da superposição. Para o ent endim ent o, adm ite-se que o leit or t enha o
conheciment o das definições apresent adas nos relat órios ant eriores.
Desenvolvimento
a) Enuncie o teorem a da m áxim a t ransferência de potência, e determ ine com relação à figura 1
qual o valor de ZL para que a font e t ransm it a a m áxim a potência.
PRL I ² R L
I
VF
RTH RL
Port ant o:
VF
PRL RL
2
RTH RL
Para obt erm os o valor de RL que m axim iza a pot ência, escrevem os a derivada da pot encia em
relação à RL .
De acordo com um t eorem a fundament al do cálculo a pot ência será m áxim a quando a equação (1)
for igual à zero. Assim temos que:
23
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
4
V F ²( RTH R L ) 2( RTH R L )V F ² R L
RTH R L
PMÁX
VF ²
4 RL
b) Para o circuit o da figura 2, faça um a curva da pot ência entregue pela fonte e da potência
consumida pela carga em função de RL .
Vf V f RTH V f
Pf ( R L ) V f I V RTH I V f
RTH R L RTH R L RTH R L
Vf V f RTH 2800
V f 5
5
RTH R L RTH R L 560 R L 560 R L
24
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
V f RL V f 25 R L
PRL ( R L ) V RL I
RTH R L RTH R L 560 R L
2
25
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
4
2.1.2 Comprovação Prática
R L I mA
66,7 ± 0,1* 0,47 ± 0,01 8,1 ± 0,5 3,8
152 ± 1 0,92 ± 0,01 7,1 ± 0,5 6,5
190 ± 1 1,27 ± 0,01 6,7 ± 0,5 8,5
310 ± 1 1,67 ± 0,01 6,0 ± 0,5 10,0
370 ± 1 2,08 ± 0,01 5,4 ± 0,5 11,2
551 ± 1 2,51 ± 0,01 4,6 ± 0,5 11,5
655 ± 1 2,69 ± 0,01 4,2 ± 0,5 11,3
751 ± 1 2,88 ± 0,01 3,9 ± 0,5 11,2
902 ± 1 3,10 ± 0,01 3,4 ± 0,5 10,5
1060 ± 1 3,31 ± 0,01 3,0 ± 0,5 9,9
1390 ± 1 3,57 ± 0,01 2,6 ± 0,5 9,3
Escalas Ut ilizadas:
Tensão: 20 V
Corrent e: 30 m A
Resist ência: 2 kΩ
(* ) Para efetuarm os um a m edida m ais precisa, a escala ut ilizada para a m edida dest a resist ência foi de
200Ω.
Gráfico 3 (Potência dissipada pela carga em função de R L , com os dados colet ados no laborat ório).
26
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
V1 E1
V2 E 2
Nó 2:
G1 E1 G2 E2
V2
G G1 G2
VL V2 e I RL
VL
RL
V2 E 2
Nó 1:
V1
G2 E 2
G1 GL G2
V
L
VL V1 e I RL
RL
27
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
V1 E1
Nó 2:
V2
G1 E1
G1 GL G2
VL
VL V2 e I RL
RL
Vl VL VL e I RL I RL
I RL
VL
VL 6,02V 15,42mA
G2 E 2
G1 GL G2
I RL
V
RL
G1 E1 G2 E 2
VL 6,80V
G G1 G2
I RL 17,43mA
VL
RL
28
TEROREM A DA M AXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA E TEOREM A DA SUPERSOSIÇ
4
2.2.2 Comprovação prática
a) M onte o circuit o da figura 3 e com prove em laborat ório o t eorem a da superposição, m edindo a
t ensão na carga RL .
b) Realize na prát ica a superposição, ou seja, meça primeiro a tensão na carga R L da figura 3, com
a font e de 15V curt o-circuit ada e a fonte de 5V ligada e depois m eça a t ensão na carga R L com a font e de
Logo, t em os que:
Conclu são
Foi possível com provar o teorem a da m áxim a t ransferência de pot ência, e o t eorem a da
superposição. No prim eiro teorem a, é im port ante observar que a m áxim a pot ência nem sem pre é o foco
principal da aplicação do circuit o. Por exem plo, em sist em as de pot ência, onde se t em um a carga m uit o
elevada o objetivo é obt er o m aior rendim ent o, e não a m áxim a pot ência. Já no caso de um circuit o de baixa
pot ência, deve-se aproveit ar o m áxim o a energia do circuit o. Os gráficos da potência na carga, e na fonte, só
dem onst ram a conservação da energia. Onde a pot ência fornecida pela font e, em m ódulo é igual a potência
consumida pela carga RL .
No t eorem a da superposição, m uit as vezes é m ais sim ples analisar o circuit o com plet o do que
separar em vários “ sub-circuit os” para a resolução. A sua aplicação é m ais relevant e em circuit os onde
t em os font es alt ernadas e font e de cont ínuas.
29
OSCILOSCÓPIO
5
Osciloscópio
INTRODUÇÃO
Com provarem os nest a aula a facilidade do uso do osciloscópio para analise de circuit os em regime
perm anent e. Avaliarem os 2 circuit os, RL e RC, aferindo período, freqüência, am plit ude e defasagem .
At ualment e exist em dois t ipos osciloscópios, os analógicos e os digit ais. Nós utilizarem os o
osciloscópio digit al, que é m ais preciso e m ais com pact o que o analógico.
Desenvolvimento
Prim eiram ente irem os enunciar sucint am ent e alguns conceit os im port ant es que serão ut ilizados ao
longo do relat ório.
5 . 0 I N D U TOR
É um elem ent o passivo capaz de arm azenar e fornecer quant idades finit as de energia. O físico
M ichael Faraday e quase que sim ult aneament e Joseph Henry descobriram que um cam po m agnét ico
variável podia produzir um a tensão no circuit o próxim o, foi dem onst rado que essa t ensão era proporcional a
variação de corrente produt ora do campo m agnét ico com o t em po. Essa const ante de proporcionalidade f oi
cham ada de indut ância, é sim bolizada por L e sua unidade de m edida é Henry, port ant o:
vL
di
dt
Fisicam ent e um indut or pode ser const ruído enrolando um pedaço de fio na form a de um a bobina.
Tem os a polaridade dos indut ores:
Assim com o o indut or o capacit or t am bém é um elem ent o passivo. O com port am ent o do capacit or
se baseia em fenôm enos associados ao cam po elétrico. Os cam pos elét ricos são produzidos por um a
separação de cargas elétricas, ou seja, por t ensão. Ent ão a carga é proporcional à diferença de pot encial e
q CV i
dq
podem os escrever que . Ora sabem os que . Assim a relação t ensão corrent e no capacit or
dt
pode ser escrita da seguint e form a:
30
OSCILOSCÓPIO
5
i C
dv
dt
Fisicam ent e pode ser const ruir um capacit or ut ilizando duas placas condut oras separadas por um a
fina cam ada de m at erial isolante.
Tem os que a t ensão sobre cada indut or pode ser escrit a com o:
vt v1 v 2 v3 .... vn
v s L1 L2 L3 .... Ln
di di di di
Leq Ln
N
n 1
31
OSCILOSCÓPIO
Font es senoidais são font es que produzem t ensão (corrente) com o funções do t em po.
O t em po necessário para percorrer um ciclo é cham ado período.
2f
A freqüência é o núm ero de ciclo por segundo
Freqüência angular
É cham ado de ângulo de fase.
Ip, Vp são as am plit udes da corrent e e da t ensão.
5.7 FASORES
Definição: Fasor é um número com plexo que represent a um a tensão ou um a corrent e alt ernada,
cuja part e real represent a um a grandeza co-senoidal
em t =0.
O conceit o fasor é baseado na ident idade de Euler:
32
OSCILOSCÓPIO
5
v(t ) V p sen (t )
V p e{e j ( wt ) }
V p e{e wt e }
e{V p e wt e }
Fasor t ensão:
Ut ilizando um a excit ação com plexa do t ipo v(t ) V p e j ( wt v ) t erm os um a corrente do tipo
i(t ) I p e j ( wt i )
V RI
v L Vpe
di j ( wt v )
L
d I p e j ( wt i )
jLI p e j ( wt i ) V p e v jLI p e i
dt dt
No dom ínio da freqüência:
V jLI
33
OSCILOSCÓPIO
iC
dv
I p e j ( wt v ) C
d Vpe j ( wt i )
jCV e j ( wt i )
I p e v jCV p e i
p
dt dt
No dom ínio da freqüência:
I jCV V
C
j
I
a) Im pedância(Z)
É a razão ent re o fasor t ensão e o fasor corrente. É um numero complexo, m as não é fasor.
Z ( )
V
I
b) Adm it ância ( Y)
É a razão ent re o fasor corrent e e o fasor tensão em um elem ent o. É um num ero com plexo, m as
não é fasor.
Y
I
(S)
V
Y
1
Z
Obs.: Com o circuit o no domínio da freqüência podem os analisar at ravés dos mét odos já vist os ant es.
2.5.1 Exercício 1
Coloque o gerador de sinal com um a freqüência de 1000 Hz e um a am plit ude de 1 Volt pp.
34
OSCILOSCÓPIO
5
0,2 m s 1,000 1,000 1,000 0,003 0,002 0,003
2.5.2 Exercício 2
VR1 9,2V
V f R1
R1 R2
VR 2 5,8V
V f R2
R1 R2
V f VR 2 VR1 15,0V
Para gerador de função, utilizando um a onda senoidal com 5 Volt pp, e freqüência de 3 KHz, t em os:
VR1 3,07V pp
V f R1
R1 R2
VR 2 1,93V pp
V f R2
R1 R2
V f VR 2 VR1 5,00V pp
b) Com o osciloscópio realize as m edidas de tensão na fonte e em cada um dos resist ores
separadam ent e.
Tensão [V]
Calculado M edida
Font e 15,0 15,00
R1 9,2 9,30
R2 5,8 5,70
35
OSCILOSCÓPIO
5
M ont ar os circuit os ilust rados na Figura 10. Para cada circuit o, variar a freqüência da onda senoidal
de entrada em valores com preendidos na faixa de 10 Hz a 100 KHz e medir para cada variação, as t ensões de
ent rada e saída no circuito. Ut ilize um a t ensão de 5 V de pico.
Circuit o RL:
Onde (diferença de fase), pode ser calcular pela seguint e regra de t rês simples:
T 360 º 360 t
, daí tiram os que
t T
Circuit o RC:
Onde (diferença de fase), pode ser calcular pela seguint e regra de t rês simples:
T 360 º 360 t
, daí tiram os que
t T
a) Indicar na figura 11 a relação de am plit ude da ent rada em relação à saída do circuit o RL (Fig. 10a)
36
OSCILOSCÓPIO
5
Magnitude (Circuito RL)
12
10
8
Magnitude
b) Indicar na figura 12 a defasagem angular da saída em relação à ent rada do circuit o RL (Fig. 10a)
90
80
70
Ângulo (Graus)
60
50
40
30
20
10
0
10 100 1000 10000 100000
Freqüência (Hz)
c) Indicar na figura 13 a relação de am plit ude de entrada em relação à saída do circuit o RL (Fig. 10b)
37
OSCILOSCÓPIO
5
Magnitude (Circuito RC)
10
8
Magnitude
d) Indicar na figura 14 a defasagem angular da saída em relação à ent rada do circuit o RC (Fig. 10b)
-5
10 100 1000 10000 100000
-15
-25
Ângulo (Graus)
-35
-45
-55
-65
-75
-85
-95
Freqüência (Hz)
Conclu são
Const at am os que o osciloscópio é um im port ant e inst rum ent o para aferição de medidas elét ricas,
principalment e para circuit os onde a corrent e e a tensão varia em função do t em po. Com ele é possível
det erm inar diret am ent e a am plit ude e o período de um sinal.
Com relação aos dados obtidos podem os observar que t ant o o indut or quant o o capacit or funcionam
X
C
j
com o filt ros de seleção de freqüência. Isso ocorre, pois a indut ância, t ant o do capacit or ( )
38
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
TEOREM AS DE THÉVENIN E
6
INTRODUÇÃO
NORTON
Desenvolvimento
6 . 1 CI RCU I TO D E TH ÉV EN I N :
VTh
O Circuit o de Thévenin è const it uído por um a font e independent e de t ensão e um a resist ência
RTh
VTh
IN
IN
O circuit o de Nort on è const it uído por um a font e independent e de corrent e e um a resist ência
RN VTh
que subst it uem t odas as font es e resist ência do circuit o. Essa com binação em paralelo entre e
IN
Para det erm inar o circuit o de Nort on é necessário det erm inarm os a corrente de Nort on e
resist ência, RN , de Nort on. Se colocarm os um a carga com resist ência zero entre os term inais a e b do
circuit o terem os um curt o circuit o ent re os t erminais. Por definição, a corrent e de curt o-circuit o ent re os
t erm inais é igual a corrent e de Nort on IN . E a resist ência de nort on é obt ida de m aneira análoga a
resist ência de Thévenin, m as agora se det erm inando a t ensão ent re os t erminais. A carga de Nort on é igual à
carga de Thévenin.
Exem plo de um circuit o e o seu circuit o equivalent e de Norton:
39
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
As equivalentes de Thévenin e nort on t ambém podem ser aplicadas a circuit os no dom ínio da
freqüência. O qual é definido da m esm a form a apenas t rocando-se a resist ência RTh e RN por im pedâncias
Z Th e Z N .
6 . 4 PARTE PRÁTI CA
1. Encontre os resist ores requisit ados, conferindo os valores com o m ultímet ro e com o esquem a de
cores dos resist ores.
R1 10 k
R2 12 k
R3 15 k
R1 10 k
R2 13 k
R3 16 k
2. Dado o circuit o abaixo, calcule os valores de VTh , RTh e IN com relação aos t erminais a e b.
R1eq 7,44k
13k 16k 10k
R2eq 3,9k
1 1 1 1
eq
R2 13k 10k 13k
40
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
6
Para calcularm os VTh , ret iram os a carga RL e calculam os a diferença de pot encial Vab . Ent ão
chegam os ao circuit o abaixo.
Com o o circuit o est á abert o, não há corrent e circulando em R2eq , logo não tem queda de pot encial
naquele ram o. Ent ão a tensão em R1eq é just am ent e Vab . Aplicando o divisor de t ensão no resist or R1eq ,
t em os:
R1eq 15
Vab 6,40V VTh
10k R1eq
Para calcularm os RTh , bast a Retirar todas as fontes do circuit o e calcular a resist ência equivalent e.
Lembrando que para inat ivar uma font e de tensão bast a curt o circuit ar os seus term inais, e caso seja um a
font e de corrent e, bast a abrir os t erm inais. Fazendo isso, t em os o seguint e circuit o:
Onde:
10k R1eq
Req R2eq 8,2k
10k R1 eq
Para calcular I N , bast a curt o circuit ar os t erminais a e b e calcular a corrent e que passa por ele.
41
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
Sendo:
10k R1eq
4,27k I 1,5mA
15
10k R1eq
eq
R 3 e
10k
I R3eq
I N eq 0,78mA
R3 R2eq
8,28k 20k
5. Ret ire a font e de tensão e subst it ua-a por um curt o-circuit o. M eça a resist ência ent re a e b.
Valor m edido: na escala de
6. Volt e com a font e de tensão de 15 Vcc.
7. M eça com o am perím etro a corrent e ent re os t erm inais a e b.
Valor m edido: 0,76m A na escala de 20m A, utilizando o multím etro DAWER2020
Conect e o pot enciôm etro ent re a e b.
8. Encontrado VTh , RTh , calcule V RL e I RL para cada um dos valores de RL , conform e a t abela
abaixo, variando continuadam ente o pot enciôm etro.
Tem os ent ão o circuit o equivalent e de Thévenin.
6,4 R L
VRL I RL
6,4
8,2k RL 8,2k RL
e
V RL I RL
RL
Calculado M edida Calculado M edida
0 0V 0V 0,78m A 0,76m A
1000 0,70V 0,68V (2) 0,70m A 0,68m A
42
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
6
5000 2,42V 2,4V (20) 0,48m A 0,47m A
9590Ω 3,45V 3,42V (20) 0,36m A 0,35m A
9. Det ermine os circuit os equivalent es de Thévenin e Nort on com relação aos t erminais A-B do
circuit o da figura 2.
Sendo:
43
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
V 50º [Vp ]
Onde:
Z1 365
Z 2 976
Z 3 755
ZC 72,35 90º
jC
1
Z L jL 628,390º
Onde:
Z 2eq Z L Z 2 116132,77º
Por analogia com o circuit o já resolvido no it em 2 da part e prát ica, aplicando o divisor de t ensão,
t em os:
Z eq V
Vab eq1 0,95 73,61º V p VTh 0,67 73,61º VRMS
Z 1 Z1
44
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
Onde:
Z1 Z 1eq
Z eq 69,41 73,61º I 0,014 A p
V
Z 1 Z 1eq
e
Z1
Z eq I
IN 8,32 10 4 103,0º A p 5,88 10 4 103,0º ARMS
Z eq Z 2eq
Z Th 114329,43º
V
IN
Onde:
Z Th 114329,43º
V
IN
Onde:
Z Th 114329,43º
V
I
N
45
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
10. M ont e o circuit o da figura 2 e m eça a t ensão (em abert o), e com pare com a t ensão de Thévenin,
m eça a corrente de curt o circuit o entre A e B, e com pare com a corrent e de Nort on.
Q U ESTÕES
A m aior ut ilidade, est á na subst it uição de um a grande part e da rede, m uit as vezes com plicada e
desint eressant e, por um circuit o m uit o sim ples, cont endo um a font e de t ensão independent e em série com
um resist or, at uando num a carga qualquer. Com isso pode-se rapidam ent e calcularm os a tensão, corrent e e
pot ência que o circuit o original era capaz de fornecer. Por exem plo, num am plificador t ransist orizado de
pot ência, conhecendo-se o equivalent e de Thévenin pode-se det erminar a m áxim a pot ência que o
am plificador pode fornecer, além de qual carga é necessária para se obt er m áxim a pot ência t ransferida,
m áxim a corrente, ou m áxim a t ensão, dependendo da aplicação.
7.2 Explique o porquê das diferenças obtidas ent re os valores t eóricos e práticos de VTh e RTh .
Quando efet uam os as m edidas de VTh e RTh , exist em alguns t ipos de erros inseridos, t ais com o:
Erro de inserção do aparelho ut ilizado; Erro de leit ura associado a quem efet ua a m edida; Erro nos valores
das resist ências, que possuem um a faixa de t olerância garant ida pelo fabricant e.
Circuit o da figura 1:
I NT I N 0,78m 0,76m
% 100 100 2,6%
I NT 0,78m
Circuit o da figura 2:
I NT I N 0,59m 0, 46m
% 100 100 22%
I NT 0,59m
Conclu são
46
TEOREM A DE THÉVENIN E NORTON
6 Os circuit os de Thévenin e Nort on são de grande ajuda quando querem os saber o que acontece em
det erm inado t erminal do circuit o, por exem plo, quando ligam os um a t orradeira em um a t om ada, nos
int eressa saber apenas a tensão aplicada em seus t erminais e a corrent e que at ravessa o aparelho.
Norm alm ent e não nos im port am os com o efeit o do at o de ligar a t orradeira terá em out ros t erm inais do
circuit o.
Podem os com provar que os circuit os de Thévenin e Norton podem ser usados para represent ar
qualquer circuit o compost o por elem ent os lineares e t am bém vim os que os circuit os equivalentes t am bém
podem ser determ inados at ravés de circuit os no domínio da freqüência.
47
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
7
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E
FATOR DE POTÊNCIA
INTRODUÇÃO
Est e relat ório t em o objet ivo de m ost rar um inst rument o muit o import ante para a engenharia elét rica,
o w at t ím etro. Tam bém ao final t em os um exercício envolvendo o conceit o de correção de fat or de pot ência,
que t em grande aplicabilidade em grandes indúst rias onde a pot ência reativa consum ida é grande.
Desenvolvimento
7 . 1 I N STRU M EN TO ELETROD I N ÂM I CO
O inst rum ent o elet rodinâm ico consist e de um a bobina m óvel, e um a fixa. Quando há passagem de
corrent e, se as bobinas forem polarizadas corret am ent e, as m esm as adquirem a m esm a polaridade,
provocando a deflexão do pont eiro at ravés da repulsão dos cam pos m agnéticos. A bobina m óvel é
alim ent ada por um a corrente que chega por m eio de duas m eias bobinas que sim ult aneam ent e
desenvolvem um a força rest auradora ao deslocam ent o angular. Com essas propriedades, é possível efet uar
m edições em circuit os em corrent e contínua e alt ernada, sendo que a deflexão do pont eiro não será
afet ada. A aplicação dest e instrument o pode ser encont rada em m edidores de pot ência (Wat tím et ros).
7 . 1 W ATTÍ M ETRO
O Wat tímet ro é um instrum ent o elet rodinâm ico para a m edição de pot ência at iva. Est á aferição
envolve a mult iplicação da t ensão pela corrent e, e devido à característ ica não linear dest a operação,
t écnicas bast ant e com plexas são ut ilizadas nos inst rum ent os analógicos. A bobina fixa é utilizada em série
com a carga, e a bobina m óvel é ut ilizada em paralelo com a carga.A figura 2 ilust ra com o as ligações devem
ser feit as para medir a pot ência consum ida por um a carga.
48
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
A corrente que circula pela bobina de cam po é a corrent e de carga (i). A corrente ip (fasor muit o
pequeno) é prat icam ent e V/ R. Assim , o conjugado sobre a bobina m óvel, depende do produt o da densidade
de fluxo do cam po, produzido pela corrente e da corrent e da bobina m óvel. Um a vez que ip + V/ R, o
conjugado m ot or depende do produt o V x i. Se est as grandezas variarem no t em po, por exem plo,
senoidalm ente, o conjugado m ot or t am bém variará. Porém se est as variações forem m uit o rápidas (na
prát ica 60 Hz), a bobina m óvel não poderá acompanhar est e conjugado variável, t omando um a posição t al
que o conjugado resist ent e da m ola rest auradora se iguale ao valor m édio do conjugado m ot or produzido
pela ação elet rom agnét ica. Um a vez que o conjugado m ot or depende de V x i, o conjugado m ot or m édio é
proporcional à pot ência m édia, ou pot ência at iva. Logo t empos as seguint es relações:
T 0
v(t ) i (t ) dt
T
1
Conjugado m édio =
Exist em t am bém w at tímet ros digit ais, onde os sinais da corrent e e t ensão são convert idos para o
dom ínio digit al utilizando-se um conversor A/ D e o produt o V x i é efet uado por um mult iplicado binário,
podendo est as funções serem feit as por um m icrocont rolador.
O uso de ferrament as de m edidas permit e a redução ou am pliação das escalas dos inst rum ent os.
Exist em dois tipos de transform adores de m edidas:
Usando a convenção passiva, a pot encia em qualquer inst ant e de t em po é dada por:
p (t ) v (t ) i (t ) (1)
v(t ) Vm cos(t v )
i (t ) I m cos(t i )
(2)
49
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
7
Com o est am os supondo que o sist em a se encontra em est ado est acionário, podem os escolher
qualquer ângulo convenient e com o referência para t=0s, t om ando-se ent ão a cont agem de t em po quando a
corrent e est á em seu m áxim o. Est a convenção exige que as corrent es sejam deslocadas em um ângulo de,
assim tem os:
v(t ) Vm cos(t v i )
i (t ) I m cos(t )
(3)
Realizando as devidas m anipulações m at em át icas, que deixarem os a cargo do leit or, obt em os:
Onde P é a pot ência média e Q recebe o nome de pot ência reat iva. A pot encia m édia é t am bém
cham ada de pot ência real porque represent a a parcela de pot ência presente em um circuit o convert ida em
t rabalho.
Para se calcular a pot ência média t em os que t om ar a m édia da pot encia.
p(t ) dt
t0 T
P
1
(7)
T t0
Quando t em os um circuit o puram ente resist ivo a corrent e e a t ensão est ão em fase (ist o é v i
) ent ão a equação se reduz a:
p (t )
Vm I m
1 cos(2t )
2
A pot encia inst ant ânea da equação é chamada de pot encia inst ant ânea real.
v 90º i , t em os assim
Quando um circuit o é exclusivam ent e indutivo, a tensão e a corrent e est ão defasadas em
exat am ent e 90º , com a corrent e atrasada em relação à tensão ist o é que a
pot encia se reduz a:
p (t ) sen( 2t )
Vm I m
2
50
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
7
v i 90º , t em os assim
Quando um circuit o é exclusivam ente capacitivo, a t ensão e a corrent e est ão defasadas em
exat am ent e 90º , com a corrent e adiant ada em relação à tensão ist o é eu a
pot encia se reduz a:
p (t ) sen( 2t )
Vm I m
2
7 . 8 AN ALI SE GERA L
arm azenada pelo indut or e depois devolvida a font e, o que acont ece com um a freqüência de 2 , ou seja,
Podem os ver que a m édia da pot ência reativa é igual a zero, o que m ost ra que a pot ência é
quando p(t ) é positiva a potência est á sendo arm azenada nos cam pos m agnéticos e p(t ) é negativo se os
cam pos est ão devolvendo est a potência a fonte.
Um a medida de pot ência associada a circuit os exclusivament e indut ivos e a capacit ivos é a pot ência
reat iva Q, ist o se deve ao fat o de o indut or e o capacit or serem elem ent os reativos, e sua im pedância é
exclusivament e reat iva. Para dist inguir pot ência ativa de pot encia reativa usam os Wat t [W] com o unidade
de pot ência m édia e Volt am père reat ivo [VAR] com o unidade de pot ência reat iva.
7 . 9 FATOR D E POTEN CI A
O ângulo v i que aparece t ant o na pot ência média quanto na potência reat iva é
denominado de ângulo do fat or de potência. O co-seno dest e ângulo recebe o nome de fat or de potência, e
o seno é denominado de fat or reat ivo.
7.10 V ALORES RM S
São os valores cham ados eficazes, rm s que do inglês significa raiz média quadrát ica.
Vrms
1 22 Vm
Vrms assim
T t0 2
7.12 POTÊN CI A RM S:
Suponha que um a t ensão cossenoidal seja aplicada aos term inais de um resist or e que est ejam os
int eressados em det erm inar a potência m édia dissipada pelo resist or. De acordo com a equação (7) t em os:
P Vrms I rms
Vm I m
2
P rms P I rms R .
2
V 2
Com isso t em os , de m aneira análoga t em os que
R
A pot ência m édia dada pela equação e a pot ência reat iva podem ser escrit as em term o de valores
efet ivos:
51
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
7
É a som a da pot ência média com a pot encia reat iva m ult iplicada por j, definida m atem aticam ente
por:
S P jQ
S P2 Q2
tg ( )
Q
P
Podem os a part ir das equações ant eriores, deduzir novas equações que poderão ser usadas para
calcular a pot ência média, reativa e a com plexa.
S cos( v i ) j m m sen( v i )
Vm I m V I
2 2
S Vm I m ( v i )
1
S Vrms I * rms
Vrms ZI rms
P I rms R
2 1 2
Im R
2
Q I rms X Im X
2 1 2
P
2
Vrms
R
Q
2
Vrms
X
Com o já sabem os X é a reat ância indut iva ou capacitiva equivalent e do circuit o. A reat ância é
posit iva em circuit os indut ivos, e negat iva em circuit os capacit ivos.
Realize as conexões indicadas na Figura 4 e meça a potência consum ida pelas lâm padas (carga), a t ensão
eficaz e a corrent e eficaz das lâm padas.
Desenhe um gráfico das form as de onda da t ensão sobre as lâm padas e da corrent e t ot al solicit ada.
52
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
7
I rms (0,91 0,01) A
P (200 5)W
Vrms (220,0 2,5)V
Como o fat or de pot ência é unit ário a pot ência medida pelo w at t ímet ro é igual à
leit ura do volt ímet ro vezes a leit ura do amperímet ro. Logo, t emos:
Agora como o fat or de pot ência não é unit ário, o produt o da corrent e eficaz com a
P 10W
cos( ) 49,5º
10
15,4
Para o circuit o da Figura 7 det erminar o valor do capacit or para que o fator de pot ência de carga
seja igual a 0,92.
53
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
Onde:
Z i (500º )
Z eq (57 j113) 126,6563,25º
Vrms 0 º V
5
2
Veq ( 2,8816,67 º )V
Z eqVrms
Z eq Z ri
S eq (2,95 j 5,8).10 2 VA
2
Vc
*
Z eq
Sabem os que ao int roduzir um capacit or ao circuit o não alt eram os a pot encia m édia da carga,
ent ão para obt erm os um fat or de potência de 0,92 t em os que:
S t S eq S c
Pt jQt Peq jQeq jQc
Onde
S t Potência corrigida
S eq Potência sem o capacitor
S c Potência no capacitor
Pt Peq 2,95 10 2 W
Qt Qeq Qc
54
POTÊNCIA M ONOFÁSICA E FATOR DE PORTÊNCIA
7 Temos
tg ( )
Qt
Peq
Qt 0,0126VAR
Qc Qt Qeq 0,0454VAR
Sc Vc C ( j )
2
Vc 2
*
Zc
Sabem os que a pot ência no capacit or é puram ent e reat iva ent ão:
Conclu são
Conseguim os observar com a experiência com as lâm padas incandescent es e fluorescent es, a
diferença na pot ência at iva, a qual efetivam ente realiza trabalho. Em t erm os de econom ia com cust os de
energia elét rica, as lâm padas fluorescentes são m uit o m ais vant ajosas, porém o seu circuit o elet rônico
necessit a do chaveam ento da corrent e para ligar a lâm pada com corrent e cont ínua. Est e circuit o acaba
gerando harm ônicos que prejudicam a rede elétrica. Fat o que pode ser observado, ligando-se um resist or
em série com a lâm pada e colet ando os sinais nos term inais do resist or com um osciloscópio. A form a de
onda da corrente que circulava no circuit o era visivelm ente alt erada.
Com relação à correção do fat or de pot ência, não foram realizados experim ent os. Porém o
exercício feit o m ost ra um a forma de aum ent ar o fat or de pot ência de um a carga, que consist e em colocar
um banco de capacit ores em paralelo com a carga. Assim a energia reativa que a com panhia energét ica
fornece a carga pode ser utilizada pela indúst ria e arm azenada nos capacit ores, já que não pode ser
devolvida a com panhia. Quant o m ais próxim o de um , m elhor o fat or de potência. Para residência, est e valor
é t ão próxim o disso, que as concessionárias nem cobram pela pot ência reativa. M as para grandes fábricas, a
correção t raz grandes result ados, sendo as econom ias nem significativas.
55
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS
8
M EDIDAS EM CIRCUITOS
TRIFÁSICOS
INTRODUÇÃO
circuit os analisarem os as configurações Y-Y e Y- . Circuit os t rifásicos são de grande im port ância para a
Verem os nesse relat ório circuit os um a breve análise de circuit os t rifásicos equilibrados. Ent re esses
engenharia elét rica, pois a energia é gerada, dist ribuída e consum ida industrialment e através desse t ipo de
circuit o.
Desenvolvimento
Van V p 0
Van V p 120
Van V p 120
8 . 3 A LI GAÇÃO Y
56
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS
I aA
Van
Zp
Vbn V an 120
I bB I aA 120
Zp Zp
Vcn V an 240
I cC I aA 240
Zp Zp
E assim
I Nn I aA I bB I cC
Port ant o o neut ro não carrega corrente nenhum a caso a font e e a carga est ejam balanceadas e os
t rês fios t enham im pedância nula.
8 . 4 A LI GAÇÃO D ELTA ( )
E as t ensões de fase:
Onde
57
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS
8
E as outras t ensões podem ser obtidas com o nas ligações do t ipo Y. Assim as correntes de fase
podem ser obt idas:
I12 12
V
Z
I13 13
V
Z
I23 23
V
Z
Da m esm a m aneira que a t ensão nas corrent es nas ligações do t ipo Y, a m agnit ude das corrent es de
linha são iguais, com defasagem de 120º ent re si.
I L I 11 I 22 I 33
IL 3 I p
Procedim ent o
1. Conect e o cabo de energia de 4 fios na ent rada do varivolt , deixando-o, inicialm ent e, desligado da
bancada.
2. Na saída do varivolt conect e dois fios, um num a das fases (R) e o outro no neutro (N). Conect e esses fios
no voltím et ro ENGRO (saída VCA, escala de 12 volt s).
3. Ligue o varivolt na rede e, através do cursor, ajust e a t ensão de saída em 5V.
4. Após o ajust e, faça um a am ost ragem da tensão de saída do varivolt VRN (t ) no osciloscópio e m eça seu
valor RM S, pico-a-pico e sua freqüência.
Valores m edidos:
5. Conecte um segundo fio na fase S e faça a am ost ragem de VSN (t ) no segundo canal do osciloscópio.
M eça o valor RM S e pico-a-pico dest a segunda tensão. Use o N com o t erra.
Valores m edidos:
Tem os que a defasagem entre uma onda e out ra é de 5,5 ms, que pôde ser observada no osciloscópio. Ent ão
aplicando um a regra de t rês sim ples:
58
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS
8
360º T
t
360 t
119º adiantado
T
Procedim ent o:
1. Com o varivolt desligado da bancada e com o cursor no zero, conecte t rês lâm padas de 40W em
Delt a, t al com o m ost rado na Fig. 3, e esse conjunt o aos t erm inais da saída do varivolt . Conect e o
am perím etro digit al num a das fases da conexão e o volt ím etro ent re as fazes R e S. Observe que não há fio
de neut ro nest a conexão.
Valor m edido:
Desenvolvimento
Para a conexão em Y e em Delt a, ut ilizando os valores m edidos para a corrente e a t ensão na carga,
calcule a pot ência consum ida em cada fase da carga e t am bém a potência trifásica. Responda as
seguint es quest ões:
Sabem os que V1 2200º Vrms e I 0,160º Arms . Com o as cargas utilizadas est avam
balanceadas, t em os que:
Assim com o a t ensão, o m ódulo da corrente é igual em todas as cargas, onde diferem apenas na
fase.
59
M EDIDAS EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS
8
Pot ência trifásica:
S1 S 2 S 3 105,6VA
Sabem os que V ff 22030º Vrms e I 0,2930º Arms . Com o as cargas ut ilizadas est avam
balanceadas, t em os que:
I1 0,167 Arms
I
3
V ff 3 V fn V fn 12730º Vrms
V ff
3
Sendo que as out ras tensões de fase têm o m esm o m ódulo, porém defasadas de aproxim adament e
120º .
S 3 S 2 S1 V ff I1 36,70º VA
*
S1 S 2 S 3 110,22VA
b) A pot ência t rifásica da carga em Y é igual àquela da carga em Delt a? Just ifique.
SY S 4,62VA
Porém para cargas balanceadas est as m edidas deveriam ser iguais. O que pode ter ocorrido são
erros de leit uras, erros de inserção dos inst rum ent os utilizados, a m á condição dos equipam ent os utilizados,
ent re out ros.
Pelo m enos na sit uação de cargas desbalanceadas a ligação em perm it e um a m aior flexibilidade
de alteração de cargas, o que na ligação em Y com 3 fios é difícil quando não im possível.
Conclu são
60
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA
9 DE ENERGIA ELÉTRICA
INTRODUÇÃO
Est e relat ório trará mét odos para a aferição da pot ência em circuit os t rifásicos e t am bém a medição
de energia consum ida por um circuit o m onofásico com cargas puram ent e resist ivas.
Ilust rarem os na part e experiment al a ut ilização dos w at tímet ros, já det alhado no relat ório passado,
para a m edição da pot ência e noções básicas sobre o funcionam ent o dos m edidores de energia elétrica do
t ipo int egrador, que são m uit o robust os e ut ilizados até os dias de hoje.
Desenvolvimento
Para m edirm os a pot ência t rifásica, aparentement e parece ser simples de se fazer. At ravés de um a
analogia com os sist em as m onofásicos, podem os colocar um a bobina de t ensão ent re o neut ro e a fase, e
.
um a bobina de corrente em série com cada fase, e em seguida som ar as potências. Do m esmo m odo
Consequent em ent e se faz necessário um m ét odo que ut ilize apenas três t erm inais. Est e mét odo
exist e, e nos perm ite efet uar a m edida de pot ência em cargas desbalanceadas ligadas a font es t am bém
desbalanceadas. Podem os ligas três w at t ím etros de t al m odo que cada um t enha suas bobinas de t ensão em
algum pont o em comum. Sendo que est e pont o ser arbitrariam ent e escolhido, e de acordo com o teorem a
de Blondel, “ se as bobinas de pot encial dos três w at tímetros forem ligadas a um pont o com um , que não
necessit a ser o neutro, a pot ência ativa t ot al é a som a das leit uras dos três w at tímet ros” . Ent ão escolhendo
o nosso pont o em comum na linha S, tem os a seguinte situação, m ais conhecido com o conexão ARON.
61
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA
9
i R i S iT 0
v RS v ST vTR 0
I R I S IT 0
V RS VST VTR 0
p(t ) v R iR v S iS vT iT (1)
Independent e do pont o com um às bobinas de pot encial dos t rês w at t ím etros. M as:
iS (iR iT )
Logo
p(t ) (v RS ) iR (vTS ) iT
P
1 1 1
T T T
V RS I S cos(V RS , I R ) VTS I T cos(VTS , I T )
t0 t0 t0
Com o o cosseno pode assum ir valores negativos ou positivos, a pot ência t ot al é dada por:
P W1 W 2
9 . 3 M ED I D A D E EN ERGI A ELÉTRI CA
E p (t )dt
t
t0
Ent ão para m edirm os a energia consum ida, se faz necessário um disposit ivo que faça est a
int egração da pot ência (produt o da corrent e inst ant ânea pela t ensão inst ant ânea). Na figura abaixo
apresent am os o esquem a básico de um m edidor indut ivo do t ipo integrador.
62
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA
Onde:
Bobinas BC1 e BC2: Bobinas de corrente, com poucas espiras de fio grosso (baixa resist ência), ficam
em série com a carga.
Bobina BP: Bobina de pot encial, com m uit as espiras de fio fino (alt a resist ência), fica em paralelo
com a carga.
Disco D: Disco de alumínio, especialm ent e const ruído, com a superfície alt am ente condut ora.
Freio M agnét ico: Pode ser deslocado m ais para cim a ou m ais para fora do disco; freio m agnét ico ou
de Foucault .
As bobinas de corrente geram fluxos proporcionais à corrent e de carga. A bobina de pot encial gera
um fluxo proporcional à tensão do circuit o. Est es fluxos irão ocasionar campos magnéticos sobre o disco D,
induzindo corrent es parasit as (ou de Foucault) no m esm o. Est as correntes parasit as, em conjunt o com os
cam pos m agnéticos, serão responsáveis pelo surgim ent o de um t orque m ot or no disco. Sendo est e t orque
proporcional à pot ência at iva da carga. M at em at icam ent e represent ado por:
TM K V I cos( ) K P
O freio de Foucault (ím ã permanent e) gera um campo magnét ico responsável pela frenagem do
disco. O t orque da frenagem irá proporcionar o equilíbrio dinâmico na rot ação do disco, fazendo-o girar a
um a velocidade const ante. A pot ência ativa consum ida pela carga será proporcional à velocidade do disco. A
quant idade de energia em W.h por volt a do disco é chamada de const ante do disco (Kd). Para m edidores
t rifásicos, eles podem ser constit uídos de t rês conjunt os de bobinas de t ensão e corrent e, defasados no
espaço ou de t rês discos fixos a um único eixo.
63
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA
9
PARTE EXPERIM ENTAL
Monte o circuito da Figura 5 com um quadro de lâmpadas e meça a potência total com apenas dois
wattímetros; realize a conexão ARON. Utilize um varivolt trifásico, um voltímetro, dois amperímetros e dois
wattímetros. Vá aumentando a tensão, através dos varivolt, até se obter 240V entre fases.
W1 (30 1)W
W2 (28 1)W
V 240V
A1 0,13 A
A2 0,12 A
Irem os calcular a diferença de potência m edida pelos am perím etros e voltímet ros em relação aos
w at t ím et ros.
31,2 30
p1 100% 4%
30
28,8 28
p2 100% 2,85%
28
9 . 5 M ED I D A D E EN ERGI A ELÉTRI CA
M ont e o circuit o represent ado na figura a seguir para que possam os efetuar medidas relat ivas ao
est udo da quant ização do consum o de energia do pont o de vist a das cargas.
a) Fazer a medida da energia consumida pela carga ao longo de um tempo (10 voltas do disco do
medidor de kWh);
64
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA
9
As leit uras das medições efet uadas pelo inst rument o, aqui utilizado, são da ordem de kW. De
m aneira que nest e it em efet uam os apenas a ident ificação da const ant e de disco bem com o do t em po
decorrido ao longo das dez volt as efet uadas pelo referido:
W h
Kd 4
A energia consumida é dada pelo produt o entre a const ant e de disco e o número de volt as
efet uadas pelo m esm o.
E K d Voltas 4 10 40W h
P 610 10 W
Agora obt em os, dest a segunda m aneira, a energia elétrica consumida pelo produt o ent re a
pot ência e o t em po m edidos, observando as devidas conversões de unidades t erem os:
3 54
E 610 2 39,65W h
60 60
Para o cálculo do erro relativo admit irem os com o verdadeira a m edida de energia elétrica
decorrent e da leit ura do instrum ent o de medição de energia elét rica.
40 39,65
Er 100 0,87 %
40
Prim eiram ente vam os calcular o m ódulo da pot ência aparent e na carga, dada pela conhecida
expressão:
Os valores de t ensão e corrent e eficazes foram obt idos das leit uras dos inst rum ent os present es no
experiment o conforme indica a figura de abert ura da present e seção. Agora nos valendo da potência ativa
m edida através do Wat tím et ro, obt em os o fat or de potência da carga.
cos 1
P 610
S 609,4
No devido m om ent o t ecerem os com ent ários acerca do result ado obtido ant eriorm ent e.
Conclu são
Com o já com ent ado em relat órios ant eriores os circuit os trifásicos são am plament e utilizados t ant o
para a transmissão quant o para a ut ilização da energia elétrica, isso se deve pelo fat o das m áquinas elétricas
t rifásicas t enderem a ser m ais eficientes pela ut ilização plena dos circuit os m agnét icos, e t ambém pelo
sist em a t rifásico perm it ir a flexibilidade ent re dois níveis de t ensão, com o observam os na experiência.
Porém exist em algum as desvant agens. Em um sist em a t rifásico genérico pressupunha-se para a
aferição da potência elét rica, no mínim o o triplo de inst rument os de aferição diret a ou indiret a da pot ência
sobre a carga. Cont udo com as devidas m anipulações m at em áticas conseguim os reduzir os núm eros de
aparelhos para aferição dessas pot ências. Viabilizando a m edição da m esm a.
Com base nos conheciment o adquiridos na part e teórica partim os para a experiment ação do
circuit o propost o, em laborat ório. Obt ivem os ent ão m edições de pot ência, t ensão, corrent e, t em po, e
65
POTÊNCIA TRIFÁSICA E M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA
9
m edida de energia elét rica propriam ente dit a. Com base nos dados pudem os efet uar analises t eóricas a
cerca dos fenôm enos observados.
Observam os nos itens (a), (b) e (c) que as m edições, indiret as ou diret as, de energia elétrica
convergem para o m esm o valor, salvo alguns erros intrínsecos as experim ent ações.
No it em (d), com o esperado, o fat or de potência foi prat icam ent e unit ário o que est a associado à
um a carga puram ent e resistiva. No cálculo do fat or de potência aparent em ent e exist e um erro conceit ual
vist o que a potência at iva encont ra-se, ainda que sutilm ente, m aior do que a pot ência aparente. Ist o se dá
devido a erros nos instrum ent os e nas leit uras efet uadas, pois não era possível, no medidor de energia
elétrica, obter diret am ent e o valor da energia, a m esm a t eve que ser calculada com base na const ante do
disco do aparelho.
66
BIBLIOGRÁFIA
BIBLIOGRÁFIA:
FONSECA, Alex. Grandezas elétricas. Disponível em:
<http://www.md.utfpr.edu.br/Intranet/professores/adm/download/apostilas/180544.pdf>.
Acesso em: 24 maio 08.
NILSON, James W. RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos. Rio de Janeiro: LTC, ed. 5,
2003.
67
INDICE
Ligação Delt a, 57
A
Ligação Y, 56
algarismos significat ivos, 6
M
B
M édia arit mética, 7
Bobina BP, 63 M EDIDA DE ENERGIA ELÉTRICA, 62
Bobinas BC1 e BC2, 63 medidor monofásico, 63
C P
Capacitores em paralelo, 31 Pont e de Wheatstone, 17
Capacitores em serie, 32 Potência, 9
circuit o de Nort on, 39 Potencia complexa:, 51
Circuit o de Thévenin, 39 Potência em circuit os exclusivament e Capacit ivos:, 50
circuit os senoidais, 32 Potência em circuit os exclusivament e Indutivos, 50
Conceit o de malha:, 9 Potência em circuit os exclusivament e resistivos, 50
Conceit o de nó:, 9 Potência média e pot ência reat iva, 50
conexão ARON, 61 Potência RM S, 51
Corrent e de fase: , 56 POTÊNCIA TRIFÁSICA, 61, 64
Corrent e de linha: , 56 Precisão, 6
Corrente elét rica:, 9 Primeira Lei de Kirchhoff, 9
D R
Desvio padrão, 7 Resistência:, 9
Disco D, 63 Resistores em paralelo, 10
Resistores em série, 9
resolução, 6
E
Element os passivos no domínio da freqüência, 33
S
Erro aleat ório, 6
Erro de inserção, 15 Segunda Lei de Kirchhoff, 9
Erro grosseiro:, 6
Erro sist emát ico:, 6 T
Exat idão, 6
Tensão de fase, 56
Tensão de linha , 56
F
Tensão RM S, 51
Fasores, 32 Tensão:, 9
Fat or de Potencia, 51 t ensões t rifásicas equilibradas, 56
Formas alt ernat ivas de potencias complexas, 52 TEOREM A DA M ÁXIM A TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA,
freio de Foucault , 63 23
TEOREM A DA Superpsição, 26
Transformadores de corrente (T. C), 49
I
Transformadores de pot encial (T. P), 49
Impedância ( Z) e admit ância (Y) , 34
Indut or, 30 V
Indut ores em paralelo, 31
Indut ores em serie, 31 Valores RM S, 51
inst rument o elet rodinâmico, 48 Volt-Ampere a jusant e: , 17
Volt-Ampere a mont ante, 17
L
W
Lâmpada fluorescent e, 53
Lei de Ohm, 9 Watt ímet ro, 48
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