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UFCD 6033 - TRANSFORMADORES

TECNOLOGIAS APLICADAS
Técnico/a de Eletrotecnia

3.3ºT Elect

Formador José Quaresma

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Técnico/a de Eletrotecnia
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 CARACTERIZAR TRANSFORMADORES
 IDENTIFICAR AS PARTES CONSTITUÍNTESDOS TRANSFORMADORES
 IDENTIFICAR ATRAVÉS DE ESQUEMAS O TIPO DE TRANSFORMADOR
OBJETIVOS
 LIGAR E PROTEGER CORRETAMENTE TRANSFORMADORES
 DIMENSIONAR TRANSFORMADORES
 CONSTRUIR TRANSFORMADORES

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Generalidades:

O transformador é uma “máquina elétrica” estática (sem peças em movimento), cuja


finalidade é a de transmitir por meio de um campo magnético, a energia elétrica de um
circuito para outro sem ligação direta, com um nível de tensão desejado sem alteração da
frequência.

O transformador é um dispositivo eletromagnético constituído por duas bobinas


acopladas através de um núcleo magnético de elevada permeabilidade magnética. O
princípio de funcionamento do transformador baseia-se, no fenómeno da indução
eletromagnética, e em particular da indução eletromagnética mútua entre bobinas.

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A principal função de um transformador é elevar ou reduzir as amplitudes da tensão ou


da corrente entre as bobinas do primário e do secundário.

O transformador carateriza-se pela relação de transformação de tensão entro o primário


e o secundário .
São utilizados numa gama variada de aplicações; elevação e redução de tensão e na
alteração do numero de fases nas redes de transporte e distribuição de energia elétrica,
na redução de tensão ou de corrente em instrumentos de medida, a adaptação de
impedâncias em radiofrequências e frequência intermedia, ou simplesmente o
isolamento galvânico entre partes de um circuito.

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Inventado em 1831 por Michael Faraday, os transformadores são dispositivos que


funcionam através da indução de corrente de acordo com os princípios do
eletromagnetismo, ou seja, funciona baseado nos princípios eletromagnéticos da Lei de
Faraday-Neumann-Lenze.

A lei de Faraday-Neumann-Lenz ou lei da indução de Faraday, ou simplesmente, lei da


indução eletromagnética, é uma das equações básicas do eletromagnetismo. Ela prevê
como um campo magnético interage com um circuito elétrico para produzir uma
força eletromotriz — um fenômeno chamado de indução eletromagnética. É a base do
funcionamentode transformadores, alternadores, dínamos, indutores, e muitos tipos de
motores elétricos, geradores e solenoides

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Faraday-Neumann-Lenz
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Constituição de um transformador: Enrolamentos de cobre eletrolítico

 Enrolamento primário e secundário


constituídos por uma ou mais bobinas (1
monofásico, 2 bifásico ou 3 trifásico).
Normalmente são feitas de cobre
eletrolítico ou alumínio de formato circular
ou retangular ou chapa e recebem uma
camada de verniz sintético como isolante
 Núcleo – normalmente é feito de material
ferromagnético geralmente de aço silício ou
Isolamento entre bobinas
metal amorfo
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Núcleo ferromagnético

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Tensão doCA

primário (V)
CA Tensão do
secundário
(V)

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Fluxo magnético

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Relação de transformação
Relação entre as tensões no primário e no secundário
Relação entre o número de espiras do primário e no secundário
Relação entre intensidades no primário e no secundário

rT – Relação de transformação
Up – Tensão do primário
Us – Tensão do secundário 𝑼𝒑 𝑵𝒑 𝑰𝒔
Np – Nº de espiras do primário 𝒓𝑻 = = =
Ns – Nº de espiras do secundário 𝑼𝒔 𝑵𝒔 𝑰𝒑
Ip – Intensidade no primário
Is – Intensidade no secundário

Se: rT > 1 – transformador abaixador; rT < 1 – transformador elevador.


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Também 4:1, 1:1, 1:100 …230:24, 230:110, 380:110…

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No Transformador Isolador, a tensão que recebe no primário é idêntica à que sai no secundário.
O primário tem as mesmas caraterísticas do secundário e tem por função isolar circuitos.

Np

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O transformador elevador recebe a tensão no primário e eleva


a tensão no secundário
O primário tem menos espiras na bobina, já o secundário, tem
mais espiras na bobina e fio mais fino que no primário

Transformador abaixador recebe a tensão no primário e baixa a tensão


no secundário.
O primário tem mais espiras na bobina do primário, já o secundário
tem menos espiras na bobina
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Transformador com 2 secundários recebe a tensão no primário,


eleva ou baixa dependendo da finalidade e pode no secundário
ter vários secundários com tensões diferentes

Transformador com tomada intermédia no secundário recebe a


tensão no primário, eleva ou baixa dependendo da finalidade e
Possui no enrolamento do secundário um ponto intermédio
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Auto-transformador semelhante ao transformador convencional só que a bobina do


primário e do secundário é a mesma. É utilizado para pequenas potências como elevador ou abaixador.
O seu funcionamento está no fato de a bobina energizada induzir o campo magnético na outra bobina.

L1

Up

Us ajustável

N N
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PRIMÁRIO PARALELO SECUNDÁRIO

1 5 1 5
Fase

Ligações em série e paralelo de transformadores monofásicos 230V


50Hz 230V AC 1A
[Tendo em atenção as polaridades (ponto ] 2 6 2 6

Primário

Primário
15VA

Secundários

Secun.
Neutro

4 8
Quando os enrolamentos estão em paralelo, a intensidade da
4 8

corrente permissível duplica.


Quando os enrolamentos estão em série, a tensão duplica e a 3 7 3 7

intensidade da corrente passa a metade. PRIMÁRIO SÉRIE SECUNDÁRIO

A polaridade de ponto errada na ligação em série a tensão será


“0” e permanece um pequeno desequilíbrio de tensão residual. Se
1 5 1 5
Fase

a conexão de polaridade errada for feita em paralelo, pode 2 6 2 6


30V AC 0,5A

ocorrer um curto-circuito ou sobrecarga.

Primário

Secun.
15VA

Secundários
Neutro Primário
4 8 4 8

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50Hz

3 7 3 7

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SÉRIE PARALELO MONTAGEM PARA UTILIZAÇÃO ESPECÍFICA

Fase
1 5
15V AC Quando temos necessidade de construir uma fonte de alimentação
simétrica como por exemplo de + 12 V e -12 V, para um projeto de
230V
50Hz 2 6
Ponto médio
(tomada) amp op. Esta montagem também é boa para um retificador de onda
Primário

Neutro
0V AC completa com dois díodos.
Secun.
15V AC
Sempre que construir uma alimentação dupla, use a derivação
4 8
central aterrada.
Se você usar apenas dois díodos, pode haver desequilíbrio entre
enrolamentos o que influencia a vida útil do transformador, aqui,
3 7
há a probabilidade de o núcleo ficar magnetizado.

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TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS
São utilizados para o fornecimento e transporte de energia
a grandes distâncias de sistemas de potência elétrica

Transformador
elevador

3.3ºT Elect Transformador High Voltage Power Transformer Banco De Imagens Royalty Free, Ilustrações, Imagens E Banco De Imagens.. Image
abaixador 40954557. (123rf.com)

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Existem dois tipos de transformadores trifásicos:


- Tipo núcleo,
- Tipo couraçado

Diferenças:
A diferença entre o transformador trifásico do tipo
núcleo e outro do tipo couraçado está no fato de
num transformados trifásico do tipo couraçado as
tensões estão menos distorcidas nas saídas das fases

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Tipo núcleo Tipo couraçado

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Constituição
Tal comos transformadores monofásicos, são constituídos por núcleo
de ferro silício, 3 bobinas no primário e 3 bobinas no secundário

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Os tipos de ligação em cada enrolamento, até mesmo da mesma


coluna podem ser feitos com vários arranjos, o que ocasionará
um desfasamento. Este desfasamento designa-se como índice horário.

O ângulo de desfasamento corresponde ao ângulo que formam o


ponteiros das horas e o ponteiro dos minutos de um relógio, tendo
como referências as 12 horas como 0º .

Exemplo:
Um transformador ligado em triângulo no primário e estrela no
secundário com desfasamento de -30º, pertence ao índice DY11

D –Triângulo
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Y –Estrela
Z – Zig-zag -30

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Grandezas nominais
Nos transformadores trifásicos apesar de os princípios serem os mesmos que os utilizados nos transformadores
monofásicos, existem algumas diferenças em relação às suas grandezas.

Relação de transformação
- I (A) fase 1
- I (A) fase 2
Perdas em vazio
Utilizando o método dos dois Wattímetros,
+ e onde e são as potências indicadas por cada
um dos aparelhos

Relação global de transformação

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Ligação em estrela Ligação em triângulo

e e

Potência ativa Potência reativa

Potência aparente Rendimento

Sabendo que
Potência nominal

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Paralelo de transformadores trifásicos


Requisitos:
1 - Igualdade de tensões e relação de transformação.
2 – Igualdade de desfasamento dos diagramas vetoriais ( do secundário em relação ao primário).
3 – igualdade de sequência.
4 – Igualdade de tensões de curto circuito.
5 – Uma relação de potência compatível.

Cumprindo estas cinco condições, pode-se efetuar o paralelo de dois ou mais transformadores

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1000V
1000V
R(L1)

S(L2)
Transformador 1 Transformador 2
1000V
T(L3)

U V W U V W

TR1 TR2
1000V/100V 100V/10V

u v w u v w

Transformador 1 Transformador 2 1000V


R(L1)

S(L2)

T(L3)

U V W U V W

TR1 TR2
1000V/100V 1000V/100V

u v w u v w

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Igual desfasamento de diagramas vetoriais (secundário em relação ao primário)


Y = alta tensão
y = baixa tensão
U
1 1 1 D =“alta tensão”
d = “baixa tensão”
Z = ‘ alta tensão’
W V
Z =´’baixa tensão’
2 2 2
V W
0 0 0 1

U V W 0
U 2

1 2 1

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A condição fundamental para que os transformadores possam trabalhar em paralelo,
é que os terminais a juntar entre si se encontrem em todos os instantes ao mesmo potencial

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Dada a existência de perdas por efeito de Joule, haverá


aquecimento no interior dos transformadores, aquecimento
esse que deverá ser dissipado.
Nos transformadores de pequena potência, essa dissipação
processa-se por convecção natural. Para os transformadores
de média potência, essa dissipação é realizada mergulhando o
corpo do transformador em óleo mineral que, para além de
melhorar o fator de dissipação, aumenta o Isolamento elétrico.
Para transformadores de elevada potência, adiciona-se a
convecção forçada de óleo.

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Os transformadores “especiais”, apesar de observarem as mesmas condições e regras relativas aos transformadores
Comuns, são mais exemplos específicos de aplicações destes princípios do que propriamente transformadores
ditos diferentes.
i1
a i2

U1
I2 – i1 u2 Carga

É possível construir um transformador com um único enrolamento de N1 espiras do qual uma parte,
com N2 espiras, serve de enrolamento secundário.
Ao ser alimentado o primário por uma tensão U1, aparece no secundário, por indução, uma f.e.m. E2, tal como no
transformador usual. Desprezando as perdas internas, isto é, considerando que o autotransformador é ideal,
temos como já vimos: S1 = S2 Û U1 I1 = U2 I2.

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Um autotransformador variável muito vulgar, o "variac", consiste num enrolamento sobre um núcleo de ferro
toroidal tendo uma escova de carvão, solidária a um eixo rotativo que pode deslizar sobre as espiras do
enrolamento, conforme é indicado esquematicamente na figura

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VANTAGENS
Aparelho económico - o autotransformador, tendo apenas um enrolamento torna-se mais económico porque
exige menos condutor e tem um volume total inferior (para a mesma potência).
Bom rendimento - as perdas por efeito de Joule são inferiores visto ter apenas um enrolamento, pelo que o
rendimento é superior.
Menor queda de tensão - as quedas de tensão, resistiva e indutiva, são inferiores, pelos motivos apontados,
pelo que mantém uma tensão mais constante com as flutuações da carga.

DESVANTAGENS
Isolamento da B.T. e dos enrolamentos, em relação à massa - o primário e o secundário não estão isolados
eletricamente entre si como acontece no transformador, pelo que no autotransformador há um ponto comum.

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APLICAÇÕES
É principalmente devido aos problemas de isolamento entre o primário e o secundário e entre estes e a
"massa" que o autotransformador não pode substituir o transformador na grande maioria das aplicações.
Por isso o autotransformador é geralmente utilizado ou com tensões baixas ou quando os níveis de tensão no
primário e no secundário são muito próximos.
O autotransformador trifásico também é utilizado no arranque de motores assíncronos de elevada potência.
Por intermédio do autotransformador começa por aplicar-se ao motor uma tensão reduzida no arranque, de
forma a reduzir a corrente de arranque; quando o motor atingiu já uma velocidade próxima da nominal
aplica-se-lhe finalmente a tensão total, manual ou automaticamente.
Outra das várias aplicações do autotransformador é no arranque das lâmpadas de vapor de sódio de baixa
pressão. Aqui a sua função é a de proporcionar no arranque uma tensão superior à da rede, provocando a
descarga no tubo.

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TRANSFORMADORES DE MEDIDA INTRODUÇÃO


A ligação direta de aparelhos de medida num circuito de alta tensão além de perigosa obrigaria a construir estes
aparelhos com enormes dimensões dada a necessidade de elevado nível de isolamento e grandes secções para as
bobinas. Assim, os aparelhos de medida são ligados ao secundário de um transformador de medida no qual se obtêm
as grandezas a medir já reduzidas a valores convenientes e sem perigo.
O transformador de medida, para além da segurança, tem ainda a função de aumentar o campo de medida (apenas em
corrente alternada) do aparelho a utilizar, tal como os "shunts" e as resistências adicionais respetivamente para os
amperímetros e voltímetros.
Assim se quisermos medir uma corrente até 50 A (alta ou baixa tensão) e tivermos apenas um amperímetro de 5 A
podemos usar um transformador de Intensidade (T.I.) de relação de transformação 50/5 A, ao secundário do qual
ligamos o amperímetro.
O transformador de tensão (T.T.) permite fazer a extensão do campo de medida dos voltímetros para tensões acima de
500 V.
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TRANSFORMADORES DE TENSÃO (T.T.)

Dado que no primário a tensão é mais elevada, este tem mais


espiras do que o secundário e tem também um nível de
isolamento mais elevado.
Em virtude de a resistência interna do voltímetro ser bastante
elevada, a corrente no secundário, e portanto no primário, é
baixa, pelo que a secção dos condutores é reduzida. O facto de
a corrente ser bastante reduzida tem como consequência que o
T.T. funciona em regime próximo do ensaio em vazio.
Por conseguinte a tensão U2 lida pelo voltímetro depois de
multiplicada pela relação de transformação rt=N1/N2 traduz
quase fielmente a tensão a medir U1.
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TRANSFORMADORES DE INTENSIDADE (T.l.)


O primário do transformador de intensidade é ligado em série ao circuito cuja intensidade de corrente se quer
medir O enrolamento secundário fecha-se sobre o aparelho de medida (amperímetro, bobina amperimétrica de
wattímetro, etc.). Na figura é exemplificado este tipo de ligação.

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TRANSFORMADORES DE NÚMERO DE FASES


Além das potencialidades já apontadas, o transformador tem ainda uma bastante importante: permite, através de
uma montagem conveniente de enrolamentos, a transformação de um sistema polifásico (n fases) num outro
sistema também polifásico mas com um número de fases diferente.
Podemos obter, entre outras, as seguintes transformações:
Ø Trifásico em monofásico e Trifásico em bifásico
Ø Trifásico em hexafásico (6 fases)
Ø Trifásico em dodecafásico (12 fases)

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TRANSFORMAÇÃO TRIFÁSICO - BIFÁSICO


A transformação mais utilizada é, sem dúvida, a transformação de trifásico em bifásico. O sistema bifásico é metade
de um sistema tetrafásico, conforme representamos na figura
Interessa ter uma alimentação com duas fases quando se pretende alimentar 2 recetores monofásicos de elevada
potência, os quais introduziriam um desequilíbrio inaceitável se fossem ligados diretamente à rede trifásica. Como
exemplo temos o caso de duas máquinas de soldar ou de uma rede de tração elétrica.

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Os dispositivos de proteção são complementados nessa tarefa por disjuntores que desligam o elemento
defeituoso isolando completamente a área sob defeito

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Proteção diferencial
Baseia-se na leitura do primário e do secundário de um transformador
É capaz não só de eliminar todos os tipos de curto-circuitos internos
do transfromador, inclusive entre espiras

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Proteção de máxima corrente


É instalada porque a proteção de fase não consegue ser
disparada em sistemas com alta impedância de terra (as
correntes são demasiado pequenas) ou mesmo por falta
de3 impedância. Assim, pode ser complementarizada com
os relés 50N/51N.
A logação do transformador define também a possibilidade
de instalar o relé de sobre corrente de terra no lugar do de
sobre corrente de neutro quando temos um transformador
de corrente instalado no ponto de terra do transformador
(lado estrela)

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Proteção de massa
Verifica o isolamento do transformador à terra

Proteção Térmica
Um transformador pode elevar a temperatura do núcleo devido ao aumento de fluxo magnético. Para
transformadores de grande porte deve haver cuidados acrescidos no sentido de controle de temperatura. O relé de
controlo de temperatura deve ser devidamente regulado para tal, tendo atenção à curvatura de dano especificada
para o tipo de transformador.

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Dimensionamento de um transformador
O dimensionamento de um transformador é um assunto bastante amplo para ser abordado de forma breve,
contudo, para situações que não possua requisitos especiais, o vulgar transformador com núcleo em forma de
“8” (chapas metálicas em forma de “E” e “I” é suficiente).

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Para a nossa construção vamos aceder aos “sítios”

PY2BBS - Hamradio Page


Calculo de Transformadores II (physika.info)

Ambos possibilitam o cálculo de transformadores online, mediante a inserção dos dados relativos aos
Transformadores pretendidos

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PY2BBS - Hamradio Page

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Calculo de Transformadores II (physika.info)

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Bibliografia
Marques Afonso, ELETRÓNICA XXI, Publindustria, Edições Técnicas 2011

https://eletrofisica1.blogspot.com/2016/10/transformadores.html?
showComment=1605698410452#c8915916758426867489

TransfEsp2 (ipv.pt)

PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - ppt carregar (slideplayer.com.br)

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