Você está na página 1de 6

SAÚDE COLETIVA: ATUAÇÃO DO

FISIOTERAPEUTA NA SAÚDE COLETIVA


Edna Moreira Vieira¹
Maria Elizabeth S. do Nascimento Batista¹
Frederico Magalhães da Silva²

RESUMO

O corrente trabalho busca apresentar a atuação do profissional de fisioterapia dentro da saúde


coletiva, de tal modo que possamos compreender o que seria a saúde coletiva e a inserção do
fisioterapeuta através de pesquisas em textos que corroboram com a temática do trabalho.
Observamos também que mediante a presença de novos caminhos da saúde surgindo com o advento
das novas tecnologias, o profissional tem um vasto campo de informações para que possa exercer
melhor seu papel.

1. INTRODUÇÃO

O fisioterapeuta age em nível primário executando ações de promoção, prevenção e educação em


saúde, no nível secundário realizando diagnóstico prévio e o respectivo tratamento, e, no nível
terciário, age diretamente no processo de reabilitação, minimizando as incapacidades. São os três
estágios que conhecemos do profissional, para que assim em seus atendimentos ele possa realizar de
forma clara, objetiva e direta proporcionando ao paciente uma seguridade e relevância em seu
tratamento.
Importante salientar a existência da fisioterapia reabilitadora, uma ação que apesar age de forma
clínica, ou seja, apenas na reparação de danos seja buscando a cura de determinadas doenças que
restringem a locomoção humana, seja reabilitando sequelas de patologias diversas ou
desenvolvendo a capacidade residual funcional de indivíduos que tiveram lesões irreparáveis de
determinadas funções. Onde surge a fisioterapia coletiva, na qual irá fazer todo tratamento além de
possibilitar e incentivar a atuação também no controle de risco, ou seja, no controle de fatores que
potencialmente podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Dessa maneira, será mostrado as visões dos discentes através das pesquisas feitas sobre a temática
para assegurar o conhecimento obtido em aula, bem como o fortalecimento da profissão no teor
conceitual, assim, por conseguinte, a atuação dos profissionais no âmbito de atendimentos, em
especial, dentro da saúde coletiva.
2

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao nos depararmos com o conceito de saúde coletiva compreendemos pela sua grafia que se dá pelo
processo de coletividade, ou seja, um conjunto de fatores que envolvem a sua prática. Desse modo,
precisamos analisar e reestruturar a teoria, uma vez que necessita-se entender o conceito de
fisioterapia. De acordo com BISPO (2010),

“Desde a sua origem, a fisioterapia tem um caráter essencialmente curativo e reabilitador. Em


decorrência das guerras e do alto índice de acidentes de trabalho, gerou-se grande número de
óbitos e mutilados, em sua maioria de homens em idade produtiva, desencadeando uma baixa
na força de trabalho.”

Salientamos ainda que compreendido em aula, sabemos que a fisioterapia é “definida como um
campo da Saúde o qual estuda, previne e trata as alterações cinéticas funcionais intercorrentes em
órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças
adquiridas”, assim afirma Leal et al (2015). Assim, podemos abranger o campo o qual estamos
analisando, a saúde coletiva e a atuação do profissional.
Para que possamos entender a atuação desse profissional, precisamos primeiramente entender o que
é a saúde coletiva.
“Em meados da década de 1970, os limites de acesso de grande parte da população brasileira
aos serviços públicos de saúde desencadearam a organização de um movimento político
responsável por um conjunto de reivindicações e pela formulação de princípios que
fundamentaram a reforma sanitária brasileira. A universalização do acesso e a
descentralização da gestão dos serviços de saúde marcam a organização do Sistema Único de
Saúde do país” (FIOCRUZ, Observatório Juventude C&T)

Observados os fatos apresentados, compreendemos a necessidade de se obter uma ação que pudesse
ter outros meios para que a atuação do fisioterapeuta pudesse ser executada de forma clara, direta e
transparente. Sendo assim, em 2013 foi criado o SAD - Serviço de Assistência Domiciliar,
regulamentado pela portaria nº 963, de 27 de maio de 2013, no qual o fisioterapeuta se faz
presente, como opção para o atendimento ao usuário (BRASIL, 2013).
A integralidade é considerada como um dos conceitos mais caros às novas propostas em Saúde
Coletiva, e este princípio se aproxima da valorização das subjetividades e singularidades de cada
paciente e se distancia do paradigma biomédico mecanicista e reducionista. Ou seja, existe aqui
uma valorização da atuação do profissional bem como os resultados a serem obtidos com essa nova
prática. Nessa perspectiva, é importante que compreendamos que se faz mais do que necessário um
planejamento e organização do profissional ao executar suas atribuições nessa categoria de
atendimento. Assim, a fisioterapia coletiva se organiza conforme mostra a figura a seguir:
3

Imagem 1: Diagrama do modelo de fisioterapia coletiva

Quando o autor Bispo Júnior relata sobre o profissional está vindo destinar sua atenção, que quase
exclusivamente é na busca da cura a doentes e a reabilitação de sequelados é basicamente através
dessa organização na sua prática. Ou seja, ele nos impõe propostas de como o profissional deve
trabalhar, para que assim, seja feito um exercício da função bem elaborado configurando em
resultados positivos.
A Saúde Coletiva nos traz uma nova visão, Bispo (2007) vem afirmar que:
uma vez que a fisioterapia tenha ampliado e aprofundado seus conhecimentos técnicos e
alargado sua área de atuação, a exemplo da acupuntura, estética, Pilates, RPG, fisioterapia
desportiva e fisioterapia respiratória, essa ampliação ocorreu, majoritariamente, no nível
terciário. Mesmo com a ampliação das possibilidades de atuação do profissional, ainda
predomina uma atenção destinada à recuperação de distúrbios ortopédico-traumatológicos e
neurológicos. (BISPO, 2007)

Essa colocação do autor nos mostra e assegura que o profissional da fisioterapia ainda está
vinculado ao tratamento simples e unitário, é justamente a quebra desse paradigma que o trabalho
buscou mostrar a importância da atuação na coletividade fisioterapêutica, como será visto nos
resultados.

3.METODOLOGIA

Para findar os conhecimentos e busca para a conclusão do presente trabalho, foram feitas pesquisas
em sites acadêmicos e artigos que corroboram com a temática, a Saúde Coletiva e o papel do
profissional da fisioterapia.
Leituras permitiram compreender sobre a real situação do que é a Saúde Coletiva, assim como as
visitas a sites da área da saúde e fisioterapia. Os estudos foram fundados em discussões entre a
4

dupla para que se pudesse compreender o papel do profissional, bem como sua atuação
e verificação dessa prática.
Ao realizarmos os estudos e pesquisas bibliográficas, montamos o artigo na busca de mostrar nosso
ponto de vista sobre o tema geral que será apresentado no tópico a seguir, bem como a conclusão
do trabalho.
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com os autores pesquisados e estudados, podemos compreender que a saúde coletiva,
uma nova prática inserida na saúde, especialmente na fisioterapia tem ganhado mais espaço, uma
vez que a fisioterapia passa a não ser somente um campo de tratamento e busca pela cura dos
pacientes, como também pela construção do perfil profissional mais capacitado e engajado nas
modernidades da saúde.
Os autores relatam e mostram que a prática do profissional na saúde coletiva garante resultados
mais eficazes, além de promover uma nova atuação dos fisioterapeutas. Válido também ressaltar
que a organização e planejamento é o fator principal para que a saúde coletiva seja executada de
forma mais direta e centrada em seus objetivos.
A atuação do profissional da fisioterapia dentro da saúde coletiva se dá não somente nessa
construção do perfil atualizado, moderno, em especial, como também na valorização da atuação
desse profissional disposto a buscar melhorias para seu campo de trabalho e por conseguinte gerar
novas visões e perspectivas, uma vez que a saúde coletiva lhe propõe atualizações na sua maneira
de trabalhar saindo do comodismo.

REFERÊNCIAS

Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do


Sistema Único de Saúde (SUS), 2013.

da SILVA, Carolina Veras Pessoa; de ALMEIDA. FISIOTERAPIA E SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE
CRÍTICA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL - Disponível em:
http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/cadernos-educacao-saude-fisioter/article/view/714

GASPERINI, Leonardo. QUAL A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADE DE EMERGÊNCIA?


PortalPEBMED 2020. – Disponível em: https://pebmed.com.br/qual-a-atuacao-do- fisioterapeuta-em-
unidade-deemergencia/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext – Acesso em 15 de
Abril de 2022.

JÚNIOR, José Patrício Bispo. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades
profissionais. 2007

LEAL, Daiane Pontes; SANTOS, Wine Suélhi dos; LEITE Pedro de Sousa. A FISIOTERAPIA E A
SAÚDE COLETIVA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 2015 Faculdade Leão Sampaio –
Juazeiro do Norte (CE), Brasil.
5
Edna Moreira Vieira¹
Maria Elizabeth S. do Nascimento Batista¹
Frederico Magalhães da Silva²
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC8958BFI) – Prática do Módulo II- 04/12/23

Você também pode gostar