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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2
CINESIOTERAPIA ......................................................................................... 58
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 94
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NOSSA HISTÓRIA
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FISIOTERAPIA NA UTI
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RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS NA UTI
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recuperação das funções, por meio do diagnóstico e do prognóstico funcional, com
base em suas indicações (Tabela 1) e nos objetivos estabelecidos (Tabela 2).
Os diferentes recursos fisioterapêuticos da terapia de higiene brônquica
destinam-se a pacientes em VMI ou em ventilação espontânea (VE), com seu
respectivo mecanismo de ação e procedimentos específicos.
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Em condições fisiológicas, a depuração brônquica requer normalidade nos
movimentos de depuração mucociliar e na resistência de vias aéreas, além de tosse
eficaz. Na UTI, são considerados pacientes hipersecretores aqueles que apresentem
aumento na produção de muco acima de 25mL/dia ou que necessitem de aspiração
nas vias aéreas mais de uma vez em um intervalo de 2h. Nessas situações de
hipersecretividade, as técnicas que facilitam a depuração brônquica serão mais
eficazes e trarão melhores efeitos.
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Figura: Recursos fisioterapêuticos de terapia de higiene brônquica para pacientes em ventilação
mecânica invasiva (VMI). Fonte: adaptada de França et al., 2012.
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Tal efeito também ocorrerá em pacientes com idade avançada, tabagistas, com
síndrome de Kartagener, também denominada discinesia ciliar primária, ou em
condições de hiperoxia prolongada, por produção de radicais livres que reduzem os
movimentos fisiológicos dos cílios brônquicos.
Drenagem postural.
Percussão no tórax.
Compressão no tórax.
Vibração no tórax.
Aspiração nas vias aéreas.
Controle postural.
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As técnicas descritas para promover o alcance dessas finalidades são:
Estado de consciência.
Nível de colaboração do paciente.
Capacidade do paciente de tolerar o procedimento.
Via aérea artificial: TOT ou TQT.
Recomendações fundamentadas em evidências.
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utilizadas para facilitar a depuração e a higiene brônquica de pacientes em VMI estão
descritas a seguir.
DRENAGEM POSTURAL
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Ao término do procedimento, poderá ser aplicada uma técnica de expiração
forçada (TEF), como a tosse ou o huff, ou huffing, nos pacientes sem uso de VMI.
Para pacientes em VMI, realiza-se aspiração traqueal pela via aérea artificial (VAA).
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Figura: Posicionamento com os segmentos broncopulmonares para promover drenagem postural.
APLICAÇÃO DA TÉCNICA
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Como mencionado anteriormente, o procedimento para a drenagem postural
consiste em posicionar o paciente de modo que a gravidade auxilie o transporte de
secreções das pequenas vias aéreas para as vias aéreas centrais. Dependendo do
segmento a ser drenado, o paciente pode ser posicionado sentado, em prono, supino,
decúbito lateral ou com a cabeça abaixo do nível do corpo em um ângulo entre 15 e
30 graus, como nas figuras abaixo.
FONTE: Pryor J and Prasad S (eds) (2008): Physiotherapy for Respiratory and Cardiac
Problems (4th ed). Edinburgh: Churchill Livingstone, p 167
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postura. O melhor mesmo é que o tempo em que cada paciente vá permanecer na
postura de drenagem seja orientada pela ausculta pulmonar. Tão logo a secreção
tenha sido eliminada e tenha havido melhora na ausculta pulmonar, muda-se o
decúbito.
HUFFING
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TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR
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Incluem-se os exercícios respiratórios e a espirometria de incentivo.
O uso clínico da RPPI foi descrito pela primeira vez por Motley em 1947, sendo
seus objetivos principais o aumento do volume corrente e consequentemente
aumento do volume-minuto, otimizando as trocas gasosas. Desde então foi
amplamente utilizada por fisioterapeutas no atendimento de pacientes em VE, mas
seu uso sempre foi considerado controverso e inconsistente. É uma técnica que pode
ser utilizada para pacientes intubados e não-intubados e consiste na aplicação de
pressão positiva nas vias aéreas durante a fase inspiratória. Pode ser realizada com
ventiladores ciclados a volume, pressão, tempo e fluxo ou com hiperinsuflador manual
(ambú).
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A EPAP é uma técnica que consiste na aplicação de pressão positiva
somente durante a fase expiratória do ciclo respiratório. Esta pressão positiva é
produzida por dispositivos que geram resistência ao fluxo expiratório, como válvulas
spring-loaded, que podem estar conectados a máscaras, bocais ou diretamente à via
aérea artificial (VAA) dos pacientes. A pressão positiva expiratória final (positive
expiratory end pressure - PEEP) produzida promove aumento dos volumes
pulmonares e recrutamento alveolar.
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pulmonares maiores pode aumentar a pressão transpulmonar e favorecer a expansão
alveolar e a desobstrução de vias aéreas.
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EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DIAFRAGMÁTICO
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inspiração máxima for realizada (VC e CRF), será gerada uma mesma fração de
volume inspirado.
Para este exercício, o paciente realiza uma inspiração profunda e lenta pelo
nariz e, em seguida, faz uma expiração com a utilização da técnica freno labial. Na
fase inspiratória, deve realizar uma contração voluntária do músculo diafragma,
fazendo com que haja uma distensão abdominal. Esse exercício permite uma maior
expansão pulmonar, por aumento da ventilação nas bases, beneficiando aqueles cuja
complacência pulmonar esteja diminuída.
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EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
INSPIROMETRIA DE INCENTIVO
São aparelhos que oferecem um estimulo visual para o paciente, como forma
de encorajá-lo a realizar uma inspiração máxima sustentada e alcançar a capacidade
pulmonar total. A execução é feita com parte do volume residual seguido de uma
inspiração máxima até atingir a capacidade pulmonar total e aplicada no incentivador
por via oral, ativa e profunda, de inicio rápido e mantido no final, no qual ocorre o
maior incremento do trabalho ventilatório.
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Após a inspiração máxima pode-se ou não realizar uma pausa inspiratória fora
do bocal, que potencializa o ar intra-alveolar e ocorre maior ventilação colateral e o
recrutamento de unidades alveolares colapsadas.
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durante a fase expiratória que deve ser forçada e longa. Em seguida, pede-se ao
paciente que realize uma inspiração profunda; nesse momento encontrará uma
resistência promovida pelo fisioterapeuta que, no mesmo momento, retira a
compressão bruscamente, o que direciona o fluxo ventilatório para a região
dependente e promove a expansibilidade da região a ser tratada.
TERAPIA DE REMOÇÃO DE
SECREÇÃO
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Dentre eles, a intubação traqueal, relacionada à interrupção do sistema
mucociliar, modificação reológica do muco, a imobilidade imposta ao paciente, a
fraqueza generalizada com piora da efetividade da tosse, e a restrição de líquidos que
pode contribuir para o aumento da viscosidade do muco.
a) o diagnóstico funcional;
f) o custo operacional;
g) a preferência do paciente.
c) técnicas de oscilação e
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operacional, tendo impacto na função muscular, distribuição ventilatória, clearance
mucociliar, oxigenação e regionalização da CRF, com efeito protetor na
hiperdistensão alveolar.
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infamatória sistêmica (SRIS), défcit nutricional e exposição a agentes farmacológicos
como bloqueadores neuromusculares e corticosteróides que podem afetar
adversamente o status funcional e resultar em maior período de intubação orotraqueal
e internação hospitalar.
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Estes fatores também aumentam a probabilidade desses pacientes
desenvolverem polineuropatia do paciente crítico, com prejuízos significativos ao
sistema musculoesquelético. A associação da VM prolongada com os efeitos do
imobilismo resulta em perda das fibras musculares, acarretando significativa redução
da força muscular respiratória e periférica. Assim o tempo de imobilidade ditará a
gravidade da disfunção contrátil pelas mudanças nas propriedades intrínsecas das
fibras musculares.
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Além do imobilismo, que causa atrofia muscular por desuso, a fraqueza
muscular adquirida na UTI, pode ser causada pela miopatia ou polineuropatia do
doente crítico. Como alternativa de prevenção e tratamento dessas doenças
neuromusculares a fisioterapia tem sido defendida através de programas de
mobilização precoce do paciente crítico. Entretanto, ainda são escassas as
publicações envolvendo a aplicação uniforme de protocolos de mobilização pela
fisioterapia em pacientes críticos, assim como, são necessários mais estudos dos
seus efeitos sobre a função pulmonar, desmame da ventilação mecânica, qualidade
de vida, tempo de estadia na UTI e internamento hospitalar.
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TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
Este recurso também é bastante utilizado na prática clínica como técnica para
acelerar o desmame da VM pelo aumento de força e resistência dos músculos
respiratórios em pacientes dependentes da VM. Entretanto, existem apenas quatro
estudos de relatos de séries de caso que demonstram os benefícios destes
dispositivos no ganho da força dos músculos inspiratórios, aumento do tempo de
respiração espontânea e promoção do desmame da VM.
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aplicação do TMR duas vezes ao dia com carga de 1/3 da Pimáx em 49 pacientes
capazes de respirar por períodos maiores que 2 horas de respiração espontânea.
Sendo assim, verificamos que ainda não existe na literatura evidência dos
benefícios independente do TMR com estes dispositivos no desmame da VM. Embora
vários estudos demonstrem um potencial efeito benéfico, nenhum desses estudos
inclui grupo controle. Portanto justifica-se a urgência na realização de estudos
controlados e randomizados para respaldar com maior consistência esta prática já
consolidada para outras situações clínicas que demonstrem fraqueza muscular
respiratória fora do ambiente da UTI.
FISIOTERAPIA NA PRÁTICA !
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a) O decúbito prono é o mais recomendável para esse treinamento, pois facilita a
relação ventilação-perfusão.
b) No treinamento com carga linear pressórica, a resistência inspiratória
Resposta correta: B
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FALSA , não existe estudos com bexigas.
POSICIONAMENTO FUNCIONAL
MATERIAL NECESSÁRIO:
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o O contexto onde são prestados os cuidados;
o A funcionalidade e compatibilidade com os locais da prestação de cuidados.
o
Princípios gerais:
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o Registar a posição adotada, a frequência e a avaliação dos resultados no
regime de reposicionamentos.
o Decúbito dorsal;
o Decúbito semidorsal (direito/esquerdo);
o Decúbito lateral (direito/esquerdo);
o Decúbito ventral;
o Decúbito semiventral (direito/esquerdo);
o Posição de Fowler.
Decúbito Dorsal
Membros superiores:
Ou:
Membros inferiores:
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o Colocação de uma pequena almofada na região poplítea para promover
o relaxamento dos músculos abdominais;
o Se necessário, poderão colocar-se pequenas almofadas nas regiões
aquilanas de forma que os calcâneos se encontrem elevados e sem pressão;
o Posicionar o pé em ângulo reto com o auxílio de almofadas.
Decúbito Lateral
Membros superiores:
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o O membro superior do lado contrário ao decúbito: flexão da escapulo-
umeral fazendo um ângulo de aproximadamente 90º. Membro apoiado em almofada
com pronação do antebraço, punho e dedos em extensão.
Membros inferiores:
DECÚBITO SEMIDORSAL
Membros superiores:
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o Do lado do decúbito posiciona-se em ligeira abdução e rotação interna
da escapulo-umeral, a mão apoiada na cama ou flexão do cotovelo, antebraço em
supinação e mão em extensão apoiada em almofada;
o Do lado oposto ao decúbito posiciona-se a escapulo-umeral em ligeira
abdução, cotovelo em ligeira flexão, punho em posição neutra, dedos em extensão,
todo o membro apoiado na almofada.
Membros inferiores:
DECÚBITO VENTRAL
Membros superiores:
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o Podem ser posicionados em extensão e adução ou com abdução e
rotação externa de escapulo-umeral.
Membros inferiores:
DECÚBITO SEMIVENTRAL
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o A cabeça posiciona-se para o lado oposto ao decúbito, com ou sem
almofada.
Membros superiores:
Membros inferiores:
Posicionamento em Fowler
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1. Instruir sobre o procedimento e solicitar a colaboração da pessoa de
acordo com as suas capacidades;
2. Partindo do decúbito dorsal elevar a cabeceira do leito entre 30 e 60º;
3. Este posicionamento pode ser adaptado a cada pessoa de acordo com
a sua condição física (sensibilidade, força e equilíbrio). O uso de maior
ou menor número de almofadas obedece ao grau de dependência da
pessoa.
Membros superiores:
Membros inferiores:
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Em um paciente acamado, o posicionamento que
promove maior capacidade residual funcional
pulmonar é o de : SEDESTAÇÃO NO LEITO, que
é o mesmo que sentado no leito.
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A aplicação desta técnica tem sido consistentemente associada com aumento
de massa, força e endurance muscular em uma grande gama de situações clínicas
que apresentam fraqueza muscular por desuso e inervação muscular anormal.
Quando combinada com o programa de exercícios físicos, melhora significativamente
a força muscular comparada com o uso do programa de exercícios isoladamente.
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CRITÉRIOS E MECANISMOS DE SEGURANÇA NA
MOBILIZAÇÃO PRECOCE DO DOENTE CRÍTICO
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ortostatismo, caminhada estática, transferência da cama para poltrona, exercícios na
poltrona e caminhada. A força tarefa recomenda ainda que o fisioterapeuta deva ser
o profissional responsável pela implantação e gerenciamento do plano de
mobilização. Esta sequência de atividades reflete especificidade para o treinamento
de futuras tarefas funcionais.
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O aumento da FiO2 e do suporte de pressão do ventilador pode oferecer maior
reserva cardiorrespiratória para os pacientes realizarem a mobilização com maior
segurança e resposta fisiológica ao exercício. Em pacientes que estão em respiração
espontânea, o uso suplementar de oxigênio e de técnicas de ventilação não invasiva
(VNI) melhora a função cardiopulmonar em repouso além de diminuir o estresse
cardiorrespiratório e potencializar os benefícios fisiológicos do exercício físico em
pacientes cardiopatas e pneumopatas crônicos. Esta conduta tem sido extrapolada
para o doente crítico na prática clínica, apesar de haver uma carência de estudos que
demonstrem a eficácia desta prática nesta população.
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(SIRS) e sepse. Sendo de fundamental importância para melhor evolução à avaliação
para diagnóstico funcional prévio com a escala da Medida de Independência
Funcional (MIF), e assim quantificar a perda funcional durante internamento
(FRANÇA et al., 2012).
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MOBILIZAÇÃO PRECOCE
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PROTOCOLOS DE MOBILIZAÇÃO PRECOCE
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Gosselink et al. (2012), foi descrito nas recomendações brasileiras de fisioterapia no
paciente crítico adulto, aplicado em cinco fases, como dispunha na Tabela 2.
Silva et al. (2014) analisou 875 estudos, sendo selecionados oito ensaios
clínicos para investigação, destes, em UTIs europeias, norte americanas, asiática e
brasileira, sendo observado melhora da força muscular, aumento da independência
funcional, menor tempo de ventilação mecânica, baixo nível de eventos adversos
após protocolo de exercícios sem aumento de custos. Já Azevedo et al. (2015) em
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sua revisão relata que as limitações encontradas em sua análise decorrem das
características intrínsecas da complexidade das respostas do doente crítico à doença,
como também a ausência de um instrumento consistente que correlacione a melhora
dos níveis de forças com a mobilização precoce na fraqueza muscular resultante da
administração medicamentosa.
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passíveis de mudanças incluíram educação insuficiente sobre os benefícios da
mobilização, comunicação interdisciplinar e falta de liderança em relação a
mobilização. Com implantação de treinamento e conscientização da equipe
multidisciplinar por 3 meses, não fui visualizado mudança no padrão da mobilização,
sugerindo, assim, mudança na prática de sedação para assim possibilitar evolução
de etapas.
É cada dia mais claro a importância de uma equipe treinada com foco na
melhora clínica do paciente para tomada de decisão, buscando facilitar o processo
com o objetivo de promover qualidade no atendimento multidisciplinar.
A mobilização precoce
em pacientes criticamente
doentes está contraindicada
em pneumotórax não drenado.
MOBILIZAÇÃO
PASSIVA E O
TREINAMENTO FÍSICO
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nos movimentos. Nos casos pós-operatórios, por exemplo, há possibilidades de que
estados de rigidez muscular sejam apresentados.
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Chiang et al. 2006, ao estudarem os efeitos do treinamento físico em 32
pacientes sob VM prolongada, submetidos a um treinamento de força e resistência,
transferências de deitado para sentado e sentado para de pé com exercícios
diafragmáticos, observaram melhora na força dos membros, na independência
funcional e no índice de Barthel resultando no desmame da VM de 9 pacientes.
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Malkoc et al. 2009, em outro estudo controlado, com 510 pacientes, avaliaram
os efeitos da fisioterapia na dependência do ventilador mecânico e no tempo de
estadia a UTI. Os pacientes que foram submetidos ao programa de fisioterapia
(n=227) que consistia de fisioterapia respiratória, exercícios no leito e mobilização,
ficaram em média 6 e 10 dias a menos respectivamente em VM e internados na UTI
em relação ao grupo controle (n=233), que não recebeu fisioterapia.
O treinamento físico tem sido cada vez mais reconhecido como um importante
componente no cuidado de pacientes críticos que requerem VM prolongada, ao
proporcionar melhora na função pulmonar, muscular e na independência funcional,
acelerando o processo de recuperação e diminuindo assim o tempo de VM e de
permanência na UTI.
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Em seguida, caso seja capaz de mover os MMSS contra a gravidade, é
realizada transferência assistida do paciente para sentar na borda da cama e iniciado
os exercícios de controle de tronco e equilíbrio. Neste mesmo nível (nível 3), se o
paciente tiver força muscular para MMSS (MRC >4) para flexão de cotovelo e flexão
anterior de ombro, iniciará mobilização aeróbica e/ou contrarresistida.
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RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS QUE COMPLEMENTAM
OS CUIDADOS PALIATIVOS
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dor crônica. O Instituto Nacional de Câncer apoia que 70% dos pacientes com dor
crônica respondem ao TENS, porém, após um ano de uso este índice pode cair para
30%.
CINESIOTERAPIA
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sistêmica os movimentos corporais e posturas. A reabilitação consiste no tratamento
e prevenção de possíveis comprometimentos, melhorar a função física, potencializar
o movimento, diminuir os possíveis riscos à saúde, melhorar a condição de saúde
geral e bem-estar.
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Mckenzie, Williams, Bobath, Klapp, Meziéres, RPG (Souchard), Isostreching, Pilates,
GDS, entre outras muitas técnicas.
CINESIOTERAPIA NA PRÁTICA !!
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b) A função muscular respiratória deve ser trabalhada em todos os pacientes que
Gabarito comentado:
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D - CORRETA - A presença do surfactante reduz o trabalho de expansão
pulmonar a cada respiração, diminuindo a retração elástica do pulmão.
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fraqueza, nervosismo, medos, ruminação de idéias, exacerbação de atos falhos e
obsessivos, além de rituais compulsivos .
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biarticulares, como gastrocnêmios e reto femoral, e os menos afetados são os de
contração rápida.
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Exercícios com pesos leves ou moderados para os principais grupos
musculares podem ser inseridos, considerando sempre o torque gerado e o estágio
que o paciente se encontra (NOZAWA, 2008).
Atividades com descarga de peso como caminhadas, ciclismo, etc. devem ser
inseridas tanto na fase terapêutica quanto na preventiva. Estes exercícios têm a
capacidade de aumentar o estímulo mecânico sobre a articulação o que aumenta a
produção de líquido sinovial e aumenta a massa óssea.
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Sua frequência varia de 5 a 80% dos casos, sendo que 25% dos casos
apresentam grau moderado e 10% grau severo de linfedema. O diagnóstico do
linfedema é realizado através da diferença de pelo menos 2 cm na cirtometria
comparativa entre os membros ou diferença de 200 ml de água deslocada através do
método de infusão do membro. Por cirtometria bilateral considera-se um linfedema
leve quando a diferença entre os membros é inferior a 3 cm, moderado de 3 a 5 cm e
severo acima de 5 cm, sendo que os locais de mensuração mais usuais são na altura
das articulações metacarpo-falangianas, nos punhos, 10 cm distais e 15 cm proximais
do epicôndilo lateral do úmero (SOARES, 2000).
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exercidas não devem superar 40 mm Hg. Acima deste valor ocorre a compressão das
vias venosas responsáveis pela drenagem do líquido excedente (SOARES, 2000).
ATUAÇÃO NA FADIGA
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Parte da fadiga após o tratamento decorre da anemia, sendo necessário na
fase aguda otimizar o gasto energético, impedir os sangramentos e prover
nutrientes como ferro e proteína. A orientação de repouso é necessária em alguns
momentos, mas não deve ser mantida durante toda a evolução da patologia, ou a
fadiga será perpetuada e agravada em seus sintomas. É importante estabelecer um
balanço entre atividade física e conservação de energia. A capacidade funcional
diminui como resultado da inatividade. Vários estudos sobre o uso de exercícios no
tratamento de mulheres com câncer de mama reportaram benefícios psicológicos,
que possibilitaram às pacientes adaptar mais facilmente ao diagnóstico da patologia
e tratamento, e também benefícios quanto à massa muscular (SOCIEDADE, 2013).
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pelo paciente, que seja realizada com satisfação, pelo menos três vezes por semana
por 30 minutos. Além das atividades reconhecidas como exercício (natação, ciclismo,
caminhada, etc.), atividades funcionais também podem ser utilizadas, como
jardinagem, trato de animais, dança ou outros hobbies, sendo importante a
participação de um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional (SOCIEDADE, 2013).
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falta de ar quando a demanda de oxigênio é maior que o suprimento. Este sintoma
pode ser decorrente de alterações no parênquima pulmonar ou redução da trama
vascular com aumento do espaço morto como resultado de quimioterapia, de excesso
de secreção, falta de condicionamento físico, etc (EMMERICH, 2001).
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oscilação expiratória (p.ex: Flutter®), que se utilizado sequencialmente por quatro
semanas há a diminuição da viscoelasticidade do muco (EMMERICH, 2001).
Apesar de ser claro que aspiração remove as secreções das vias aéreas, esta
também está associada ao desenvolvimento de hypoxemia, instabilidade
hemodinâmica, lesões e hemorragias locais. O uso de sedação tópica na sonda, pré-
oxigenação e preparo profissional minimizam estas ocorrências (GAMBAROTO,
2006).
71
motores de um hemicorpo, de algum segmento ou global, movimentos involuntários,
paralisias, dificuldades de comunicação, alterações na percepção e alterações
autonômicas (AZEREDO, 1996).
Uma complicação neurológica que pode afetar até 5-10% dos casos de câncer
é a compressão da medula espinhal, originada de tumores primários ou
metástases. A região torácica é a mais acometida, seguida pela região lombar e
cervical respectivamente. Os principais sintomas são dor, fraqueza muscular,
parestesias e disfunções vesicais. Os objetivos do tratamento são o alívio da
sintomatologia e evitar a deterioração neurológica, em alguns casos a remissão dos
sintomas é total ou parcial, porém na maioria dos casos os pacientes com
compressão da medula espinhal têm um prognóstico ruim, com média de 3 a 6 meses
(EMMERICH, 2001).
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A respiração freno-labial é uma técnica de desinsuflação pulmonar, que consiste na
inspiração lenta pelo nariz, manter os lábios semicerrados, expirar lentamente
deixando o ar sair pelos lábios franzidos sem forçá-los. O paciente que se beneficia
desta técnica é aquele com distúrbio respiratório obstrutivo.
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neurológicos e aqueles em UTI, sendo que a sua ocorrência é facilitada ou agravada
por fatores intrínsecos como o estado nutricional, a idade, o uso de alguns
medicamentos, a perfusão tecidual, o diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e
a falta de sensibilidade que gera um quadro de abandono da área em questão
(BLANES L, 2004).
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Os recursos fisioterapêuticos mais comum são o ultrassom, o laser e luz
ultravioleta (UV).
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CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL DA ÚLCERA
As úlceras por pressão são áreas com perda circunscrita de epiderme e derme
podendo atingir a hipoderme e tecidos subjacentes decorrentes da associação de
vários fatores. Entre eles encontram-se a aplicação de uma alta pressão de curta
duração ou uma pressão prolongada causando colapso ou trombose dos vasos
capilares, resultando em interferência na oxigenação e nutrição dos tecidos
envolvidos, além do acúmulo de subprodutos tóxicos do metabolismo que levam à
anóxia tissular e morte celular (KOTTKE, 1994).
Também foram definidas por Duthie e Katz (2002), como áreas localizadas de
lesão tecidual que se desenvolvem quando o tecido mole permanece comprimido
entre uma proeminência óssea e uma superfície externa durante um período
prolongado de tempo. Uma vez que o fator fisiopatológico primário no
desenvolvimento dessas lesões é a pressão, o termo preferido é de úlcera de
pressão. A pressão é o fator mais importante para o desenvolvimento desta doença
quando o tecido mole do corpo é comprimido entre uma saliência óssea e uma
superfície dura, causando pressões maiores que a pressão capilar, ocorrendo à
isquemia no local da compressão.
ETIOLOGIA
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Úlceras Arteriais
Úlceras Venosas
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"hipertensão nervosa", que traumatiza o tecido mole, em decorrência do fluxo
turbulento. Esta situação hipertensiva manifesta-se comumente na região da
articulação do tornozelo, onde a pressão hidrostática no tecido aumenta,
desencadeando vasoconstricção reflexa, a qual promove uma diminuição da perfusão
tissular, podendo evoluir para isquemia epidérmica.
Úlceras Diabéticas
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queimação, parestesia na extremidade, ausência de sensação térmica, tátil
superficial, profunda e propriocepção.
Úlceras Mistas
CLASSIFICAÇÃO
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De acordo com Duthie e Katz (2002), as Úlceras de pressão classificam- se em
estágios/ graus são eles:
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Segundo Duthie (2002) uma avaliação precisa é capaz de proporcionar o
prognóstico das úlceras e estipular a melhor conduta terapêutica. Uma descrição
completa inclui a quantidade de úlceras, a localização, o estágio, o tamanho
(comprimento, largura, profundidade), descrição da formação de túneis ou minas, de
tecido necrótico, odor ou exsudato e a condição da pele circundante.
ETIOLOGIA
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Para Lianza (1995) é muito comum atribuir como fator etiológico da úlcera a
ineficiência da enfermagem, mas a responsabilidade pela profilaxia da úlcera de
pressão é de toda equipe envolvida no processo de reabilitação e esta deve somar
esforços no sentido de obter sucesso em um tratamento preventivo. As úlceras então
podem ser encontradas em situações clínicas onde exista um ou mais desses fatores,
como: falta de sensibilidade, déficit de movimento e alteração na percepção. Assim,
pacientes comatosos, desprovidos de sensibilidade ou paralíticos, por serem
incapazes de perceber a dor provocada pela irritação das terminações nervosas
secundárias à anóxia e a irritação por catabólitos acumulados pelo déficit circulatório,
apresentam os fatores predisponentes ao aparecimento das úlceras de pressão.
Estudos segundo Costa et al. (2005), indicam que pressões entre 60 e 580
mmHg no período de 1 a 6 horas pode ocasionar uma úlcera. Além da pressão, forças
de cisalhamento e fricção podem agir sinergicamente no desenvolvimento de uma
ferida em pacientes que são desnutridos, incontinentes, acamados. As úlceras de
pressão podem se desenvolver em 24 horas ou levar até 5 dias para sua
manifestação. Blanes (2004), diz que as úlceras por pressão representam uma das
principais complicações que acometem pacientes críticos, que interferem na vida do
individuo. A amostra mostrou que o tempo de cicatrização das úlceras é longo levando
na maioria das vezes entre 1 ano para a total cicatrização.
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A sua existência traz importantes repercussões em nível de morbidade,
mortalidade e gastos em cuidados de saúde. Associa-se a um prolongamento da
duração do internamento hospitalar até 5 vezes 8; alta taxa de recorrência de 36%
independentemente de o tratamento ser médico ou cirúrgico; aumenta o risco de
morte 4,5 vezes, comparando com doentes com o mesmo risco prévio de mortalidade,
que não desenvolvam úlceras de pressão (ROCHA et al., 2005).
PRESSÃO
De acordo com Kanj et al. (1998) a pressão, ou força por unidade de área, tem
sido considerada como fator etiológico isolado mais importante na formação da
úlcera. A pressão externa é usualmente concentrada nas proeminências ósseas. A
pressão capilar normal geralmente se estende entre 12 a 32 mmHg. Pressões acima
de 32 mmHg aumentam a pressão intersticial, comprometendo a oxigenação e a
microcirculação. Quando o paciente se deita no colchão hospitalar, pode ser gerada
uma pressão de até 150 mmHg. Vários estudos têm mostrado que tanto a duração
quanto o grau de pressão são importantes parâmetros para determinar a extensão do
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dano tecidual. Uma pressão constante de 70 mmHg por 2 horas leva a morte tecidual.
Se, entretanto, a pressão for intermitentemente aliviada, mudanças mínimas
ocorrerão. A maior pressão intersticial ocorre na interface osso/músculo, com menor
dano ao nível dermoepidérmico. Desta forma, trauma aos tecidos profundos pode
ocorrer com relativamente pequeno dano superficial, dificultando os profissionais de
saúde na avaliação da extensão dos danos teciduais.
CISALHAMENTO
Exerce uma força paralela à pele e resulta da gravidade que empurra o corpo
para baixo e da fricção ou resistência entre o paciente e a superfície de suporte.
Quando a cabeceira da cama é elevada, a pele adere-se ao leito, mas o esqueleto
empurra o corpo para baixo. Os vasos sanguíneos são esticados ou acotovelados
dificultando ou interrompendo o fluxo sanguíneo. O cisalhamento causa a maior parte
do dano observado nas úlceras de pressão.
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permanece imóvel. Um dos principais culpados pelo cisalhamento é o hábito de apoiar
as costas na cabeceira da cama, que favorece o deslizamento. Cadeiras que não
ajudam a pessoa a manter uma boa postura também causam tal acometimento.
FRICÇÃO
De acordo com Dealey (2008) como fator extrínseco, a fricção ocorre quando
duas superfícies são esfregadas uma na outra. A causa mais comum é arrastar o
paciente pela cama, em vez de levantá-lo. Isso remove as camadas superiores de
células epiteliais da pele. A umidade, que exacerba o efeito da fricção, pode ser
encontrada na pele do paciente como resultado de sudorese excessiva ou
incontinência urinária.
Se sua ação for isolada, a sua capacidade de danos está restrita a epiderme e
derme. Resulta em uma lesão semelhante a uma queimadura leve. Ocorre com maior
frequência em pacientes agitados. A forma mais grave de dano por fricção ocorre
associada ao cisalhamento.
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UMIDADE
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FISIOTERAPIA X ÚLCERA DE PRESSÃO
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A fisioterapia é importante para os pacientes acamados e fisicamente
debilitados, especialmente naqueles com úlceras de pressão. Ela irá atuar na
prevenção de contrações, na diminuição da chance de trombose venosa profunda, na
diminuição da incidência das complicações respiratórias e aumentando a perspicácia
mental (BREN, 2004).
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Segundo Say et al. (2003) a atuação da crioterapia se dá pela diminuição da
temperatura dos tecidos com finalidade terapêutica para crescimento de novos
tecidos. As úlceras provocam edema e hipóxia secundária resultante das alterações
metabólicas que ocorrem após o trauma e da quantidade insuficiente de oxigênio
liberado no tecido, com o decorrer do tempo surgirá uma acidose, liberando enzimas
lisossômicas, provocando morte celular e consequentemente aumento do tecido
lesado.
Para Bren (2004) o ultrassom tem sido usado para promover a cura da úlcera
de pressão e no estimulo da produção do tecido de granulação, atuando como um
acelerador do processo inflamatório.
Say et al. (2003), afirmam que nos últimos anos a fisioterapia vem se
destacando como um meio eficaz e de grande importância para o tratamento das
úlceras, apesar de sua participação ainda ser pequena em algumas equipes e nas
UTI. Seu objetivo primordial na intervenção no processo ulcerativo concentra-se na
promoção da redução do período de sua cicatrização, tornando possível uma melhora
rápida do quadro clínico dos pacientes.
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ultravioleta, terapia ultrassônica, laserterapia de baixa intensidade e a
eletroestimulação pulsada de baixa e alta voltagem.
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Santos e Silva (2000) observaram o uso do laser em pacientes com úlcera de
pressão. Contou com dois grupos de pacientes, sendo que no primeiro grupo,
envolveu três pacientes lesados medulares do sexo masculino, com idades 21 e 22
anos, que receberam 17 aplicações do laser hélio de neônio com dose 4 J/cm²,
técnica de aplicação tipo varredura, em dias alternados. O grupo controle envolveu
dois pacientes idosos, portadores de mal de Alzheimer, no qual não receberam
aplicação de laserterapia, somente foi realizado pela a equipe de pesquisa
mensuração e fotografias das úlceras. Os resultados alcançados foram significativos,
pois foi constatada a cicatrização das úlceras de pressão, confirmando a teoria de
tração celular. O grupo controle, o processo de cicatrização das úlceras foi lento,
podendo ser consideradas quase inexistentes.
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Obtêm-se resultados mais adequados com a frequência de 1 mhz sobre as
diversas fases do processo inflamatório. Porém, é necessário que o fisioterapeuta
estabeleça parâmetros para o uso do ultrassom como verificar o tipo de ferida,
profundidade, duração de tratamento, área a ser tratada, indicações e contra-
indicações (SOUZA, 1998).
CONCLUSÃO
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FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS
O objetivo dos Cuidados Paliativos para a Pediatria é preservar, até onde for
possível, a normalidade. Alguns aspectos do tratamento paliativo de adultos também
podem ser utilizados para os cuidados com a criança. No entanto, a gama de
condições que limitam a vida de uma criança é mais ampla por se tratar de um
organismo ainda frágil e sem condições de identificar suas necessidades. O uso de
TENS e massagens para o alívio da dor no Reino Unido. Métodos que distraiam a
criança ou de caráter lúdico são úteis para desviar a atenção do sentimento de dor
(MCCOUGHLAN, 2003).
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REFERÊNCIAS
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GONÇALVES, D. C.; MARTINS, D. L. B.. Mobilização precoce no doente
crítico: atualização. Scire Salutis, v.8, n.1, p.16-24, 2018. DOI:
http://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2018.001.0003
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