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Técnica Fisioterapêutica Aplicada em UTI

Professor George Jung da Rosa


Plano de Ensino
Nome da Unidade de Aprendizagem: Técnica Fisioterapêutica
Aplicada em UTI
Código da Unidade de Aprendizagem: 6200
Carga Horária: 2
Nome do Professor: George Jung da Rosa
Cursos: Fisioterapia
Ciclo Letivo: 2020 - 1º Semestre
Campus: Campus de Tubarão
Unidade Universitária: Tubarão
Turno: NO
Plano de Ensino

2 EMENTA
Avaliação cinesiofuncional. Intervenção fisioterapêutica em UTI.

3 OBJETIVOS
Proporcionar ao discente conhecimentos teóricos e práticos
sobre a fisioterapia no paciente gravemente enfermo
hospitalizado em UTI.
Plano de Ensino
4 HABILIDADES
• Identificar as características da atuação do profissional
fisioterapeuta na UTI, frente ao paciente grave e de alto risco,
bem como a avaliação e as intervenções fisioterapêuticas
aplicáveis ao paciente crítico.
• Monitorar parâmetros ventilatórios e avaliar as condições
hemodinâmicas do paciente crítico.
• Prescrever os recursos da fisioterapia utilizados na UTI.
• Identificar as indicações e contraindicações, reconhecendo os
riscos, os efeitos e complicações deles.
• Identificar os principais artefatos de oxigenioterapia e a
prescrição adequada ao paciente grave.
Plano de Ensino
4 HABILIDADES
• Identificar os principais artefatos de oxigenioterapia e a
prescrição adequada ao paciente grave.
• Identificar os tipos e cuidados com as vias aéreas artificiais.
• Reconhecer as vantagens e indicações da ventilação
domiciliar.
• Avaliar a importância e a atuação do fisioterapeuta
reabilitação física e na mobilização precoce do paciente
crítico.
• Aplicar os princípios éticos e humanos em terapia intensiva.
Plano de Ensino
5 METODOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

1) Conteúdos: Unidade de terapia intensiva (UTI). Monitorização do


paciente grave. Avaliação e intervenção fisioterapêutica em UTI.
Aspiração endotraqueal. Aspectos éticos e humanização em UTI.

2) Estratégias de Ensino e de Aprendizagem: Aula expositiva-


dialogada (18 ha); Prova (6 ha); Atividades
orientadas/supervisionadas (6 ha): Leitura de artigos.

3) Atividade Formativa: Prova. Atividades em sala.

4) Ambientes de Aprendizagem: Sala de aula.


Plano de Ensino
6 AVALIAÇÃO
De acordo com o Regimento Geral da UNISUL, Art. 89, o processo de avaliação
do estudante será realizado por disciplina ou unidade de aprendizagem, com
base nas competências por ele desenvolvidas e na frequência.
§ 1º O aproveitamento será verificado através do desempenho progressivo do
estudante, frente aos objetivos propostos no Plano de Ensino.
§ 2º Será considerado aprovado o estudante que obtiver frequência igual o
superior a 75% e aproveitamento igual ou superior a:
a) sete (7,0) numa escala de zero a dez (0 a 10), resultante do processo
avaliativo, desenvolvido durante o ciclo letivo;
b) seis (6,0) numa escala de zero a dez (0 a 10), quando submetido a uma
avaliação final por não ter alcançado o previsto na alínea "a" deste parágrafo.
Plano de Ensino
6 AVALIAÇÃO
De acordo com o Regimento Geral da UNISUL, Art. 89, o processo de
avaliação do estudante será realizado por disciplina ou unidade de
aprendizagem, com base nas competências por ele desenvolvidas e
na frequência.

§ 1º O aproveitamento será verificado através do desempenho


progressivo do estudante, frente aos objetivos propostos no Plano
de Ensino.
Plano de Ensino
6 AVALIAÇÃO
§ 2º Será considerado aprovado o estudante que obtiver frequência
igual o superior a 75% e aproveitamento igual ou superior a:

a) sete (7,0) numa escala de zero a dez (0 a 10), resultante do


processo avaliativo, desenvolvido durante o ciclo letivo;

b) seis (6,0) numa escala de zero a dez (0 a 10), quando submetido a


uma avaliação final por não ter alcançado o previsto na alínea "a"
deste parágrafo.
Plano de Ensino
7 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Média = (Avaliação Teórica 1) + (Avaliação Teórica 2)/2

Onde:
Avaliação teórica: Prova com questões objetiva e discursivas
Plano de Ensino
8 CRONOGRAMA
02/03 • Plano de Ensino – Introdução à Fisioterapia em UTI
09/03 • Avaliação Fisioterapêutica em UTI . Diagnóstico Fisioterapêutico
16/03 • Monitorização do Paciente Crítico . Vias Aéreas Artificiais – Aspiração das Vias
Aéreas
23/03 • Avaliação teórica
30/03 • Mobilização precoce do paciente crítico
06/04 • Ética e Humanização em Terapia Intensiva
13/04 • Avaliação teórica
20/04 • Recesso escolar
27/04 • AVALIAÇÃO FINAL
1. Qual a evolução percebida nas Unidades de Terapia Intensiva no que concerne aos cuidados ao
paciente crítico, tecnologias e assistência multiprofissional?

2. À partir do texto e do que dele podemos inferir, quais as perspectivas de mercado de trabalho do
fisioterapeuta intensivista, no contexto do avanço do cuidado em terapia intensiva, das crescimento
das demandas e, em relação à sua formação? Justifique.

Com base na aula e no artigo, responder às questões que seguem:

1. O que é um paciente crítico?

2. Quais os objetivos da Fisioterapia em Terapia Intensiva?

3. Quais os objetivos do estudo “Relação entre a disponibilidade de serviços de fisioterapia e custos de


UTI”?

4. Quais os principais achados dos pesquisadores em relação às medidas tomadas?

5. Qual a avaliação do grupo em relação ao que foi demonstrado no estudo?


Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 1940’s e 50 – Fisioterapia Respiratória na epidemia
de poliomielite;

• 1970’s – pós-regulamentação da fisioterapia, mais


frequente nos hospitais;

• 1980’s – Expansão e consolidação. Azeredo. Sobrafir;


Fisioterapia em Terapia Intensiva
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 1990’s – Portaria MS, 3432 de 12 de agosto de 1998,
que estabeleceu critérios de classificação para as
UTIs:
2.1. UTI tipo II Deve contar com equipe básica
composta por:
– um fisioterapeuta para cada 10 leitos ou fração no
turno da manhã e da tarde;
UTI III 3.3. Além da equipe básica exigida pela a UTI tipo II,
devem contar com:
– fisioterapeuta exclusivo da UTI;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 1998 – Resolução COFFITO 188

Art. 1º - Fica reconhecida a Fisioterapia


Pneumo Funcional como uma Especialidade
própria e exclusiva do Fisioterapeuta.

9 de dezembro de 1998

Pela Resolução Nº. 318, DE 2006,


Retornaria a ser Fisioterapia Respiratória
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 2010 – RDC 7/2010, que dispôs sobre os requisitos
mínimos para funcionamento de UTIs

– Art. 8º A unidade deve dispor de registro das normas


institucionais e das rotinas dos procedimentos
assistenciais e administrativos realizados na unidade,
as quais devem ser:
• II - aprovadas e assinadas pelo Responsável
Técnico e pelos coordenadores de enfermagem e
de fisioterapia;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 2010 – RDC 7/2010, que dispôs sobre os requisitos
mínimos para funcionamento de UTIs

– Art. 13 Deve ser formalmente designado um Responsável


Técnico médico, um enfermeiro coordenador da equipe de
enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe
de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos.
§ 2º Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser
especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade
relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a
modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal);
§ 3º É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação
em, no máximo, 02 (duas) UTI.
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 2010 – RDC 7/2010, que dispôs sobre os requisitos mínimos para
funcionamento de UTIs

– Art. 14 Além do disposto no Artigo 13 desta RDC, deve ser designada


uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser
dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil
assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo,
para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes
profissionais:

IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10


(dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e
noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de
atuação;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 2010 – RDC 7/2010, que dispôs sobre os requisitos
mínimos para funcionamento de UTIs

– Art. 15 Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais,


fisioterapeutas e técnicos de enfermagem devem estar
disponíveis em tempo integral para assistência aos
pacientes internados na UTI, durante o horário em que
estão escalados para atuação na UTI.
Fisioterapia em Terapia Intensiva
• 2010 – RDC 7/2010, que dispôs sobre os requisitos
mínimos para funcionamento de UTIs

– Art. 22 A evolução do estado clínico, as intercorrências e os


cuidados prestados devem ser registrados pelas equipes
médica, de enfermagem e de fisioterapia no prontuário do
paciente, em cada turno, e atendendo as regulamentações
dos respectivos conselhos de classe profissional e normas
institucionais.
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Especialidade Fisioterapêutica
• 2011 – Resolução COFFITO 402/2011, Reconhece e
disciplina a atividade do Fisioterapeuta no exercício da
Especialidade Profissional Fisioterapia em Terapia Intensiva.

Artigo 3º – Para o exercício da Especialidade Profissional de


Fisioterapia em Terapia Intensiva é necessário o domínio das seguintes
Grandes Áreas de Competência:
I – Realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e realizar
interconsulta e encaminhamento;
II – Realizar avaliação física e cinesiofuncional específica do paciente
crítico ou potencialmente crítico;
III – Realizar avaliação e monitorização da via aérea natural e artificial do
paciente crítico ou potencialmente crítico;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Especialidade Fisioterapêutica
• 2011 – Resolução COFFITO 402/2011

Artigo 3º – [...] é necessário o domínio das seguintes Áreas:


IV – Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes
funcionais;
V – Solicitar, realizar e interpretar exames complementares como
espirometria e outras provas de função pulmonar, eletromiografia de
superfície, entre outros;
VI – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico;
VII – Planejar e executar medidas de prevenção, redução de risco e
descondicionamento cardiorrespiratório do paciente crítico ou
potencialmente crítico;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Especialidade Fisioterapêutica
• 2011 – Resolução COFFITO 402/2011
Artigo 3º – [...] é necessário o domínio das seguintes Áreas:
VIII – Prescrever e executar terapêutica cardiorrespiratória e neuro-músculo-
esquelética do paciente crítico ou potencialmente crítico;
IX – Prescrever, confeccionar e gerenciar órteses, próteses e tecnologia assistiva;
X – Aplicar métodos, técnicas e recursos de expansão pulmonar, remoção de
secreção, fortalecimento muscular, recondicionamento cardiorrespiratório e
suporte ventilatório do paciente crítico ou potencialmente crítico;
XI – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecano-
terapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, hidroterapêutico, fototerapêutico,
eletroterapêutico, sonidoterapêutico, entre outros;
XII – Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Especialidade Fisioterapêutica
• 2011 – Resolução COFFITO 402/2011
Artigo 3º – Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia em
Terapia Intensiva é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de
Competência:
XIII – Realizar posicionamento no leito, sedestação, ortostatismo, deambulação,
além de planejar e executar estratégias de adaptação, readaptação, orientação e
capacitação dos clientes/pacientes/usuários, visando a maior funcionalidade do
paciente crítico ou potencialmente crítico;
XIV – Avaliar e monitorar os parâmetros cardiorrespiratórios, inclusive em
situações de deslocamento do paciente crítico ou potencialmente crítico;
XV – Avaliar a instituição do suporte de ventilação não invasiva;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Especialidade Fisioterapêutica
• 2011 – Resolução COFFITO 402/2011
Artigo 3º – Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia em
Terapia Intensiva é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de
Competência:
XVI – Gerenciar a ventilação espontânea, invasiva e não invasiva;
XVII – Avaliar a condição de saúde do paciente crítico ou potencialmente crítico
para a retirada do suporte ventilatório invasivo e não invasivo;
XVIII – Realizar o desmame e extubação do paciente em ventilação mecânica;
XIX – Manter a funcionalidade e gerenciamento da via aérea natural e artificial;
XX – Avaliar e realizar a titulação da oxigenoterapia e inaloterapia;
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Especialidade Fisioterapêutica
• 2011 – Resolução COFFITO 402/2011
Artigo 3º – Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia em
Terapia Intensiva é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de
Competência:
XXI – Determinar as condições de alta fisioterapêutica;
XXII – Prescrever a alta fisioterapêutica;
XXIII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico,
tratamento, evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica;
XXIV – Emitir laudos, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos;
XXV – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e
na prevenção de riscos ambientais e ocupacionais.
Fisioterapia em Terapia Intensiva

Fundamentos

A sobrevida dos pacientes criticamente


enfermos tem aumentado em decorrência da
evolução tecnológica, científica e da interação
multidisciplinar.
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Público-alvo (PORTARIA MS Nº 551, DE 13 DE ABRIL DE 2005)

Pacientes críticos que requerem atenção permanente,


com dotação própria de pessoal técnico e profissional
especializado, com equipamentos específicos próprios e
outras tecnologias destinadas ao diagnóstico e ao
tratamento.

São considerados pacientes críticos aqueles com


desequilíbrio de um ou mais dos principais sistemas
fisiológicos, com perda de sua auto-regulação mas
potencialmente reversíveis.
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Objetivo imediatos

Prevenção e tratamento de atelectasias,


condições respiratórias relacionadas à
remoção de secreção e condições relacionadas
a falta de condicionamento físico e declínio
funcional.
Fisioterapia em Terapia Intensiva

Objetivos mediatos:
Redução da incidência de complicações
decorrentes dos efeitos deletérios da imobilidade
na unidade de terapia intensiva (UTI), com:
• minimização do declínio funcional,
• redução dos custos assistenciais,
• melhora da qualidade de vida
• e maiores perspectivas de sobrevida pós-alta.

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