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Formação OCC

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS


ASPETOS PRÁTICOS

SEG 0920

LUÍS FILIPE ESTEVES

JANEIRO / 2020
ÍNDICE MANUAL

TEMAS ABORDADOS NOS CASOS PRÁTICOS


INTRODUÇÃO
1. CARATERIZAÇÃO DO IRS / ASPETOS GENÉRICOS
2. CASOS PRÁTICOS
2.1. Categoria A – Rendimentos do trabalho dependente
2.2. Categoria B – Rendimentos empresariais e profissionais
2.3. Categoria E – Rendimentos de capitais
2.4. Categoria F – Rendimentos prediais
2.5. Categoria G – Incrementos patrimoniais (mais-valias)
2.6. Categoria H - Pensões

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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

 Manual constituído quase em exclusivo por casos práticos,


envolvendo situações ficcionadas mas com aderência à
realidade, algumas das quais já vivenciadas por grande
parte dos destinatários.
 Metodologia de ensino/aprendizagem baseada no estudo
de caso, partindo-se de uma situação concreta para a
teoria e para o normativo legal aplicável, na busca da
solução mais adequada, tal qual sucede na vida real.
 Fundamentação legal, referências legais necessárias →
conhecimento do Código do IRS, principal instrumento ao
nosso dispor quando se trata de resolver situações reais.

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INTRODUÇÃO

 Referências aos anexos da DR3: é com base na declaração


apresentada pelo sujeito passivo que a AT irá proceder à
liquidação, ou seja, ao apuramento do imposto a pagar.
 Atualização fiscal: inclusão das principais alterações
legislativas mais recentes, especialmente as alterações
vigentes a partir de 01-01-2015.
 Lei da Reforma do IRS e alterações recentes: Regime
simplificado (Lei do OE/2018); Afetação/desafetação de
imóveis / opções pelas categorias B e F / rendimentos
prediais (Leis dos OE/2017 e 2018); Opção pela Categoria
F / atividade de alojamento local (Lei do OE/2017).

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INTRODUÇÃO

 Matérias não abordadas:


• Incidência pessoal - agregado familiar (composição e
alterações), conceito de dependente, tributação
conjunta e separada, uniões de facto, entre outros;
• Deduções à coleta, exceto as referências nos casos
práticos n.os 2 e 37, referências no capítulo 1 e
frequentemente mencionadas na resolução,
especialmente naqueles quando se procede à
demonstração da liquidação.

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INTRODUÇÃO

 Matérias não abordadas:


• Fiscalidade Internacional: residência fiscal, rendimentos
obtidos no estrangeiro por residentes (residentes não
habituais) e rendimentos obtidos em território nacional
por não residentes.
• Área muito vasta, questões interessantes e atuais (e
complexas) → Manual específico…
• Sem prejuízo da inclusão na parte final do capítulo 1 de
alguns tópicos (artigo 15.º): grandes princípios
aplicáveis, dupla tributação jurídica (DTJ), eliminação
DTJ, CDT, residência fiscal parcial.

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INTRODUÇÃO

 Capítulo 1: Aspetos genéricos/transversais, que não se


relacionam especificamente com nenhuma categoria de
rendimentos em particular.
 Capítulo 2: Casos práticos – Enquadramento legal,
determinação do rendimento líquido e, por vezes, do
imposto a pagar.
 Categoria A – 11 casos práticos; Categoria B – 6, um deles
com 8 exemplos; Categorias E e F – 5/cada, Categoria G –
8 (+1); Categoria H – 5 (= 40 casos práticos).

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1. CARATERIZAÇÃO /
ASPETOS GENÉRICOS
1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

 Génese do imposto…
 Tributação parcelar (vários impostos)
 IRS: Fusão dos vários impostos e alargamento da base
tributável (rendimento acréscimo).
 Enquadramento constitucional.
 Principais caraterísticas (caráter tendencial das mesmas).
 IRS é um imposto, direto, sobre o rendimento, pessoal,
progressivo, global (único), periódico e estadual.
 Alterações mais relevantes ocorridas desde a entrada em
vigor do IRS (Lei n.º 30-G/2000).

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

 Reforma do IRS: Alterações mais significativas, com


natureza transversal/estrutural:
i. Tributação separada com opção pela tributação conjunta;
ii. Adoção do chamado “quociente familiar”;
iii. Consagração de uma dedução à coleta fixa sem
necessidade de comprovação documental.
Evolução posterior…
Muitas outras alterações extremamente relevantes do ponto
de vista da vida prática, abrangendo todas as categorias de
rendimentos (variadíssimas referências na resolução dos
casos práticos).

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

 Rendimento tributável? Várias categorias de rendimentos


tributáveis…
 Explicação do modo de apuramento do imposto → Fase
analítica e fase sintética.
 Englobamento e não englobamento → Dualidade do
sistema instituído.
 Taxas gerais: vigentes em 2017 e 2018/2019 (imagens 1 e 2).
 Modo como operam [Taxa normal (marginal) e taxa média]
 Cálculo da taxa média (imagem 3).
 Tabela prática (imagem 4) e cálculo da parcela a abater.

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

Tabela vigente em 2017 (imagem 1)

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

Tabela vigente em 2018/2019 (imagem 2)

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

 Demonstração do cálculo da taxa média: (imagem 3)

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

Tabela Prática 2018/2019 (imagem 4)

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

 Deduções à coleta (artigo 78.º → artigos seguintes)

 Territorialidade – ponto de partida: artigo 15.º…


“1 - Sendo as pessoas residentes em território português, o
IRS incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo
os obtidos fora desse território.
2 - Tratando-se de não residentes, o IRS incide unicamente
sobre os rendimentos obtidos em território português.
3 - O disposto nos números anteriores aplica-se aos casos de
residência parcial previstos nos n.os 3 e 4 do artigo seguinte,
relativamente a cada um dos estatutos de residência.”

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

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1. CARATERIZAÇÃO/ASPETOS GENÉRICOS

 Valores de referência vigentes em 2019:

 DL n.º 117/2018, de 27-12: RMMG = 600,00

 Portaria n.º 24/2019, de 17-01: IAS = 435,76

 Portaria n.º 25/2019, de 17-01: PMRG = 273,39

IAS – Artigo 98.º, Lei do OE/2011 – Até que o IAS atinja o valor da
RMMG/2010 (475,00), mantém-se este valor nas indexações
previstas nos artigos 12.º, 17.º-A, 25.º, 79.º, 83.º, 84.º e 87.º do
Código do IRS.

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2.1. CATEGORIA A
RENDIMENTOS DO TRABALHO DEPENDENTE
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 1


 Remuneração principal e remunerações acessórias
 Subsídio de refeição (tabela com limites legais)
 Ajudas de custo (tabelas com limites legais e condições
para a sua atribuição), “quilómetros” (limite legal)
 Curso de formação profissional
 Dedução específica (SS e quotizações sindicais)
 Retenção na fonte (substituição tributária e
responsabilidade tributária)
 Referência à DMR
 Liquidação de IRS.

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 1

Fernando auferiu remunerações, no montante de 49.550,


enquanto diretor comercial da empresa ALFA, com sede em
Esposende, tendo-lhe sido efetuadas retenções na fonte no
montante de 14.900, descontos para a Segurança Social de
5.451 e para o sindicato de 495. O valor dos rendimentos
atrás mencionado não inclui as seguintes importâncias pagas
pela empresa ALFA:
i) Subsídio de refeição auferido ao longo do ano no montante
de 2.200 (10 x 220 dias);

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 1

ii) Ajudas de custo em virtude de uma deslocação a Lisboa


(em serviço) no montante de 1.500 (100 x 15 dias);
iii) Compensação pela utilização de automóvel próprio (ida a
Lisboa e deslocações durante a estadia) no valor de 300
(1.000 kms x 0,30);
iv) Curso de formação profissional no montante 2.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
i) Valor a tributar = 1.150,60 [(10 - 4,77) x 220]. Parte
restante 1.049,40 (4,77x 220) estará excluída de tributação,
não sendo considerada rendimento.
 Tabela com limites (2016 a 2019)
 Deslocação do domicílio necessário
ii) Valor a tributar = 747,00 [(100,00 - 50,20) x 15]. Parte
restante não é rendimento (natureza compensatória).
 Tabela com limites legais
 Tabelas com as condições para a sua atribuição

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
iii) Valor a tributar = 0 (0,30 < 0,36). Não é rendimento
(natureza compensatória)
iv) Valor a tributar = 0. Não sujeito.
 Rendimento bruto = 51.447,60 (49.550,00 + 1.150,60 +
747,00).
 Retenções na fonte…
 Dedução específica: 5.451 > 4.104, logo, 5.451.
 + 742,50 (495 x 1,5); 495 não é superior a 1%...
 Dedução específica = 6.193,50 (5.451 + 742,50)

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Rendimento líquido = 45.254,10 (51.447,60 - 6.193,50)
 Englobamento → taxas progressivas.
 Caso prático – base anual; Caso real – base mensal, para
efeitos de retenção na fonte… (Tabelas)
 Substituição tributária.
 Responsabilidade tributária.
 DMR
 Demonstração da liquidação…

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2.1. CATEGORIA A

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 2

 Contribuinte deficiente
 Dedução específica (quotizações sindicais)
 Retenção na fonte
 Benefícios fiscais aplicáveis a deficientes
 Liquidação de IRS
 Deduções à coleta

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 2

António, solteiro, possui um grau de invalidez permanente de


75% e obteve rendimentos do trabalho, por conta de outrem,
no montante de 25.000, tendo sofrido os seguintes
descontos: segurança social – 2.750, retenções na fonte –
1.700 e quotizações sindicais – 300.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Deficiente: benefícios fiscais, comprovação, averbamento
no cadastro.
 Parte excluída de tributação = 2.500 (benefício máximo);
15% do rendimento (3.750) é superior ao limite, logo,
valor a tributar = 22.500 (25.000 - 2.500).
 Dedução específica = 4.104 + (250 x 1,5); 375 é superior
a 25.000 x 1%.
 Rendimento líquido = 22.500 - 4.104 - 375 = 18.021.
 Dedução à coleta = 1.743,04 [433,76 (IAS) x 4], mas
1.900 [475 (RMMG/2010) x 4].

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2.1. CATEGORIA A

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Deduções à coleta:
- Despesas de saúde: dedução de 10% do valor das
despesas sem limite, sem especificidades para deficientes;
- Despesas de educação (sem limite) e reabilitação (apenas
deficientes): dedução de 30% do valor das despesas
- Seguros de vida: dedução de 25% do valor dos prémios,
sem limite (apenas deficientes).
 Anexo A…

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 3

 Pré-reforma
 Dedução específica
 Retenções na fonte
 Pagamentos por conta.

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 3

Manuela auferiu, a título de pré-reforma (sem prestação de


trabalho), o valor de 8.000, não tendo sofrido quaisquer
descontos em sede de IRS. Efetuou pagamentos por conta no
valor de 500.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Categoria A (com ou sem prestação de trabalho).
 Anexo A…

 Dedução específica = 4.104.


 Rendimento líquido = 3.896 (8.000 - 4.104).
 Sem retenção na fonte; Mínimo de existência (9.006,90)
 Pagamentos por conta

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Pagamentos por conta (Categorias A e H) – novidade/2015

 Categoria B: obrigatórios e não facultativos; modo de


pagamento rígido (três prestações: julho, setembro e
dezembro); valor calculado através de fórmula um pouco
complexa (resultado obtido dividido por 3).
 Na prática: Cálculo pela AT e notificações.

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 4

 Rendimentos obtidos na parte final do ano


 Subsídio de refeição
 Dedução específica
 Retenções na fonte

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 4

Fernanda, licenciada em direito, é solteira e não tem filhos.


Trabalha desde novembro de 2019 no Município de Braga, ao
abrigo de um contrato de trabalho, tendo auferido
rendimentos no montante ilíquido de 3.100, sobre os quais
incidiram os respetivos descontos obrigatórios (SS + ADSE)
no montante de 449,50 e retenções na fonte de IRS no
montante de 380. O valor do subsídio de refeição auferido
nos 40 dias de trabalho ascendeu a 190,8.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Função pública: Categoria A.
 Subsídio de refeição não tributado, não constituindo
rendimento tributável (190,8 / 40 = 4,77).
 Rendimento Líquido = 3.100 - 4.104 = -1.004 → Perda
Categoria A? Não!
 Rendimento Líquido = 3.100 – 3100 = 0
 Retenções na fonte = 380 → reembolso…

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 5


 Remunerações acessórias (fringe benefits)
 Remunerações em espécie
 Adiantamento para despesas de deslocação e estadas
 Atribuição de casa
 Atribuição de viatura para uso total
 Contribuições para PPR
 MBA em Universidade
 Retenção na fonte
 Referências ao IRC

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 5

Tiago, residente no Porto, é auditor sénior numa


multinacional de auditoria, atividade por conta de outrem
que exerce em Lisboa desde há 10 anos, ao abrigo de um
contrato individual de trabalho. Durante o ano de 2019,
verificou-se o seguinte:
i) Foi-lhe atribuída a importância de 2.500, em janeiro, para
despesas de deslocação e viagens, não tendo, até ao final do
ano, apresentado quaisquer documentos justificativos das
despesas;

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 5


ii) Foi-lhe atribuída uma casa, arrendada pela entidade
patronal, suportando esta a renda no valor de 800/mês;
iii) Foi-lhe atribuída uma viatura para uso total, adquirida
pela entidade patronal em dezembro de 2017 por 50.000,
conforme acordo escrito celebrado;
iv) A entidade patronal despendeu 500/mês em
contribuições para um PPR, cujos benefícios revertem para o
Tiago independentemente da manutenção do vínculo laboral
(regalia de que beneficiam apenas alguns funcionários da
empresa);

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 5

v) A entidade patronal suportou os custos com realização de


um MBA, realizado numa Universidade, cuja propina
ascendeu a 10.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
i) Importância em dinheiro entregue no início do ano para
despesas com deslocações e viagens (2.500): Rendimento
em 31/12, sem retenção na fonte (comprovação…).
ii) Renda da casa: Remuneração em espécie, sem retenção
na fonte; 9.600 (800 x 12).
iii) Viatura para uso total: 0,75% x 40.000 x 12 = 3.600
(sem retenção na fonte).
iv) PPR: sujeição a IRS; 6.000 (500 x 12).
v) Propinas MBA: Não sujeição (formação profissional)
Valor a englobar = 18.700 (2.500 + 9.600 + 3.600 + 3000).

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 6

 Gratificações por conta de resultados atribuídas a sócio-


gerente
 Retenção na fonte
 Referências ao IRC

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 6


Joaquim é sócio-gerente de uma sociedade por quotas
(possuindo uma quota representativa de 5% do capital
social), tendo recebido, em 2019, entre outras
remunerações, gratificações por conta de resultados do ano
de 2018, no valor de 10.000, situação que tem vindo a
repetir-se ao longo dos últimos anos.
Joaquim auferiu nos últimos 12 meses anteriores à atribuição
da gratificação uma remuneração média mensal no montante
de 2.500/mês.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Remunerações (2.500/mês): Categoria A, deduções
específicas respetivas e retenções na fonte mensais.
 Gratificações por conta de resultados: Categoria A; lucros
enquanto gerente e não enquanto sócio.
 Somadas aos restantes rendimentos do mês para efeitos
de retenção na fonte…
 Tributação em IRS em 2019 e gasto fiscal em IRC em
2018 (mas apenas parcialmente).

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 7

 Remuneração auferida por jovem estudante no período de


férias
 Proposta de lei do OE/2018

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2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 7

Joana, estudante do ensino superior, com 21 anos, auferiu


1.500 a título de remuneração paga por uma empresa que
organiza um festival de verão, tendo celebrado um contrato
de trabalho com a duração de 1 mês.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

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2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Categoria A: trabalho subordinado, sem caráter de
independência, com contrato de trabalho.
 Dedução específica = 1.500 (< 4.104)
 Rendimento líquido = 1.500 - 1.500 = 0
 Dependente: não tem mais de 25 anos e não aufere
rendimentos superiores a 8.400 (600 x 14);
englobamento…
 Proposta de OE para 2018: Retenção na fonte à taxa
liberatória de 10% (medida não aprovada pela AR).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 50
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 8

 Remunerações acessórias (fringe benefits)


 Remunerações em espécie
 Indemnização por mudança do local de trabalho
 Viagem de férias, curso de inglês a dependente
 “Quilómetros” em deslocações de casa para o trabalho
 Aquisição de viatura, retenção na fonte, referências ao IRC

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 51
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 8


Vicente, residente em Braga, é diretor comercial de uma
sociedade sedeada no Porto, com estabelecimentos em Braga
e Guimarães, atividade que exerce desde há 5 anos, por
conta de outrem. Durante o ano de 2019 ocorreram os
seguintes factos com relevância tributária:
a) Recebeu 10.000 de indemnização pela mudança de local
de trabalho, ocorrido em 1 de setembro, de Braga para o
Porto, imposta pela entidade patronal;
b) Recebeu da entidade patronal uma viagem de férias ao
Brasil no valor de 2.500;

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 52
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 8


c) A entidade patronal pagou um curso de inglês ao filho,
estudante, com 21 anos, no valor de 850;
d) Mensalmente, desde 1 de setembro, é-lhe paga uma
quantia fixa a título de compensação pela deslocação diária
em viatura própria de casa para o trabalho (e vice versa), no
valor de 720 (100 km x 20 dias x 0,36 euros).
e) Adquiriu em agosto uma viatura automóvel que pertencia
à entidade patronal. A viatura tinha sido adquirida nova, em
1 de maio de 2018, por 60.000; Vicente pagou 25.000 pela
viatura e registou-a em nome do filho.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS das situações
descritas.
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 53
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Remunerações acessórias (fringe beneficts).
a) Indemnização pela alteração do local de trabalho:
Sujeição a IRS; não sujeição se deslocação superior a 100
kms e desde que não exceda 10% da remuneração anual,
com o limite de 4.200/ano; retenção na fonte.
b) Viagem de férias: rendimento em espécie, não sujeito a
retenção na fonte mas tributado a final.
c) Curso de inglês (filho): não beneficia da exclusão; sem
retenção na fonte.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 54
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
d) Compensação pela deslocação em viatura própria: valor
igual ao limite legal, mas não estão preenchidos os
pressupostos dos servidores do Estado, logo, tributação
sobre 2.880 (720 x 4 meses).
e) Valor a tributar = 23.000 (48.000 - 25.000); Valor de
mercado = 48.000 [60.000 - (60.000 x 20%)].
 Valor a englobar = 39.230 [10.000 (a) + 2.500 (b) + 850
(c) + (2.880) (d) + 23.000 (e)]
 Retenção na fonte apenas em a) e d)…

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 55
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 9

 Rendimentos constituídos, exclusivamente, por


remunerações não fixas
 Retenção na fonte

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 56
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 9


Mariana aufere, no âmbito de um contrato de trabalho,
exclusivamente comissões, apuradas e pagas
trimestralmente, fixadas em 3% do valor das vendas a
clientes por si angariados.
Os montantes auferidos ascenderam a 6.000 no 1.º
trimestre, 9.000 no 2.º trimestre, 20.000 no 3.º trimestre,
10.000 no 4.º trimestre. Auferiu, ainda, ajudas de custo por
deslocação em viatura própria, no valor de 14.400 referentes
a 40.000 quilómetros percorridos em serviço.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 57
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Rendimentos do trabalho dependente, uma vez que as
mesmas, pese embora a sua especial peculiaridade, têm
subjacente um contrato individual de trabalho, com caráter
de dependência, isto é, com vínculo de subordinação.
 Tributação a final sem especificidades…
 Retenção na fonte? Retenção na fonte mensal com base
nas tabelas e nos rendimentos estimados? Retenção na
fonte trimestral com base nas tabelas (normais) e nos
rendimentos efetivamente auferidos? Não haverá retenção
na fonte?

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 58
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Taxa de retenção, apurada com base no rendimento anual
estimado, aplicada aquando do pagamento ou da
colocação à disposição, ou seja, trimestralmente.
 Estimativa de 50.000 → taxa de 27%; artigo 100.º, 12.º escalão
(“De 41.415 até 54.705”).
 Se rendimentos mensais (não casado, sem dependentes)
→ taxa de 29,5%: remuneração mensal de 3.214
(45.000/14), escalão “até 3.523”.
 “Quilómetros” sem tributação; valor não ultrapassa o
limite legal (14.400 / 40.000 = 0,36)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 59
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 10

 Indemnização por despedimento denominada


“compensação pecuniária de natureza global”
 Exclusão tributária
 Retenção na fonte

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 60
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 10

Pedro recebeu da entidade patronal, em novembro de 2019,


uma indemnização por despedimento, por mútuo acordo,
denominada “compensação pecuniária de natureza global”,
incluindo os créditos laborais devidos e exigíveis por Pedro a
título de férias não gozadas, subsídio de férias, subsídio de
Natal e horas de formação profissional não proporcionadas
(ascendendo esta parte a 3.000). O valor da “compensação
global” ascendeu a 15.000.
Pedro auferiu, nos últimos 12 meses, a quantia de 18.000,
tendo iniciado funções na empresa em março de 2013.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 61
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Sujeito a IRS, Categoria A (alínea e), n.º 3, artigo 2.º),
mas uma parte da compensação poderá não estar sujeita
a IRS (condições do n.º 4 e seguintes).
 Exclusão não se aplica às importâncias respeitantes aos
direitos vencidos, as quais são tributadas normalmente.
 Tais importâncias deverão ser expurgadas para efeitos de
determinação da compensação a excluir de tributação, sob
pena de poder vir a ser imposta a sua tributação integral.
 Valor da compensação a considerar, para efeitos de
exclusão, será 12.000 (15.000 - 3.000).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 62
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
- Remuneração dos últimos 12 meses: 18.000
- Valor médio mensal: 18.000 / 12 = 1.500
- N.º anos ou fração: 6 anos e 8 meses, logo, 7 anos.
 Assim,
- Valor não sujeito: 1500 x 7 = 10.500
- Valor a tributar: 1.500 (12.000 - 10.500)
 Retenção na fonte: 36,5% [(1500 (rendimento novembro)
+ 3.000 (créditos laborais) + 1.500 (parte tributável da
indemnização) = 6.000].

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 63
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 11

 Indemnização por despedimento paga a gerente em anos


diferentes
 Referência ao IRC
 Exclusão tributária
 Retenção na fonte

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 64
2.1. CATEGORIA A

Caso prático n.º 11

Bernardo recebeu da entidade patronal, 60.000 em


novembro de 2018 e mais 40.000 em fevereiro de 2019, a
título de indemnização por despedimento, reportado à data
de 30 de novembro de 2018.
Bernardo auferiu nos últimos 12 meses anteriores ao
despedimento 40.000 de remunerações, pelo exercício do
cargo de gerente, cargo que exerce desde 2010, embora
tenha iniciado funções na empresa em janeiro de 1996.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 65
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Não se aplica qualquer exclusão por ser gerente.
 Não há quaisquer cálculos a efetuar, sendo irrelevante,
quer o valor das remunerações auferidas nos últimos 12
meses, quer o tempo de antiguidade na entidade patronal.
 Tributação em IRS em 2018 (60.000) e em 2019 (40.000).
 Retenção na fonte, englobamento…
 Consequências em sede de IRC (acréscimo de 40.000 em
2018 e dedução em 2019).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 66
2.1. CATEGORIA A

Resolução proposta
 Se não fosse gerente (nem gestor ou administrador),
aplicar-se-ia a exclusão tributária, sendo o valor a tributar
calculado da seguinte forma:
 - Remuneração dos últimos 12 meses: 40.000
 - Valor médio mensal: 42.000 / 12 = 3.500
 - N.º anos ou fração: 22 anos e 10 meses. Assim,
 - Valor não sujeito: 3.500 x 23 = 80.500
 - Valor a tributar: 19.500 (100.000 - 80.500) → Imputação:
11.700 (60%) em 2017 e 7.800 (40%) em 2018.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 67
2.2. CATEGORIA B
RENDIMENTOS EMPRESARIAIS E PROFISSIONAIS
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 12


 Mudanças de regime (simplificado / contabilidade)
 Regime da contabilidade
 Correções fiscais
 Tributação autónoma
 Referências ao IRC
 Retenções na fonte
 Pagamentos por conta
 Liquidação de IRS
 Anexo C

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 69
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 12


Sofia, economista, encontra-se enquadrada no regime
simplificado desde 2017, ano em que prestou serviços no
valor de 160.000. Em 2018, não optou pelo regime da
contabilidade, tendo prestado serviços no valor de 260.000.
Relativamente a 2019 a sua contabilidade evidencia serviços
prestados no montante de 95.000 e gastos da atividade no
montante de 35.000, nos quais estão incluídos:
i) 10.000 relativos a deslocações e estadas;
ii) 6.000 respeitantes a encargos relacionados com uma
viatura ligeira de passageiros movida a gasolina, adquirida
por 19.000;
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 70
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 12


iii) 500 referentes a despesas de representação;
iv) 3.600 relativos a remunerações (part time) pagas ao seu
filho Miguel;
v) 5.000 a título de juros compensatórios, coima e custas de
PCO, por atraso na entrega de DP do IVA e do imposto nela
apurado.
As retenções na fonte que lhe foram efetuadas pelos seus
clientes ascenderam a 23.750 e os pagamentos por conta
realizados durante o ano de 2019 ascenderam a 2.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 71
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
a) 2017 – Regime simplificado, devendo, em princípio,
permanecer nesse regime nos anos seguintes, a não ser que
venha a optar pelo regime da contabilidade ou ultrapasse o
limite de 200.000…;
b) 2018 – Regime simplificado, apesar do elevado volume de
negócios (260.000), dado que não optou pelo regime da
contabilidade e o valor dos serviços prestados no ano
anterior (2017) não implicar a mudança de regime;
c) 2019 – Regime da contabilidade, dado que ultrapassou no
ano anterior (2018) o limite dos 200.000 em mais de 25%
[260.000 > (200.000 x 1,25)].

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 72
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 O facto de o volume de serviços em 2019 (95.000) não
ultrapassar o limite previsto (200.000), não tem
implicações ao nível do enquadramento relativo a 2019.
 No entanto, condiciona o seu enquadramento em 2020,
uma vez que, se Sofia não optar, até ao fim de março
desse ano, pelo regime da contabilidade, voltará, nesse
ano, a ficar enquadrada no regime simplificado.
 Caso venha a optar pelo regime da contabilidade, ficará
nesse regime daí em diante, independentemente das
flutuações que ocorram no volume rendimentos.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 73
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
- Prestação de Serviços: 95.000
- Custos da atividade: (35.000)
- Resultado contabilístico: 60.000
 Correções fiscais:
i) Deslocações e estadas: Aceites fiscalmente; atualmente
sem correções (Reforma do IRS).
ii) Viaturas: Uma viatura – OK! , nem qualquer limitação
específica em sede IRS/IRC, sem prejuízo da tributação
autónoma à taxa de 10% (valor de aquisição < 20.000) –
6.000 x 10% = 600;

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 74
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
iii) Despesas de representação: Aceites como gasto; não há
qualquer limite no CIRS e no CIRC; tributação autónoma à
taxa de 10%; 500 x 5% = 50.
iv) Remunerações pagas ao Miguel: Aceites fiscalmente;
atualmente não existe limitação à dedutibilidade do gasto
(Reforma do IRS).
v) Juros compensatórios, coima e custas de PCO: Gastos não
aceites fiscalmente; acréscimo de 5.000 ao RLP.
 Rendimento líquido = 65.000 (60.000 + 5.000)
 Se regime simplificado: 71.250 (95.000 x 75%)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 75
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Retenções na fonte (23.750 = 95.000 x 25%) e
pagamentos por conta (2.000): deduções à coleta.
 Tributações autónomas (650) acrescidas à restante coleta
que vier a ser apurada na sequência do englobamento.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 76
2.2. CATEGORIA B

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 77
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 13

 Rendimentos acessórios (atividade independente


secundária de trabalhador dependente)
 Regime simplificado, opção pelas regras Categoria A
 “Falsos” recibos verdes
 Dispensa de retenção na fonte
 Coeficientes do regime simplificado
 Anexo B

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 78
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 13

Natália, advogada, é trabalhadora por conta de outrem a


título principal numa empresa. Paralelamente exerce uma
atividade liberal, a título independente, desde 2014, tendo
recebido em 2019 o montante de 4.000, relativamente a
vários serviços de apoio jurídico prestados a uma outra
empresa, tendo suportado custos dessa atividade no
montante de 500.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 79
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Atividade profissional especificamente prevista na lista –
Regime simplificado – 0,75%.
 Rendimento líquido = 3.000 (gastos irrelevantes).
 Tem direito à dedução de 25% (não se aplica a limitação).
 Opção pelas regras da Categoria A? Não!
 ≠ “Falsos recibos verdes” (atividade principal).
 Dispensa de retenção na fonte…
 Hipótese 5.º escalão (37%): 1.110 (3.000 x 37%).
 Coeficientes do regime simplificado; Quadro 4-A, Anexo B.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 80
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 14

 Novas regras aplicáveis no regime simplificado em 2018


 Explicação detalhada do novo normativo
 Imputação de despesas no Portal das Finanças
 Oito exemplos práticos com várias hipóteses

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 81
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 14

Regime simplificado – demonstração das novas regras


aplicáveis em 2018.
Após uma breve explicação das alterações, serão
apresentados oito exemplos.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 82
2.2. CATEGORIA B

 Explicação detalhada das alterações.


 Dedução decorrente da aplicação dos coeficientes de 0,75
e de 0,35, passou a estar parcialmente condicionada à
verificação de despesas efetivamente suportadas.
 Acréscimo da diferença positiva entre 15% dos
rendimentos e o somatório das despesas (incluindo aqui o
valor de 4.104 que não carece de comprovação).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 83
2.2. CATEGORIA B

 Se diferença positiva, significa que o valor das despesas


ficou aquém dos 15%, daí a correção. Se diferença
negativa, significa que o valor das despesas foi mais do
que suficiente (sem correções).
 Conclusões:
 Para obter a dedução máxima (de 25% ou de 65%), o
nível de despesas a imputar deverá ascender no mínimo a
15% do valor dos rendimentos brutos (ponto crítico).
 Mas, nos 15% a lei dá automaticamente 4.104.
 Validação/imputação de despesas apenas é relevante para
rendimentos superiores a 27.360 (4.104 / 0,15).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 84
2.2. CATEGORIA B

 Se a lei dá automaticamente 10% (coef. 75%) e 50% coef.


35%), carece de comprovação a parte remanescente
(incluindo-se nesta parte 4.104).
 Forma alternativa de cálculo do rendimento líquido,
diferente da que resulta da letra da lei. Qual a dedução a
que um determinado contribuinte terá direito?:
 Assim, para determinar o valor a deduzir:
 No caso do coeficiente de 75%: 10% + despesas,
 No caso do coeficiente de 35%: 50% + despesas,
Sem, contudo, a dedução poder ultrapassar o limite
máximo (25% ou 65%, respetivamente).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 85
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 1: Médico, enquadrado no regime simplificado do


IRS, que obteve rendimentos da atividade no montante de
32.000.
Resolução proposta
 Até 2017: 24.000 (32.000 x 75%)
 A partir de 2018: aos 24.000 poderá ter que ser acrescida
a diferença positiva entre 15% do valor do rendimento e o
valor das despesas.
Hipótese 1: despesas de 1.000
 (32.000 x 15%) - (4.104 + 1.000) = -304 (OK!)
 Rendimento líquido = 24.000
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 86
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Dedução a considerar: (32.000 x 10%) + 4.104 + 1.000 =
8.304 > 8.000 (dedução máxima), logo, rendimento
líquido = 32.000 - 8000 = 24.000
Hipótese 2: Sem despesas
 (32.000 x 15%) - 4.104 = 696 (acréscimo)
 Rendimento líquido = 24.000 + 696 = 24.696

 Dedução a considerar: (32.000 x 10%) + 4.104 = 7.304 <


8.000 (dedução máxima), logo, rendimento líquido =
32.000 - 7.304 = 24.696

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 87
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 2: Consultor, enquadrado no regime simplificado,


que obteve rendimentos da atividade de 180.000 e que
suportou as seguintes despesas relacionadas com a mesma
(devidamente documentadas): Gastos com pessoal –
20.000; Material de escritório – 500; Mobiliário – 700;
Telecomunicações e internet – 600.
Resolução proposta
 Até 2017: 135.000 (180.000 x 75%)
 A partir de 2018: aos 135.000 poderá ter que ser
acrescida a diferença positiva…
 S/despesas: 157.896 [135.000+(15%x180.000)-4.104]

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 88
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 15% x 180.000 = 27.000
 Deduções: 4.104 + 20.000 + 500 + 700 + 600 = 25.904
 Diferença positiva: 1.096 (27.000 - 25.904)
 Rendimento líquido: 136.096 (135.000 + 1.096).
 Quase o nível ótimo de despesas.

 Dedução a considerar: (180.000 x 10%) + 4.104 +


21.800 = 43.904 < 45.000 (180.000 x 25%), logo,
rendimento líquido = 180.000 - 43.904 = 136.096.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 89
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 3: CC, enquadrado no regime simplificado, que


obteve rendimentos da atividade no valor de 20.000, não
tendo efetuado qualquer imputação de despesas à atividade
no portal das finanças (ou não possui despesas).
Resolução proposta
RL = 20.000 x 75% = 15.000 (dedução máxima = 5.000).
Nível óptimo de despesas = 20.000 x 15% = 3.000
(20.000 x 15%) - 4.104 = -1.104, logo, 15.000.

 Dedução a considerar: (20.000 x 10%) + 4.104 = 6.104 >


5.000, logo, RL = 20.000 - 5000 = 15.000.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 90
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 4: Advogada, enquadrada no regime simplificado,


que auferiu rendimentos da atividade no valor de 60.000,
não tendo efetuado qualquer imputação de despesas à
atividade (ou não possui despesas).
Resolução proposta
RL = 60.000 x 75% = 45.000 (dedução máxima = 15.000).
Nível óptimo de despesas = 60.000 x 15% = 9.000
60.000 x 15% - 4.104 = 4.896, logo, 49.896.

 Dedução a considerar: (60.000 x 10%) + 4.104 = 10.104


< 15.000, logo, RL = 60.000 - 10.104 = 49.896.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 91
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 5: Engenheiro, enquadrado no regime simplificado,


que auferiu rendimentos da atividade no valor de 60.000,
tendo efetuado imputação de despesas à atividade no valor
de 1.100.
Resolução proposta
RL = 60.000 x 75% = 45.000 (dedução máxima = 15.000).
Nível óptimo de despesas = 60.000 x 15% = 9.000
60.000 x 15% - 4.104 - 1.100 = 3.796, logo, 48.796.

 Dedução a considerar: (60.000 x 10%) + 4.104 + 1.100 =


11.204 < 15.000, logo, RL = 60.000 - 11.204 = 48.796.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 92
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 6: Esteticista, enquadrada no regime simplificado,


obteve rendimentos da atividade no valor de 60.000, tendo
efetuado imputação de despesas à atividade no valor de
9.100.
Resolução proposta
RL = 60.000 x 75% = 45.000 (dedução máxima = 15.000).
Nível óptimo de despesas = 60.000 x 15% = 9.000
60.000 x 15% - 4.104 - 9.100 = -4.204, logo, 45.000.

 Dedução a considerar: (60.000 x 10%) + 4.104 + 9.100 =


19.204 > 15.000, logo, RL = 60.000 - 15.000 = 45.000.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 93
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 7: Cabeleireira, enquadrada no regime


simplificado, que obteve rendimentos da atividade no valor
de 60.000, tendo efetuado imputação de despesas à
atividade no valor de 9.100.
Resolução proposta
RL = 60.000 x 35% = 21.000 (dedução máxima = 39.000).
Nível óptimo de despesas = 60.000 x 15% = 9.000
60.000 x 15% - 4.104 - 9.100 = -4.204,logo, 21.000.

 Dedução a considerar: (60.000 x 50%) + 4.104 + 9.100 =


43.204 > 39.000, logo, RL = 60.000 - 39.000 = 21.000.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 94
2.2. CATEGORIA B

Exemplo 8: Empresária na área do alojamento local,


enquadrada no regime simplificado, que obteve rendimentos
da atividade no valor de 50.000, tendo efetuado imputação
de despesas à atividade no valor de 2.000.
Resolução proposta
RL = 50.000 x 35% = 17.500 (dedução máxima = 32.500).
Nível óptimo de despesas = 50.000 x 15% = 7.500
50.000 x 15% - 4.104 - 2.000 = 1.396, logo, 18.896.

 Dedução a considerar: (50.000 x 50%) + 4.104 + 2.000 =


31.104 < 32.500, logo, RL = 50.000 - 31.104 = 18.896.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 95
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 15

 Regime da transparência fiscal (IRC)


 Contitularidade de rendimentos
 Imputação especial, distribuição de lucros
 Dupla tributação económica
 Referências ao IRC
 Anexo D
 Liquidação de IRS

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 96
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 15

Eduardo, advogado, é sócio de uma sociedade de advogados,


conjuntamente com mais três colegas de profissão, em
partes iguais, a qual apurou, em 2019, um lucro tributável no
valor de 500.000, tendo distribuído lucros, também em 2019,
no valor de 400.000, os quais foram gerados no ano anterior.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 97
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Sociedade de advogados - sociedade de profissionais -
regime da transparência fiscal.
 Sociedade – sujeição mas isenção (técnica) de IRC.
 Eliminação da dupla tributação económica…
 Rendimentos (matéria coletável) imputados aos sócios.
 Contitularidade de rendimentos.
 Rendimento líquido da Categoria B.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 98
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Lucros distribuídos em 2019 referentes a 2018 – não
estão, em princípio, sujeitos a IRS (imputação em 2018).
 RL = 125.000 (Anexo D).
 IRS a pagar elevado versus IRC 21% e derrama (até
1,5%) e IRS 28% de IRS (com opção pelo englobamento).
 Liquidação…
 Numa situação real seriam devidos pagamentos por conta
calculados com base no rendimento imputado em 2017.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 99
2.2. CATEGORIA B

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 100
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 16

 Direitos de autor
 Regime da contabilidade
 Benefícios fiscais
 Prémio literário (exclusão tributária)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 101
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 16

José, escritor, enquadrado no regime da contabilidade,


recebeu em 2019 direitos de autor, no valor de 100.000,
pagos por uma empresa editora respeitantes à venda livros
da sua autoria. Os gastos da atividade ascenderam a 40.000.
Recebeu também um prémio literário, pago por uma
instituição portuguesa, no valor de 50.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 102
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Direitos de autor, titular originário (cessão temporária ou
definitiva) → Categoria B (regime da contabilidade).
 Titular não originário → Categorias E ou G
 Isenção de 50% dos rendimentos com limite de 10.000.
 100.000 x 50% = 50.000 > 10.000, logo, 10.000
 Rendimento tributável = 90.000
 10.000: Anexo H e Anexo C (dedução ao RLP)
 Rendimento líquido = 90.000 - 40.000 = 50.000.
 Prémio literário: não sujeito (condições, não declarados).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 103
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 17


 Opção pela tributação de rendimentos prediais no âmbito
da Categoria B
 Nova opção pela tributação na Categoria F
 Afetação e desafetação de bens imóveis à atividade (mais-
valias)
 Alterações legislativas recentes (2017 e 2018)
 Categoria B versus Categoria F
 Retenção na fonte
 Notas sobre a Lei do OE/2019, Leis n.º 3/2019 e n.º
119/2019 e Proposta de Lei do OE/2020.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 104
2.2. CATEGORIA B

Caso prático n.º 17


Afonso possui vários imóveis destinados à habitação
arrendados. Em 2016 optou pela tributação dos rendimentos
prediais no âmbito da Categoria B, pretendendo, no próximo
ano (2020), voltar a ser tributado em sede da Categoria F.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 105
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Reforma IRS: Opção pela Categoria B nos rendimentos
prediais, nova opção pela Categoria F.
 “Para aqueles sujeitos passivos que exercem a locação
imobiliária num contexto verdadeiramente empresarial,
fica aberta a possibilidade de serem tributados segundo as
regras da categoria B.”
 Afetação e desafetação de imóveis (transferência e
reafetação): dois tipos de mais-valias…
 LOE/2017 e LOE/2018 (simplificação nos imóveis
habitacionais).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 106
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 LOE/2018: Exceção (artigo 10.º), aplicável aos casos de
“de restituição ao património particular de imóvel
habitacional que seja afeto à obtenção de rendimentos da
categoria F, mantendo-se o diferimento (…) enquanto o
imóvel mantiver aquela afetação.”
 Dado que os imóveis regressam ao património particular
(Categoria F a partir de 2020), não haverá tributação em
2019 (Categoria G), quanto às mais-valias geradas em
2016 (cuja tributação ficou suspensa).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 107
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 LOE/2017: Aditamento (artigo 3.º):
 “Para efeitos da alínea c) do n.º 2, não configura uma
transferência para o património particular do empresário a
afetação de bem imóvel habitacional à obtenção de
rendimentos da categoria F.”
 Não existe qualquer mais-valia sujeita a tributação
(Categoria B), no ano de 2019, por força do reingresso do
bem imóvel na esfera privada, face à alteração legislativa
anteriormente descrita.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 108
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Solução parcial, uma vez que apenas se aplica a imóveis
habitacionais, ficando de fora, por exemplo, as rendas
decorrentes do arrendamento de um armazém, de uma
loja ou de um terreno.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 109
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Tributação das rendas pelas categorias B ou F? Várias
diferenças…
- Categoria F…
- Categoria B – Regime simplificado…
- Categoria B – Regime da contabilidade…
 Retenção na fonte? Não há diferenças!
 Momento de reter? Não há diferenças!
 Momento de declarar? Em princípio, não há diferenças,
salvo Categoria B/regime da contabilidade. DL n.º
28/2019…
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 110
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Notas sobre a Lei do OE/2019: Autorização legislativa.
 Revisão do regime de mais-valias em sede de IRS nos
casos de afetação de quaisquer bens do património
particular a atividade empresarial e profissional exercida
pelo seu proprietário.
 O sentido e a extensão da autorização legislativa prevista
no número anterior consiste em sujeitar as mais-valias a
tributação no momento da alienação do bem.
 Quadro legal incompleto com as Leis do OE/2017 e 2018.
 Autorização legislativa não utilizada.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 111
2.2. CATEGORIA B

Resolução proposta
 Notas sobre a Proposta de Lei do OE/2020:
 Aditamento do n.º 15 ao artigo 10.º com o seguinte teor:
“Em caso de restituição ao património particular de imóvel
habitacional que seja afeto à obtenção de rendimentos da
categoria F, não há lugar à tributação de qualquer ganho,
se em resultado dessa afetação o imóvel gerar
rendimentos durante cinco anos consecutivos.”.
 Ou seja, diferimento da tributação da mais-valia converte-
se, após 5 anos, numa não tributação em definitivo da
mesma.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 112
2.3. CATEGORIA E
RENDIMENTOS DE CAPITAIS
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 18

 Trabalhador dependente com juros de depósitos bancários


 Dividendos
 Atenuação da dupla tributação económica
 Retenção na fonte
 Opção pelo englobamento
 Liquidações de IRS (com e sem englobamento)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 114
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 18


Sofia, solteira, é enfermeira num hospital público, tendo
auferido em 2019 rendimentos ilíquidos de 25.000 e sofrido
retenções na fonte no valor de 5.225.
A mesma possui duas contas bancárias, tendo-lhe sido
creditada a conta de depósitos à ordem pelo montante de
360, em dezembro de 2019, relativamente a juros de
depósitos a prazo.
Sofia recebeu também dividendos pagos por uma sociedade
anónima, com sede em Aveiro, no valor de 50.400 (valor
líquido recebido).
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do…
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 115
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Juros de depósitos a prazo – Taxa liberatória de 28%,
logo, rendimento ilíquido = 500 [360 / (1 - 0,28)]
(retenção na fonte = 140).
 Opção pelo englobamento implica o englobamento dos
restantes rendimentos de capitais.
 Sem ter em conta outros dados, nomeadamente a
existência de dividendos, não deverá ser exercida a opção
tendo em conta os rendimentos da Categoria A
(demonstração no final).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 116
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Dividendos: Taxa liberatória de 28% a incidir sobre 70.000
[50.400 / (1 - 0,28)] (retenção = 19.600).
 Deverá ser exercida a opção pelo englobamento, tendo em
conta a possibilidade de atenuação da DTE –
englobamento de apenas metade do valor (35.000) e a
retenção é considerada na totalidade (28% → 56%).
 Aquilo que Sofia ganha com o englobamento dos
dividendos supera largamente aquilo que perde com o
englobamento dos juros (demonstração no final).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 117
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Valor dos rendimentos = 60.500 → 25.000 (remunerações
- Categoria A) + 500 (juros - Categoria E) + 35.000
(dividendos - Categoria E).
 Valor das retenções na fonte = 24.965 → 5.225
(remunerações - Categoria A) + 140 (juros - Categoria E)
+ 19.600 (dividendos - Categoria E).
 Demonstração das liquidações: Com opção por
englobamento de juros e dividendos; sem opção pelo
englobamento; com opção englobamento de juros.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 118
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 119
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 120
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 121
2.3. CATEGORIA E

 Conclusão: Quando estão em causa outros rendimentos


médios ou elevados de englobamento obrigatório, só é
favorável a opção pelo englobamento nos dividendos
(lucros distribuídos), devido ao mecanismo de atenuação
da DTE.
 Anexo E e respetivas instruções de preenchimento não são
claras: valor a declarar → 50% do valor ilíquido e 100% da
retenção na fonte.
 Divergências na DR3: Explicação e comprovação (AT
dispõe da informação → modelo 39

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 122
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 19

 Pensionista
 Juros de depósitos bancários
 Juros de certificados de aforro
 Retenção na fonte
 Opção pelo englobamento
 Liquidações de IRS (com e sem englobamento)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 123
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 19

Luís, pensionista, com 70 anos, auferiu em 2019 pensões no


valor de 11.200 (800/mês). No mesmo ano, recebeu juros de
depósitos bancários no montante de 3.000 e juros de
certificados de aforro na quantia de 15.000 (valores
ilíquidos).
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 124
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Rendimento líquido H = 7.096 (11.200 - 4.104).
 Juros de depósitos bancários – Taxa liberatória de 28%,
logo, rendimento líquido, após a retenção na fonte =
2.160 (3.000 - 840).
 Juros de certificados de aforro – Taxa liberatória de 28%,
logo, rendimento líquido, após a retenção na fonte =
10.800 (15.000 - 4.200).
 Possibilidade de opção pelo englobamento (inclusão de
ambos os rendimentos…).
 Liquidações: sem opção, opção juros e opção ambos…

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 125
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 126
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 127
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 128
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 20

 Lucros distribuídos e dividendos


 Atenuação da dupla tributação económica
 Transparência fiscal
 Imputação de lucros
 Retenção na fonte

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 129
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 20

Gonçalo, recebeu em 2019 lucros e dividendos distribuídos


por várias sociedades, no valor (ilíquido) global de 500.000,
onde se incluem 100.000 distribuídos por uma sociedade de
simples administração de bens sujeita ao regime da
transparência fiscal, relativamente a resultados gerados no
ano de 2018. Esta sociedade é detida em 10% por Gonçalo,
tendo apurado um lucro tributável, em 2019, no valor de
600.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 130
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Lucros distribuídos: Atenuação da DTE, logo, opção pelo
englobamento (400.000 x 50% = 200.000).
 Lucros distribuídos por sociedade transparente, excluídos
em 2019 (já tributados em 2018).
 Retenção na fonte a título definitivo: 400.000 x 20% =
112.000.
 Imputação do lucro da sociedade transparente
(contitularidade): 600.000 x 10% = 60.000 (RL Categoria
B) – Anexo D.
 Na vida real: pagamentos por conta (com base em 2017).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 131
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 21

 Rendimentos distribuídos por FII (OIC)


 Benefícios fiscais
 Dupla tributação económica
 Retenção na fonte
 Opção pelo englobamento
 Liquidações de IRS

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 132
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 21

Ana auferiu, em 2019, rendimentos de Unidades de


Participação distribuídos por um Fundo de Investimento
Imobiliário, no valor de 45.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 133
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Mudança de paradigma a partir de 01-07-2015.
 Tributação da esfera dos participantes (isenção de IRC aos
rendimentos prediais e mais-valias dos FII).
 Não há dupla tributação económica…
 Taxa liberatória de 28% (substituto é o OIC / FII), logo,
retenção na fonte = 12.600 (45.000 x 28%).
 Opção pelo englobamento? Não! Mesmo que não tivesse
obtido outros rendimentos englobáveis.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 134
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Ilação fácil de retirar porquanto a taxa média
correspondente ao escalão anterior àquele em que se
insere o rendimento em causa (até 36.856) é superior a
28% (28,838%), sendo o remanescente tributado a 45%.
 Rendimento = 45.000 (RF = 12.600) → Liquidação…
 Duas hipóteses:
- Rendimento = 22.500 (RF = 6.300) → Liquidação…
Opção? Sim!
- Rendimento = 36.000 (RF = 10.080) → Liquidação…
Opção? Sim ! (por pouco…)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 135
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 136
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 137
2.3. CATEGORIA E

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 138
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Caso existissem outros rendimentos de englobamento
obrigatório a leitura poderia ser um pouco mais óbvia →
lógica de taxas marginais (taxas normais), dando-se
apenas mais um exemplo:
 Imaginemos alguém que tem um rendimento coletável de
20.261 de englobamento obrigatório e que obteve 4.000
de rendimentos de capitais.
 Rendimento = limite superior o 3.º escalão, logo, os
4.000, caso sejam englobados, serão tributados a uma
taxa superior a 28% (no caso 28,5%).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 139
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 22 (continua)

 Rendimentos obtidos em resultado da partilha de


sociedade
 Liquidação de sociedades
 Regras vigentes desde 01-01-2014
 Referências ao CIRC
 Incompleto (remissão para o capítulo 2.5, Categoria G)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 140
2.3. CATEGORIA E

Caso prático n.º 22

Raúl possui 20% do capital social de uma sociedade por


quotas que foi dissolvida, cabendo-lhe o montante de
70.000, a título de resultado da partilha. Raúl adquiriu as
quotas em causa em 2010, pelo valor de 20.000, embora o
seu valor nominal ascendesse a 30.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 141
2.3. CATEGORIA E

Resolução proposta
 Reforma do IRC: alteração ao artigo 81.º CIRC (e CIRS).
 Até 2014: resultados da partilha poderiam ser qualificados
como rendimentos de capitais ou como mais-valias.
 Valor a tributar não se alterou: diferença entre o valor
atribuído em resultado da partilha e o valor de aquisição
das participações, ou seja, 50.000 (70.000 - 20.000).
 Até 2014: 70.000 - 30.000 = 40.000 → rend. capitais;
30.000 - 20.000 = 10.000 → mais-valias.
 Atualmente: 70.000 - 20.000 = 50.000 → Mais-valias.
 Continua no capítulo 2.5 (último caso prático).
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 142
2.4. CATEGORIA F
RENDIMENTOS PREDIAIS
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 23

 Arrendamento de moradia de férias


 Despesas conservação e manutenção
 Alterações em vigor desde 01-01-2015:
• Dedutibilidade dos gastos
• Reporte de perdas
 Anexo F

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 144
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 23

Carolina recebeu em 2019 rendas no montante de 18.000


pelo arrendamento de uma moradia de férias situada no
Algarve, tendo incorrido em despesas com a recuperação
desse imóvel do montante de 25.000 (pintura e carpintaria).
Em 2019 foi pago o IMI no montante de 250 relativo ao ano
de 2018.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e apuramento do
rendimento líquido.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 145
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Deduções específicas: 25.000 e 250.
 Despesas de conservação e manutenção (benfeitorias
necessárias) – dedutíveis (idem IMI).
 Alterações substanciais da Lei da Reforma do IRS ao artigo
41.º (bem como opção pela Categoria B).
 Se despesas devidamente documentadas, RL = -7.250, ou
seja, uma perda (18.000 - 25.000 - 250).
 Reportável mas não comunicável… Logo, RC = 0.
 Alterações ao nível do reporte de perdas…
 Repartição de despesas → Anexo F (evolução)
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 146
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 24

 Arrendamento de frações autónomas


 Vários tipos de despesas (dedutíveis e não dedutíveis)
 Repartição de despesas por fração
 Opção pelo englobamento
 Recibo de renda eletrónico
 Declaração modelo 44
 Opção pelas regras da Categoria B (regime simplificado e
regime da contabilidade)
 Leis n.º 3/2019 e n.º 119/2019
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 147
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 24

Rafael possui 4 frações autónomas de um prédio em Lisboa


arrendadas (frações A, B, C e D), tendo auferido em 2018
rendas no montante de 34.500, 9.000 de cada uma das
frações, com exceção da fração B, uma vez que o
arrendatário não pagou até 31-12-2019 as rendas referentes
a outubro e novembro (no valor de 750/cada), tendo-as pago
somente em fevereiro de 2020 conjuntamente com as rendas
de dezembro de 2019 e de janeiro de 2020.
Rafael incorreu nas seguintes despesas ao longo do ano de
2019:

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 148
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 24

a) 3.000 de despesas de carpintaria pela renovação dos


pavimentos em madeira das frações A e C;
b) 3.800 de juros pagos ao banco pelo financiamento da
compra das frações B e D;
c) 2.500 pela compra de mobiliário destinado à fração A;
d) 10.000 pela colocação de duas marquises nas varandas
das frações A e C;
e) 2.000 pela substituição de um aparelho de ar-
condicionado na fração A;

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 149
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 24

f) 500 pela colocação de um novo esquentador na fração C;


g) 3.000 de despesas relacionadas com a limpeza e
manutenção das partes comuns do prédio.
Sabe-se, ainda, que cada um dos imóveis possui um VPT de
150.000 e que a permilagem de cada um é de 250 (25%).
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e apuramento do
rendimento líquido.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 150
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Só é rendimento a parte paga ou colocada à disposição,
donde, o rendimento a considerar serão os 34.500.
 Rend. a declarar (anexo F): 9.000 das frações A, C e D e
7.500 da fração B.
 Despesas, caso sejam dedutíveis (comprovação), deverão
ser repartidas pelas várias frações.
a) Despesas de renovação dos pavimentos das frações A e C
(3.000): Dedutíveis (repartição pela permilagem).
b) Juros pelo financiamento da compra das frações B e D
(3.800): Não dedutíveis (exceções).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 151
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
c) Mobiliário destinado à fração A (2.500): Não dedutíveis
(exceções) (módulos de móveis de cozinha…).
d) Marquises nas varandas das frações A e C (10.000): Não
dedutíveis (valorização, benfeitorias úteis → mais-valias).
e) Esquentador na fração C (500): Dedutível.
f) Aparelho de ar-condicionado na fração A (2.000): Não
dedutível?! (exceções).
g) Limpeza e manutenção das partes comuns do prédio
(3.000): Dedutível.
 Apuramento do rendimento líquido…
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 152
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta

 Taxa especial de 28%, com opção pelo englobamento…


 Recibo de renda eletrónico.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 153
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Modelo 44.
 Ponderação pela Categoria B – Regimes: contabilidade e
simplificado (afetação dos imóveis…)
 Obrigação de emissão de fatura.
 Se simplificado: 28.000 x 95% = 26.600
 Se contabilidade, dedutibilidade de: juros de
financiamento, depreciações do mobiliário, marquises e ar-
condicionado, acrescendo as depreciações dos imóveis e
outros gastos, nomeadamente administrativos.
 Cautela (RS e RC): Englobamento obrigatório…
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 154
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 25

 Rendas recebidas por condomínio


 Arrendamento de partes comuns
 Contitularidade de rendimentos
 Referência ao Código Civil
 Retenção na fonte
 Recibo de renda eletrónico

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 155
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 25

O condomínio de um prédio situado em Lisboa recebeu em


2019 rendas derivadas do arrendamento do terraço do
referido prédio, local onde se encontra instalada uma antena
retransmissora, pagas por uma operadora de
telecomunicações (24.000), bem como auferiu rendimentos
pela cedência da parede lateral do prédio para publicidade a
uma marca de automóveis (12.000). O prédio, constituído
em propriedade horizontal, tem 40 frações destinadas à
habitação com idêntica permilagem.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 156
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Cedência do uso de partes comuns de prédio em regime
de propriedade horizontal é sempre rendimento predial,
independentemente de eventuais “fins especiais”.
 Condomínio: IRC? Não! IRS sobre os condóminos.
 Contitularidade de rendimentos: imputação em função das
quotas, logo, permilagem (=25).
 “(…) sendo os diversos condóminos do edifício,
comproprietários das partes comuns (…), deverão tais
rendimentos ser-lhes imputados na proporção do valor
relativo das respectivas fracções autónomas (…)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 157
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Cada condómino deverá apresentar o Anexo F, onde
deverá ser declarado o valor 900 [(24.000 + 12.000)/40],
e a quota parte dos gastos dedutíveis e retenções na
fonte.
 Sem dispensa de retenção…
 FAQ: Quem emite recibo de renda eletrónico?
 Pressupõe comunicação prévia do contrato arrendamento…
 Deve ser o Administrador do Condomínio, eleito em
Assembleia-geral, nos termos da lei civil, a emitir o recibo.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 158
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 26

 Arrendamento de apartamento mobilado


 Arrendatário com atividade de alojamento local
 Opção pelo englobamento, opção pela Categoria B
 Enquadramento em IRS do alojamento local
 Opção pela Categoria F

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 159
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 26

Teresa, cansada de morar no centro de Lisboa, decidiu


comprar um apartamento em Oeiras, tendo optado por
arrendar o seu apartamento em Lisboa, totalmente mobilado,
tal como se encontrava enquanto lá viveu, pela importância
de 2.500/mês.
A arrendatária é uma sociedade que vai explorar o imóvel na
atividade de alojamento local, tendo sido celebrado, para o
efeito, um contrato de arrendamento, devidamente
comunicado à AT.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 160
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Apartamento mobilado: rendimento “passivo”, rendimento
predial, por várias razões… (IVA…).
 Tributação dos rendimentos à taxa autónoma de 28%, a
incidir sobre o rendimento auferido depois de efetuadas
as deduções específicas.
 Sociedade inquilina deverá obrigatoriamente proceder a
uma retenção na fonte, à taxa de 25%.
 Dois tipos de opções (mutuamente exclusivas): i)
englobamento (...); ii) Categoria B – RS ou RC
(englobamento obrigatório).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 161
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Exploração direta na atividade de alojamento local:
Categoria B (RS ou RC), implicando a afetação do imóvel.
 Caso a exploração do imóvel fosse feita na modalidade de
apartamento (e não de quarto): opção pela Categoria F.
 Ofício-circulado n.º 20180/2016: Três tipologias de
situações…
 Desatualizado em função da possibilidade de opção pela
Categoria F…

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 162
2.4. CATEGORIA F

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 163
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 27

 Arrendamento de prédios que fazem parte de herança


indivisa
 Contitularidade de rendimentos
 referências ao Código Civil
 Situação em que apenas um herdeiro recebe as rendas
 Recibo de renda eletrónico
 Anexos D e I

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 164
2.4. CATEGORIA F

Caso prático n.º 27

Manuel, casado em comunhão de bens, faleceu em 2016,


tendo deixado como herdeiros a mulher e três filhos. Na data
do óbito Manuel possuía vários prédios arrendados, tendo as
rendas geradas por tais imóveis ascendido a 100.000 no ano
de 2019.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 165
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Rendimentos respeitam a um património que faz parte de
herança indivisa, presumindo-se que não houve partilha.
 IRC? Não! IRS sobre os herdeiros.
 Distribuição em função das quotas hereditárias.
 Cônjuge tem direito à meação (1/2 ou 4/8), logo,
repartição da parte restante, ou seja, viúva 5/8 (62,5%) e
cada um dos três filhos 1/8 (12,5%).
 Anexo F com a sua quota-parte, ou seja, a viúva deverá
declarar 62.500 e cada um dos filhos 12.500.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 166
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Anexo F não contém um campo para indicação da quota-
parte de cada herdeiro (nem de cada comproprietário).
 Despesas dedutíveis faturadas à herança (NIF
7xx.xxx.xxx) imputadas a cada um dos herdeiros.
 Retenções na fonte igualmente imputadas a cada um dos
herdeiros em função das quotas.
 Taxa autónoma ou especial de 28% com opção pelo
englobamento, a exercer individualmente por cada um, em
função da sua situação em concreto.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 167
2.4. CATEGORIA F

Resolução proposta
 Como proceder quanto apenas um dos contitulares
(herdeiros) recebe a totalidade das rendas?
 Poder-se-á considerar que o mesmo será o titular efetivo
da totalidade de tais rendimentos.
 Comprovação? Documento assinado pelos herdeiros.
 Quem emite o recibo de renda eletrónico?
 Pressupõe comunicação prévia do contrato arrendamento…
 Cabeça-de-casal em nome da herança indivisa.
 Anexos D e I (+ Anexos B ou C).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 168
2.5. CATEGORIA G
INCREMENTOS PATRIMONIAIS – MAIS-VALIAS
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 28


 Venda habitação própria e permanente
 Despesas inerentes à aquisição
 Correção monetária
 Exclusão tributária
 Reinvestimento parcial em habitação própria e permanente
 Amortização de créditos bancários
 Regime transitório de “reinvestimento” (amortização de
crédito bancário)
 Anexo G

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 170
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 28


Raquel vendeu, em janeiro de 2019, por 150.000 (valor
superior ao VPT) a casa onde habitava, adquirida em 2004
por 80.000 (mais despesas de escritura e de registos no
montante global de 3.000), tendo reinvestido, em setembro
de 2019, o montante de 110.000 (valor igual ao VPT) na
aquisição da sua nova casa.
Ambas as aquisições foram feitas por Raquel com recurso ao
crédito: i) no momento da venda amortizou o valor em
dívida inerente ao empréstimo contraído em 2004 no
montante de 50.000; ii) relativamente à aquisição da nova
casa, pediu um novo empréstimo do montante de 80.000.
Pedido: Enquadramento… e cálculo da mais-valia.
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 171
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valia a tributar = 150.000 - [(80.000 x 1,22) +
3.000] = 49.400
 HPP - Exclusão por reinvestimento.
 Mas, empréstimos…
 Mais-valia = 49.400
 Valor a reinvestir = 100.000 (150.000 - 50.000)
 Valor reinvestido = 30.000 (110.000 - 80.000)
 Proporção do valor de realização reinvestido = 30.000 /
100.000 = 0,3 = 30% (percentagem de reinvestimento).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 172
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valia excluída de tributação = 49.400 x 30% =
14.820
 Mais-valia a tributar = 49.400 - 14.820 = 34.580
 Rendimento líquido = 17.290 (34.580 x 50%)
 Englobamento e sem retenção na fonte…
 Regime transitório até 2020 (Reforma do IRS):
Equiparação da amortização do crédito a reinvestimento…
 Verificam-se todas as condições (5 condições…)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 173
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 O valor de realização foi aplicado na amortização do
crédito bancário (verificando-se a condição do n.º 1);
 Amortização corresponder apenas a 1/3 do valor de
realização não impede a aplicação do regime (regra de
proporcionalidade);
 Raquel não era proprietária, à data da alienação, de outro
imóvel habitacional ;
 Alienação ocorreu entre os anos de 2015 e 2020;
 Crédito amortizado foi contraído antes de 2014.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 174
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valia = 49.400
 Valor a reinvestir = 150.000
 Valor “reinvestido” = 50.000
 Proporção do valor de realização “reinvestido” = 50.000 /
150.000 = 0,3333 = 33,33% (percentagem de
“reinvestimento”)
 Mais-valia excluída de tributação = 49.400 x 33,33% =
16.465,02
 Mais-valia a tributar = 49.400 - 16.465,02 = 32.934,98

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 175
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Tendo em conta que apenas será tributada 50% da mais-
valia (n.º 2, artigo 43.º), o rendimento líquido da
Categoria G a englobar será de 16.467,49 (32.934,98 x
50%).
 É mais favorável utilizar o mecanismo temporário, uma
vez que o valor a englobar é menor 822,51 (17.290,00 -
16.467,49).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 176
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 29

 Venda habitação própria e permanente


 Despesas inerentes à alienação
 Exclusão tributária, regime transitório de “reinvestimento”
(amortização de crédito bancário para aquisição e obras)
 Momento da ocorrência do facto tributário na Categoria G.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 177
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 29

Hugo esteve desempregado durante vários meses, recebendo


atualmente um salário que corresponde a menos de metade
daquele que auferia em 2014. Por tais motivos deixou de
pagar várias prestações do empréstimo do apartamento onde
vivia, tendo optado por vendê-lo e ir morar para casa dos
pais.
Em 2019 vendeu por 150.000 o referido apartamento,
adquirido em 2012 por 120.000, não tendo qualquer
intenção de reinvestir o produto da venda (pagou 4.500 a
uma imobiliária que intermediou a venda).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 178
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 29

Quase todo o valor de realização serviu para amortizar a


dívida ao banco: 115.000 para amortizar o financiamento da
aquisição e 30.000 para amortizar um empréstimo contraído
na mesma altura para obras.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo da mais-
valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 179
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valia HPP sem intenção de reinvestimento e com
amortização de crédito bancário.
 Coeficientes desvalorização da moeda e comissão.
 Mais-valia = 150.000 - [(120.000 x 1,03) + 4.500) = 21.900
 Verificam-se todas as condições do regime transitório.
 Mais-valia = 21.900
 Valor a reinvestir = 150.000
 Valor “reinvestido” = 115.000

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 180
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Proporção do valor de realização “reinvestido” = 115.000 /
150.000 = 0,7667 = 76,67% (percentagem de
“reinvestimento”)
 Mais-valia excluída de tributação = 21.900 x 76,67% =
16.790,73
 Mais-valia a tributar = 21.900 - 16.790,73 = 5.109,27
 115.000 / 150.000 = 0,7667 = 76,67% (percentagem de
“reinvestimento”)
 Amortização do empréstimo para obras, não é considerado
“reinvestimento” por não se tratar de “empréstimo
contraído para a aquisição do imóvel alienado“.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 181
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Facto tributário nas mais-valias ocorre no momento da
prática dos atos, correspondendo em princípio à data dos
contratos de compra e venda (de imóveis, de ações, de
quotas, etc.), independentemente da data do pagamento
ou da colocação à disposição.
 Escritura de venda celebrada em 2019, logo, será neste
ano que deverão ser declarados e tributados os
rendimentos.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 182
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 30

 Venda apartamento de férias


 Aquisição anterior a 01-01-1989
 Exclusão tributária
 Anexo G1

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 183
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 30

Fátima vendeu um apartamento de férias pelo valor de


100.000 (VPT de 70.000), o qual havia sido adquirido em
1986 pelo valor de 20.000 (VPT 3.000).
Pedido: Enquadramento em sede IRS e cálculo da mais-
valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 184
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Imóvel vendido não é HPP, logo, não será aplicável o
benefício do reinvestimento, mesmo que, por hipótese,
com o produto da venda viesse a ser adquirido um imóvel
com esse destino, uma vez que é necessário que, quer o
imóvel alienado, quer o imóvel adquirido, tenham como
destino a HPP do sujeito passivo.
 100.000 - [(20.000 x 3,46) + 0) = 30.800 (mais-valia
calculada)
 VPT à data da compra e da venda não interfere.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 185
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Em condições normais seria tributado metade do valor, ou
seja, 15.400 (mais-valia a tributar), o qual seria
obrigatoriamente englobado aos restantes rendimentos.
 Contudo, no caso em apreço, verifica-se que o imóvel
alienado foi adquirido anteriormente à entrada em vigor do
CIRS (01/01/1989), pelo que, o ganho obtido não será
tributado em sede deste imposto (não sujeição).
 Não obstante, Anexo G1: V. Realiz. = 100.000 (mês da
venda) e V. Aq. = 20.000 (mês da compra).
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 186
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 31

 Indemnização paga por seguradora


 Delimitação negativa de incidência
 Venda de jóia adquirida a título gratuito (doação)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 187
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 31

Maria auferiu os seguintes rendimentos em 2019:


a) Indemnização, no montante de 10.000, paga por uma
seguradora ao abrigo de um contrato de seguro, devido a um
acidente de viação que lhe provocou danos corporais.
b) Ganho derivado da venda por 15.000, um colar em ouro
com pedras preciosas que lhe havia sido doado pela sua avó
há mais de 40 anos
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 188
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Indemnização paga por seguradora, não tributada,
(“delimitação negativa da incidência”) - indemnização por
lesão corporal paga por companhia de seguros.
 Venda do colar, mesmo tendo originado um forte ganho,
não tem implicações em sede de IRS; só são tributadas as
mais-valias que constam taxativamente na lei.
 Não há qualquer intenção comercial (falta o animus
negociandi) → colar não foi adquirido para revenda,
afastando-se a Categoria B (mesmo ato isolado).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 189
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 32

 Venda de terreno adquirido a título gratuito (escritura de


partilhas)
 Terreno rústico adquirido antes de 1989
 Venda em 2019 para construção urbana
 Exclusão tributária
 Referências à jurisprudência
 Anexo G1

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 190
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 32

João vendeu em 2019, por 500.000, um terreno que adquiriu


a título gratuito, através de escritura de partilha celebrada
em 1992, na sequência da morte do seu pai, em 1985, e da
sua mãe, em 1987 (o VPT ao tempo era de 2.000). Aos seus
três irmãos foram adjudicados outros bens, de valor superior,
tendo na escritura de partilha ficado consignado que João
terá recebido tornas.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 191
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 32

O terreno em causa, desde que foi adquirido pelos seus pais,


em 1971, sempre foi um terreno rústico, mantendo-se assim
até à atualidade, pese embora, desde 1995, por força da
aprovação do PDM, o mesmo tenha passado a ter aptidão
construtiva, constando, aliás, na escritura de venda
celebrada em 2019 que o terreno em causa se destina a
construção urbana.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo da mais-
valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 192
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 A transmissão realizada configura um facto tributário, uma
vez que está em causa a alienação do direito de
propriedade sobre um bem imóvel.
 Importa começar por averiguar se é aplicável o disposto
no n.º 1, artigo 5.º, DL n.º 442-A/88.
 Caso os bens alienados, na vigência do CIRS, tenham sido
adquiridos antes de 01-01-1989, os ganhos apenas
estarão sujeitos a este imposto caso já se encontrassem
sujeitos ao extinto imposto de mais-valias.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 193
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Porém, no caso em apreço temos duas questões prévias
que importa dirimir:
• Qual a data de aquisição do terreno, quando se sabe que
os pais faleceram em 1985 e em 1987, mas a escritura de
partilha apenas foi celebrada apenas em 1992?
• Será que o imóvel em causa cai na previsão da norma,
sabendo-se que foi adquirido pelos pais como rústico, foi
herdado por João como rústico, mas foi vendido por este
tendo como destino a construção urbana?

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 194
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Primeira questão: A resposta certa é que a data de
aquisição da propriedade ocorreu em parte em 1985, com
a morte do pai, e a parte restante em 1987 com a morte
da mãe – a data que releva é a data da abertura das
heranças, que corresponde à data dos óbitos dos pais.
 Na escritura de partilha foi-lhe adjudicado o bem imóvel,
com valor inferior ao valor correspondente à sua quota
hereditária no total da herança (recebeu tornas),
significando que João nada adquiriu em 1992.
 Por esta via, exclusão de tributação.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 195
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Segunda questão (qualificação do terreno como rústico ou
como para construção): o que releva é a sua qualificação
no momento da aquisição ou, pensamos que de forma
mais apropriada, a sua qualificação na data de entrada em
vigor do CIRS.
 Em 1971, em 1985, em 1987 e também em 01-01-1989,
o terreno em causa era rústico, sendo irrelevante o facto
de o mesmo ter passado a ter aptidão construtiva num
momento posterior e o facto de ter sido declarado na
escritura que o mesmo se destina a construção.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 196
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valia em causa, não obstante o seu elevado valor,
não está sujeita a IRS.
 Apresentação do Anexo G1:

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 197
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 33

 Venda de terreno adquirido em partilha hereditária


 Pagamento de tornas
 Referências ao Código Civil
 Discriminação de valores no Anexo G (várias datas de
aquisição)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 198
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 33


Carla vendeu em 2019, por 90.000, um imóvel cujo VPT à
data da venda ascendia a 60.000. Tal imóvel foi adquirido
(propriedade plena) através de escritura de partilha,
celebrada em 2017, tendo nesse âmbito pago tornas aos
seus dois irmãos, no valor de 20.000 a cada um.
O imóvel em causa foi adquirido pelos pais de Carla, casados
em comunhão de adquiridos, tendo o pai falecido em 2010 e
a mãe em 2015. O VPT do prédio era de 20.000 em 2010, de
58.000 em 2015 e de 60.000 em 2017.
Pedido: Enquadramento… e cálculo da mais-valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 199
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Alienação onerosa de direitos reais sobre um bem imóvel,
(direito real integral - direito de propriedade).
 Valor de realização = 90.000 (valor da contraprestação,
valor da escritura por ser superior ao VPT).
 Valor de aquisição (parte), a título gratuito, por morte do
pai e depois outra parte por morte da mãe; valor que
tenha sido considerado para efeitos de liquidação do IS
(VPT à data dos óbitos do pai e da mãe).
 Escritura de partilha: aquisição aos irmãos com
pagamento de tornas (aquisição onerosa).
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 200
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Na data óbito do pai → adquisição de 1/8 (12,5%), logo,
valor de aquisição = 2.500 (20.000 x 12,5%).
 Na data do óbito da mãe → adquisição de 20,83% (33,33%
- 12,5%), logo, V. Aq. = 12.081,40 (58.000 x 20,83%).
 Na data da escritura de partilha → adquisição da
totalidade do prédio (pagamento de tornas de 20.000 a
cada), valor igual a 1/3 do VPT nesta data (60.000).
 Valor de aquisição (onerosa) = 40.000
 Cálculos…

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 201
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 90.000 - [(2.500 x 1,10) + (12.081,40 x 1,03) + (40.000
x 1,01)] = 34.406,16
 Tributação em 50%, logo, valor a englobar = 17.203,08
 Repartição dos valores de aquisição (e de realização).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 202
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 34


 Alienação de vários lotes de ações e quotas
 Regra do “FIFO”
 Ações adquiridas em aumento de capital por incorporação
de reservas
 Inclusão no cálculo das menos-valias
 Quota adquirida antes de 01-01-1989
 Transformação de sociedades
 Opção pelo englobamento
 Liquidação de IRS
 Anexo G
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 203
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 34


Adolfo vendeu durante o ano de 2019 os seguintes valores
mobiliários:
a) 10.000 ações da sociedade A por 100.000; adquiriu as
5.000 ações em 2012 por 25.000 e mais 10.000 ações em
2015 por 60.000;
b) 5.000 ações da sociedade B por 60.000; adquiriu 2.500
ações em 2010 por 25.000 e mais 2.500 ações em 2012 por
incorporação de reservas;
c) 100.000 ações da sociedade C, por 75.000; adquiriu as
100.000 ações em 2008 por 100.000;

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 204
2.5. CATEGORIA G

d) 1 quota da sociedade D, por 80.000; adquiriu a quota em


1985 por 2.000;
e) 1.000 ações da sociedade E, por 10.000; as ações
resultaram da transformação de sociedade por quotas em
sociedade anónima, em 2016, tendo as quotas em causa,
que deram lugar a 2.000 ações, sido adquiridas em 2014 por
10.000.
As sociedades C, D e E são qualificáveis como pequenas
empresas, enquanto as sociedades A e B são médias
empresas
Pedido: Enquadramento… e cálculo da mais-valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 205
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valias → diferença entre valor realização e valor
aquisição.
 Valores de realização: contraprestações recebidas pela
venda de cada conjunto (lote) de partes de capital.
 Valores de aquisição: custos documentalmente
comprovados.
 Partes sociais → coeficientes de desvalorização da moeda.
 Micro ou pequenas empresas (C, D e E), a tributação
incidirá apenas sobre metade do valor da mais-valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 206
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta

a) FIFO (5.000 adquiridas em 2015 ficam em carteira).


b) Data de aquisição das ações adquiridas por incorporação
de reservas é a data das ações originárias (2010).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 207
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
c) Valor tributável é o saldo apurado entre as mais-valias e
as menos-valias e consideração em apenas 50% por se tratar
de ações de uma pequena empresa.
d) Exclusão de tributação dado que a aquisição ocorreu
anteriormente à data da entrada em vigor do CIRS.
e) i) Data de aquisição das ações é a data de aquisição das
quotas que lhes deram origem; ii) Quotas deram origem a
2.000 ações, logo, se estão a ser vendidas apenas metade
das ações, o valor de aquisição é metade do valor de
aquisição das quotas; iii) Peq. Emp.ª - Tributação em 50%.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 208
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Informação vinculativa…
 Mais-valia sujeita a IRS (60.775), tributada à taxa especial
de 28%, com possibilidade de opção pelo englobamento.
 Não deverá ser exercida a opção.
 Liquidação com englobamento: a pagar 21.142,08.
 Sem englobamento: a pagar 16.767 [(60.775 x 28%) -
250], ou seja, menos 4.375,08.
 Diferença corresponde à diferença das taxas aplicada ao
rendimento, i.e., (0,35198815 - 0,28) x 60.775 = 4.375,08
 Anexo G e G1.
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 209
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 35

 Venda de ações adquiridas antes e depois de 01-01-1989


 Aumento de capital por incorporação de reservas
 Anexo G1

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 210
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 35


Vera alienou em 2019 a totalidade das ações que detinha
desde há vários anos na Sociedade A (100.000 ações),
qualificável como uma média empresa, pelo valor de
500.000.
As ações alienadas foram adquiridas da seguinte forma:
50.000 ações, em 1987, por entradas em dinheiro; as
restantes 50.000 ações foram-lhe atribuídas em 2012 na
sequência de um aumento de capital por incorporação de
reservas.
Pedido: Enquadramento… e cálculo da mais-valia.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 211
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Mais-valias → diferença entre o valor de realização e o
valor de aquisição.
 Valor de realização = 500.000 (contraprestação).
 Valor de aquisição (custo comprovado) = 50.000.
 Valor efetivamente despendido, embora tenha servido para
a aquisição de apenas metade das ações transacionadas.
 Ações adquiridas por via do aumento de capital não
implicaram qualquer dispêndio, tratando-se de reservas
acumuladas convertidas em capital social, fruto da não
distribuição de lucros aos sócios.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 212
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Metade das ações adquiridas antes de 01-01-1989, logo a
mais-valia inerente está excluída de tributação.
 No entanto, as restantes 50.000 ações vendidas foram
adquiridas em 2012 (aumento de capital por incorporação
de reservas com emissão de novas ações).
 Data de aquisição dos valores mobiliários cuja propriedade
tenha sido adquirida por incorporação de reservas ou por
substituição daquelas é a data de aquisição dos valores
mobiliários que lhes deram origem.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 213
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Logo, o ano de aquisição das 50.000 ações adquiridas por
incorporação de reservas é 1987 e não 2012.
 Totalidade da mais-valia excluída de tributação, devendo
ser declarada no Quadro 4 do Anexo G1.
 Aquisição: Mês/ano - xx/1987; Valor - 50.000;
 Realização: Mês - xx; Valor - 500.000.
 Se ao invés da sociedade ter aumentado o capital por
incorporação de reservas, tivesse distribuído aos sócios os
lucros retidos (tributação em 50%);
 Substitutos relativos → Planeamento fiscal.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 214
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 22 (continuação)

 Rendimentos auferidos em resultado da partilha de


sociedade
 Liquidação de sociedades
 Regras vigentes desde 01-01-2014
 Referências ao CIRC
 Hipótese de se tratar de pequena empresa (exclusão
tributária)
 Opção pelo englobamento (continuação da resolução de
caso prático da Categoria E)

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 215
2.5. CATEGORIA G

Caso prático n.º 22 (continuação)


Raúl possui 20% do capital social de uma sociedade por
quotas que foi dissolvida, cabendo-lhe o montante de
70.000, a título de resultado da partilha.
Raúl adquiriu as quotas em causa em 2010, pelo valor de
20.000, embora o seu valor nominal ascendesse a 30.000.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 216
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Reforma do IRC: alteração ao artigo 81.º CIRC (e CIRS).
 Até 2014: resultados da partilha poderiam ser qualificados
como rendimentos de capitais ou como mais-valias.
 Valor a tributar não se alterou: diferença entre o valor
atribuído em resultado da partilha e o valor de aquisição
das participações, ou seja, 50.000 (70.000 - 20.000).
 Até 2014: 70.000 - 30.000 = 40.000 → rend. capitais;
30.000 - 20.000 = 10.000 → mais-valias.
 Atualmente: 70.000 – 20.000 = 50.000 → Mais-valias.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 217
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Não se sabendo se a sociedade dissolvida é pequena,
média ou grande, colocam-se as duas possibilidades.
 Se a sociedade dissolvida não for pequena empresa,
tributação na globalidade a uma taxa especial de 28%.
 Embora não se trate de uma mais-valia gerada com a
alienação de partes de capital, aplicam-se os coeficientes
de desvalorização da moeda, nos termos do n.º 1, artigo
51.º (partes sociais).
 Mais-valia = 48.000 [70.000 - (20.000 x 1,10)] e o IRS a
pagar ascenderá a 13.440 (48.000 x 28%).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 218
2.5. CATEGORIA G

Resolução proposta
 Se a sociedade dissolvida for pequena empresa, o ganho
em causa considerado em apenas 50% do seu valor, ou
seja, 24.000 (48.000 x 50%), ascendendo o IRS em causa
a 6.720 (24.000 x 28%).
 Opção pelo englobamento…

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 219
2.6. CATEGORIA H
PENSÕES
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 36

 Pensão paga pela Segurança Social


 Dedução específica
 Retenção na fonte
 Liquidação de IRS

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 221
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 36

Miguel, viúvo, com 80 anos, recebeu em 2019 uma pensão


paga pela Segurança Social, no valor de 26.600, sobre a qual
incidiram as devidas retenções na fonte efetuadas nos
termos da lei.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 222
2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Rendimento líquido = 22.496 (26.600 - 4.104).
 Retenções na fonte: Tabela VII – Pensões, coluna “não
casado”, escalão “Até 1.937”.
 26.600 / 14 = 1.900 → taxa de 20,0%, logo, 5.320
(26.600 x 20,0%)
 Liquidação…

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 223
2.6. CATEGORIA H

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 224
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 37

 Contribuinte deficiente
 Dedução específica (quotizações sindicais)
 Retenção na fonte
 Benefícios fiscais aplicáveis a deficientes
 Liquidação de IRS

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 225
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 37

Joaquim tem um grau de invalidez permanente de 75% e


auferiu em 2019 uma pensão de invalidez do montante de
18.200, não lhe tendo sido feita qualquer retenção na fonte
pela Caixa Geral de Aposentações. Efetuou descontos para o
Sindicato, no valor de 182.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 226
2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Grau de invalidez 60%, logo, dois tipos de benefícios
fiscais (Dedução ao rendimento e dedução à coleta.
 Comprovação e averbamento no cadastro da AT.
 Pensão invalidez – Categoria H.
 18.200 x 10% = 1.820 < 2.500 (limite), logo, valor a
tributar = 16.380 (18.200 - 1.820).
 Dedução específica = 4.104, logo, rendimento líquido =
12.276.
 Retenção: 18.200 / 14 = 1.300 (Tabela VIII - RF = 0)
 Dedução à coleta = 475 x 4 = 1.900.
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 227
2.6. CATEGORIA H

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 228
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 38

 Pensões pagas pela Segurança Social e por Fundo PPR


 Benefícios fiscais
 Opções nas retenções na fonte
 Pagamentos por conta

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 229
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 38

Roberto, com 70 anos, auferiu em 2019, para além de uma


pensão paga pela Segurança Social, no valor de 8.400, uma
outra pensão paga por um Fundo (PPR), no valor de 9.000 (a
qual tem subjacente entregas efetuadas por Roberto ao
longo de 20 anos).
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 230
2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Ambas as pensões – Categoria H.
 PPR – Particularidades: i) quanto ao valor a tributar, ii)
quanto à forma de tributação.
 Tributação da globalidade? Incorreto, sem sentido…
 Dedução do valor correspondente ao capital; não sendo
possível, abatimento de 85% ao valor total da renda uma
importância igual a 85%.
 Valor a tributar = 1.350 [9.000 - (9.000 x 85%)]
 EBF remete para as regras da Categoria H, incluindo para
efeitos de retenção na fonte.
ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 231
2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Rendimento bruto = 9.750 (8.400 + 1.350).
 Rendimento líquido = 5.646 (9.750 - 4.104).
 Sem retenção (1.º escalão, Tabela VII)
 Caso fossem pagas pela mesma entidade já haveria
retenção: [8.400 + 1.350 = 9.750 / 14 = 696], à taxa de
4,5% (escalão “Até 750”).
 Opções: i) Comunicação à entidade que paga o
complemento de pensão; ii) Retenção a taxa superior; iii)
Pagamentos por conta (Reforma do IRS).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 232
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 39

 Pensão de alimentos auferida por dependente


 Dedução à coleta

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 233
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 39

Daniel, 21 anos, faz parte do agregado familiar da mãe,


divorciada, tendo recebido em 2019 uma pensão de
alimentos paga pelo pai no valor de 3.600.
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e determinação do
rendimento líquido.

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 234
2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Pensões de alimentos – Categoria H.
 Rendimento (3.600) totalmente absorvido pela dedução
específica (4.104), logo, rendimento líquido será nulo.
 Se o rendimento líquido fosse positivo, não existiria
englobamento aos restantes rendimentos da mãe, dado
aplicar-se uma taxa especial de 20%.
 Dispensa de retenção na fonte pelo artigo 91.º
(independentemente o valor da pensão).
 Pai: Dedução à coleta de 20% (desde que a pensão seja
fixada em sentença judicial ou em acordo homologado).

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 235
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 40

 Rendimentos litigiosos
 Rendimentos de anos anteriores
 Forma de declarar os rendimentos
 Evolução legislativa desde 2001
 Várias liquidações de IRS
 Comparação com o regime vigente até 2001
 Retenção na fonte
 Lei do OE/2019 e Lei n.º 119/2019

ATUALIZAÇÃO FISCAL EM IRS – ASPETOS PRÁTICOS OUTUBRO / 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 236
2.6. CATEGORIA H

Caso prático n.º 40


David, após um litígio judicial que se arrastou no Tribunal do
Trabalho com a sua entidade patronal (instituição bancária),
viu reconhecido pelo Tribunal o direito a receber uma pensão
de reforma, no valor de 2.100 mês, desde janeiro de 2016,
tendo recebido em 31 de dezembro de 2018 o montante
global de 88.200 (2.100 x 14 meses x 3 anos).
Pedido: Enquadramento em sede de IRS e cálculo do
imposto a pagar.
 Resolução com a legislação vigente até 31-12-2018…

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta (redação outubro 2019)


 Pensão de reforma – Categoria H (88.200)
 Rendimentos litigiosos, auferidos de uma só vez, mas
respeitantes a 3 anos → várias questões prévias…
 Valor a declarar dependente de decisão judicial, logo,
englobamento só se faz depois de transitada em julgado a
decisão judicial (declaração rendimentos: ano do trânsito).
 Rendimentos sujeitos a tributação apenas em 31-12-2018
(pagamento ou colocação à disposição).
 Rendimentos respeitam a 3 anos, levantando-se a questão
de saber como declarar os rendimentos?

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Entregar três declarações de IRS, uma para cada ano
(2016, 2017 e 2018)? Ou entregar apenas uma declaração
com a globalidade dos rendimentos?
 Solução vigente até 2001 – 3 declarações.
 Evolução legislativa: 2001 – máximo 4 anos; 2006 –
máximo 6 anos; 2009 – “incluindo o ano do recebimento”;
2015 – sem limite ao nível do n.º de anos.
 Solução atual: 1 declaração, com uma forma especial de
tributação (imputação no Anexo A).

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Artigo 74.º, n.º 1:
“Se forem englobados rendimentos que comprovadamente
tenham sido produzidos em anos anteriores àquele em que
foram pagos ou colocados à disposição do sujeito passivo e
este fizer a correspondente imputação na declaração de
rendimentos, o respetivo valor é dividido pela soma do
número de anos ou fração a que respeitem, incluindo o ano
do recebimento, aplicando-se à globalidade dos rendimentos
a taxa correspondente à soma daquele quociente com os
rendimentos produzidos no próprio ano.”

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Rendimentos produzidos em anos anteriores são
englobados aos restantes rendimentos gerados no próprio
ano do recebimento, embora a lei permita a sua imputação
aos respetivos anos em que os mesmos foram produzidos.
 A parte respeitante a anos anteriores 58.800 (88.200 x
2/3) será dividida por três (58.800 / 3 = 19.600), sendo
esta parte somada ao rendimento (líquido) do próprio ano
(29.400 - 4.104 = 25.296), para efeitos de aplicação de
taxas.

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Assim,
 19.600 + 25.296 = 44.896, logo, (36.856 x 28,838%) +
[(44.896 - 36.856) x 45%] = 14.246,50; 14.246,50 /
44.896 = 31,732%.
 Donde,
 Coleta total = (88.200 - 4.104) x 31,732% = 26.685,60
 Dedução à coleta = 250 → coleta líquida = 26.435,60, ou
seja, 29,97% do rendimento (26.435,60 / 88.200,00).

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Sem cálculos → desfavorável em relação a 3 declarações:
- 1 dedução específica (4.104) em vez de 3 (12.312);
- Taxas aplicadas são mais elevadas (quociente foi somado
aos rendimentos do próprio ano);
- Sem deduções à coleta em 2016 e 2017.
 Recálculo, admitindo a dedução específica a triplicar:
58.800 - (4.104 x 2); Divisão por três [(58.800 - 8.208) /
3 = 16.864], sendo esta parte somada ao rendimento
(líquido) do próprio ano (29.400 - 4.104) = 25.296), para
efeitos de aplicação de taxas.

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
- Por conseguinte,
- 16.864 + 25.296 = 42.160, logo, (36.856 x 28,838%) +
[(42.160 - 36.856) x 45%] = 13.015,33; 13.015,33 /
42.160 = 30,871%.
- Donde,
- Coleta total = [88.200 - (4.104 + 4.104 + 4.104)] x
30,871% = 23.427,38
- Dedução à coleta = 250 → coleta líquida = 23.177,38, ou
seja, 26,28% do rendimento (23.177,60 / 88.200,00)

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Imposto a pagar diminui na quantia de 3.258,22
(26.685,60 - 23.427,38).
 Mesmo assim, o valor a pagar é certamente superior
àquele que resultaria da entrega de 3 declarações.
 Nesse caso (ver liquidações), o imposto a pagar seria de
18.319,52, ou seja, 20,77% (18.319,52 / 88.200), inferior
à taxa inicialmente apurada de 29,97% e também inferior
à posteriormente apurada de 26,28%.
 Imposto a pagar inferior em 8.116,08 (26.435,60 -
18.319,52), comparativamente com a primeira hipótese.

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Imposto a pagar inferior em 4.857,86 (23.177,38 -
18.319,52), se compararmos com a segunda hipótese.
 Recuperação do imposto pago a mais? Entidade patronal?
 Retenções na fonte: tendo em conta as especiais
circunstâncias, suscitam-se também algumas questões.
 2018 – OK! 2016 e 2017? Taxa de acordo com as tabelas!
 Caso contrário, risco de incumprimento.
 Reembolso…
 Alteração legislativa?!

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Notas sobre a Lei do OE/2019 (redação janeiro 2019)
 Alterações ao artigo 99.º-C:
 Remunerações de anos anteriores (e horas
extraordinárias): retenção na fonte autónoma; idem
subsídios de férias e de natal (alteração do n.º 5)
 Subsídios de férias / natal de anos anteriores: retenção na
fonte autónoma por cada ano (aditamento do n.º 7).
 Remunerações de anos anteriores: taxa de retenção →
divisão pelo número de meses a que respeitam
(aditamento do n.º 9).

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Notas Finais – Lei n.º 119/2019 (redação janeiro 2020)
 Alterações ao artigo 99.º-D, nos mesmos moldes das
alterações processadas ao artigo 99.º-C:
 Pensões de anos anteriores: taxa de retenção na fonte
autónoma (alteração do n.º 4).
 13.º e 14.º meses referentes a anos anteriores: retenção
na fonte autónoma por cada ano a que respeitam
(aditamento do n.º 6).
 Taxa de retenção a aplicar às pensões de anos anteriores:
valor obtido em resultado da divisão pelo número de
meses a que respeitam (aditamento do n.º 7).

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2.6. CATEGORIA H

Resolução proposta
 Notas Finais – Lei n.º 119/2019 (redação janeiro 2020)
 Aditamento dos n.os 3 a 6 ao artigo 74.º, passando a
possibilitar-se, por opção (em alternativa ao regime
previsto no n.º 1) a entrega de declarações de substituição
relativas a anos anteriores.
 Não aplicação ao caso prático, por se tratar de
rendimentos litigiosos!???

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