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Cristina Pinto
Dezembro de 2017
Aspetos legais e regulamentação das
atividades
• Arrendamento
– Artigos 1022.º a 1113.º do Código Civil;
• Arrendamento (cont.)
– Novo Regime da Renda Apoiada – Lei n.º 91/2014,
de 19 de dezembro;
• Arrendamento (cont.)
– Definição dos elementos mínimos para a celebração
de contrato de arrendamento – Decreto-Lei n.º
160/2006, de 8 de agosto com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 266-C/2012, de
31 de dezembro;
• Alojamento local
– Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março;
• Venda de imóveis
• Venda de imóveis
– Renúncia à isenção
– Nos termos do n.º 5 do artigo 12.º do Código do
IVA:
“Os sujeitos passivos que efetuem a transmissão
do direito de propriedade de prédios urbanos, frações
autónomas destes ou terrenos para construção a
favor de outros sujeitos passivos, que os
utilizem, total ou predominantemente, em atividades
que conferem direito à dedução, podem renunciar à
isenção prevista no n.º 30) do artigo 9.º”.
• Venda de imóveis
Condições objetivas
– Não é permitida a renúncia:
• em casos de transmissão que não seja a
transmissão do direito de propriedade total (v.g.
transmissão do mero direito de superfície ou de
outras figuras parcelares);
• na transmissão ou locação de prédios inscritos na
matriz (ou cuja inscrição tenha sido pedida) como
prédios destinados à habitação, ainda que
destinados a uma afetação diferente da habitação.
– Como renunciar?
• Arrendamento
• Arrendamento
• Arrendamento
• Alojamento local
• Regularização do IVA
• Regularização do IVA
• Venda de imóveis:
– Inventários
• Vide NCRF 18
• Venda de imóveis:
• Venda de imóveis:
• Venda de imóveis:
• Venda de imóveis:
• Venda de imóveis:
• Venda de imóveis:
– Regime do reinvestimento
– A diferença positiva entre as mais e as menos-valias
fiscais resultantes das transmissões onerosas de, ou em
consequência de indemnizações por sinistros ocorridos
em, ativos fixos tangíveis, ativos biológicos que não sejam
consumíveis e ativos intangíveis é tributada em apenas
50% do seu valor desde que cumpridas certas condições:
Os elementos tenham sido detidos por um período não
inferior a um ano;
• Venda de imóveis:
– Regime do reinvestimento
– A diferença positiva (…) desde que cumpridas certas
condições:
O valor de realização seja reinvestido na aquisição,
produção ou construção de ativos fixos tangíveis, de
ativos biológicos que não sejam consumíveis ou em ativos
intangíveis, com exceção dos bens adquiridos em estado
de uso a entidades com relações especiais;
Aquele reinvestimento seja cumprido no período de
tributação anterior ao da realização, no próprio período de
tributação ou até ao fim do 2.º período de tributação
seguinte.
• Venda de imóveis:
– Regime do reinvestimento
– Caso o reinvestimento seja efetuado parcialmente, a
parte da diferença positiva entre as mais e as menos
valias fiscais apenas poderá beneficiar da exclusão de
tributação na parte proporcional do reinvestimento
efetuado ou a efetuar.
– Caso os sujeitos passivos não cumpram o reinvestimento,
deverá ser incluído no lucro tributável do último exercício em
que o reinvestimento deveria ter sido efetuado a parte
(integral ou proporcional) da diferença positiva entre as mais
e menos valias fiscais que beneficiaram do regime majorada
em 15%
• Venda de imóveis:
– Regime do reinvestimento
• Venda de imóveis:
– Relocação
– Venda com locação de retoma
• Venda de imóveis:
– Prevalência do VPT
• Arrendamento:
– Retenção na fonte:
• Artigo 94.º/1/c): taxa de 25%
• Artigo 97.º/1/g): Dispensa
“quando obtidos por sociedades que tenham por
objeto a gestão de imóveis próprios e não se
encontrem sujeitas ao regime de transparência fiscal,
nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 6.º…”
• Arrendamento:
– Regime simplificado:
• O coeficiente a aplicar aos rendimentos prediais positivos é
de 0,95 [cf. alínea e) do n.º 1 do artigo 86.º-B do Código do
IRC].
• Nos termos do n.º 9 do mesmo artigo: “O resultado positivo
de rendimentos prediais obtém-se deduzindo ao montante
dos rendimentos prediais ilíquidos, até à sua concorrência, as
despesas de manutenção e de conservação dos imóveis que
os geraram, o imposto municipal sobre imóveis, o imposto
do selo que incide sobre o valor dos prédios ou parte de
prédios, os prémios dos seguros obrigatórios e as respetivas
taxas municipais.”
• Alojamento local:
• Transparência fiscal:
• Transparência fiscal:
• Transparência fiscal:
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Se o bem imóvel alienado estiver afeto a uma
atividade empresarial ou profissional, será o
rendimento enquadrado na categoria B.
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Caso o bem imóvel seja considerado um inventário
(caso de um imóvel adquirido com objetivo de
revenda), o rendimento é considerado um resultado
de vendas.
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Mais-valias:
• Consideram-se rendimentos da Categoria B: “as mais-valias
apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos
empresariais e profissionais, definidas nos termos do artigo
46.º do Código do IRC, designadamente as resultantes da
transferência para o património particular dos empresários de
quaisquer bens afetos ao ativo da empresa e, bem assim, os
outros ganhos ou perdas que, não se encontrando nessas
condições, decorram das operações referidas no n.º 1 do
artigo 10.º, quando imputáveis a atividades geradoras de
rendimentos empresariais e profissionais.”
A tributação em IVA e impostos sobre o rendimento
das operações relacionadas com imóveis
Dezembro 2017 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 63
Enquadramento em sede de IRS
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Mais-valias:
• Contabilidade organizada: regras do Código do IRC na
determinação das mais-valias (cf. artigo 32.º do Código do
IRS).
• Regime simplificado:
– Cf. n.º 9 do artigo 31.º do CIRS
– Coeficiente a aplicar será o de 0,95 [cf. alínea d) do n.º 1
do artigo 31.º do Código do IRS].
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Dedução de perdas: artigo 55.º
“1 – Relativamente a cada titular de rendimentos, o resultado
líquido negativo apurado em qualquer categoria só é dedutível
aos seus resultados líquidos positivos da mesma categoria,
nos seguintes termos:
a) O resultado líquido negativo apurado na categoria B só
pode ser reportado, de harmonia com a parte aplicável do
artigo 52.º do Código do IRC, aos 12 anos seguintes àquele
a que respeita”.
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Dedução de perdas: artigo 55.º
“Ao rendimento tributável, determinado no âmbito do regime
simplificado, podem ser deduzidos os prejuízos fiscais apurados em
períodos anteriores àquele em que se iniciar a aplicação do regime,
nos termos da alínea a) do n.º 1.” – n.º 4
• Venda de imóveis:
– Categoria B: Rendimentos empresariais e
profissionais
• Inventários
Caso o contribuinte seja tributado de acordo com o regime
simplificado, o coeficiente a aplicar será o de 0,15 [cf. alínea
a) do n.º 1 do artigo 31.º do Código do IRS].
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do CIRS:
“Constituem mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo
considerados rendimentos empresariais e profissionais, de
capitais ou prediais, resultem de:
a) Alienação onerosa de direitos reais sobre bens
imóveis e afetação de quaisquer bens do património
particular a atividade empresarial e profissional exercida em
nome individual pelo seu proprietário”.
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Não estão sujeitos os ganhos obtidos com a alienação de
imóveis cuja aquisição tenha ocorrido antes de 1 de
Janeiro de 1989, excetuados os terrenos para construção.
• Anexo G1 à Modelo 3
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Momento da tributação:
“Os ganhos consideram-se obtidos no momento da prática
dos atos previstos no n.º 1, sem prejuízo do disposto nas
alíneas seguintes:
a) Nos casos de promessa de compra e venda ou de
troca, presume-se que o ganho é obtido logo que
verificada a tradição ou posse dos bens ou direitos
objeto do contrato;”
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Rendimento tributável:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Estando em causa direitos reais sobre bens imóveis,
prevalecem, quando superiores, os valores por que os
bens houverem sido considerados para efeitos de
liquidação de IMT ou, não havendo lugar a esta
liquidação, os que devessem ser, caso fosse devida.
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Norma antiabuso do n.º 3 do artigo 45.º:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis construídos pelos próprios sujeitos passivos
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis adquiridos através do exercício do direito de
opção de compra no termo da vigência do contrato de
locação financeira
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Correção monetária:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Encargos dedutíveis:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• No caso concreto das alienações de bens imóveis, o saldo
das mais e menos valias (positivo ou negativo) é
considerado em metade do seu valor (cf. n.º 2 do artigo
43.º do CIRS), sendo sujeito a englobamento obrigatório.
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Usucapião:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis destinados à habitação própria e permanente:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis destinados à habitação própria e permanente:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis destinados à habitação própria e permanente:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis destinados à habitação própria e permanente:
• Venda de imóveis:
– Categoria G: Incrementos patrimoniais
• Imóveis destinados à habitação própria e
permanente:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
Reporte em 6 anos
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
Regime simplificado:
Regime de contabilidade:
• Arrendamento:
O momento da tributação
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Arrendamento:
• Alojamento local:
Situações‐Tipo Rendimentos
O proprietário do estabelecimento de alojamento Proprietário/Titular da exploração
local é o próprio titular da exploração Categoria B
Titular da
Proprietário
O proprietário do estabelecimento de alojamento exploração
local é pessoa distinta do titular da exploração Categoria F salvo
Categoria B
opção Categoria B
Cedente
O proprietário do estabelecimento de alojamento (Proprietário e Cessionário (Titular
local é inicialmente o titular da exploração e, nesse titular da exploração da exploração)
âmbito, cede a exploração a outro titular inicial)
Categoria B Categoria B
• Alojamento local:
• É necessário que:
O adquirente esteja coletado para o exercício da
atividade de comprador de prédios para revenda;
Declaração expressa na escritura de que o imóvel
se destina a revenda;
O imóvel seja registado em inventários,
concretamente como mercadoria.
• Permuta
Artigo 4.º
“O IMT é devido pelas pessoas, singulares ou coletivas, para
quem se transmitam os bens imóveis, sem prejuízo das
seguintes regras:
...
c) Nos contratos de troca ou permuta de bens imóveis,
qualquer que seja o título por que se opere, o imposto é
devido pelo permutante que receber os bens de maior valor,
entendendo-se como de troca ou permuta o contrato em que
as prestações de ambos os permutantes compreendem bens
imóveis, ainda que futuros”
Artigo 4.º
“O IMT é devido pelas pessoas, singulares ou coletivas, para
quem se transmitam os bens imóveis, sem prejuízo das seguintes
regras:
...
d) Nos contratos de promessa de troca ou permuta com tradição
de bens apenas para um dos permutantes, o imposto será desde
logo devido pelo adquirente dos bens, como se de compra e
venda se tratasse, sem prejuízo da reforma da liquidação ou da
reversão do sujeito passivo, conforme o que resultar do contrato
definitivo, procedendo-se, em caso de reversão, à anulação do
imposto liquidado ao permutante adquirente”
Imposto do selo
Imposto do selo
Imposto do selo
Arrendamento
Imposto do selo
Verba 28 da TGIS:
“Propriedade, usufruto ou direito de superfície de
prédios urbanos cujo valor patrimonial tributário
constante da matriz, nos termos do CIMI, seja igual ou
superior a € 1 000 000 - sobre o valor patrimonial
tributário utilizado para efeito de IMI:
Imposto do selo
Verba 28 da TGIS:
28.2 Por prédio, quando os sujeitos passivos que não sejam pessoas
singulares sejam residentes em país, território ou região sujeito a um
regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada
por portaria do Ministro das Finanças ……………………………………..….7,5%
IMI
IMI
IMI
IMI
IMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
Tributação
Com identificação da titularidade
jurídica dos prédios (art.º 135.º-D, n.º 2)
Separada
Sem identificação da titularidade
jurídica dos prédios (art.º 135.º-D, n.º 3)
AIMI
Tributação conjunta:
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
a) Tributação conjunta
Somam-se os VPT’s de todos os prédios urbanos pertencentes ao
casal, sendo feita ao total uma dedução de € 1 200 000.
Teremos então:
VPT do prédio x € 770 000
VPT do prédio y € 480 000
VPT do prédio z € 320 000
€ 1 570 000
Dedução € 1 200 000
Valor tributável € 370 000
AIMI
a) Tributação conjunta
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
Herança indivisa
AIMI
Herança indivisa
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
Taxas
• 0,4% às pessoas coletivas;
• 0,7%, sobre o valor tributável até 1 milhão de euros, e 1% na
parte excedente, relativamente à parcela dos prédios detidos por
pessoas coletivas que sejam afetos a uso pessoal dos titulares
do respetivo capital, dos membros dos órgãos sociais ou de
quaisquer órgãos de administração, direção, gerência ou
fiscalização ou dos respetivos cônjuges, ascendentes e
descendentes;
• 0,7%, sobre o valor tributável até 1 milhão de euros, e 1% na
parte excedente, às pessoas singulares;
• 0,7% às heranças indivisas;
AIMI
Taxas
• 7,5% aos prédios que sejam propriedade de entidades sujeitas a
um regime fiscal mais favorável, a que se refere o n.º 1 do artigo
63.º-D da Lei Geral Tributária.
AIMI
IMI n+1
n
AIMI
Dedução em IRS
AIMI
AIMI
x = € 423,20
AIMI
AIMI
AIMI
AIMI
Dedução em IRC
• Os sujeitos passivos de IRC podem optar por deduzir à coleta, e
até à sua concorrência, o montante do AIMI pago durante o
exercício a que respeita o imposto, limitada à fração
correspondente aos rendimentos gerados por imóveis, a ele
sujeitos, no âmbito de atividade de arrendamento ou
hospedagem.
• A opção pela dedução do AIMI à coleta prejudica, naturalmente,
a dedução deste imposto na determinação do lucro tributável em
sede de IRC.