Você está na página 1de 170

0 INVESTIMENTO NO SUCESSO

IRC
ENCERRAMENTO DE CONTAS
NA PERSPETIVA FISCAL
(PREENCHIMENTO E VALIDAÇÃO DA
DECLARAÇÃO MODELO 22)
06.20

FORMAÇÃO
IRC

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal


(Preenchimento e validação da declaração modelo 22)

FORMADOR
Dr. Abílio Sousa

FORMAÇÃO

POR SISTEMA DE

VIDEOCONFERÊNCIA

1
PLANO DE SESSÃO

IRC
Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal
(Preenchimento e validação da declaração modelo 22)

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO

OBJETIVOS
• Analisar as alterações efetuadas na declaração modelo 22 de IRC do período fiscal de 2019
• Rever as regras de apuramento do lucro tributável
• Perspetivar, com recurso a casos práticos, a aplicação de benefícios fiscais

DURAÇÃO

8h00
Formação (por sistema de videoconferência)

FORMADOR

Dr. Abílio Sousa


(Economista, Consultor de Empresas e Formador)

DESTINATÁRIOS
Empresas Associadas da APECA, podendo qualquer colaborador dessas empresas frequentar
a formação, nomeadamente Contabilistas Certificados e Técnicos de Contabilidade.

3
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

IRC - Encerramento de Contas na Perspectiva Fiscal


(Preenchimento e validação da declaração modelo 22)

1. Introdução
• Obrigatoriedade e prazo de entrega da declaração modelo 22 de IRC

• Regras de validação e regras de substituição de declarações

• Quadros de enquadramento – alguns aspetos práticos de preenchimento

• Grupos de sociedades – aspetos particulares

• Alterações aos impressos para 2019

ATIVIDADES
Exposição de conceitos, apresentação em power point Análise e resolução de casos
prático
DURAÇÃO

30 MINUTOS

2. Determinação do Lucro Tributável (Quadro 07)

• Variações patrimoniais e tributação de subsídios

• Periodização do lucro tributável

• Encargos não dedutíveis

• Regime fiscal das depreciações e amortizações

• Perdas por imparidade em créditos e créditos incobráveis

• Provisões

• Realizações de utilidade social

• Regime fiscal das mais e menos valias e do reinvestimento

• Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial

• Distribuição de lucros entre sociedades e mais valias de partes de capital

• Correções ao valor de transmissão de imóveis


ATIVIDADES
Exposição de conceitos, apresentação em power point

DURAÇÃO
3 HORAS

4
3. Do lucro tributável à matéria coletável (Quadro 09)
• Regime fiscal da dedução de prejuízos

• Perda do direito à dedução de prejuízos fiscais

ATIVIDADES
Exposição de conceitos, apresentação em power point

DURAÇÃO

15 MINUTOS

4. Cálculo do imposto (Quadro 10)


• Taxas de IRC a aplicar ao período de 2019

• Deduções à coleta: situações de crédito de imposto por dupla tributação


internacional, dedução do Adicional ao IMI e pagamentos especiais por conta

• Derrama municipal e derrama estadual

• Tributações autónomas

ATIVIDADES
Exposição de conceitos, apresentação em power point Análise e resolução de casos prático

DURAÇÃO

30 MINUTOS

5. Principais benefícios fiscais para 2018 (Anexo D da modelo 22 - casos práticos)


• Criação de emprego (o artigo 19.º do EBF e os efeitos da sua revogação)

• Mecenato

• A remuneração convencional do Capital Social

• SIFIDE II

• RFAI

• DLRR (incluindo as alterações ao benefício, ocorridas em 2018)

• Aplicação da regra de Minimis e preenchimento do Anexo D

5
ATIVIDADES
Exposição de conceitos, apresentação em power point Análise e resolução de casos prático

DURAÇÃO

1 HORA

6. Notas sobre o preenchimento dos Anexos da declaração


• Anexo A – Derrama Municipal

• Anexo C – Regiões Autónomas

• Anexo E – Regime Simplificado

• Anexo AIMI

• Outros anexos – Breve referência

ATIVIDADES

Exposição de conceitos, apresentação em power point

DURAÇÃO

15 MINUTOS

7. Entidades do setor não lucrativo


• Síntese de obrigações declarativas

• Preenchimento da declaração modelo 22

ATIVIDADES
Exposição de conceitos, apresentação em power point
DURAÇÃO

15 MINUTOS

8. Entidades não residentes sem estabelecimento estável


• Síntese de obrigações declarativas

• Preenchimento da declaração modelo 22

ATIVIDADES

Exposição de conceitos, apresentação em power point

DURAÇÃO

15 MINUTOS

6
DEBATE

MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS

Método expositivo, debate, método interrogativo, método demonstrativo

RECURSOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS

Quadro branco, manuais e legislação, computador, portáteis, projetores

AVALIAÇÃO

Avaliação decorre no final da formação através do preenchimento de

questionários de avaliação do desempenho do formador e condições do

processo formativo

7
IRC
Encerramento de contas na perspetiva fiscal
(Preenchimento e validação da declaração Mod. 22)

FORMADOR
Dr. Abílio Sousa

9
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:

1. Introdução

• Obrigatoriedade e situações de dispensa de entrega da declaração modelo 22 de IRC

• Regras de validação e regras de substituição de declarações

• Quadros de enquadramento – alguns aspetos práticos de preenchimento

• Grupos de sociedades –aspetos particulares

• Alterações aos impressos para 2020

2
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:

2. Determinação do Lucro Tributável (Quadro 07)

• Variações patrimoniais e tributação de subsídios

• Periodização do lucro tributável

• Encargos não dedutíveis

• Regime fiscal das depreciações e amortizações

• Perdas por imparidade em créditos e créditos incobráveis

3
Abílio Sousa

10
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:

2. Determinação do Lucro Tributável (Quadro 07) (cont.)

• Provisões

• Realizações de utilidade social

• Regime fiscal das mais e menos valias e do reinvestimento

• Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial

• Distribuição de lucros entre sociedades e mais valias de partes de capital

• Correções ao valor de transmissão de imóveis

4
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:
3. Do lucro tributável à matéria coletável (Quadro 09)
• Regime fiscal da dedução de prejuízos
• Perda do direito à dedução de prejuízos fiscais

4. Cálculo do imposto (Quadro 10)


• Taxas a aplicar ao período de 2019
• Deduções à coleta: situações de crédito de imposto por dupla tributação internacional, dedução do
Adicional ao IMI e pagamentos especiais por conta
• Derrama municipal e derrama estadual
• Tributações autónomas

5
Abílio Sousa

11
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:

5. Principais benefícios fiscais para 2019 (Anexo D da modelo 22 – casos práticos)

• Criação de emprego (artigo 19.º do EBF) – consequências da revogação do benefício em 2018

• Mecenato

• A Remuneração Convencional do Capital Social

• SIFIDE II

• RFAI

• DLRR (incluindo as alterações ao benefício, ocorridas em 2019)

• Aplicação da regra de minimis e preenchimento do Anexo D

6
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:

6. Notas sobre o preenchimento dos Anexos da declaração

• Anexo A – Derrama Municipal

• Anexo C – Regiões Autónomas

• Anexo E – Regime Simplificado

• Anexo AIMI

• Outros anexos – breve referência

7
Abílio Sousa

12
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Programa:

7. Entidades do setor não lucrativo

• Síntese de obrigações declarativas

• Preenchimento da declaração modelo 22

8. Entidades não residentes sem estabelecimento estável

• Síntese de obrigações declarativas

• Preenchimento da declaração modelo 22

8
Abílio Sousa

13
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

1. Introdução

9
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

10
Abílio Sousa

15
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Apenas estão dispensados de apresentar a declaração (artigo 117.º do CIRC, n.º 6 e 8):

• Estado e restantes entidades isentas ao abrigo do artigo 9.º do CIRC

• Entidades não residentes que apenas aufiram, em território português, rendimentos isentos

• Nova situação de dispensa – OE 2018 - artigo 117.º n.º 6 do CIRC

• A dispensa de entrega da declaração periódica de rendimentos passou a abranger também as


entidades que apenas aufiram rendimentos não sujeitos a IRC, exceto quando estejam sujeitas
a qualquer tributação autónoma.

11
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• A Associação recreativa “Todos a dançar” apresenta em 2019, os seguintes rendimentos:

o Quotas de associados = 6.000 euros

o Subsídio da junta de freguesia para promoção de um festival de dança = 1.000 euros

• O sujeito passivo está dispensado de apresentar a declaração modelo 22 em 2020

• Os rendimentos referidos não estão sujeitos a IRC por força do n.º 3 do artigo 54.º do CIRC

• Atenção: donativos são rendimentos isentos, conforme n.º 4 do artigo 54.º do CIRC

12
Abílio Sousa

16
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

13
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

14
Abílio Sousa

17
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

15
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 122.º n.º 3 do CIRC:

• A autoliquidação de que tenha resultado imposto superior ao devido ou prejuízo fiscal inferior
ao efetivo pode ser corrigida por meio de declaração de substituição a apresentar no prazo de
um ano,

• Em caso de decisão administrativa ou sentença superveniente, o prazo conta-se a partir da data


em que o declarante tome conhecimento da decisão ou sentença.

16
Abílio Sousa

18
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

17
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Como corrigir uma liquidação de IRC após o decurso dos prazos de substituição de declarações?

• Por reclamação graciosa dirigida ao dirigente do órgão periférico regional da administração


tributária.

• Prazo 2 anos após a apresentação da declaração no caso de autoliquidação

(artigo 131.º CPPT)

120 dias a contar do termo do prazo de pagamento voluntário, no caso de liquidações dos serviços

18
Abílio Sousa

19
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Como corrigir uma liquidação de IRC após o decurso dos prazos de substituição de declarações?

• Por revisão oficiosa por iniciativa do sujeito passivo, no prazo de reclamação administrativa e
com fundamento em qualquer ilegalidade, ou,

• por iniciativa da AT, com fundamento em erro imputável aos serviços.

• Prazo 4 anos após a liquidação

(artigo 78.º LGT)

• Nota: o erro na autoliquidação deixou de considerar-se imputável aos serviços (revogação do n.º
2 do artigo 78.º da LGT (OE 2016)

19
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

20
Abílio Sousa

20
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

21
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

22
Abílio Sousa

21
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Anexo C: Regiões Autónomas

Este anexo é obrigatoriamente apresentado:

• Por qualquer pessoa coletiva ou equiparada, com sede, estabelecimento estável ou direção
efetiva em território português, que possua sucursais, delegações, agências, escritórios,
instalações ou qualquer forma de representação permanente sem personalidade jurídica própria
em mais de uma circunscrição. Entende-se por circunscrição, o território do continente ou de
uma região autónoma, consoante o caso.

• Pelos sujeitos passivos que tenham rendimentos imputáveis à Região Autónoma dos Açores,
e/ou rendimentos imputáveis à Região Autónoma da Madeira.

23
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

24
Abílio Sousa

22
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

25
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

26
Abílio Sousa

23
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

27
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

28
Abílio Sousa

24
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

29
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

30
Abílio Sousa

25
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

31
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

32
Abílio Sousa

26
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Nos termos do artigo 2.º do anexo Decreto-Lei n.° 372/2007, de 6 de novembro:

• A categoria de média empresa é constituída por empresas que empregam menos de 250
pessoas e cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de euros ou cujo balanço total
anual não excede 43 milhões de euros.

• A categoria de pequena empresa é constituída por empresas que empregam menos de 50


pessoas e cujo volume de negócios anual não excede 10 milhões de euros ou cujo balanço total
anual não excede 10 milhões de euros.

• A categoria de micro empresa é constituída por empresas que empregam menos de 10 pessoas
e cujo volume de negócios anual não excede 2 milhões de euros ou cujo balanço total anual não
excede 2 milhões de euros.

33
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

34
Abílio Sousa

27
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

35
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

36
Abílio Sousa

28
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

37
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

38
Abílio Sousa

29
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

39
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

40
Abílio Sousa

30
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

41
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

42
Abílio Sousa

31
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

43
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

44
Abílio Sousa

32
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

45
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

46
Abílio Sousa

33
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Alterações aos impressos para 2020

47
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

48
Abílio Sousa

35
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

49
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

50
Abílio Sousa

36
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

51
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

52
Abílio Sousa

37
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

novo Anexo D - Quadro 04

• No campo 423 é inscrita a majoração das depreciações fiscalmente aceites de elementos do ativo fixo
tangível correspondentes a embarcações eletrosolares ou exclusivamente elétricas, nos termos do artigo
59.º-J do EBF.
• No campo 424 são inscritos os rendimentos e os ganhos que estão a influenciar o resultado líquido d
período, mas que estão isentos de IRC por força do disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 268.º do CIRE.
• No campo 425 são inscritos os rendimentos prediais isentos resultantes de contratos de arrendamento ou
subarrendamento habitacional enquadrados no Programa de Arrendamento Acessível (n.º 1 do artigo 20.º
do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22 de maio).

53
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

54
Abílio Sousa

38
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

2. Determinação do Lucro Tributável (Quadro 07)

55
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 17.º do CIRC:

• A determinação do lucro tributável em IRC, consiste em fazer reportar, na origem, o lucro


tributável ao resultado contabilístico ao qual se introduzem, extracontabilisticamente, as
correções enunciadas na lei para tomar em consideração os objetivos e condicionalismos
próprios da fiscalidade.

56
Abílio Sousa

39
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 17.º do CIRC:

O modelo de dependência parcial

Resultado correções fiscais +


contabilístico variações patrimoniais
(ambas positivas ou negativas)

Lucro tributável
ou
Prejuízo fiscal

57
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 17.º n.º 3 do CIRC:

• De modo a permitir o apuramento do lucro tributável, a contabilidade deve:

• a) Estar organizada de acordo com a normalização contabilística e outras disposições legais em


vigor para o respetivo sector de atividade, sem prejuízo da observância das disposições
previstas no CIRC.

• b) Refletir todas as operações realizadas pelo sujeito passivo e ser organizada de modo que os
resultados das operações e variações patrimoniais sujeitas ao regime geral do IRC possam
claramente distinguir-se dos das restantes.

58
Abílio Sousa

40
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 702 do Quadro 07 – variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado


líquido (artigo 21.º do CIRC)

• Neste campo devem figurar apenas as variações patrimoniais positivas que não se encontrem
refletidas no resultado líquido do período e que concorram para a formação do lucro
tributável.

• As variações patrimoniais positivas que concorrem para a formação do lucro tributável são
todas as que não se encontram excecionadas no artigo 21.º do CIRC.

• Exemplo

• Doação de um bem imóvel à sociedade (neste caso o valor de aquisição a considerar não pode
ser inferior ao VPT do imóvel – n.º 2 do artigo 21.º do CIRC).

59
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 704 do Quadro 07 – variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado


líquido (artigo 24.º do CIRC)

• Neste campo devem figurar apenas as variações patrimoniais negativas não excecionadas no
artigo 24.º do CIRC.

• Exemplo

• Participações nos lucros atribuídas aos empregados e membros de órgãos sociais decididas em
assembleia geral, quando não tenha sido possível aplicar o § 18 da NCRF 28 (ver a circular n.º
9/2011).

• Nota: eventuais regularizações relativas a períodos anteriores mas contabilizadas por


contrapartida de resultados transitados devem respeitar o n.º 2 do artigo 18.º do CIRC.

60
Abílio Sousa

41
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 702 do Quadro 07 – quota parte do subsídio respeitante a ativos tangíveis não
depreciáveis e ativos intangíveis com vida útil indefinida (artigo 22.º n.º 1 alínea d) do CIRC)

• De acordo com a NCRF 22 e § 14.4 das NCRF-PE e NCRF-ME, os subsídios do Governo não
reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis são inicialmente
reconhecidos nos capitais próprios.

• Assim, os subsídios relativos aos ativos acima referidos devem ser incluídos no lucro tributável,
em frações iguais, durante os períodos de tributação em que os elementos a que respeitam
sejam inalienáveis, nos termos da lei ou do contrato ao abrigo dos quais os mesmos foram
concedidos, ou, nos restantes casos, durante 10 anos, sendo o primeiro o do recebimento do
subsídio.

61
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 702 do Quadro 07 – quota parte do subsídio respeitante a ativos tangíveis não depreciáveis
e ativos intangíveis com vida útil indefinida (artigo 22.º n.º 1 alínea b) do CIRC)
• Exemplo
• A sociedade “Apoio Recebido, Lda” reconheceu em 2019 em capitais próprios, um subsídio a fundo
perdido, no montante € 10.000,00 destinado à aquisição de um ativo tangível, depreciável por um
período de 10 anos e cujo custo de aquisição foi € 60.000,00, cujo início de utilização ocorreu em
2019.

• Depreciação contabilística e fiscal = 6.000 (60.000 x 10%)


• Reconhecimento da parte do subsídio como rendimento do período = 1.000 (10.000 x 10%)
• Correções no Quadro 07: não há.

62
Abílio Sousa

42
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 702 do Quadro 07 – quota parte do subsídio respeitante a ativos tangíveis não
depreciáveis e ativos intangíveis com vida útil indefinida (artigo 22.º n.º 1 alíneas b) e c) do
CIRC)

• Quando os subsídios respeitem a ativos intangíveis sem vida útil definida, deve ser incluída no
lucro tributável uma parte do subsídio atribuído, independentemente do recebimento, na
proporção prevista no artigo 45.º-A.

• Quando os subsídios respeitem a propriedades de investimento e a ativos biológicos não


consumíveis, mensurados pelo modelo do justo valor, deve igualmente ser incluída no lucro
tributável uma parte do subsídio atribuído, independentemente do recebimento, na proporção
prevista no artigo 45.º-A.

63
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 702 do Quadro 07 – quota parte do subsídio respeitante a ativos tangíveis não depreciáveis e
ativos intangíveis com vida útil indefinida (artigo 22.º n.º 1 alínea b) do CIRC)
• Exemplo
• A sociedade “Dakasubsídio, Lda” recebeu em 2016, um subsídio de € 10.000,00 destinado à aquisição de
uma marca cujo custo de aquisição foi de € 120.000,00. A aquisição do direito não tem vigência
temporal definida.
• Correções no Quadro 07 do período de 2019:
• Campo 702 → acréscimo de 500 (10.000/20 anos)
• Campo 719 → acréscimo de 12.000 (depreciação contabilística – 120.000/10 anos)
• Campo 792 → dedução de 6.000 (120.000/20 anos) por aplicação do artigo 45.º-A do CIRC
• Campo 775 → dedução do subsídio reconhecido em resultados: 1.000

64
Abílio Sousa

43
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Como consequência do artigo 45.º-A do CIRC foram introduzidas novas regras para a inclusão de
subsídios no lucro tributável a partir do período de 2014:

Ativo Forma de tributação


Ativos intangíveis sem vida útil definida
dividido por 20 anos

Propriedades de investimento mensuradas, Inclusão no LT durante o período de vida útil


subsequentemente, ao justo valor e que se deduz da quota mínima de depreciação
aceite se o activo permanecesse reconhecido
Ativos biológicos de produção mensurados a
ao custo de aquisição
justo valor

65
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 710 e 756 do Quadro 07 – correções relativas a períodos de tributação anteriores


(artigo 18.º n.º 2 do CIRC)

• Nos termos do artigo 18.º n.º 1 do CIRC, os rendimentos e os gastos, assim como as outras
componentes positivas ou negativas do lucro tributável, são imputáveis ao período de
tributação a que digam respeito, de acordo com o regime de periodização económica.

• As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a períodos anteriores


só são imputáveis ao período de tributação quando na data de encerramento das contas
daquele a que deviam ser imputadas eram imprevisíveis ou manifestamente desconhecidas.

66
Abílio Sousa

44
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 710 e 756 do Quadro 07 – correções relativas a períodos de tributação anteriores


(artigo 18.º n.º 2 do CIRC)

• Exemplo

• A empresa Microcosmos, Lda identificou em 2019 que no pagamento de uma prestação de um


empréstimo bancário, havia sido contabilizado em 2018, na conta de gastos financeiros a
amortização de capital no montante de 5.000 euros.

• Estamos perante a correção de um erro? Como contabilizar?

• E qual o enquadramento fiscal?

67
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 710 e 756 do Quadro 07 – correções relativas a períodos de tributação anteriores


(artigo 18.º n.º 2 do CIRC)

• Exemplo

• De acordo com o disposto no § 6.8 da NC-ME, a correção de um erro material de um período


anterior é excluída dos resultados do período em que o erro é detetado, sendo efetuada
diretamente em resultados transitados.

• Neste caso, o erro ocorreu no exercício anterior, tendo sido identificado já após as contas
terem sido encerradas, pelo que o lançamento deve ser efetuado diretamente na conta de
resultados transitados, de forma a não influenciar o resultado do período em que foi
identificado.

68
Abílio Sousa

45
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

69
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 712 e 758 do Quadro 07 – anulação dos efeitos do método da equivalência


patrimonial (artigo 18.º n.º 8 do CIRC)

• Exemplo

• A sociedade Investimentos Produtivos, SA detém uma participação correspondente a 20% da


sociedade Nova, Lda, a qual foi adquirida em dezembro de 2013.

• No período de 2019, o resultado líquido apurado pela Nova, Lda foi de € 50.000,00.

• Em março de 2019, foi também decidida a distribuição dos lucros aos sócios, no montante de €
30.000.00.

• Admita-se que estão cumpridos os requisitos exigidos pelo n.º 1 do artigo 51.º do CIRC.

70
Abílio Sousa

46
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 712 e 758 do Quadro 07 – anulação dos efeitos do método da equivalência


patrimonial (artigo 18.º n.º 8 do CIRC)

• Exemplo

• Correções no Quadro 07:

• Campo 758 dedução da quota-parte do resultado líquido do período apurado pela sociedade
Nova, Lda e reconhecida contabilisticamente como rendimento no período de 2019, por
aplicação do método da equivalência patrimonial = € 10.000,00 (20% x € 50.000,00)

• Campo 712 acréscimo da quota-parte do resultado distribuído = € 6.000,00 (20% x €


30.000,00)

• Campo 771 dedução do mesmo valor (aplicação do artigo 51.º do CIRC)

71
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 713 e 759 do Quadro 07 – ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor


(artigo 18.º n.º 9 do CIRC)

• Contabilisticamente o justo valor é aplicável, nomeadamente, nas seguintes normas do SNC:

• NCRF 11 – Propriedades de Investimento

• NCRF 17 – Ativos Biológicos ( de produção e de consumo)

• NCRF 27 – Instrumentos Financeiros (de capital próprio, obrigações, unidades de


participação e instrumentos derivados)

72
Abílio Sousa

47
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 713 e 759 do Quadro 07 – ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor


(artigo 18.º n.º 9 do CIRC)

• Em regra, o CIRC não aceita os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor, pelo que
os mesmos não concorrem para a formação do lucro tributável.

• Ajustamentos reconhecidos em resultados do período → são acrescidos no campo 713 ou


deduzidos no campo 759.

• Ajustamentos reconhecidos em capital próprio (como é o caso, por exemplo, dos ativos
financeiros disponíveis para venda referidos nas IAS 39) → são variações patrimoniais não
aceites (não vão ao Quadro 07).

73
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 713 e 759 do Quadro 07 – ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor


(artigo 18.º n.º 9 do CIRC)

• No entanto, o Código do IRC aceita a mensuração dos instrumentos financeiros pelo justo valor,
concorrendo este para a formação do lucro tributável nos casos de instrumentos financeiros
reconhecidos pelo justo valor através de resultados, mediante determinadas condições.

• É o caso dos instrumentos financeiros derivados, nas condições referidas no artigo 49.º do
CIRC.

• No caso de instrumentos do capital próprio, o justo valor é aceite se tiverem preço formado
num mercado regulamentado e o sujeito passivo detiver, direta ou indiretamente, uma
participação no capital inferior a 5%.

74
Abílio Sousa

48
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 713 e 759 do Quadro 07 – ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor


(artigo 18.º n.º 9 do CIRC)

• Exemplo

• A empresa “Investimentos Sólidos, SA” adota a NCRF-PE. Em 2019-10-31 adquiriu um lote de


ações em bolsa, cujo custo de aquisição foi € 560.000,00.

• As ações foram mensuradas ao justo valor dos termos do § 17.8 da NCRF-PE.

• Em 2019-12-31, a cotação destas mesmas ações era € 580.000,00 e consequentemente este


ganho potencial (€ 20.000,00) foi reconhecido em resultados.

• Correções no Quadro 07: não há.

75
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

76
Abílio Sousa

49
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 715 e 761 do Quadro 07 – gastos de benefícios de cessação de emprego,


benefícios de reforma, e outros benefícios pós-emprego ou a longo prazo dos empregados
(artigo 18.º n.º 12 do CIRC)

• O momento do reconhecimento contabilístico destes benefícios dos empregados é, em


regra, anterior ao momento do reconhecimento fiscal.

• Conforme previsto na NCRF 28 e §18.7 da NCRF-ME os benefícios dos empregados que não
proporcionam para a entidade benefícios económicos futuros são reconhecidos de imediato
como gastos do período.

• Estes gastos só são aceites fiscalmente no período de tributação em que as importâncias


forem pagas ou colocadas à disposição dos beneficiários.

77
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 715 e 761 do Quadro 07 – gastos de benefícios de cessação de emprego, benefícios


de reforma, e outros benefícios pós-emprego ou a longo prazo dos empregados (artigo 18.º
n.º 12 do CIRC)
• As indemnizações por despedimento desde que pagas por forma diferida em vários períodos de
tributação são benefícios pós-emprego (§ 51 da NCRF 28).
• Exemplo 1
• Uma dada empresa acordou com um seu empregado um benefício de cessação de emprego no
valor de 3.000. Em 2019 a empresa só pagou 1.000 e os restantes 2.000 vão ser pagos em 2020.
• correções no Quadro 07:
• 2019: Campo 715 → acréscimo de 2.000 2020: Campo 761 → dedução de 2.000

78
Abílio Sousa

50
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 715 e 761 do Quadro 07 – gastos de benefícios de cessação de emprego, benefícios de


reforma, e outros benefícios pós-emprego ou a longo prazo dos empregados (artigo 18.º n.º 12 do
CIRC)

• Exemplo 2

• Uma dada empresa procedeu ao pagamento de um prémio ao seu administrador, no valor de 30.000
euros. Contudo, para que o mesmo não fosse sujeito à tributação autónoma prevista na alínea b) do
n.º 13 do artigo 88.º do CIRC, procedeu ao seu diferimento por 4 anos, pagando 7.500 euros/ano.

• correções no Quadro 07:

• 2019: Campo 715 → acréscimo de 22.500 2020, 2021 e 2022: Campo 761 → dedução de
7.500

79
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Despesas não documentadas (artigo 23.º- A n.º 1 alínea a) do CIRC)


• Atenção à necessidade de efetuar uma correta distinção entre este tipo de despesas e os
encargos que não se encontrem devidamente documentados e que estejam a afetar o resultado
líquido do período:

Despesas não documentadas não têm qualquer


suporte documental

Encargos não devidamente documentados têm um documento emitido por entidade


externa, mas não reúne todas as condições legais exigidas

80
Abílio Sousa

51
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 716: gastos não documentados (artigo 23.º- A n.º 1 alínea a) do CIRC)

• São acrescidos neste campo os gastos não documentados que estejam a afetar o resultado
líquido do período.

• para além deste acréscimo qualquer despesa não documentada por se desconhecer a
origem e o destinatário, está sujeita a tributação autónoma, à taxa de 50%.

• esta taxa é de 70% nos casos em que a despesa seja efetuada por s. p. de IRC total ou
parcialmente isentos.

81
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 731: encargos não devidamente documentados (artigo 23.º- A n.º 1 alínea c) do CIRC)

• Este campo destina-se a inscrever os encargos cuja documentação não cumpra o disposto nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 23.º do CIRC

• Tais encargos não estão sujeitos a tributação autónoma.

• Os encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos passivos com número de


identificação fiscal inexistente ou inválido ou por sujeitos passivos cuja cessação de atividade
tenha sido declarada oficiosamente nos termos do n.º 6 do artigo 8.º, são acrescidos no campo
726.

82
Abílio Sousa

52
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 731: encargos não devidamente documentados (artigo 23.º- A n.º 1 alínea c) do CIRC)

• Documentação de gastos – artigo 23.º do CIRC

• Com a reforma do IRC, o n.º 6 do artigo 23.º passou a estabelecer que quando o fornecedor
dos bens ou prestador dos serviços esteja obrigado à emissão de fatura ou documento
legalmente equiparado nos termos do Código do IVA, o documento comprovativo das
aquisições de bens ou serviços previsto no n.º 4 deve obrigatoriamente assumir essa forma.

83
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Encargos não documentados e encargos não devidamente documentados

• Relação do e-fatura com a dedutibilidade fiscal dos gastos

• Exemplos

• Como enquadrar as seguintes situações:

• 1) a fatura consta do e-fatura mas não existe o documento na contabilidade;

• 2) a fatura consta na contabilidade mas não aparece visível no e-fatura;

• 3) o registo contabilístico foi feito com base num extrato bancário mas não existe fatura na
contabilidade nem registo do e-fatura.

84
Abílio Sousa

53
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Encargos não documentados e encargos não devidamente documentados


• correções no Quadro 07:
• 1) a fatura consta do e-fatura mas não existe o documento na contabilidade;
acréscimo no campo 731 (encargo não devidamente documentado)
• 2) a fatura consta na contabilidade mas não aparece visível no e-fatura;
gasto dedutível
• 3) o registo contabilístico foi feito com base num extrato bancário mas não existe fatura na
contabilidade nem registo do e-fatura
acréscimo no campo 716 (gasto não documentado) + tributação autónoma ou
acréscimo no campo 731 (encargo não devidamente documentado)

85
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Encargos não documentados e encargos não devidamente documentados

• Outros exemplos

• Como enquadrar as seguintes situações:

• 1) fatura emitida por um fornecedor de Marrocos a qual não cumpre os requisitos exigidos
pelo Código do IVA;

• 2) gasto com gasolina relativo a uma viatura pertencente ao ativo da empresa, mas
documentada apenas por um talão multibanco, uma vez que o gerente perdeu a fatura;

• 3) transferência bancária evidenciada no extrato de julho de 2019, mas para destinatário


desconhecido.

86
Abílio Sousa

54
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Encargos não documentados e encargos não devidamente documentados

• Correções no Quadro 07:

• 1) fatura emitida por um fornecedor de Marrocos a qual não cumpre os requisitos exigidos pelo
Código do IVA; sem correções

• 2) gasto com gasolina relativo a uma viatura pertencente ao ativo da empresa, mas documentada
apenas por um talão multibanco, uma vez que o gerente perdeu a fatura;

acréscimo no campo 731 (encargo não devidamente documentado)

• 3) transferência bancária evidenciada no extrato de julho de 2018, mas para destinatário


desconhecido. acréscimo no campo 716 (gasto não documentado) + tributação autónoma

87
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• a) O IRC, incluindo as tributações autónomas, e quaisquer outros impostos que direta ou


indiretamente incidam sobre os lucros

• Tal como o IRC estimado para o período também o imposto diferido (NCRF 25) não concorre
para a formação do lucro tributável sendo acrescido no campo 725 ou deduzido no campo 766

• d) As despesas ilícitas, designadamente as que decorram de comportamentos que


fundadamente indiciem a violação da legislação penal portuguesa, mesmo que ocorridos fora
do alcance territorial da sua aplicação acréscimo no campo 783

88
Abílio Sousa

55
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• e) As multas, coimas e demais encargos, incluindo os juros compensatórios e moratórios, pela


prática de infrações de qualquer natureza que não tenham origem contratual, bem como por
comportamentos contrários a qualquer regulamentação sobre o exercício da atividade

acréscimo no campo 728

• f) Os impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito passivo não
esteja legalmente obrigado a suportar acréscimo no campo 727

• g) As indemnizações pela verificação de eventos cujo risco seja segurável acréscimo no


campo 729

89
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• h) As ajudas de custo e os encargos com compensação pela deslocação em viatura própria do


trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não faturados a clientes, escriturados a qualquer
título, sempre que a entidade patronal não possua, por cada pagamento efetuado, um mapa
através do qual seja possível efetuar o controlo das deslocações a que se referem aqueles
encargos, designadamente os respetivos locais, tempo de permanência, objetivo e, no caso de
deslocação em viatura própria do trabalhador, identificação da viatura e do respetivo
proprietário, bem como o número de quilómetros percorridos, exceto na parte em que haja lugar
a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário acréscimo no campo 730

90
Abílio Sousa

56
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• i) Os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte
correspondente ao valor das depreciações dessas viaturas que, nos termos das alíneas c) e e) do
n.º 1 do artigo 34.º, não sejam aceites como gastos acréscimo no campo 732

• É entendimento da Autoridade Tributária (conforme processo n.º 4399/2011, sancionado por


despacho do Subdiretor-Geral, de 2012-03-30) que os contratos de renting integram-se na
definição de contratos de aluguer sem condutor, sendo por isso aplicável aos respetivos encargos
o disposto na alínea i) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC.

91
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Assim, a parcela da renda correspondente à amortização do capital apenas é aceite como gasto
fiscal até ao valor das depreciações anuais que, nos termos das alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 34.º
do Código do IRC, seriam dedutíveis no caso de a viatura ter sido objeto de aquisição direta.

• O preço a considerar será aquele que o locador considerou para o cálculo da renda mensal, antes de
deduzir o valor residual. A esse preço terá de ser adicionado o IVA, uma vez que, não sendo
dedutível, constitui uma componente do custo de aquisição da viatura.

92
Abílio Sousa

57
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos, mesmo
quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• j) Os encargos com combustíveis na parte em que o sujeito passivo não faça prova de que os mesmos
respeitam a bens pertencentes ao seu ativo ou por ele utilizados em regime de locação e de que não
são ultrapassados os consumos normais acréscimo no campo 733

• m) Os juros e outras formas de remuneração de suprimentos e empréstimos feitos pelos sócios à


sociedade, na parte em que excedam a taxa definida por portaria, salvo no caso de se aplicar o regime
de preços de transferência acréscimo no campo 734

Ver Portaria n.º 279/2014, de 30 de dezembro - a taxa de juro anual a aplicar corresponde à taxa Euribor a
12 meses do dia da constituição da dívida acrescida de um spread de 2 % e 6% para PME

93
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• n) os gastos relativos à participação nos lucros por membros de órgãos sociais e trabalhadores
da empresa, quando as respetivas importâncias não sejam pagas ou colocadas à disposição
dos beneficiários até ao fim do período de tributação seguinte

94
Abílio Sousa

58
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

95
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação (artigo 23.º-A n.º 1):

• o) os gastos relativos à participação nos lucros por membros de órgãos sociais, quando os
beneficiários sejam titulares, direta ou indiretamente, de partes representativas de, pelo
menos, 1% do capital social, na parte em que exceda o dobro da remuneração mensal auferida
no período de tributação a que respeita o resultado em que participam

• O Código do IRC acolhe o regime contabilístico dos gastos relativos a benefícios dos
empregados a título de participação nos lucros, constante da NCRF 28 e §18.5 da NCRF-ME

96
Abílio Sousa

59
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Uma empresa deve reconhecer o custo esperado dos pagamentos de participação nos lucros e
gratificações quando, e só quando:
– a empresa tenha uma obrigação presente legal ou construtiva de fazer tais pagamentos em
consequência de acontecimentos passados e
– possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação
• Assim, os gastos relativos à participação nos lucros (gratificações de balanço) concorrem para
formação do lucro tributável do período a que os lucros respeitam
• Caso não exista uma obrigação legal nem construtiva e a AG da entidade tenho deliberado
atribuir gratificações, ocorre uma variação patrimonial negativa dedutível (campo 704)
• O pagamento destas importâncias tem de ser efetuado até ao fim do período de tributação em
que ocorreu a deliberação (circular n.º 9/2011)

97
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 735: gastos não dedutíveis relativos à participação nos lucros por membros de órgãos
sociais (artigo 23.º-A n.º 1 o) do CIRC)

• Exemplo

• A é administrador e acionista (com percentagem de participação no capital de 4%) da sociedade


X, SA., onde auferiu, em 2019, uma remuneração mensal média de € 2.500,00 (calculada nos
termos da circular n.º 8/2000).

• Esta sociedade tem vindo, ao longo dos anos, a atribuir participação nos lucros ao
administrador, sendo esperado, de acordo com essa prática, que lhe seja paga, em 2020, com
referência ao lucro de 2019, uma gratificação de € 7.500,00, pelo que reconheceu
contabilisticamente, em 2019, o respetivo gasto.

98
Abílio Sousa

60
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 735: gastos não dedutíveis relativos à participação nos lucros por membros de órgãos
sociais (artigo 23.º-A n.º 1 o) do CIRC)

• Exemplo

• Nesta situação, o valor limite a considerar como gasto fiscal em 2019 é de € 5.000,00 (2 x € 2.500,00),
pelo que o excedente deve ser indicado no campo 735 do Quadro 07 da respetiva modelo 22.
Contabilisticamente:
• reconhece como gasto do período: 7.500

correção no Quadro 07:


• Campo 735 → acréscimo de 2.500 (7.500 – 5.000)
• De notar que o administrador é tributado em IRS, na categoria A, pela totalidade da gratificação
recebida ou colocada à disposição (€ 7.500,00).

99
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Depreciações e amortizações

• Não são aceites como gastos ( artigo 34.º n.º 1 do CIRC):

• a) As depreciações e amortizações de elementos do ativo não sujeitos a deperecimento;

• b) As depreciações de imóveis na parte correspondente ao valor dos terrenos ou na não


sujeita a deperecimento;

• c) As depreciações e amortizações que excedam os limites estabelecidos na lei;

• d) As depreciações e amortizações praticadas para além do período máximo de vida útil,


ressalvando-se os casos especiais devidamente justificados e aceites pela AT;

100
Abílio Sousa

61
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Depreciações e amortizações

• Não são aceites como gastos ( artigo 34.º n.º 1 do CIRC):

• e) As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas na parte correspondente ao


custo de aquisição ou ao valor de reavaliação excedente ao montante a definir por portaria do
membro do Governo responsável pela área das finanças, bem como dos barcos de recreio e
aviões de turismo e todos os gastos com estes relacionados, desde que tais bens não estejam
afetos à exploração do serviço público de transportes ou não se destinem a ser alugados no
exercício da atividade normal do sujeito passivo

101
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Limites a aplicar para o cálculo das depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas
(alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do CIRC)

• O artigo 1.º da Portaria n.º 467/2010, de 7 de julho, passou a ter a seguinte redação, a partir de
2015:
Viaturas ligeiras de Tipo de viatura
passageiros ou mistas movidos híbridos movidos a restantes
adquiridas nos períodos exclusivamente a plug-in gases de viaturas
de tributação que se energia elétrica petróleo
iniciem em 1 de janeiro liquefeito ou
de 2015 ou após essa gás natural
data veicular
Limite fiscal 62.500,00 50.000,00 37.500,00 25.000,00

102
Abílio Sousa

62
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 719: depreciações e amortizações não aceites como gastos (artigo 34.º n.º 1)

• Exemplo 1 - registo de componentes – caso prático de aquisição de viatura elétrica

• Partes de alguns itens do ativo fixo tangível poderão necessitar de substituições em intervalos
regulares.

• Nos termos das normas contabilísticas, uma entidade deve reconhecer na quantia escriturada de
um item do ativo fixo tangível o custo da peça de substituição desse item quando o custo for
incorrido, se os critérios de reconhecimento forem cumpridos.

• Nos termos do artigo 29.º do CIRC, a depreciação dos componentes é aceite para efeitos fiscais.

103
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 719: depreciações e amortizações não aceites como gastos (artigo 34.º n.º 1)

• Exemplo 1 - registo de componentes – caso prático de aquisição de viatura elétrica

• A empresa “Electric, Lda” adquiriu no início de 2019, uma viatura elétrica no valor de 48.000 euros
+ IVA, tendo estimado uma vida útil de 12 anos. A empresa utiliza o método da linha reta na
determinação da depreciação.

• Como o IVA é integralmente dedutível, o valor depreciável não inclui este imposto.

• Neste caso a viatura, possui uma componente (a bateria) que a empresa estima ter de substituir
ao fim de 6 anos, sendo o valor estimado da nova bateria a adquirir, de 6.000 euros.

104
Abílio Sousa

63
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 719: depreciações e amortizações não aceites como gastos (artigo 34.º n.º 1)

• Exemplo 1 - registo de componentes – caso prático de aquisição de viatura elétrica

• Depreciação praticada em 2019:

Do equipamento sem o componente: (48.000 – 6.000)/12 = 3.500

Do componente: 6.000/6 = 1.000

TOTAL = 4.500

• Note-se que a utilização e aceitação fiscal de quotas de depreciação ou amortização inferiores às


mínimas, como acontece no caso presente, depende de comunicação prévia à AT, nos termos do
artigo 31.º-A do CIRC.

105
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 719: depreciações e amortizações não aceites como gastos (artigo 34.º n.º 1)

• Exemplo 2 - registo do valor residual – caso prático de aplicação a uma viatura

• A empresa “A Todo o Gás, Lda” adquiriu em 2017, uma viatura ligeira de passageiros, movida a
GPL.

• O valor de aquisição foi € 50.000,00 tendo sido estimada uma vida útil de 5 anos.

• Em função desta vida útil foi igualmente estimado um valor residual de € 4.000,00.

106
Abílio Sousa

64
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 719: depreciações e amortizações não aceites como gastos (artigo 34.º n.º 1)

• Exemplo 2 - registo do valor residual – caso prático de aplicação a uma viatura

• Aplicação do ofício circulado 20.203, de 2019-01-25

• Peso do valor residual = 4.000/50.000 = 8%

• Valor residual ajustado para efeitos fiscais = 8% x 37.500 = 3.000

• Valor depreciável = 37.500 – 3.000 = 34.500

• correção no Quadro 07 da declaração modelo 22:

• Campo 719 → acréscimo de 2.300 = (46.000 x 20%) – (34.500 x 20%)

107
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Depreciações de imóveis (artigo 34.º n.º 1 alínea b) do CIRC)

• No caso de imóveis, para efeitos de cálculo das depreciações é excluído o valor do terreno,
devendo este, na falta de indicação expressa do respetivo valor, ser fixado em 25% do valor global

• Exemplo: A empresa “Imobem, SA” adquiriu em 2016 imóvel por € 400.000,00. O VPT do imóvel à
data da aquisição é € 460.000,00

as depreciações são praticadas apenas sobre € 300.000,00

nota: o VPT não releva para efeitos do cálculo das depreciações, mas apenas para efeitos do artigo
64.º

108
Abílio Sousa

65
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Ativos intangíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• É aceite como gasto fiscal, em partes iguais, durante os primeiros 20 períodos de tributação após
o reconhecimento inicial, o custo de aquisição dos seguintes ativos intangíveis quando
reconhecidos autonomamente, nos termos da normalização contabilística, nas contas
individuais do sujeito passivo:

• a) Elementos da propriedade industrial tais como marcas, alvarás, processos de produção,


modelos ou outros direitos assimilados, adquiridos a título oneroso e que não tenham vigência
temporal limitada;

• b) O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais.

• Nota: desde que, uns e outros, sejam registados ou adquiridos após 1 de Janeiro de 2014

109
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Propriedades de investimento e ativos biológicos não consumíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• O custo de aquisição, as grandes reparações e beneficiações e as benfeitorias das


propriedades de investimento que sejam subsequentemente mensuradas ao justo valor é
aceite como gasto para efeitos fiscais, em partes iguais, durante o período de vida útil que se
deduz da quota mínima de depreciação que seria fiscalmente aceite caso esse ativo
permanecesse reconhecido ao custo de aquisição.

110
Abílio Sousa

66
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 792: Gasto fiscal relativo a ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos
biológicos não consumíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• Exemplo 1

• A sociedade X adquiriu em 2014, o direito à utilização de uma marca por tempo indeterminado.

• O custo de aquisição foi de € 2.000.000,00.

• No período de 2019 foi praticada uma depreciação à taxa de 10% em obediência à NCRF 6

• correções no Quadro 07 do período de 2019:

• Campo 719 → acréscimo de 200.000, uma vez que a depreciação não é dedutível por força do
disposto no artigo 16.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009

• Campo 792 → dedução de 100.000 (2.000.000 /20 anos)

111
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 792: Gasto fiscal relativo a ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos
biológicos não consumíveis (artigo 45.º-A do CIRC)
• Exemplo 2
• A sociedade X adquiriu em 2011, um alvará cujo prazo de utilização não se encontra determinado.
• O custo de aquisição foi de € 500.000,00.
• Depreciação contabilística (2016) = 50.000 (500.000 x 10%)
• Depreciação contabilística (2017) = 50.000 (500.000 x 10%)
• Depreciação contabilística (2018) = 50.000 (500.000 x 10%)
• Depreciação contabilística (2019) = 50.000 (500.000 x 10%)
• Dedução fiscal em 2016, 2017, 2018 e 2019 = 0 (ativo adquirido antes de 2014)

112
Abílio Sousa

67
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 792: Gasto fiscal relativo a ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos
biológicos não consumíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• Exemplo 3

• A sociedade “Peku Área, Lda” adquiriu, no decurso de 2019, animais reprodutores que foram
reconhecidos contabilisticamente ao justo valor, por força da NCRF 17.

• O custo de aquisição dos animais foi € 10.000,00.

• A taxa de depreciação dos animais, prevista no Decreto Regulamentar n.º 25/2009, é 20%.

• correções no Quadro 07:

• Campo 792 → dedução de 1.000 (10.000 x 10%)

• Note-se que não há depreciação contabilística

113
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Ativos intangíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• Alteração ao artigo 45.º-A do CIRC – OE 2019 - Ativos intangíveis, propriedades de investimento


e ativos biológicos não consumíveis

• O disposto neste artigo que permite a dedução fiscal, em partes iguais, durante os primeiros 20
períodos de tributação após o reconhecimento inicial, o custo de aquisição de determinados
ativos intangíveis quando reconhecidos autonomamente, nos termos da normalização
contabilística, passou a não poder aplicar-se aos ativos intangíveis adquiridos a entidades com
as quais existam relações especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.º, nos termos da nova
alínea d) do n.º 4 do artigo 45.º-A.

114
Abílio Sousa

68
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Ativos intangíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• Exemplo

• A sociedade “Dominante, SA” adquiriu em 2012, um ativo intangível com vigência temporal não
determinada, cujo custo de aquisição foi 10.000.000 euros.

• Nos termos do normativo contabilístico aplicável, este ativo tornou-se depreciável a partir de 2016.

• Assim, a empresa praticou depreciações de 1.000.000 euros (10% do custo de aquisição) nos
períodos de 2016, 2017 e 2018.

• Tais depreciações não foram dedutíveis para efeitos fiscais por força do artigo 16.º do DR 25/2009.

• A empresa também não pôde aplicar o artigo 45.º-A (ativo adquirido antes de 2014).

115
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Ativos intangíveis (artigo 45.º-A do CIRC)

• Exemplo

• Em 2019 a “Dominante, SA” decidiu vender o ativo intangível a uma sua sociedade associada
“Dominada, Lda” pelo valor de 7.000.000 euros.

• Esta aquisição permitia à associada utilizar o artigo 45.º-A, deduzindo assim 1/20 do custo de
aquisição do ativo intangível, ainda que a depreciação continuasse a não ser aceite para
efeitos fiscais.

• Com esta alteração, tal deixa de ser possível.

116
Abílio Sousa

69
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis (artigo 28.º-A n.º 1 do CIRC):

• Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as perdas por imparidade relacionadas com créditos
resultantes da atividade normal, incluindo os juros pelo atraso no cumprimento de obrigação,
que, no fim do período de tributação, possam ser considerados de cobrança duvidosa e sejam
evidenciados como tal na contabilidade

• Conceito de atividade normal:

• O CIRC não define este conceito com rigor, o que gera por vezes alguma controvérsia

• A AT entende que os adiantamentos a fornecedores, os créditos relativos a juros moratórios e


os decorrentes das vendas de imobilizado, por exemplo, não são relevantes para efeitos da
constituição de perdas por imparidade para efeitos fiscais (parecer n.º 115/95 do CEF)

117
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Perdas por imparidade em créditos (artigo 28.º-B do CIRC):

• Para efeitos da determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança
duvidosa aqueles em que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado

• O facto de um crédito se encontrar em mora há mais de 6 meses não é por si só, um fator
determinante para o considerar de cobrança duvidosa

118
Abílio Sousa

70
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Perdas por imparidade em créditos (artigo 28.º-B do CIRC):


• Considera-se que risco de incobrabilidade está devidamente justificado nos seguintes casos:
• a) O devedor tenha pendente processo de execução, processo de insolvência, processo
especial de revitalização ou procedimento de recuperação de empresas por via extrajudicial ao
abrigo do Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 178/2012, de 3 de agosto;
• b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em tribunal arbitral;
• c) Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde a data do respetivo vencimento e
existam provas objetivas de imparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seu
recebimento.

119
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Perdas por imparidade em créditos (artigo 28.º-B do CIRC):


• O montante anual acumulado da perda por imparidade não pode ser superior às seguintes
percentagens dos créditos em mora:
• a) 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;
• b) 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;
• c) 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;
• d) 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.
• A prova das diligências necessárias para o recebimento de um crédito, por forma a permitir a
constituição da perda por imparidade, pode ser feita através de qualquer documento que
evidencie a realização das mesmas ou por qualquer outro meio legalmente admitido

120
Abílio Sousa

71
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Perdas por imparidade em créditos (artigo 28.º-B do CIRC):

• Não são considerados de cobrança duvidosa:


• a) Os créditos sobre o Estado, regiões autónomas e autarquias locais ou aqueles em que estas
entidades tenham prestado aval;
• b) Os créditos cobertos por seguro, com exceção da importância correspondente à percentagem
de descoberto obrigatório, ou por qualquer espécie de garantia real;
• c) Os créditos sobre pessoas singulares ou coletivas que detenham, direta ou indiretamente,
mais de 10% do capital da empresa ou sobre membros dos seus órgãos sociais;
• d) Os créditos sobre empresas participadas, direta ou indiretamente, em mais de 10% do capital.

• Nas duas últimas situações excetuam-se os resultantes de processo de insolvência, recuperação


ou execução e os reclamados judicialmente

121
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 718: perdas por imparidade em créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos
limites legais (artigos 28.º-A e 28.º-B do CIRC)
• Exemplo
• A sociedade “Não Recebe Bem, Lda”, apresenta as seguintes situações na conta de clientes, no
processo de encerramento de contas de 2019:
• 1) Uma fatura por liquidar do cliente “A. Dias & Dias, SA” no montante de 5.000 euros, com data
de vencimento de 31 de julho de 2019, cujo processo foi entregue ao advogado e já deu entrada
no Tribunal;
• 2) Um saldo do cliente “Fora de Horas, Lda” relativo a diversas faturas do ano de 2019 no
montante de 30.000 euros. Admita-se que este cliente é considerado insolvente no início do ano
de 2020, antes da aprovação das contas.

122
Abílio Sousa

72
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 718: perdas por imparidade em créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos
limites legais (artigos 28.º-A e 28.º-B do CIRC)

• Exemplo - resolução

1) No primeiro caso verifica-se que o crédito foi reclamado judicialmente, pelo que o risco de
incobrabilidade se encontra enquadrado na alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º-B, sendo o valor da
imparidade aceite em termos fiscais.

2) Na segunda situação, não obstante, ter sido declarado a insolvência do devedor, esta ocorre
após a data do fim do período de tributação, pelo terá de se acrescer os 30.000 euros no campo
718 do quadro 07 da modelo 22.

123
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 718: perdas por imparidade em créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos
limites legais (artigos 28.º-A e 28.º-B do CIRC)

• Alteração ao artigo 28.º-B do CIRC – OE 2019 – perdas por imparidade em créditos

• Foi aditada uma nova alínea e) ao n.º 3 deste artigo.

• Em consequência, não são considerados de cobrança duvidosa, os créditos entre empresas


detidas, direta ou indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º, em mais de 10% do capital
pela mesma pessoa singular ou coletiva, salvo nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1.

124
Abílio Sousa

73
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 718: perdas por imparidade em créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos
limites legais (artigos 28.º-A e 28.º-B do CIRC)
• Exemplo 1
• A empresa X detém 20% do capital social das empresas A e B.
• A empresa A tem uma dívida no valor de 10.000 euros para com a empresa B, relativa a vários
fornecimentos de mercadorias.
• A dívida está em mora há 9 meses e a empresa B procedeu à constituição de uma perda por
imparidade no período de 2019 com base no regime dos créditos em mora.
• Consequência:
• A perda por imparidade não é dedutível para efeitos de IRC.

125
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 718: perdas por imparidade em créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos
limites legais (artigos 28.º-A e 28.º-B do CIRC)
• Exemplo 2
• A empresa X detém 15% do capital social das empresas A e B.
• A empresa A tem uma dívida no valor de 10.000 euros para com a empresa B, relativa a vários
fornecimentos de mercadorias.
• A dívida está em mora há 18 meses e foi reclamada judicialmente.

• Consequência:
• A perda por imparidade é dedutível para efeitos de IRC.

126
Abílio Sousa

74
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Provisões fiscalmente dedutíveis (artigo 39.º do CIRC)

• Podem ser deduzidas para efeitos fiscais, entre outras, as seguintes provisões:

• a) As que se destinem a fazer face a obrigações e encargos derivados de processos judiciais em


curso por factos que determinariam a inclusão daqueles entre os gastos do período de tributação;

• b) As que se destinem a fazer face a encargos com garantias a clientes previstas em contratos de
venda e de prestação de serviços;

127
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Provisões destinadas a fazer face a obrigações e encargos derivados de processos judiciais em


curso

• Apenas são dedutíveis as relacionadas com factos que determinariam a inclusão das referidas
obrigações como gastos do período de tributação

• Quanto ao valor da provisão, é de levar em consideração as indemnizações e outros encargos,


nomeadamente honorários e advogados, a pagar pela empresa a terceiros e caso de desfecho
desfavorável de ações judiciais (parecer n.º 115/95 do CEF)

128
Abílio Sousa

75
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Provisões para garantias a clientes

• Conforme n.º 5 do artigo 39.º do CIRC, o montante anual da provisão para garantias a clientes é
determinado pela aplicação às vendas e prestações de serviços sujeitas a garantia efetuadas no
período de tributação de uma percentagem que não pode ser superior à que resulta da proporção
entre a soma dos encargos derivados de garantias a clientes efetivamente suportados nos últimos
três períodos de tributação e a soma das vendas e prestações de serviços sujeitas a garantia
efetuadas nos mesmos períodos

129
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Provisões para garantias a clientes (circular n.º 10/2011, da AT)

• O montante anual corresponde à dotação anual (dotação da provisão reconhecida como um


gasto) determinada pela aplicação da percentagem ao volume de vendas e prestações de
serviços sujeitas a garantia a clientes do ano em causa e não ao montante acumulado da
provisão no fim de cada período de tributação

• Este montante inclui os gastos financeiros referentes ao reforço da provisão relacionados com
o efeito temporal do dinheiro (quando é usado o método do custo amortizado)

• Para efeitos do cálculo do limite que pode ser fiscalmente aceite nos termos do n.º 5 do artigo
39.º do CIRC, é necessário conhecer o histórico de encargos com garantias respeitantes a
vendas e prestações de serviços, nos últimos três períodos de tributação

130
Abílio Sousa

76
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Realizações de utilidade social (artigo 43.º do CIRC):

n.º 1 do artigo 43.º CIRC

benefícios não
individualizados
Realizações de
utilidade social
n.º 2 do artigo 43.º CIRC

benefícios
individualizados

131
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Realizações de utilidade social (artigo 43.º n.º 1 do CIRC):

• São dedutíveis os gastos do período de tributação, incluindo depreciações ou amortizações e


rendas de imóveis, relativos à manutenção facultativa de creches, lactários, jardins-de-infância,
cantinas, bibliotecas e escolas, bem como outras realizações de utilidade social como tal
reconhecidas pela AT, feitas em benefício do pessoal ou dos reformados da empresa e
respetivos familiares, desde que tenham carácter geral e não revistam a natureza de
rendimentos do trabalho dependente ou, revestindo-o, sejam de difícil ou complexa
individualização relativamente a cada um dos beneficiários.

132
Abílio Sousa

77
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Realizações de utilidade social (artigo 43.º n.º 1 do CIRC):


• Informação vinculativa - Processo: 2321/2017, sancionado por Despacho da SDG, de 28 de
julho de 2017 – jantar de Natal dos colaboradores:
• Foram suscitadas dúvidas sobre o enquadramento fiscal de despesas efetuadas por uma
empresa com almoços convívio entre os funcionários, incluindo o jantar de Natal, e com a
colocação à disposição dos mesmos, de água, café, snacks, sumos e fruta.
• Os gastos incorridos pela empresa com almoços convívio entre os trabalhadores, incluindo o
jantar de Natal, podem ser considerados realizações de utilidade social e, como tal, ser
dedutíveis fiscalmente, nos termos do n.º 1 do artigo 43.º do CIRC, uma vez que: revestem
caráter geral (ou seja, são extensivos a todos os trabalhadores da empresa, não sendo
atribuídos apenas a um grupo restrito) e visam o bem-estar dos trabalhadores.

133
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Realizações de utilidade social (artigo 43.º n.º 2 do CIRC):


• São igualmente considerados gastos do período de tributação, até ao limite de 15 % das
despesas com o pessoal contabilizadas a título de remunerações, ordenados ou salários
respeitantes ao período de tributação, os suportados com:
• a) Contratos de seguros de acidentes pessoais, bem como com contratos de seguros de vida,
de doença ou saúde, contribuições para fundos de pensões e equiparáveis ou para quaisquer
regimes complementares de segurança social, que garantam, exclusivamente, o benefício de
reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós-emprego, invalidez
ou sobrevivência a favor dos trabalhadores da empresa;
• b) Contratos de seguros de doença ou saúde em benefício dos trabalhadores, reformados ou
respetivos familiares.

134
Abílio Sousa

78
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Realizações de utilidade social (artigo 43.º do CIRC):

• Algumas notas importantes:

• Note-se que a aceitação destes gastos depende da verificação das condições referidas no n.º 4 do
artigo 43.º do CIRC.

• Sendo importante analisar as condições de generalidade e objetividade

• Generalidade os benefícios devem ser estabelecidos para a generalidade dos trabalhadores


permanentes da empresa ou no âmbito de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho
para as classes profissionais onde os trabalhadores se inserem

• Objetividade os benefícios devem ser estabelecidos segundo um critério objetivo e idêntico


para todos os trabalhadores ainda que não pertencentes à mesma classe profissional

135
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Realizações de utilidade social (artigo 43.º do CIRC):

• Os vales sociais (Decreto-Lei n.º 26/99, de 28 de Janeiro) são aceites como gasto nos termos do
n.º 9 do artigo 43.º do CIRC, na medida da dimensão da entidade empregadora, não sendo de
considerar como rendimento tributável dos beneficiários (alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º-A do
CIRS)

• Consideram-se incluídos no n.º 1 do artigo 43.º do CRC, os gastos suportados com a aquisição de
passes sociais em benefício do pessoal do sujeito passivo, verificados os requisitos aí exigidos.

136
Abílio Sousa

79
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

137
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 723: realizações de utilidade social não dedutíveis (artigo 43.º do CIRC)

• Exemplo

• Em 2019, a empresa “Boavida, SA” adquiriu e atribuiu vales infância para todos os
trabalhadores com filhos com menos de 7 anos. A atribuição foi geral, mas o valor foi
diferenciado em função da categoria profissional dos trabalhadores.

• No final do ano, suportou gastos com a festa de Natal dos empregados.

• No mesmo período subscreveu ainda um PPR mas apenas a favor do seu administrador.

138
Abílio Sousa

80
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 723: realizações de utilidade social não dedutíveis (artigo 43.º do CIRC)

• Exemplo

• correção no lucro tributável do IRC:

• Nos vales infância, em nossa opinião, não há qualquer correção, uma vez que foi respeitada a
generalidade. Conforme se referiu, os vales sociais são regulamentados pelo Decreto-Lei n.º
26/99, o qual enquadra os vales sociais no n.º 9 do artigo 43.º do CIRC, pelo que é nosso
entendimento que apenas a condição de generalidade tem que ser respeitada.

• A festa de Natal dos empregados é gasto dedutível, ao abrigo do n.º 1 do artigo 43.º.

139
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 723: realizações de utilidade social não dedutíveis (artigo 43.º do CIRC)
• Exemplo
• correção no lucro tributável do IRC:
• O gasto com o PPR é também aceite nos termos do artigo 23.º do CIRC (gasto com o pessoal),
mas está sujeito a tributação em sede de IRS na esfera do beneficiário.
• Não se mostra correto acrescer este gasto no Quadro 07 da declaração modelo 22.
• Com efeito, o gasto não tem enquadramento no artigo 43.º do CIRC, devendo enquadrar-se
como vencimento em espécie.
• Os acréscimos no Quadro 07, relativos ao artigo 43.º do CIRC, só se efetuam quando o limite
dos 15% a que se refere o n.º 2, seja excedido.

140
Abílio Sousa

81
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• As mais-valias e as menos-valias são dadas pela diferença entre o valor de realização, líquido dos
encargos que lhe sejam inerentes e o valor de aquisição, deduzido das depreciações e
amortizações aceites fiscalmente, das perdas por imparidade e outras correções de valor
previstas nos artigos 28.º-A, 31.º-B e ainda dos valores reconhecidos como gasto fiscal nos
termos do artigo 45.º-A, sem prejuízo do disposto na parte final do n.º 3 do artigo 31.º-A.
fórmula: MVf = Vrealz – (Vaq – Depr fisc dedut – P Imp fisc dedut) x coef.
• O valor de aquisição corrigido nos termos do n.º 2 do artigo 46.º é atualizado mediante aplicação
dos coeficientes de desvalorização da moeda, sempre que, à data da realização, tenham
decorrido pelo menos dois anos desde a data da aquisição.
(para 2019, ver a Portaria n.º 362/2019, de 9 de outubro)
• Esta correção não se aplica aos instrumentos financeiros, salvo quanto às partes de capital.

141
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 736 e 767: mais e menos valias contabilísticas

• Para efeitos fiscais apenas concorrem para a formação do lucro tributável, as mais e menos valias
fiscais realizadas, assim, as
• Menos valias contabilísticas → são acrescidas no campo 736 e
• Mais valias contabilísticas → são deduzidas no campo 767
• Campos 738 e 768: mais valia fiscal resultante de mudanças no modelo de valorização (artigo
46.º n.º 5 b) do CIRC)

• As mudanças no modelo de valorização relevantes para efeitos fiscais, nos termos do n.º 9 do
artigo 18.º do Código do IRC, que decorram, designadamente, de reclassificação contabilística ou
de alterações de pressupostos , são assimiladas a transmissões onerosas, dando por isso lugar ao
cálculo de mais e menos valias fiscais (alínea b) do n.º 5 do artigo 46.º do Código do IRC)

142
Abílio Sousa

82
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campos 739, 740, 741, 742 e 769: regime fiscal das mais e menos valias (artigos 46.º e 48.º do
CIRC)

• As mais e menos valias fiscais constam de vários campos do Quadro 07. Existindo um saldo
positivo entre mais e menos valias, o preenchimento é feito do seguinte modo:

sem intenção de reinvestimento com intenção de reinvestimento

tributação na totalidade tributação em 50%

campo 739 campo 740

143
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Regime fiscal do reinvestimento após a reforma do IRC


artigo 48.º CIRC

ativos
novo
intangíveis ativos
intangíveis novo
ativos fixos
tangíveis ativos fixos
Propriedades tangíveis
de investimento Propriedades
ativos biológicos de investimento
de produção ativos biológicos
ativos não correntes de produção
detidos para venda

144
Abílio Sousa

83
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Regime fiscal do reinvestimento – artigo 48.º do CIRC

• Exemplo

• A sociedade Y alienou um ativo tangível em 2019 e declarou intenção de reinvestir.

• A intenção é relevante e o reinvestimento pode concretizar-se num ativo intangível.

• Foi apurada uma mais-valia fiscal de € 60.000,00 e uma mais valia contabilística de € 78.000,00.

• Preenchimento do Quadro 07:

• Campo 767: deduz o valor de 78.000

• Campo 740: acresce o valor de 30.000

145
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• IRC – artigo 48.º - regime fiscal do reinvestimento – OE 2017

• Na sequência da alteração proveniente da reforma do IRC, esclarece-se que o regime fiscal do


reinvestimento que permite reduzir a tributação das mais-valias em 50% não se aplica a
propriedades de investimento, ainda que estas sejam reconhecidas na contabilidade como
ativos fixos tangíveis.

• Recorde-se que as propriedades de investimento são registadas como ativos fixos tangíveis no
normativo contabilístico das microentidades bem como na norma das pequenas entidades.

146
Abílio Sousa

84
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 741: acréscimos por não reinvestimento (artigo 48.º n.º 6 do CIRC)

• Não sendo concretizado, total ou parcialmente, o reinvestimento até ao fim do segundo período
de tributação seguinte ao da realização, considera-se como rendimento desse período, a
diferença ou a parte proporcional da diferença positiva entre mais e menos valias, não incluída
no lucro tributável, majorada em 15%

147
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 741: acréscimos por não reinvestimento (artigo 48.º n.º 6 do CIRC)
• Exemplo
• Uma dada empresa alienou diversos ativos fixos tangíveis em 2017, pelo valor total de € 40.000,00 e
declarou a intenção de reinvestimento total deste valor.
• As operações geraram uma mais-valia contabilística de € 15.000,00 e uma mais-valia fiscal de €
8.000,00.
• O reinvestimento total realizado foi € 25.000,00 tendo sido efetuado em:
• 2017: € 10.000,00
• 2018: € 5.000,00
• 2019: € 10.000,00

148
Abílio Sousa

85
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Campo 741: acréscimos por não reinvestimento (artigo 48.º n.º 6 do CIRC)

• Exemplo

• Cálculo do reinvestimento parcial = 62,5% do valor de realização (25.000/40.000)

(n.º 6 do art.º 48.º do CIRC)

• Correção a efetuar ao lucro tributável de 2019:

• [4.000,00 (1- 62,5%)] x 1,15 = € 1.725,00 (campo 741 do Quadro 07)

149
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 23-A.º do CIRC – gastos não dedutíveis – menos valias de viaturas de passageiros

• No que respeita ao cálculo da mais-valia ou menos-valia fiscal de barcos de recreio, aviões de


turismo, e viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisição ultrapasse o
montante aceite fiscalmente, o valor das depreciações a considerar no respetivo cálculo é o
das praticadas na contabilidade.

• Este entendimento visa a não recuperação, na venda, do montante das depreciações praticadas
que, por força da limitação do valor depreciável estabelecido por lei, não foram fiscalmente
aceites no período em que o ativo esteve a ser depreciado.

150
Abílio Sousa

86
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 23-A.º do CIRC – gastos não dedutíveis – menos valias de passageiros

• No caso de ser apurada uma menos-valia fiscal na transmissão onerosa das viaturas ligeiras de
passageiros ou mistas, tem ainda de se ter em atenção o disposto no artigo 23.º-A, n.º 1, alínea
l), ou seja, a menos valia não é dedutível, exceto na parte em que correspondam ao valor
fiscalmente depreciável nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º ainda não aceite como
gasto.

• Para efeitos da aplicação deste preceito, a parcela da menos-valia passível de ser reconhecida
fiscalmente como gasto é a proporcional ao valor fiscalmente depreciável, ou seja:

mv fiscal dedutível = valor limite / valor de aquisição x menos-valia fiscal

151
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 23-A.º do CIRC – gastos não dedutíveis – menos valias de passageiros

• Exemplo

• Uma dada empresa adquiriu em 2018, uma viatura híbrida plug-in pelo valor de 60.000 euros.

• No ano de 2019, a viatura foi vendida a um primo do sócio-gerente pelo valor de 36.000 euros.

• Haverá lugar a alguma correção na menos valia fiscal?

• Depreciação contabilística praticada em 2018 = 12.000

• Depreciação fiscalmente aceite em 2018 = 10.000

152
Abílio Sousa

87
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 23-A.º do CIRC – gastos não dedutíveis – menos valias de passageiros


• Exemplo
• Cálculo da menos valia fiscal:
• 36.000 – (60.000 – 12.000) = -12.000
• (duas notas importantes:
• a depreciação a considerar é a contabilizada, conforme circular 6/2011
• não há lugar à aplicação do coeficiente de desvalorização da moeda (data de aquisição = 2018))
• Menos valia fiscal dedutível = 50.000/60.000 x 12.000 = 10.000
• Valor a acrescer no campo 752 = 2.000

153
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial – artigo 50.º-A do CIRC

• Os rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou a utilização


temporária de patentes, desenhos ou modelos industriais, sujeitos a registo, concorrem para a
determinação do lucro tributável em apenas metade do seu valor.

154
Abílio Sousa

88
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial – artigo 50.º-A do CIRC

• Exemplo

• A empresa “Inventora, SA” celebrou um contrato de cedência temporária de um direito de


produção sobre um modelo industrial por si produzido, com a empresa “Indústrias Inovadoras,
Lda”, pelo período de 5 anos.

• No período de 2019, recebeu rendimentos provenientes desta cedência, num total de 30.000
euros.

• Valor a deduzir no campo 793 do Quadro 07: 15.000 euros

155
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Regime de participation exemption – artigo 51.º do CIRC

• Os lucros e reservas distribuídos a sujeitos passivos de IRC com sede ou direção efetiva em
território português não concorrem para a determinação do lucro tributável, desde que se
verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:

• a) O sujeito passivo detenha direta ou direta e indiretamente, uma participação não inferior a
10 % do capital social ou dos direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou reservas;

• b) A participação referida no número anterior tenha sido detida, de modo ininterrupto, durante
o ano anterior à distribuição ou, se detida há menos tempo, seja mantida durante o tempo
necessário para completar aquele período;

156
Abílio Sousa

89
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Regime de participation exemption– artigo 51.º do CIRC

• Exemplo

• Em abril de 2019 a empresa “Investidora, SA” recebeu lucros, no valor de € 20.000 derivados de
uma participação de capital que detém numa empresa colombiana, a qual representa 20% do
capital desta, detendo esta participação desde janeiro de 2015.

• Em maio do mesmo ano recebeu dividendos de € 10.000 provenientes de uma empresa


portuguesa, na qual detém 35% do capital social, o qual foi adquirido em 2017.

• correção no Quadro 07:

• Campo 771 → dedução de 30.000

157
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 64.º n.º 2 do CIRC:


• Sempre que, nas transmissões onerosas de imóveis o valor constante do contrato seja inferior ao
valor patrimonial tributário definitivo do imóvel, é este o valor a considerar pelo alienante e
adquirente, para determinação do lucro tributável.

• Artigo 64.º n.º 3 do CIRC:


• a) O sujeito passivo alienante deve efetuar uma correção, na declaração de rendimentos do
período de tributação a que é imputável o rendimento obtido com a operação de transmissão,
correspondente à diferença positiva entre o valor patrimonial tributário definitivo do imóvel e o
valor constante do contrato;
• b) O sujeito passivo adquirente adota o valor patrimonial tributário definitivo para a
determinação de qualquer resultado tributável em IRC relativamente ao imóvel.

158
Abílio Sousa

90
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Aplicação do artigo 64.º do CIRC:

• No momento da compra se valor de aquisição do imóvel < VPT

correção a favor do sujeito passivo dossier fiscal

• No momento da venda se valor de transmissão do imóvel < VPT

correção a favor do Estado campo 745

• é também neste momento (período) e só neste que procede à dedução do valor que até aí
guardou no dossier fiscal campo 772

159
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo
• Admita-se um imóvel adquirido por uma dada empresa em 2013 para as suas próprias
instalações (ativo tangível)
• O valor de aquisição foi € 200.000,00 e nesse ano o VPT do imóvel era € 230.000,00

• Entretanto, o imóvel foi vendido em 2019, pelo valor de € 240.000,00.


• O VPT no ano da venda é 250.000,00

• Foram praticadas depreciações no valor de € 15.000,00 (200.000 x 0,75 x 2% x 5 anos)


• Nota: admita-se que o coeficiente de desvalorização da moeda a utilizar é 1,07

160
Abílio Sousa

91
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• MVF = 250.000 – (230.000 – 15.000) x 1,07

• MVF = 250.000 – 230.050

• MVF = 19.950

• O valor de realização e o valor de aquisição a considerar no cálculo deve ser o que resulta da
aplicação do artigo 64.º do CIRC

• MVf = Vrealz – (Vaq – Depr fisc dedut – P Imp fisc dedut – gasto fiscal 45º-A) x coef.

161
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

162
Abílio Sousa

92
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

3. Do lucro tributável à matéria coletável (Quadro 09)

163
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Prejuízos fiscais Prazo de


gerados em 2014, dedução:
2015, 2016 e 12 anos
2017 (só PME)

Prejuízos fiscais Prazo de


gerados a partir de dedução:
2017 (não PME) 5 anos

164
Abílio Sousa

93
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 52.º n.º 2 do CIRC

• A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação não pode exceder o montante
correspondente a 70 % do respetivo lucro tributável, não ficando, porém, prejudicada a
dedução da parte desses prejuízos que não tenham sido deduzidos, nas mesmas condições e
até ao final do respetivo período de dedução.

• Com a aprovação do OE 2017, foi revogado o n.º 15 do artigo 52.º do CIRC, pelo que o sujeito
passivo pode agora escolher o período do prejuízo que pretende deduzir.

165
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 52.º n.º 2 do CIRC

• Exemplo

• O sujeito passivo A, apresenta no período de 2019 um lucro tributável de € 10.000,00.

• Tem prejuízos fiscais por deduzir dos seguintes períodos:

• do período de 2014, no montante de € 1.000,00;

• do período de 2016, no montante de € 14.000,00.

166
Abílio Sousa

94
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

167
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

168
Abílio Sousa

95
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

169
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

170
Abílio Sousa

96
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

4. Cálculo do imposto (Quadro 10)

171
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Taxas do IRC para o período de 2019

• Regime Geral

• Continente = 21% Madeira = 20% (nova taxa) Açores = 16,8%

• PME = 17% (13% na Madeira e 13,6% nos Açores) para os primeiros 15.000 euros de matéria coletável

• PME (interioridade – artigo 41.º-B do EBF) = 12,5% para os primeiros 15.000 euros de matéria coletável

• Não residentes = 25%

• Entidades sem fins lucrativos = 21%

• Regime de redução de taxa

• Entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira = 5%

172
Abílio Sousa

97
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

173
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

174
Abílio Sousa

98
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 41.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais e Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho

• Esta portaria definiu as áreas geográficas onde os sujeitos passivos de IRC poderão utilizar a
nova taxa de IRC de 12,5%, com efeitos a partir do período de tributação de 2017.

• Para que possam usufruir desta taxa de IRC, os sujeitos passivos têm que:

• a) Exercer a atividade e ter direção efetiva nas áreas beneficiárias;

• b) Não ter salários em atraso;

• c) Não ter resultado de cisão efetuada nos dois anos anteriores à usufruição dos benefícios; e

• d) A determinação do seu lucro tributável ser efetuada com recurso a métodos diretos de
avaliação ou no âmbito do regime simplificado de determinação da matéria coletável.

175
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

176
Abílio Sousa

99
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

177
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 91.º do CIRC

• Esta dedução é apenas aplicável quando na matéria coletável tenham sido incluídos
rendimentos obtidos no estrangeiro e corresponde à menor das seguintes importâncias:

• a) Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;

• b) Fração do IRC, calculado antes da dedução, correspondente aos rendimentos que no país
em causa possam ser tributados, acrescidos da correção prevista no n.º 1 do artigo 68.º,
líquidos dos gastos direta ou indiretamente suportados para a sua obtenção.

• Quando existir convenção para eliminar a dupla tributação celebrada por Portugal, a dedução
não pode ultrapassar o imposto pago no estrangeiro nos termos previstos pela convenção

178
Abílio Sousa

100
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 91.º do CIRC

• Exemplo

• Uma sociedade auferiu e contabilizou, no período de 2019, rendimentos de prestações de


serviços provenientes de operações efetuadas no Brasil, no valor de 10.000 euros.

• Os rendimentos em causa derivam de informações respeitantes a uma experiência adquirida


pela empresa portuguesa num dado setor industrial, tendo por isso, sido qualificados como
rendimentos de royalties, ao abrigo do artigo 12.º da CDT celebrada entre Portugal e o Brasil.

• Consequentemente, o rendimento obtido no Brasil sofreu uma retenção na fonte de 15%.

179
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

180
Abílio Sousa

101
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

181
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

182
Abílio Sousa

102
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

183
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Adicional ao IMI – artigo 135.º-J do CIMI – dedução em sede de IRC

• Exemplo

• O sujeito passivo “Arrendamentos e Alugueres, Lda” detém dois imóveis de habitação, os quais se
encontram arrendados e sobre os quais incidiu AIMI, no valor de 3.500 euros.

• No período de 2019, o sujeito passivo apresenta um total de rendimentos de 300.000 euros, dos
quais 30.000 representam rendimentos prediais.

• A coleta do IRC do período é 6.000 euros.

• Qual a parte do AIMI que é dedutível à coleta do IRC do período de 2019?

184
Abílio Sousa

103
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

185
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Pagamentos Especiais por Conta

• Recordamos que o novo regime de recuperação dos PEC aplica-se apenas aos pagamentos
especiais por conta relativos aos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2014

• Conforme reforma do IRC

PEC relativos a Dedução à coleta


períodos de tributação até aos 6 períodos
de 2014 e seguintes seguintes ao do
pagamento

186
Abílio Sousa

104
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Artigo 93.º do CIRC

• Assim, são dedutíveis ao período de 2019, os pagamentos especiais por conta efetuados em:

• 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019 e que ainda não tenham sido deduzidos às coletas de anos
anteriores.

• Nota: o reembolso dos PEC de 2014, só pode ser solicitado em 2021.

187
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

188
Abílio Sousa

105
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

189
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

190
Abílio Sousa

106
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• A taxa normal da derrama municipal é aplicada quando o sujeito passivo não reúna os requisitos
para aproveitar de alguma taxa reduzida ou isenções lançadas pelo Município;

• Só podem beneficiar das taxas reduzidas da derrama municipal os sujeitos passivos que reúnam
os requisitos específicos definidos pelo município, evidenciados na coluna “Âmbito” e o sujeito
passivo não reúna os requisitos para aproveitar de alguma das isenções lançadas pelo Município;

• Só podem beneficiar das isenções de derrama municipal os sujeitos passivos que reúnam os
requisitos específicos de cada isenção definidos pelo município, evidenciados na coluna
“Âmbito”.

191
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

192
Abílio Sousa

107
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

193
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Tributações autónomas - viaturas

• Os encargos efetuados ou suportados com viaturas ligeiras de passageiros, motos ou


motociclos, excluindo veículos elétricos, são tributados às seguintes taxas:

• 10% se respeitarem a veículos com valor de aquisição inferior a € 25.000;

• 27,5% se respeitarem a veículos com valor de aquisição igual ou superior a € 25.000 e inferior
a € 35.000; e,

• 35% se respeitarem a veículos com valor de aquisição igual ou superior a € 35.000

194
Abílio Sousa

108
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Tributações autónomas de viaturas

• Com a aprovação da Reforma da tributação ambiental (Fiscalidade Verde), conforme Lei n.º 82-
D/2014, de 31 de dezembro, foram introduzidas significativas alterações, com entrada em vigor
em 2015.

• Por outro lado, com a publicação da Lei n.º 82-C/2014, de 31 de dezembro, diploma com várias
alterações ao IRC, foram igualmente introduzidas importantes alterações também com entrada
em vigor em 2015

195
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Tributação autónoma de encargos com viaturas – n.º 17 do artigo 88.º do CIRC (2015)

• No caso de viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in, as taxas referidas nas alíneas a), b) e
c) do n.º 3 são, respetivamente, de 5 %, 10 % e 17,5 %, em vez de 10%, 27,5% e 35%.

• Um automóvel híbrido plug-in é um automóvel híbrido cuja bateria utilizada para alimentar o
motor elétrico pode ser carregada diretamente por meio de uma tomada.

• Em regra, possui as mesmas características dos automóveis híbridos convencionais, tendo um


motor elétrico e um motor a explosão de apoio. No híbrido tradicional a bateria é carregada
unicamente por meio do motor a explosão.

196
Abílio Sousa

109
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Tributação autónoma de encargos com viaturas – n.º 18 do artigo 88.º do CIRC (2015)

• No caso de viaturas ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV, as taxas referidas nas alíneas
a), b) e c) do n.º 3 são, respetivamente, de 7,5 %, 15 % e 27,5 %, em vez de 10%, 27,5% e 35%.

• A abreviatura GPL significa gás de petróleo liquefeito

• A abreviatura GNV significa gás natural veicular

197
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

198
Abílio Sousa

110
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Encargos com viaturas (artigo 88.º n.º 5 do CIRC)

• O conceito de encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos e


motociclos, engloba, designadamente:

• depreciações,

• rendas ou alugueres,

• seguros,

• manutenção e conservação,

• combustíveis e

• impostos incidentes sobre a sua posse ou utilização

199
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Encargos com viaturas (artigo 88.º n.º 6 do CIRC)


• A redação desta norma que vigorou até ao período de tributação de 2013 determinava que as
tributações autónomas relacionadas com viaturas ligeiras de passageiros não incidiam sobre as
depreciações das viaturas relativamente às quais tivesse sido celebrado o acordo previsto no
n.º 9 da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS.
• Com a aprovação da reforma do IRC, este normativo passou a constar da alínea b) do n.º 6 do
artigo 88.º.
• A nova disposição legal determina a exclusão da aplicação das taxas de tributação autónoma
incidentes sobre viaturas (n.º 3 do artigo 88.º) relativamente a todos os encargos
relacionados com viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo
previsto no n.º 9 da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS.

200
Abílio Sousa

111
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Despesas de representação (artigo 88.º n.º 7 do CIRC)

• consideram-se despesas de representação, nomeadamente, as despesas suportadas com


receções, refeições, viagens, passeios e espetáculos oferecidos no País ou no estrangeiro a
clientes ou fornecedores ou ainda a quaisquer outras pessoas ou entidades

• É necessário distinguir:

• As despesas de representação das

• despesas de deslocação, pois nestas últimas só se devem incluir as despesas de transportes,


refeições e alojamento suportadas com o pessoal ao serviço da empresa

• O gasto das despesas de deslocação é aceite fiscalmente na totalidade

201
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Ajudas de custo

• O conceito de ajudas de custo encontra-se definido no Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de Abril.

• É imprescindível que a sociedade possa comprovar os encargos efetivamente suportados


respeitantes a ajudas de custo através do mapa itinerário, sendo necessário dar a conhecer:

• o nome do beneficiário,

• o local e a data da deslocação,

• tempo e objetivo de permanência,

• bem como o montante diário que lhe foi atribuído, de modo a aferir se o mesmo excede os
limites legais de sujeição a IRS, bem como o valor faturado.

202
Abílio Sousa

112
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Compensação por uso de viatura própria ao serviço da entidade patronal

• A comprovação dos encargos efetivamente suportados com a compensação por uso de viatura
própria (quilómetro), é feita através do mapa itinerário, sendo necessário dar a conhecer:

• o nome do beneficiário,

• o local onde se deslocou,

• a data da deslocação,

• tempo e objetivo de permanência,

• matrícula da viatura,

• montante pago por quilómetro, de modo a aferir se o mesmo excede os limites legais de sujeição a
IRS.

203
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• O gerente da empresa “Empreendedora, SA” deslocou-se a Itália para participar numa feira
industrial relacionada com o setor de atividade da empresa.

• A empresa suportou os custos da viagem de avião e pagou ajudas de custo diárias no valor
fiscalmente aceite.

• Tributação autónoma incidente sobre estes factos em 2019:

• Os custos da viagem de avião constituem encargos dedutíveis ao abrigo do artigo 23.º do CIRC

• As ajudas de custo estão sujeitas a tributação autónoma

204
Abílio Sousa

113
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• Caso a empresa opte por não atribuir uma verba fixa diária (ajuda de custo), mas por suportar
(para além do transporte) as despesas com o alojamento e as refeições, para que o gasto seja
dedutível, para além de ser demonstrado que foram efetuadas ao serviço da empresa com vista
à obtenção de rendimentos, terão de estar suportadas por documentos que contenham os
requisitos previstos no n.º 4 do art.º 23.º do CIRC.

• Nesta opção, não há sujeição a tributação autónoma.

• Ver informação vinculativa relativa ao processo n.º 1618/2017, sancionada por despacho de
2017-07-17, da Diretora de Serviços

205
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• IRC – artigo 88.º n.º 7 e n.º 9 - tributações autónomas – alterações OE 2017

• Encargos com despesas de representação, ajudas de custo e relativos à compensação pela


deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal passam a estar
sujeitos a tributação autónoma mesmo que não devidamente documentados.

2016 Acréscimo ao
LT do IRC

2017 Acréscimo ao
LT do IRC + TA

206
Abílio Sousa

114
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• Uma dada empresa registou no período de tributação de 2019, gastos com ajudas de custo no
valor global de 5.000 euros, todavia, o mapa a que se refere a alínea h) do n.º 1 do artigo 23.º-
A do CIRC, não se mostra completo, por falta de elementos exigidos pela lei.

• A empresa declarou lucro tributável no período.

• Correção no Quadro 07:

• Campo 730 → acréscimo de 5.000 euros

• Tributação autónoma incidente sobre estes factos em 2019:

• 5.000 x 5% = 250 euros

207
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Nota muito importante e aplicável a todas as tributações autónomas incluídas no artigo 88.º do
CIRC:

• todas as taxas de tributação autónoma são agravadas em 10 pontos percentuais para sujeitos
passivos que apresentem prejuízo fiscal no período de tributação a que respeitem quaisquer dos
factos tributários que lhes dão origem

208
Abílio Sousa

115
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• Uma dada empresa registou no período de tributação de 2019, gastos com ajudas de custo no
valor global de 10.000.

• Foram também acrescidos no Quadro 07, gastos não documentados no valor de 2.000 e
encargos não devidamente documentados no valor de 4.000.

• Parte das ajudas de custo, no valor de 3.000 foram debitadas a clientes.

• A empresa declarou lucro tributável no período e as ajudas de custo estão devidamente


documentadas.

• Tributação autónoma incidente sobre estes factos em 2019:

• (7.000 x 5% = 350) + (2.000 X 50% = 1.000) = 1.350

209
Abílio Sousa

116
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

5. Principais benefícios fiscais para 2019

(Anexo D da modelo 22 – casos práticos)

210
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Obrigações declarativas - IRC

• Os sujeitos passivos que usufruam de benefícios fiscais, estão obrigados a entregar o Anexo D
da declaração modelo 22, o qual se encontra estruturado em sintonia com esta classificação:

• Benefícios fiscais:

• Isenções Quadro 03

• deduções ao rendimento Quadro 04

• deduções à coleta Quadro 07

• As reduções de taxa constam do Quadro 08.1 da declaração modelo 22

211
Abílio Sousa

117
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Obrigações declarativas - IRC

• No que respeita à declaração modelo 22 propriamente dita, os benefícios relevam da seguinte


forma:

• Deduções ao rendimento Quadro 07

• Deduções à coleta Quadro 10

• Estes benefícios declarados em valores globais, são depois objeto de indicação detalhada no
Anexo D, efetuando-se um cruzamento de informação.

212
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

213
Abílio Sousa

118
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

214
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Criação de emprego - artigo 19.º do EBF

• Para a determinação do lucro tributável dos sujeitos passivos do IRC e dos sujeitos passivos do
IRS com contabilidade organizada, os encargos correspondentes à criação líquida de postos de
trabalho para jovens e para desempregados de longa duração, admitidos por contrato de
trabalho por tempo indeterminado, são considerados em 150% do respetivo montante
contabilizado como custo do exercício

• O montante máximo da majoração anual, por posto de trabalho, é o correspondente a 14 vezes a


retribuição mínima mensal garantida.

• Assim, para o período de tributação de 2019, o valor máximo do benefício a considerar, por
trabalhador, é: (€ 600 x 14) = € 8.400,00

215
Abílio Sousa

119
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Criação de emprego - artigo 19.º do EBF

• A Lei n.º 43/2018, de 9 de agosto, procedeu à prorrogação da vigência de determinados


benefícios fiscais, alterando igualmente o Estatuto dos Benefícios Fiscais.

• De entre as alterações aprovadas merece particular destaque a revogação do artigo 19.º do


Estatuto dos Benefícios Fiscais, disposição que vigorou durante muitos anos na nossa
nomenclatura jurídica e que permitia a obtenção de alguns incentivos em sede de IRC, para as
empresas que criassem postos de trabalho nas condições exigidas pela norma legal.

• Esta revogação produz efeitos a 1 de julho de 2018.

216
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

217
Abílio Sousa

120
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Mecenato- artigos 61.º e 62.º do EBF

• Para efeitos fiscais, os donativos constituem entregas em dinheiro ou em espécie concedidos


sem contrapartidas que configurem obrigações de carácter pecuniário ou comercial às
entidades públicas ou privadas cuja atividade consista predominantemente na realização de
iniciativas nas áreas social, cultural, ambiental, desportiva ou educacional

• Com exceção dos concedidos ao Estado, os donativos são considerados gastos do exercício, até
ao limite de 8/1000 do volume de vendas ou dos serviços prestados

218
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Mecenato- artigo 62.º do EBF

• Exemplo

• A sociedade “Com Preocupação Social, Lda” apresenta em 2019, um total de volume de


negócios de 1.000.000.

• Neste período concedeu um donativo de 10.000 a uma IPSS para apoio à construção de uma
unidade que permita conciliar a maternidade com a atividade profissional dos pais.

• O donativo tem enquadramento no artigo 62.º n.º 5 alínea f) do EBF

219
Abílio Sousa

121
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Mecenato- artigo 62.º do EBF

• Quadro 07 - Campo 751: donativos não previstos ou para além dos limites legais
(artigos 62.º, 62.º-A e 62.º-B do EBF)

• Exemplo

• Limite fiscalmente dedutível = 8/1000 X 1.000.000 = 8.000

• Majoração fiscalmente dedutível = 50%

• correções no Quadro 07:

• Campo 751 → acréscimo de 2.000

• Campo 774 → dedução de 4.000 (8.000 X 50%)

220
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

221
Abílio Sousa

122
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Mecenato
mecenato
científico RESUMO mecenato
cultural
artigo 62.º-A donativos ao
EBF Estado donativos em artigo 62.º-B
donativos no Outros EBF
âmbito do espécie
(desportivo,
artigo 62.º mecenato social
n.º 2 EBF educacional,
ambiental) artigo 62.º
artigo 62.º n.º 11 EBF

n.º 3, 4 e 5 EBF artigo 62.º


n.º 6 e 7 EBF

222
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Remuneração Convencional do Capital Social – artigo 41.º-A do EBF

• Na determinação do lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial,
cooperativas, empresas públicas, e demais pessoas coletivas de direito público ou privado com
sede ou direção efetiva em território português, pode ser deduzida uma importância
correspondente à remuneração convencional do capital social, calculada mediante a aplicação,
limitada a cada exercício, da taxa de 7 % ao montante das entradas realizadas até 2.000.000 de
euros, por entregas em dinheiro ou através da conversão de suprimentos ou de empréstimos
de sócios, no âmbito da constituição de sociedade ou do aumento do capital social.

223
Abílio Sousa

123
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Remuneração Convencional do Capital Social – artigo 41.º-A do EBF

• A dedução ao lucro tributável do IRC:

• a) Aplica-se exclusivamente às entradas, no âmbito da constituição de sociedades ou do


aumento do capital social da sociedade beneficiária;

• b) É efetuada no apuramento do lucro tributável relativo ao período de tributação em que


ocorram as mencionadas entradas e nos cinco períodos de tributação seguintes

224
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Remuneração Convencional do Capital Social – artigo 41.º-A do EBF


• Com o OE para 2018 efetuou-se o alargamento do âmbito de aplicação do regime da
remuneração convencional do capital social às conversões de créditos de qualquer natureza em
capital.
• Passa também a estar contemplado o aumento de capital com recurso aos lucros gerados no
próprio exercício, desde que o registo do aumento de capital se realize até à entrega da
declaração de rendimentos relativa ao exercício em causa.
• Apenas se consideram as entradas em espécie correspondentes à conversão de créditos de
terceiros realizadas a partir de 1 de janeiro de 2018 ou a partir do primeiro dia do período de
tributação que se inicie após essa data, quando este não coincida com o ano civil.

225
Abílio Sousa

124
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo
• A sociedade “Bons Aumentos, Lda” apresenta um resultado líquido no período de 2019, de 230.000
euros.

• Na Assembleia Geral de aprovação de contas do período de 2019, a ocorrer em março de 2020, foi
aprovado um aumento de capital no valor de € 100.000,00, sendo este valor efetuado a título de
aplicação dos resultados de 2019.

• Foi efetuado o registo comercial deste aumento em 30 de abril de 2020.

• A empresa em causa pode deduzir ao lucro tributável do IRC um valor de € 7.000,00 durante 6 anos
consecutivos. A dedução é efetuada no campo 774 do Quadro 07 da declaração de rendimentos modelo
22 de IRC do período de 2019, sendo ainda o mesmo valor indicado no campo 409 do Anexo D.

226
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• SIFIDE II – artigos 35.º a 42.º do Código Fiscal do Investimento


• O sistema de incentivos fiscais em atividades de investigação e desenvolvimento empresarial é
um benefício fiscal que opera por dedução à coleta do IRC
• Este benefício carece de aprovação por parte do Ministério da Economia
• Abrange as despesas de investigação, as realizadas pelo sujeito passivo de IRC com vista à
aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos, e as
• despesas de desenvolvimento, as realizadas pelo sujeito passivo de IRC através da exploração de
resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos com
vista à descoberta ou melhoria substancial de matérias-primas, produtos, serviços ou processos
de fabrico

227
Abílio Sousa

125
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

228
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento - Portaria n.º 282/2014, de 30 de dezembro

• Enquadramento comunitário

• Não são elegíveis para a concessão de benefícios fiscais os projetos de investimento que tenham
por objeto as atividades económicas dos setores:

• siderúrgico, do carvão, da pesca e da aquicultura,

• da produção agrícola primária, da transformação e comercialização de produtos agrícolas


enumerados no anexo I do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, da silvicultura,

• da construção naval, das fibras sintéticas, dos transportes e das infraestruturas conexas e da
produção, distribuição e infraestruturas energéticas.

229
Abílio Sousa

126
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento - Portaria n.º 282/2014, de 30 de dezembro

• Âmbito setorial de aplicação do RFAI

• a) Indústrias extrativas - divisões 05 a 09;

• b) Indústrias transformadoras - divisões 10 a 33;

• c) Alojamento - divisão 55;

• d) Restauração e similares - divisão 56;

• e) Atividades de edição - divisão 58;

• f) Atividades cinematográficas, de vídeo e de produção de programas de televisão - grupo 591;

• g) Consultoria e programação informática e atividades relacionadas - divisão 62;

230
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento - Portaria n.º 282/2014, de 30 de dezembro

• Âmbito setorial de aplicação do RFAI

• h) Atividades de processamento de dados, domiciliação de informação e atividades relacionadas e


portais Web - grupo 631;

• i) Atividades de investigação científica e de desenvolvimento - divisão 72;

• j) Atividades com interesse para o turismo - subclasses 77210, 90040, 91041, 91042, 93110,
93210, 93292, 93293 e 96040;

• k) Atividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas - classes 82110 e


82910

231
Abílio Sousa

127
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• RFAI – artigos 22.º a 26.º do Código Fiscal do Investimento

• Montante e cálculo do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento:

• investimentos realizados nas regiões: Norte, Centro, Alentejo, RA Madeira e RA Açores

• Dedução à coleta do IRC calculada da seguinte forma:

• 25 % das aplicações relevantes, relativamente ao investimento realizado até ao montante de €


15.000.000,00;

• 10 % das aplicações relevantes, relativamente à parte do investimento realizado que exceda o


montante de € 15.000.000,00;

232
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

233
Abílio Sousa

128
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento - Portaria n.º 282/2014, de 30 de dezembro


• Exemplo
• Em 2019 uma empresa que se dedica a atividades de programação informática, localizada em
Braga, efetuou investimentos relevantes em ativos tangíveis no montante de € 200.000,00 e
pretende usufruir do RFAI. O investimento teve por objetivo o aumento da capacidade existente.
• Cálculo da dedução à coleta:
• 25% X € 200.000 = € 50.000
• Valor do benefício = € 50.000,00 limitado a 50% da coleta (com reporte até 10 anos)
• Nota: é necessário elaborar o dossier do benefício, conforme Portaria n.º 297/2015, de 21 de
setembro

234
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• DLRR – Regime de dedução por lucros retidos e reinvestidos (artigos 27.º a 34.º do CFI)

DLRR
Reserva (10% da reserva
lucros especial especial)

Dedução à coleta
do IRC com limite
Investimentos de 25% desta
* novo prazo do OE 2020 4 anos * (50% se micro ou
aplicável aos pequena)
investimentos em curso

235
Abílio Sousa

129
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

236
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• DLRR – Regime de dedução por lucros retidos e reinvestidos - artigos 27.º a 34.º do Código Fiscal
do Investimento
• Exemplo 2
• Uma dada PME (micro empresa) apresenta um com lucro contabilístico no período de 2019 =
20.000
• Decidiu constituir uma Reserva Especial para investimento no valor de 6.000 euros.
• A empresa apresenta em 2019 uma Coleta de IRC no valor de 1.800 euros.
• Dedução à coleta por DLRR = 600 euros, dado que o valor não ultrapassa os 50% da coleta.
• O investimento tem de ser concretizado até final do período de 2023.
• Quando o investimento se concretizar, a empresa deve proceder à elaboração do dossier do
benefício.

237
Abílio Sousa

130
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Nota muito importante

• Portaria n.º 297/2015, de 21 de Setembro

• Só são elegíveis, para efeitos do RFAI e da DLRR, os investimentos que respeitem a uma nova
atividade económica sendo considerados como tal os investimentos que estejam relacionados:

• 1) com a criação de um novo estabelecimento,

• 2) com o aumento da capacidade de um estabelecimento já existente,

• 3) com a diversificação da produção de um estabelecimento no que se refere a produtos não


fabricados anteriormente nesse estabelecimento, ou

• 4) com uma alteração fundamental do processo de produção global de um estabelecimento


existente.

238
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

239
Abílio Sousa

131
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Limitações à utilização de benefícios fiscais – taxas máximas de auxílio, impostas por legislação
comunitária

• As percentagens são aplicadas aos montantes de investimento elegível

• Os limites constantes da tabela são majorados em 10 pontos percentuais para as médias empresas
e em 20 pontos percentuais para as micro e pequenas empresas tal como definidas na
Recomendação n.º 2003/361/CE, da Comissão, de 6 de maio de 2003, exceto quanto a projetos de
investimento cujas aplicações relevantes excedam € 50.000.000,00

240
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo
• A empresa XPTO iniciou em 2018 um projeto de investimento com vista a criação de um novo
estabelecimento na zona do Algarve, e que estará em curso em 2019.
• Trata-se de uma média empresa, que pretende aplicar o RFAI sobre o investimento realizado em
2018, sendo que aplicou a DLRR em 2017.
• Reserva DLRR: 450.000,00 Benefício DLRR em 2017: 45.000,00
• Investimento elegível em sede de DLRR e RFAI realizado em 2018: € 450.000,00
• Taxa RFAI: 10% Benefício RFAI: € 45.000,00
• Coleta do período: € 60.000,00
• Taxa máxima de auxílio: 10% acrescida de majoração em 10pp = 20%

241
Abílio Sousa

132
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

242
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

243
Abílio Sousa

133
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

244
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Regra de minimis

• Os auxílios de minimis são um conjunto de ajudas que os Estados podem conceder às empresas
residentes que, pelo seu reduzido valor, não afetam de forma significativa o livre comércio e a
concorrência entre os países membros da União Europeia.

• De acordo com a regra geral de minimis, constante do Regulamento n.º 1407/2013, da


Comissão, de 18 de dezembro, que se aplica entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de
2020, o montante total dos referidos incentivos e de outros incentivos de natureza não fiscal
concedidos a uma empresa única, de acordo com a definição dada pelo n.º 2 do artigo 2.º do
Regulamento, não pode exceder o montante de € 200.000,00, durante um período
correspondente a três períodos financeiros.

245
Abílio Sousa

134
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Regra de minimis

• Exemplo

• Um sujeito passivo de IRC, qualificado como pequena empresa nos termos do Decreto-Lei n.º
372/2007, de 6 de novembro, apresentou as seguintes matérias coletáveis, nos dois últimos
períodos de tributação:

• Período de 2017 = 18.000 euros Período de 2018 = 6.000 euros Período de 2019 = 10.000 euros

• Neste último período, a empresa beneficiou ainda de bonificações de juros em linhas


protocoladas com o Estado, quantificadas no valor total de 3.000 euros.

• Não beneficiou de redução de taxa, nem de isenção de derrama municipal

246
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Regra de minimis

• Exemplo

• Cálculo dos incentivos abrangidos pelos auxílio de minimis:

• 1) Taxa do IRC do período de 2017 = 15.000 X (21% - 17%) = 600

• 2) Taxa do IRC do período de 2018 = 6.000 X (21% - 17%) = 240

• 3) Taxa do IRC do período de 2019 = 10.000 X (21% - 17%) = 400

• 4) Incentivo não fiscal = 3.000

247
Abílio Sousa

135
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

248
Abílio Sousa

136
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

6. Notas sobre o preenchimento dos Anexos da declaração

249
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Anexo A – derrama municipal


Este anexo é obrigatoriamente apresentado pelos sujeitos passivos que, cumulativamente:
• Tenham matéria coletável no período superior a € 50.000,00, e
• Tenham estabelecimentos estáveis ou representações locais em mais de um município (artigo
18.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro).
• Exemplo – obrigatoriedade de entrega do Anexo A
• A empresa Têxteis do Norte, SA, tem sede em Braga e uma fábrica em Barcelos.
• No período de 2019, a massa salarial da sede foi € 300.000,00 e massa salarial paga na fábrica
foi € 200.000,00.
• O sujeito passivo apresenta um lucro tributável e matéria coletável de 60.000,00

250
Abílio Sousa

137
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

251
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Anexo C – Regiões Autónomas

Este anexo é obrigatoriamente apresentado:

• Por qualquer pessoa coletiva ou equiparada, com sede, estabelecimento estável ou direção
efetiva em território português, que possua sucursais, delegações, agências, escritórios,
instalações ou qualquer forma de representação permanente sem personalidade jurídica
própria em mais de uma circunscrição. Entende-se por circunscrição, o território do continente
ou de uma região autónoma, consoante o caso.

• Pelos sujeitos passivos que tenham rendimentos imputáveis à Região Autónoma dos Açores,
e/ou rendimentos imputáveis à Região Autónoma da Madeira.

252
Abílio Sousa

138
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• O sujeito passivo “Negócios com as Ilhas, Lda” com sede em Lisboa, possui uma delegação
em Ponta Delgada.

• No período de 2019, apresenta um volume de negócios de € 1.000.000,00, repartido da


seguinte forma:

• Lisboa = 900.000,00

• Ponta Delgada = 100.000,00

• Qual o IRC devido, sabendo que a empresa apresenta uma matéria coletável de € 200.000,00?

253
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

254
Abílio Sousa

139
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

255
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Anexo E – regime simplificado

• A matéria coletável relevante para efeitos da aplicação do regime simplificado obtém-se através
da aplicação dos seguintes coeficientes:

• 4% das vendas de mercadorias e produtos, bem como das prestações de serviços efetuadas no
âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas;

• 75% dos rendimentos de atividades profissionais constantes da tabela a que se refere o artigo
151.º do Código do IRS

• 10% dos restantes rendimentos de prestações de serviços e subsídios destinados à exploração;

• 30% dos subsídios não destinados à exploração;

• 35% dos rendimentos de atividades de alojamento local (modalidades: apartamento e moradia);

256
Abílio Sousa

140
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• A matéria coletável relevante para efeitos da aplicação do regime simplificado obtém-se através da
aplicação dos seguintes coeficientes:
• 95% dos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou utilização
temporária da propriedade intelectual ou industrial ou a prestação de informações respeitantes a
uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico;
• 95% dos outros rendimentos de capitais;
• 95% do resultado positivo de rendimentos prediais;
• 95% do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais, tal como
determinados para efeitos de IRS;
• 100% do valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, determinado nos
termos do n.º 2 do artigo 21.º.

257
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Notas importantes sobre o regime simplificado

• Deduções à coleta:

• apenas é dedutível a relativa a dupla tributação jurídica internacional

• No entanto a AT aceita a dedução dos pagamentos especiais por conta efetuados em anos
anteriores ao da aplicação do regime

• Tributações autónomas:

• são devidas as que incidem sobre viaturas ligeiras de passageiros e despesas não documentadas

258
Abílio Sousa

141
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• Uma dada sociedade optou pelo regime simplificado e em 2019 apresenta os seguintes
rendimentos:

• Vendas de mercadorias = 100.000

• Subsídio à exploração = 6.000

• Rendimentos de aplicação financeira = 4.000

• Foram suportados encargos com uma viatura ligeira de passageiros no valor de 8.000, incluindo
neste valor a depreciação do período (o custo de aquisição da viatura é inferior a 25.000)

• Qual o IRC devido?

259
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

260
Abílio Sousa

142
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Exemplo

• Apuramento da matéria coletável :

• Vendas de mercadorias = 100.000 X 4 % = 4.000

• Subsídio à exploração = 6.000 X 10% = 600

• Rendimentos de aplicação financeira = 4.000 X 95% = 3.800

• Total da matéria coletável = 8.400

• Apuramento do imposto a pagar:

• Coleta do IRC = 8.400 x 17% = 1.428

• Tributações autónomas = 8.000 x 10% = 800

261
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

Anexo E – regime simplificado

• Com o OE 2019 foi revogado o n.º 2 do artigo 86.º-B do CIRC. Em consequência deixou de existir
limite mínimo para a matéria coletável que era de 60% do valor anual da retribuição mensal
mínima garantida.

• Exemplo

• Um dado sujeito passivo de IRC apresenta em 2018 e 2019, um volume de vendas de 50.000
euros: 2018 2019
Matéria Coletável 50.000 x 4% = 2.000 50.000 x 4% = 2.000
Matéria Coletável mínima 580 x 14 x 60% = 4.872 não existe
IRC 4.872 x 17% = 828,24 2.000 x 17% = 340,00

262
Abílio Sousa

143
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Obrigação de entrega do Anexo relativo ao Adicional ao IMI

• As pessoas coletivas que sejam proprietários, usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos


situados no território português, são sujeitos passivos do Adicional ao Imposto Municipal sobre
Imóveis, com exceção das empresas municipais.

• Para efeitos deste Adicional são equiparados a pessoas coletivas quaisquer estruturas ou centros de
interesses coletivos sem personalidade jurídica que figurem nas matrizes como sujeitos passivos do
imposto municipal sobre imóveis, bem como a herança indivisa representada pelo cabeça de casal.

• Nos termos do artigo 135.º-A do Código do IMI, estão excluídos do Adicional os prédios urbanos
classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros”, nos termos das alíneas b) e
d) do n.º 1 do artigo 6.º deste Código.

263
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Obrigação de entrega do Anexo relativo ao Adicional ao IMI

• O Adicional ao imposto municipal sobre imóveis é liquidado anualmente, pela Autoridade


Tributária e Aduaneira, com base nos valores patrimoniais tributários dos prédios e em relação
aos sujeitos passivos que constem das matrizes em 1 de janeiro do ano a que o mesmo respeita,
sendo a liquidação efetuada no mês de junho do ano a que o imposto respeita.

• Face ao disposto no n.º 1 do artigo 135.º-F do Código do IMI, ao valor tributável determinado nos
termos do artigo 135.º-C é aplicada a taxa de 0,4 % às pessoas coletivas.

264
Abílio Sousa

144
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Obrigação de entrega do Anexo relativo ao Adicional ao IMI

• Contudo, o n.º 3 do artigo 135.º-F do Código do IMI determina que o valor dos prédios detidos
por pessoas coletivas em 1 de janeiro do ano a que reporta o Adicional e que se encontrem afetos
ao uso pessoal dos titulares do respetivo capital, dos membros dos órgãos sociais ou de
quaisquer órgãos de administração, direção, gerência ou fiscalização ou dos respetivos cônjuges,
ascendentes e descendentes, fica sujeito à taxa de 0,7 %, sendo ainda sujeito à taxa marginal de
1 % para a parcela do valor que exceda um milhão de euros.

265
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

266
Abílio Sousa

145
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

267
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

268
Abílio Sousa

146
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

7. Entidades do setor não lucrativo

269
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• As entidades que não exerçam, a titulo principal, uma atividade de natureza comercial, industrial
ou agrícola são sujeitos passivos de IRC ao abrigo das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do
CIRC.

• O IRC incide sobre o seu rendimento global, o qual corresponde, de acordo com a alínea b) do
n.º 1 do artigo 3.º do CIRC, à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias
consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a titulo
gratuito.

• Encontram-se nesta situação, em principio, as associações, fundações, federações,


confederações e outras entidades que não exerçam, a titulo principal, uma atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola.

270
Abílio Sousa

147
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Este tipo de entidades pode beneficiar da isenção prevista no artigo 10.º do CIRC, caso seja
uma pessoa coletiva de utilidade pública ou uma instituição particular de solidariedade
social e reúna os demais requisitos ai previstos.

• Tratando-se de uma associação constituída para o exercício de uma atividade cultural,


recreativa ou desportiva, poderá beneficiar de isenção relativamente aos rendimentos
diretamente derivados destas atividades, desde que se verifiquem, cumulativamente, os
requisitos previstos no n.º 2 do artigo 11.º do CIRC.

• Caso os rendimentos brutos sujeitos a tributação não excedam o montante de € 7.500,00,


podem ainda beneficiar da isenção prevista no n.º 1 do artigo 54.º do EBF.

271
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Para estes sujeitos passivos, consideram-se rendimentos não sujeitos a IRC, de acordo com o
n.º 3 do artigo 54.° do CIRC:
• as quotas pagas pelos associados em conformidade com os estatutos, bem como
• os subsídios destinados a financiar a realização dos fins estatutários.
• Nota: estes rendimentos não são incluídos na modelo 22

• Consideram-se rendimentos isentos, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo:


• os incrementos patrimoniais obtidos a titulo gratuito destinados à direta e imediata realização
dos fins estatutários.
• Nota: estes rendimentos são de incluir no Anexo D da modelo 22 (Quadro 03)

272
Abílio Sousa

148
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Modelo 22: obrigatoriedade de envio e regras de preenchimento

• As entidades que não exerçam, a titulo principal, uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola, ainda que beneficiem de alguma isenção, estão obrigadas à
apresentação da declaração modelo 22.

• No quadro 03.3 indicar tipo de sujeito passivo o campo 2 - residente que não exerce, a titulo
principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.

• No quadro 03.4 - regimes de tributação dos rendimentos, assinalar:

• O campo 1- regime geral ou o campo 1 - regime geral e o campo 3 - isenção definitiva

273
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

274
Abílio Sousa

149
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Modelo 22: obrigatoriedade de envio e regras de preenchimento

• Exemplo

• A Fundação “Kultura XXI” é uma associação cultural legalmente constituída.

• Não tem reconhecimento como entidade de utilidade pública, tendo por isso enquadramento no
artigo 11.º do CIRC

• No ano de 2019, obteve as seguintes receitas:

• Receitas provenientes de exposições, seminários e outras atividades culturais: € 4.000,00

• Exploração de um pequeno bar (receitas líquidas): € 8.000,00

• Quotas de associados: € 2.000,00

275
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Modelo 22: obrigatoriedade de envio e regras de preenchimento

• Exemplo

• Rendimentos sujeitos e não isentos ( a indicar no regime geral e sujeitos a IRC à taxa de 21%):

• Exploração do bar

• Rendimentos sujeitos mas isentos ( a indicar no regime de isenção e no Quadro 03 do Anexo D da


modelo 22)

• Receitas provenientes de exposições, seminários e outras atividades culturais

• Rendimentos não sujeitos (não são incluídos na modelo 22)

• Quotas de associados

276
Abílio Sousa

150
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

277
Abílio Sousa

151
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

8. Entidades não residentes sem estabelecimento estável

278
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Modelo 22: obrigatoriedade de envio e regras de preenchimento

• As entidades não residentes e que não possuam estabelecimento estável em Portugal, estão
obrigadas a enviar a declaração modelo 22, através de representante fiscal, quando obtenham
rendimentos em que não haja lugar a retenção na fonte a título definitivo (n.º 4 do artigo 120.º
CIRC):

• prediais

• mais-valias mobiliárias e imobiliárias

• incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito

• alguns rendimentos de capitais

279
Abílio Sousa

153
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Modelo 22: obrigatoriedade de envio e regras de preenchimento

• O prazo para a submissão da declaração é o seguinte:

• Relativamente a ganhos resultantes da transmissão onerosa de imóveis e incrementos


patrimoniais derivados de aquisições a título gratuito até ao 30.º dia posterior à data da
aquisição, independentemente de esse dia ser útil ou não útil.

• Restantes rendimentos prediais e de capitais até ao último dia do mês de maio do ano
seguinte àquele a que os mesmos respeitam

280
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

281
Abílio Sousa

154
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

282
Abílio Sousa

IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

283
Abílio Sousa

155
APECA IRC Modelo 22

Encerramento de Contas na Perspetiva Fiscal

• Produzido por Abílio Sousa (dsf.formacao@gmail.com) para a APECA.

• A DSF é propriedade da IVOJOMA – Formação e Fiscalidade, Lda,

com sede na Rua Dr. Carlos Pires Felgueiras, n.º 173 - 3.º A , 4470-157 Maia

• A IVOJOMA está na internet em: www.ivojoma.pt

• Os casos práticos foram criados pelo autor e correspondem a situações hipotéticas, carecendo
a sua aplicação, de análise casuística

• Não pode ser reproduzido sem autorização expressa da IVOJOMA.

284
Abílio Sousa

156
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

Caro(a) Colega, agradecemos a sua colaboração na resposta a este questionário para continuarmos
a melhorar na qualidade das nossas Ações de Formação.
Esta avaliação é importante. Por favor responda, pois ajudará a melhorar os serviços dos Associados

ENTIDADE FORMADORA: APECA


Associação Portuguesa das Empresas de Contabilidade e Administração

AÇÃO DE FORMAÇÃO: IRC - Encerramento de Contas na perspetiva fiscal (preenchimento e validação


da declaração modelo 22)

FORMADOR Dr. Abílio Sousa

ASSINALE CONFORME A SUA INSCRIÇÃO: Contabilistas Certificados


Outras Inscrições

FORMAÇÃO À DISTÂNCIA

DE ACORDO COM O SEU GRAU DE EXIGÊNCIA, CLASSIFIQUE COM:


Muito Bom Bom Razoável Fraco Mau

1. Organização:
1.1 Qualidade da plataforma utilizada (Zoom)
1.2 Adequação da estratégia às necessidades do(s)/
(a)s formandos(s)/as
2. Apreciação do Formador:
2.1 Método utilizado
2.2 Domínio e conhecimento do tema
2.3 Qualidade pedagógica
2.4 Cumprimento do Plano de Sessão
3. Análise total da ação de formação:
3.1 Importância da Formação para a atividade
profissional
3.2 Qualidade da documentação distribuída
3.3 De uma forma geral considerou a formação

4. Que outras Ações de Formação gostaria de frequentar:

5. Comentários/ Sugestões:

Muito obrigado pela sua colaboração


15/06 | 2020
Apontamentos
Apontamentos
Apontamentos
Apontamentos
APECA - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS EMPRESAS DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

Rua Jerónimo Mendonça, 78 - 4200-335 Porto


Telef: 229 488 348 / 229 489 018 / 229 411 101
Email: apeca@apeca.pt
Internet: www.apeca.pt

Você também pode gostar