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[
[Artº 2º]] Q
Quem é sujeito
j passivo de IRC?
p
X Sociedades comerciais ou civis sob forma comercial
X Cooperativas
X Empresas Públicas
X Outras pessoas colectivas
X Entidades sem personalidade jurídica, residentes em Portugal, não tributáveis em IRS
X Entidades não residentes cujos rendimentos não estejam sujeitos a IRS
1
[Nº2 Artº 3º]
O Lucro Tributável consiste na diferença entre os valores do património líquido no
fim e no início do período de tributação, com as correcções estabelecidas no CIRC.
RAI
O valor do RLE reflecte todos os custos (e perdas) e proveitos (e ganhos) do exercício, bem
como o valor do IRC imputável ao exercício.
2
Isenções de IRC
[nº7, Artº 18º] Os proveitos e ganhos e/ou os custos e perdas e outras variações patrimoniais
resultantes da aplicação do método da equivalência patrimonial não concorrem para a
determinação do Lucro Tributável [campos 222 e/ou 235 do Q.07].
Note-se que, caso hajam lucros atribuídos, estes serão considerados proveitos ou ganhos para
efeitos fiscais do exercício em que temos direito a eles.
3
Pessoas colectivas com sede ou direcção efectiva em território português
[als. a) e b) do nº1 do Artº 2º] que exerçam uma actividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola
Entidades abrangidas: sociedades comerciais, cooperativas
Lucro Tributável
Matéria Colectável
Matéria Colectável
4
Pessoas colectivas não residentes em território português que exerçam a
sua actividade através de estabelecimento estável
Entidades abrangidas: sucursais de empresas estrangeiras
- Prejuízos Fiscais
P.F. decorrentes do Artº 47º e do ponto 1, al. c) nº1 do artº 15º CIRC
- Benefícios Fiscais
Matéria Colectável
Matéria Colectável
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[Artº 19º] Obras de Carácter Plurianual
2 critérios: Método do Contrato Terminado (quando do encerramento da obra)
Método da Percentagem de Acabamento, obrigatória nos termos das al. a) e b)
…ambos os métodos estão previstos no POC e na Directriz Contabilística nº 3
[Artº 27º] Os critérios seguidos deverão ser adoptados em exercícios económicos sucessivos,
podendo mudar-se com a aceitação da DGCI, após fundamentação de natureza técnico-
económica.
Ou seja, acrescemos todas as variações que aumentem o capital próprio (não reflectidas na
conta Resultado Líquido do Exercício) e que não se encontrem previstas no Artº 21º CIRC.
Exemplo:
Uma regularização (ganho) de grande significado e imputável a exercícios anteriores,
contabilizada na conta 59 - “Resultados Transitados”. Æ Acrescemos ao resultado contabilístico
do exercício em que procedemos à Regularização.
6
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
Ou seja, acrescemos todas as variações que diminuam o capital próprio (sem ser por via da
conta Resultado Líquido do Exercício) e que não se encontrem previstas no nº 1 do artigo 24º
do CIRC, que não se encontrem reflectidas no resultado líquido do exercício.
7
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
As correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC são valores considerados
contabilisticamente e não considerados fiscalmente do mesmo modo:
► Alguns custos contabilísticos não são aceites fiscalmente, total ou parcialmente, pelo que
temos que somar o seu valor ao lucro para efeitos de tributação em IRC.
► Alguns rendimentos são desconsiderados para efeitos de tributação, pelo que temos que os
subtrair ao lucro contabilístico para obtermos um lucro tributável menor.
► Alguns custos contabilísticos são contemplados com uma majoração (benefício fiscal),
fiscal) pelo
que vamos deduzir uma parte adicional ao lucro contabilístico para obtermos um lucro tributável
menor.
[Nº4] Não são considerados custos fiscais os Seguros de Vida, de Doença, de Acidentes
Pessoais, as contribuições para fundos de pensões e quaisquer regimes complementares de
segurança social que não se enquadrem no artº 40º do CIRC.
Não são considerados custos fiscais as contribuições para regimes complementares de
segurança social
i l que não
ã sejam
j considerados
id d rendimentos
di t de
d trabalho.
t b lh
Por exemplo, uma empresa paga o PPR de um sócio gerente e este não o acresce ao seu
rendimento de trabalho dependente. Se não o fizer, não é considerado custo fiscal para
efeitos de IRC.
Acrescemos no c.206 do Q.07 os valores não aceites
[nºs 5, 6 e 7]
Não são aceites como custos ou perdas do exercício os suportados com a transmissão onerosa
de partes de capital, qualquer que seja o título por que se opere, quando detidas pelo
alienante por período inferior a três anos e desde que:
a) tenham sido adquiridas a entidades com as quais existam relações especiais, conforme n.º 4
do artigo 58º;
b) tenham sido adquiridas a entidades com domicílio em país, território ou região com um
regime de tributação claramente mais favorável;
c) tenham sido adquiridas a entidades residentes em território português sujeitas a um regime
especial de tributação.
Acrescemos no c.259 do Q.07 os valores não aceites.
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Regime de Reintegrações e Amortizações
[Artº 28º] Elementos reintegráveis
9
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 33º] Reintegrações e Amortizações não aceites como custo
• As efectuadas a elementos do activo não sujeitos a deperecimento (inclui partes de imóveis
relativas a terrenos ou não sujeitas a deperecimento).
• Aos terrenos com valor desconhecido atribuímos 25% do valor global (nº 3 artº 11º D.R.
2/90), mas o limite mínimo é sempre 25% do valor patrimonial constante da matriz (nºs 3 e 4
artº 11º e artº 23º alínea d) D.R. 2/90)
• As
A amortizações
ti õ que ultrapassem
lt os limites
li it fixados.
fi d
• As amortizações realizadas após o período de vida útil máxima do bem.
• As amortizações (da parte que exceda € 29.927,87) das viaturas ligeiras de passageiros.
• As amortizações de barcos de recreio e aviões de turismo (desde que não afectos à exploração
do serviço público de transporte ou ao aluguer como actividade normal da empresa).
• A parte correspondente à dedução da diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias
que lhe for imputada nos termos do nº 6 do artigo 44º do CIRC (somente para reinvestimentos
de mais-valias obtidas antes de 2000).
DR 2/90 de 12 de Janeiro
Complementa o disposto no CIRC acerca das amortizações do imobilizado
Esta situação originará ainda, mais tarde, tributação autónoma de (€ 9.000,00 - € 1.518,03) x
5% = € 374,10, ou seja, só há Tributação Autónoma dos Encargos Dedutíveis para efeitos de
Lucro Tributável, devendo ser acrescidos no c. 365 do Q.10 da Declaração M22 (acréscimos à
Colecta), como iremos ver nos apontamentos relativos ao Artº 81º CIRC, mais adiante.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 34º] Provisões/Ajustamentos Fiscalmente Aceites
• Créditos de Cobrança Duvidosa (com as limitações do Artº 35º CIRC)
• Depreciação de existências
• Obrigações decorrentes de processos judiciais em curso
• As provisões consideradas pelo Banco de Portugal
• As provisões consideradas pelo Instituto de Seguros de Portugal
• Reconstituição de jazigos (somente para indústrias extractivas de petróleo)
• Recuperação paisagística (para indústrias extractivas)
[Nº 3] Não são consideradas como custo fiscal as provisões de cobrança duvidosa efectuadas a:
• Estado, Regiões Autónomas, Autarquias Locais ou entidades a quem estas entidades tenham
prestado aval;
• Créditos cobertos por seguro ou garantia real;
• Créditos sobre participantes em mais de 10% do capital;
• Créditos sobre participadas em mais de 10% do capital.
Os C. 270 e 272 são os campos utilizados para acréscimo e dedução de valores não dedutíveis
relativos aos créditos de cobrança duvidosa.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
Exemplo de aplicação do Artº 35º CIRC
A conta 21.8 – Clientes de Cobrança Duvidosa da sociedade Malparada, Lda. subdivide-se do
seguinte modo, à data de 31-12-N:
Cliente Saldo Mora em 31-12-N Ajust. efect. N-1 Ajust. efect. N
A € 40.000,00 12 meses € 0,00 € 40.000,00
B € 15.000,00 5 meses € 0,00 € 15.000,00
C € 5.000,00 14 meses € 5.000,00 € 0,00
Sabemos que:
• O cliente A é também membro do Conselho Fiscal da empresa;
• O crédito do cliente B foi reclamado judicialmente em N;
• O cliente C está em dívida há 14 meses, embora se tenha diligenciado cobrar o
respectivo valor. Em N-1 fora já constituído um ajustamento de € 5.000,00, que
foi acrescido na totalidade no Q. 07 da modelo 22 daquele exercício.
Enquadramento fiscal:
• Ajustamento relativo ao cliente A – Não aceite, pelo que acrescemos 40.000,00
(totalidade do ajustamento efectuado em N) no Q. 07;
• Ajustamento relativo ao cliente B - aceite na totalidade;
• Ajustamento do cliente C - O valor de € 5.000,00 foi acrescido em N-1 (porque só
estava então há dois meses em mora).
Actualmente, em N, aceitamos 50% da dívida em mora, pelo que vamos deduzir 50%
do valor tributado em N-1: colocamos € 2.500,00 no campo 272 do Q. 07.
Em N+1, se não houver alterações na situação do crédito por cobrar, deduzimos
novamente os restantes € 2.500,00 que foram tributados em N-1, pois já atingimos
um prazo de mora de 26 meses.
Os C. 270 e 272 são os campos utilizados para acréscimo e dedução de ajustamentos não
dedutíveis relativos a depreciação de existências.
existências
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 40º] Realizações de Utilidade Social
[Nº 1] São aceites como custo os gastos suportados, incluindo amortização e rendas, com a
manutenção facultativa de creches, lactários, jardins-de-infância em benefício do pessoal da
empresa, seus familiares ou outros, desde que tenham carácter geral e não sejam revestidos de
natureza remuneratória (ou que a tenham, mas esta seja de difícil individualização).
Os benefícios devem ser estabelecidos segundo um critério objectivo e idêntico para todos os
trabalhadores ainda que não pertencentes à mesma classe profissional,
profissional salvo em cumprimento
de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho;
A gestão e disposição das importâncias despendidas não pode pertencer à própria empresa.
[Nº 9] São considerados em 140% os custos referidos no Nº1 relativos a creches, lactários,
jardins-de-infância em benefício do pessoal da empresa, seus familiares ou outros.
Nesta caso utilizamos o campo 236 do Q.07 para deduzir a majoração de 40%.
[Nº 2] São aceites como custos ou perdas do exercício (com limite de 15% das despesas com
remunerações
ç do p
pessoal)) os custos com:
• Contratos de seguros de doença, acidentes pessoais ou de vida
• Contribuições para fundos de pensões (dentro das condições previstas)
[Nº 3] Para trabalhadores s/ direito a pensões da seg. social, o limite do nº2 do artº 40º passa
a 25% das despesas com remunerações do pessoal.
[Nº 4] Condições cumulativas para a aplicação dos nºs 2 e 3 do Artº 40º, sendo que no Nº14
permite-se a derrogação de uma delas por parte da DGCI em caso de reestruturação
empresarial.
Na lógica dos princípios subjacentes ao IRC e ao IRS, os custos de Realização de Utilidade Social
previstos no art.º
art º 40.º
40 º do CIRC são,
são na perspectiva do trabalhador,
trabalhador meras expectativas uma vez
que não há um direito efectivo ao benefício futuro, que não se sabe se virá a usufruir.
No caso das Senhas de Ensino, o trabalhador usufrui de imediato do benefício, que é o uso das
instituições escolares, pelo que o custo suportado pela entidade patronal constitui para o
trabalhador um direito efectivo e adquirido, logo rendimento da Categoria A do IRS.
Nesta conformidade, em sede de IRC, os gastos suportados pela empresa com a aquisição das
Senhas de Ensino serão um custo nos termos do art.º 23.º do CIRC.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
Exemplo de aplicação do Artº 40º
A empresa Bonomia, Lda. celebrou, em N, um contrato de seguro de vida para a generalidade
dos seus trabalhadores no activo em 31 de Dezembro, com um prémio total de € 3.500,00.
Procedimento:
Acresce € 500,00 no campo 206, porque o limite dedutível é de somente € 3.000,00 (20.000 X
15% [nº 2 artº 40º CIRC, em conjunto com o nº 4 do Artº 23º CIRC].
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Correcções ao LT: Benefícios Fiscais nos termos do EBF
[Artº 19º EBF] Criação de empregos para jovens
Podemos majorar estes custos durante 5 anos a contar do início da vigência do contrato de
trabalho.
Este Benefício Fiscal só pode ser utilizado uma vez por cada trabalhador abrangido, mesmo que
mude de entidade patronal (incentivo à contratação e estabilização profissional no 1º emprego
de jovens). No caso de um jovem trabalhador, depois da sua 1ª entidade patronal ter
beneficiado das vantagens fiscais desta norma, mudar de emprego e ainda assim se enquadrar
nas restantes condições,
ç , a sua nova entidade p
patronal não p
poderá utilizar este Benefício Fiscal).
)
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Correcções ao LT: Benefícios Fiscais nos Termos do EBF
Exemplo de aplicação do benefício do Artº 19º EBF
O Quadro de Pessoal da sociedade Ocupa, S.A. apresenta em 2008, dois funcionários que
reúnem todas as condições exigidas no artigo 19º EBF:
O funcionário A foi admitido em 2003, gera € 1.000,00 de encargos mensais para a empresa.
O funcionário B foi admitido em 2006, gera € 750,00 de encargos mensais para a empresa.
Cálculo do benefício:
Funcionário A ► 1.000 X 14 X 50% = € 14.000,00 x 50% = € 7.000,00, mas temos o
limite de € 5.964,00, correspondente a 14 RMM [nº3].
Funcionário B ► 750 X 14 X 50% = € 10.500 x 50% = € 5.250,00
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Correcções ao LT: Benefícios Fiscais nos Termos do EBF
Donativos não previstos ou além dos limites legais
Os donativos que não tenham enquadramento no Mecenato (Artsº 62º e 65º do EBF) ou que
ultrapassem os limites legais previstos devem ser acrescidos no c. 210 do Q.07.
Exemplo:
Uma empresa concedeu um donativo a uma Instituição, no âmbito do mecenato familiar (tem
majoração aceite de 50%):
Volume de negócios = 1.000.000,00
Limite 8/1000 = 8.000,00
Donativo atribuído: 9.000,00
Tratamento Fiscal:
Acrescemos 1.000,00 no campo 210 do Q.07, mas deduzimos 4.000 (50% de 8.000) no campo
234 do Q.07.
Devemos igualmente preencher o Anexo F da IES-DA (anexo relativo aos Benefícios Fiscais
usufruídos no exercício).
)
Para anular o efeito dos Impostos Diferidos no resultado contabilístico, utilizamos os campos
271 e 273 do Q.07.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 42º, Nº1, Al. b)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais
► Importâncias de documentos emitidos por S.P. com NIF inexistente ou inválido
Valores que sejam registados com base em documentos emitidos por um S.P. com NIF irregular
(inexistente, inválido ou por sujeitos passivos cuja cessação de actividade tenha sido declarada
oficiosamente nos termos do n.º 6 do artigo 8.º CIRC, ou seja, a cessação oficiosa de actividade
por parte da Administração Fiscal).
Fiscal)
Como saber se o
Cliente/Fornecedor
está legal?
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 42º, Nº1, Al. c)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais
► Impostos ou encargos sobre terceiros que a empresa não seja obrigada a suportar
Os impostos ou encargos sobre terceiros que a empresa não seja obrigada a suportar não são
aceites fiscalmente.
Acrescemos estas situações no c.225 do Q.07 da M22.
[Artº 42º, Nº1, Al. d)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais
► Multas, coimas e outras encargos
As multas, coimas e outros encargos (incluindo os juros compensatórios) que não tenham origem
contratual.
Acrescemos estas situações no c. 212 do Q.07 da M22.
[Artº 42º, Nº1, Al. e)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais
► Indemnizações por eventos seguráveis
Indemnizações pagas a terceiros pela verificação de eventos cujo risco seja segurável.
Acrescemos estas situações no c. 213 do Q.07 da M22.
[Artº 42º, Nº1, Al. i)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais
► Despesas com combustíveis
As despesas com combustíveis na parte que não seja consumo de elementos do seu activo
imobilizado (ou em regime de locação operacional) ou que ultrapasse os consumos normais.
Acrescemos ao c. 256 do Q.07 da M22.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 42º, Nº1, Al. f)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais
► Ajudas de Custo e Deslocação em viatura própria do Trabalhador
Parecer Vinculativo
Processo: 1927/2000, com despacho concordante do D.-G. Impostos, em 2004.02.13
Pode
P d o sócio-gerente
ó i t apresentar,
t dod mesmo modo d que os outros
t t b lh d
trabalhadores, d
despesas com
ajudas de custo e com compensação pela deslocação em viatura própria, comprovadamente
indispensáveis para a obtenção de proveitos, com a limitação consagrada na alínea f), do nº 1,
do artº 42 do Código de IRC.
As despesas não documentadas não são aceites como custo fiscal, segundo o artº 23º CIRC e
também pelo artº 42º, nº1 , al. g), pelo que acrescemos tais valores ao c. 214 Q.07.
Além de não serem encargos para efeito fiscal, as despesas não documentadas estão ainda
sujeitas a tributação autónoma, como veremos no Artº 81º CIRC.
As despesas indevidamente documentadas deverão ser acrescidas no c. 225 (linha em branco)
do Q.07. Sobre as despesas indevidamente documentadas não incide tributação autónoma.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
Podemos então clarificar o tratamento fiscal dado a
Exemplo:
Contrato ALD puro celebrado em N referente ao aluguer sem condutor de uma viatura ligeira de
passageiros:
Só se aceita como custo fiscal a parcela do encargo financeiro (rendas + juros) equivalente à
reintegração que seria aceite fiscalmente em caso de aquisição directa.
Custo Fiscal aceite: 7.481,97
Custo Fiscal Não Aceite: 8.000,00 - 7.481,97 [Artº 33º CIRC] = 518,03, a acrescer no c. 220
Também estará sujeita a Tributação Autónoma [Artº 81º CIRC]: 7.481,97 x 5 % = 374,10.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 42º, Nº1, Al. h)] Encargos não Dedutíveis para Efeitos Fiscais (Cont.)
► Importâncias devidas pelo aluguer de viaturas sem condutor
Na realidade, o exemplo de ALD por 4 anos apresentado no diapositivo anterior deverá ser
contabilizada como Locação Financeira, uma vez que cumpre, pelo menos, com uma das alíneas
do nº4 da DC 25.
Mas o mesmo exemplo, para dois anos (por hipótese), deverá ser limitado nos mesmos moldes,
tomando como limite os mesmos € 7.481,97, acrescendo os custos excessivos incorridos nos anos
do contrato, mas igualmente limitada sobre a parte excessiva originada por concentrar os custos
de 4 anos em apenas 2 anos.
Ou seja:
Valor da Viatura - € 35.000,00
Amortização Financeira - € 16.000,00
Só se aceita como custo fiscal a parcela do encargo financeiro (rendas + juros) correspondente à
reintegração que seria aceite fiscalmente em caso de aquisição directa.
Custo Fiscal aceite: 7.481,97
Custo Fiscal Não Aceite: 16.000,00 - 7.481,97 [Artº 33º CIRC] = 8.518,03, a acrescer no c. 220.
22
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 43º] Mais-Valias e Menos-Valias
Vou tributar as MV e mV fiscais e não as MV e mV contabilísticas.
► Deduzo as Menos-valias fiscais (ou parte delas) no c. 230 do Q.07, para efectivar o seu
impacto na diminuição do valor a tributar.
► Acresço as Menos-Valias Contabilísticas no c. 215 do Q.07, para retirar o seu efeito do Lucro
Tributável.
► Acresço as Mais-valias
Mais valias fiscais (ou parte delas) no campo 216 do Q.07
Q 07 para efectivar o seu
impacto no aumento do valor a tributar
► Deduzo as Mais -Valias Contabilísticas no campo 229 do Q.07 para retirar o seu
efeito do Lucro Tributável.
23
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 45º] Reinvestimento dos valores de realização
[Nº 2] Em caso de reinvestimento parcial, a MV fiscal será tributada proporcionalmente ao valor
reinvestido. Exemplo simplificado dos valores a acrescer em vários cenários:
Valor de Realização (VR) = 40.000,00
MVC (a deduzir no c. 229 do Q.07) = 4.000,00
MVF = 3.000,00
24
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 45º] Reinvestimento dos valores de realização (Cont. 1)
[Nº1] Numa situação que cumpra com as seguintes condições, os lucros distribuídos são
totalmente deduzidos à base tributável:
a) A sociedade que distribui os lucros tenha a sede ou direcção efectiva no mesmo território e
esteja sujeita e não isenta de IRC
b) A entidade beneficiária não seja abrangida pelo regime da transparência fiscal
c) A entidade beneficiária do rendimento deve deter pelo menos 10% do capital da empresa que
distribui resultados ou o capital adquirido seja ≥ € 20.000.000,00. A detenção do capital deve
ser mantida pelo menos durante um ano.
[Nº8] Para uma entidade que detém menos de 10% do capital da empresa que distribui
resultados, os lucros distribuídos são considerados em 50% da Base Tributável para efeitos de
IRC. Esta regra aplica-se igualmente aos lucros distribuídos por entidades da UE a entidades
residentes em Portugal, nas condições previstas.
25
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
Exemplo de uma situação do Nº 1 do Artº 46º CIRC
A sociedade Tycoon, S.A. recebeu em Junho de N, lucros distribuídos pela sociedade Partex,
Lda., no valor de € 20.000,00, e na qual detém uma participação de 15% no capital, adquirida
em Março de N-1. Deduzimos € 20.000,00 (totalidade) no c.232 do Q.07.
O sujeito passivo adquirente poderá efectuar uma correcção contabilística, corrigindo os valores
de base do imóvel e as respectivas amortizações.
[
[Artº 129º]]
O disposto acima pode não ser aplicável caso o sujeito passivo faça prova de que o preço efectivo
na transmissão de imóveis foi efectivamente inferior ao valor patrimonial tributário que serviu de
base à liquidação do IMT.
O pedido tem efeito suspensivo da liquidação, na parte correspondente ao alegado excesso.
Caso haja indeferimento total ou parcial do requerimento, será posteriormente efectuada uma
liquidação adicional da parte por tributar.
26
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
Exemplo de aplicação do Artº 58º-A CIRC
Um sujeito passivo de IRC denominado Comprador, Lda., adquiriu em N-2, ao sujeito passivo
Vendedor, S.A., um imóvel pelo valor de € 200.000,00.
Em Janeiro de N, foi-lhes notificado o resultado da avaliação do imóvel: € 260.000,00.
Nos termos do POC, poderá, ou não, alterar o valor contabilístico do imóvel na contabilidade.
Exemplo:
A sociedade PT, Lda., com sede em Lisboa, vendeu à sociedade BR, Lda., com sede no Brasil,
uma máquina por valores considerados claramente abaixo dos preços de mercado.
A sociedade PT é sócia maioritária de BR.
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Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 59º] Pagamentos a Entidades não Residentes Sujeitas a um Regime Fiscal
Privilegiado (Paraísos Fiscais)
Não são dedutíveis ao lucro tributável as importâncias pagas (ou devidas a qualquer título) a
pessoas singulares ou pessoas colectivas não residentes sedeadas em local com regime fiscal
claramente mais favorável, excepto se o sujeito passivo provar que:
1) As operações foram efectivamente realizadas e
2) Não têm carácter anormal ou montante exagerado.
Estes pagamentos também são sujeitos a Tributação Autónoma, como veremos no Artº 81º.
28
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 61º] Subcapitalização
Quando existam relações especiais, não são dedutíveis ao lucro tributável os juros suportados
relativos à parte considerada como endividamento excessivo.
Considera-se que temos Endividamento Excessivo quando as dívidas entre as partes, em
qualquer data do período de tributação, sejam superiores ao dobro da percentagem do capital
próprio do sujeito passivo.
passivo
O Capital Próprio, para efeitos deste artigo, é considerado como a soma do Capital Social
(subscrito e realizado) com as restantes componentes do Capital Próprio, excepto as rubricas
que reflictam mais-valias potenciais ou latentes, como Reavaliações Livres e as resultantes da
aplicação do Método da Equivalência Patrimonial.
Utilizamos o c. 254 do Q.07 para acrescer os juros que, ao abrigo deste artigo, não sejam
fiscalmente aceites.
29
Correcções ao lucro tributável nos termos do CIRC
[Artº 78º da Lei 67-A/2007 de 31 de Dezembro – OE/2008]
Dedução ao Lucro Tributável da remuneração convencional do capital social
(*) de acordo com as regras comunitárias aplicáveis aos auxílios de minimis, definidas no Regulamento (CE)
n.º 1998/2006, da Comissão, de 15 de Dezembro.
Exemplos:
Constituição ou aumento de capital em 2008, que cumpre as condições do nº1 do artº 78º da
Lei 67-A/2007, no valor de € 100.000,00.
Deduzimos 3% x 100.000,00 = 3.000,00 no c. 237 do Q.07 nos anos 2008, 2009 e 2010.
Constituição ou aumento de capital em 2009, que cumpre as condições do nº1 do artº 78º da
L i 67-A/2007,
Lei 67 A/2007 no valor
l ded € 300.000,00.
300 000 00
Deduzimos 3% x 300.000,00 = 9.000,00 no c. 237 do Q.07 nos anos 2009, 2010 e 2011.
Constituição ou aumento de capital em 2010, que cumpre as condições do nº1 do artº 78º da
Lei 67-A/2007, no valor de € 200.000,00.
Deduzimos 3% x 200.000,00 = 6.000,00 no c. 237 do Q.07 nos anos 2010, 2011 e 2012.
Temos, no entanto, que ter sempre em atenção o limite global de dedução previsto no nº 3
(tomada no conjunto dos 3 anos).
[Nº 4] Determinação do lucro tributável pela aplicação dos coeficientes sobre o valor total dos
proveitos:
► 0,2 sobre o valor das vendas de mercadorias;
Pelo nº 6 incluimos aqui também a prestação de serviços das actividades hoteleiras e similares,
de restauração e bebidas e ainda os montantes de subsídios destinados à exploração.
► 0,45 para os restantes proveitos (excluímos do cálculo a variação da produção e os trabalhos
para a própria empresa).
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Do Lucro Tributável à Matéria Colectável
[Artº 47º] Dedução de Prejuízos Fiscais
[Nº1] Os prejuízos fiscais são dedutíveis ao lucro tributável. A sua utilização é permitida até ao
sexto exercício económico seguinte.
[Nº 2] No entanto, nos exercícios em o lucro tributável é apurado com base em métodos
indirectos (excepto o regime simplificado) os prejuízos fiscais não são dedutíveis.
[Nº 3] A taxa aplicável aos S.P. em regime simplificado é 20% (14% R.A.A.)
[Nº 4] A taxa aplicável aplicável aos S.P. sem actividade principal comercial, industrial ou
agrícola é 20% (14% R.A.A.).
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Liquidação
[Artº 83º] Procedimentos e formas de Liquidação
[Nº2] São efectuadas as seguintes Deduções à Colecta:
► Dupla Tributação Internacional (excepto para Reg. Simplificado)
► Benefícios Fiscais determinados pelo EBF
► Pagamento Especial por Conta efectuados
► Retenções na fonte que não confiram direito a compensação ou reembolso
[Nº2] Caso haja convenção para eliminação da dupla Tributação com o país de origem dos
rendimentos, o limite da dedução é o valor do IR pago no estrangeiro
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Derrama [Artº 14º da Lei 2/2007 - Lei de Finanças Locais]
A derrama é um imposto autárquico com cobrança conjunta com o IRC, aproveitando parte da
estrutura de cálculo deste imposto e acrescendo ao valor final a pagar pela pessoa colectiva.
Nos termos do artigo 14.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, a taxa da derrama recai sobre o
lucro tributável, sujeito e não isento de IRC, das entidades residentes em território português
que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e
ainda sobre o lucro tributável das entidades não residentes com estabelecimento estável em
Portugal.
De acordo com o Ofício-Circulado 20132 da DSIRC, não há lugar à liquidação de derrama nas
entidades com Transparência fiscal.
Nos termos do artigo 12.º do Código do IRC, as entidades sujeitas ao regime de transparência
fiscal, não obstante serem sujeitos passivos deste imposto, “…não são tributadas em IRC, salvo
quanto às tributações autónomas”, pelo que esta norma de não tributação leva a concluir que o
lucro tributável por elas apurado não é passível de tributação em IRC. Logo, a derrama prevista
no referido artigo
g 14.º da Lei 2/2007,
/ , de 15 de Janeiro,, não abrange,
g , na sua incidência
objectiva, o lucro tributável das sociedades ou entidades transparentes.
[Nº9] Os encargos dedutíveis com ajudas de custo e com compensação pela deslocação em
viatura própria do trabalhador também são tributadas autonomamente à taxa de 5,0% (3,5%
R.A.A.).
) Os S.P. q
que apresentem
p prejuízo
p j fiscal no exercício são tributados autonomamente p
por
todos os encargos deste tipo, sejam ou não dedutíveis para efeitos de determinação do Lucro
Tributável. VER DIAGRAMA-RESUMO DESTA SITUAÇÃO.
[Nº10] Exclusão de aplicação de T.A. para os S.P. abrangidos pelo regime simplificado (excepto
as situações de Despesas Confidenciais e pagamentos efectuados a entidades sedeadas em
Paraísos Fiscais).
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Retenções na Fonte
[Artº 88º] Retenções na Fonte
[Nº 4] São aplicáveis as mesmas taxas de retenção na fonte previstas no CIRS.
Excepção: em casos de retenção a título definitivo, aplicamos as taxas do nº2 do Artº 80º
(entidades sem sede nem direcção efectiva em território português).
[nº2] Não existe obrigação de efectuar a retenção na fonte de IRC (total ou parcial) quando os
sujeitos passivos beneficiem de isenção (total ou parcial) relativa a rendimentos que seriam
sujeitos a essa retenção na fonte, feita que seja a prova, perante a entidade pagadora, da
isenção de que aproveitam, até ao termo do prazo estabelecido para a entrega do imposto que
deveria ter sido deduzido.
Retenções na Fonte
[nº3] Quando não seja efectuada a prova a que se refere o número anterior, fica o substituto
tributário obrigado a entregar a totalidade do imposto que deveria ter sido deduzido nos termos
da lei.
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Pagamento por Conta
[Artº 97º] Pagamento por Conta
[Nº1] Calculados com base no IRC liquidado no exercício anterior, de acordo com o nº1 do Artº
83º, mas líquido somente das retenções na fonte (ou seja, Colecta - RnF).
[Nº2] Para empresas com um V.N. ≤ 498.797,90 o pagamento por conta corresponde a 75%
do valor referido no Nº1, repartido em 3 partes iguais, arredondadas por excesso para a
unidade (Euro);
Para empresas com um V.N.V N > 498.797,90
498 797 90 o pagamento por conta corresponde a 85% do valor
referido no Nº1, repartido em 3 partes iguais, arredondadas por excesso para a unidade (Euro).
► Os pagamentos são efectuados em Julho, Setembro e Dezembro.
[Nº4] No caso da colecta não corresponder a um ano inteiro de tributação, deverá ser feita a
extrapolação para 12 meses de actividade.
► O Artº 96º apresenta algumas regras relativas ao PPC e ao pagamento da Autoliquidação
► No caso de empresas da R.A.A. e R.A.M., os valores são reduzidos em, respectivamente, 30% e
20%, embora sigam métodos de cálculo diferenciados [ver exemplos].
Caso sejam empresas com instalações em mais do que um espaço fiscal, e na falta de instruções
da respectiva Direcção de Serviços, o PEC deverá ser calculado com base na regra geral.
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Pagamento Especial por Conta
► Os sujeitos passivos que no ano anterior tenham auferido apenas rendimentos isentos e no
exercício presente obtenham rendimentos não isentos (ou apenas parcialmente isentos) estão
sujeitos aos mesmos limites mínimos previstos para as restantes entidades.
► Alguns S.P. totalmente isentos (excepto os isentos ao abrigo dos artºs 9º e 10º CIRC) viram
ser-lhes aplicável, a partir de 2006, a obrigação do PEC, com os limites mínimos referidos acima.
► No caso de tributação por grupo de sociedades, o PEC é devido por cada uma das sociedades
dominadas, mas deverá ser efectuado pela sociedade dominante.
[Nºs 4 a 8 do Artº 98º] Define quais os valores a considerar como Volume de Negócios para
efeitos de cálculo do PEC, ou seja, a definição strictu sensu de VN (Vendas + Prestações de
Serviço).
Altera, igualmente, os critérios de alguns dos proveitos a incluir no cálculo do PEC para alguns
sectores de actividade,, considerando-se esses mesmos pproveitos apenas
p parcialmente.
p
Obrigações Declarativas
[Artº 109º] Obrigações declarativas O Sujeito Passivo é obrigado a apresentar:
► Declarações de inscrição, alterações e cessação;
► Declaração periódica de rendimentos;
► Declaração anual de informação contabilística e fiscal.
[Artº 112º] A Declaração periódica de rendimentos Mod. 22 ► Deve ser entregue, via internet,
até ao último dia útil de Maio (ou do 5º mês após o encerramento do exercício económico).
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Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades
[Artº 63º] Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades
Existindo um grupo de sociedades, a sociedade dominante pode optar pelo regime especial de
determinação da matéria colectável em relação a todas as sociedades do grupo.
Condições:
• Todas as sociedades tenham sede e direcção efectiva em território português
• Todas as sociedades sejam tributadas em IRC à taxa normal mais elevada
• A soc. dominante detenha participação há mais de um ano
• A dominante não seja dominada por nenhuma outra soc. em território português
• A dominante não tenha renunciado à aplicação do regime nos 3 anos anteriores
• Todas as sociedades do grupo têm que estar activas
• Não tenham a decorrer contra si processo especial de recuperação ou falência
• Não registem prejuízos fiscais nos 3 anos anteriores ao da aplicação do regime,
excepto as situações em que a dominante as detém há mais de 2 anos
• As sociedades têm que ter o mesmo período de tributação
• As sociedades têm qque ter a forma jjurídica de Soc. p
por Q
Quotas,, S.A. ou Soc.
em Comandita por Acções.
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Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades
Derrama
Entendimento da DSIRC, pelo Ofício-Circulado 20132:
Assim, para as sociedades que integram o perímetro do grupo abrangido pelo regime especial
de tributação de grupos de sociedades, a derrama deverá ser calculada e indicada
individualmente por cada uma sociedades na sua declaração, sendo preenchido, também
individualmente, o Anexo A, se for caso disso.
O somatório das derramas assim calculadas será indicado no campo 364 do Quadro 10 da
correspondente
p declaração
ç do g grupo,
p , competindo
p o respectivo
p pagamento
p g à sociedade
dominante.
No RETGS a derrama é liquidada sociedade a sociedade, pelo que não utilizamos Anexo A da
M22 na Declaração de Grupo e colocamos a soma aritmética das derramas de cada sociedade
no campo 364 da referida Declaração de Grupo.
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