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PGC VERSUS IFRS

1. Estado actual da Normalização Contabilística em Angola

2. Vantagens da Harmonização contabilística Internacional

3. Organismos que emitem normas internacionais

4. Normas internacionais da IASB (concepção e estrutura)

5. Comparação geral do PGC e das IAS/IFRS

6. Apresentação de um resumo comparativo do PGC e das IAS/IFRS


1.Estado actual da Normalização
Contabilística em Angola

PGC - Decreto nº O Plano Geral de Contabilidade é


82/01 obrigatoriamente aplicável às Sociedades
Comerciais e Empresas Públicas, que:
l. Exerçam actividades em Angola.
2. Exerçam actividades em outros países mas que
tenham a respectiva sede em Angola.

Instrutivo nº 14/2019 Plano de contas das Instituições Financeiras


bancárias

Norma regulamentar Plano de contas para as empresas de


nº5/2023 seguros
Vantagens da Harmonização
contabilística Internacional

Para
Reflectir

No mundo que temos hoje, onde temos um acentuada


globalização das actividades económicas, em que cada dia
temos uma maior interdependência das economias
mundiais, já pensaram como seria se cada país tivesse
uma forma diferente de apresentar os seus relatos
financeiros?
Vantagens da Harmonização
contabilística Internacional

Factores impulsionadores da harmonização contabilística

Alguns
Factores  Globalização das actividades económicas internacional;
 Dimensão dos mercados mobiliários e transferência de
capital;
 Transferência de tecnologia;
 Deslocalização das forças produtivas
Vantagens da Harmonização
contabilística Internacional

 Aumento do grau de transparência da


informação;
 Facilita as transacções internacionais;
 Facilita a circulação de capitais;
 Maior comparabilidade das demonstrações
financeiras;
 Reduções de custos administrativos e
sistemas.

Fonte: Almeida e Barros (2009)


Vantagens da Harmonização
contabilística Internacional

Com o renascer do desenvolvimento económico do País e com a crescente


internacionalização dos mercados de bens e serviços, o País não pode deixar
de acompanhar a evolução contabilística registada a nível internacional sob
pena de perda de oportunidade e competitividade.

(PGC Introdução)
ORGANISMOS EMISSORES DAS
NORMAS INTERNACIONAIS

International Accounting Standards Board (IASB)

Financial Accounting Standards Board (FASB)


ORGANISMOS EMISSORES DAS
NORMAS INTERNACIONAIS

International Accounting Standards Board (IASB)

 Origem (Junho de 1973 - IASC) – 16 organismos de 10 países.

 Etapas do seu Desenvolvimento:


• O período Descritivo (1 ª Etapa) – 1973 / 1988: Descrição de práticas contabilísticas;
• O período Normativo (2 ª Etapa) – 1988 / 1995: Definição de uma Estrutura
conceptual e projecto de comparabilidade;
• O acordo IASB – IOSCO (3ª Etapa) – 1995 / 1999: adoção das normas do IASB para
as empresas cotadas na bolsa;
• Reestruturação em 2001: Focalização no reporting.

Fonte: Almeida e Barros (2009)


Normas internacionais da IASB

Normas do IASB

 Normas internacionais de contabilidade

IAS –International Accounting Standard (25)

IFRS – International Financial Reporting Standards (15)

 Normas interpretativas

SIC – Standards Interpretations Commitee (5)

IFRIC – International Financial Reporting Interpretations


Commitee (15)
International Accounting Standard (IAS)
IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras
IAS 2 Inventários
IAS 7 Demonstrações dos Fluxos de Caixa
IAS 8 Políticas Contabilísticas,Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros
IAS 10 Acontecimentos após a Data do Balanço
IAS 12 Impostos sobre o Rendimento
IAS 16 Activos FixosTangíveis
IAS 19 Benefícios dos Empregados
25 IAS IAS 20 Contabilização dos Subsídios Governamentais e Divulgação de Apoios Governamentais
IAS 21 Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos
IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas
IAS 26 Contabilização e Relato dos Planos de Benefícios de Reforma
IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas
IAS 28 Investimentos em Associadas
IAS 29 Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias
IAS 32 Instrumentos Financeiros:Apresentação
IAS 33 Resultados por Acção
IAS 34 Relato Financeiro Intercalar
IAS 36 Imparidade de Activos
IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
IAS 38 Activos Intangíveis
IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
IAS 40 Propriedades de Investimento
IAS 41 Agricultura
International Financial Reporting Standard (IFRS)

IFRS 1 Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro
IFRS 2 Pagamento com Base em Acções
IFRS 3 Concentrações de Actividades Empresariais
IFRS 4 Contratos de Seguro
IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais
16 IFRS Descontinuadas
IFRS 6 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais
IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações
IFRS 8 Segmentos Operacionais
IFRS 9 Instrumentos Financeiros
IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas
IFRS 11 Acordos Conjuntos
IFRS 12 Divulgações de Interesses noutras Entidades
IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
IFRS 14 Regulatory Deferral Accounts
IFRS 15 Rédito de contratos com clientes
IFRS 16 Locações
SIC

SIC 7 Introdução do Euro

SIC 10 Apoios Governamentais — Sem Relação Específica com Actividades Operacionais

SIC 25 Impostos sobre o Rendimento – Alterações na Situação Fiscal de uma Entidade ou de


5 SIC
Accionistas

SIC 29 Divulgação — Acordos de Concessão de Ser viços

SIC 32 Activos Intangíveis — Custos com Web Sites


IFRIC

IFRIC 1 Alterações em Passivos por Descomissionamento, Restauro e Outros Semelhantes


IFRIC 2 Acções dos Membros em Entidades Cooperativas e Instrumentos Semelhantes

IFRIC 5 Direitos a Interesses resultantes de Fundos de Descomissionamento, Restauro e


Reabilitação Ambiental

IFRIC 6 Passivos decorrentes da Participação em Mercados Específicos — Resíduos de


Equipamento Elétrico e Eletrónico
15 IFRIC IFRIC 7 Aplicar a Abordagem da Reexpressão Prevista na IAS 29
IFRIC 10 Relato Financeiro Intercalar e Imparidade
IFRIC 12 Acordos de Concessão de Ser viços

IFRIC 16 Coberturas de um Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira


IFRIC 17 Distribuições aos Proprietários de Activos que Não São Caixa
IFRIC 18 Transferências de Activos Provenientes de Clientes

IFRIC 19 Extinção de Passivos Financeiros Através de Instrumentos de Capital Próprio


IFRIC 20 Custos de Descobertura na Fase de Produção de uma Mina a Céu Aberto
IFRIC 21 Taxas
IFRIC 22 Transações em moeda estrangeira e retribuição antecipada
IFRIC 23 Incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento
Notas:

 A IFRS 9 substitui a IAS 39 (a IAS 39 ainda é utilizada mas está em


transição para ser totalmente substituida pela IFRS 9);

 A IFRS 4 será substituida pela IFRS 17


Normas internacionais da IASB
(Concepção)

9 – 15 MESES 9 – 15 MESES

Documento de Análise de Projecto Análise de Norma

6 –1 8 MESES
discussão comentário de norma comentário Internacional

Consultas Norma Efectiva

National
Standard Outros
Setter

Fonte: Almeida e Barros (2009)


Normas internacionais da IASB
( Estrutura)

1. Objectivo - Finalidade da norma.

2. Âmbito - Os aspectos abrangidos e os não abrangidos pela norma.

3. Definições - Principais termos e expressões utilizados no texto.

4. Reconhecimento – Critérios para reconhecer se um determinado facto se


enquadra ou não no âmbito da norma.

5. Mensuração -Medir (quantificar) o valor pelo qual se fará um registo


contabilístico ou uma nota anexa.

6. Divulgação - O que deve ser divulgado, onde e quando.

17
Comparação das normas
internacionais da IASB e o PGC

Está o PGC estruturado


de acordo com as normas
internacionais?
2001 (+ próximo)

MAIS OU MENOS

2020 (+ distante)

18
Comparação das normas internacionais da IASB
e o PGC

41
IAS+IFRS

7 25 NÃO
9
IFRS1 MAIS OU MENOS
SIM IFRS 2
IAS 12
IFRS 3
IAS 19
IAS 1 IFRS 4 IAS 21
IAS 26
IAS 2 IFRS 6 IAS 23
IAS 27
IAS 7 IFRS 7 IAS 24
IAS 28
IAS 8 IFRS 8 IAS 32
IAS 29
IAS 10 IFRS 9 IAS 36
IAS 33
IAS 16 IFRS 10 IAS 37
IAS 34
IAS 20 IFRS 11 IAS 38
IAS 39
IFRS 12 IAS 40
IAS 41
IFRS 13 IFRS 5
IFRS 14
IFRS 15
19
IFRS 16
Comparação das normas internacionais da IASB
e o PGCA

41
IAS+IFRS

7 25 9
NÃO MAIS OU MENOS
SIM
Relato em situações especiais.
Ex. relato por segmentos, relato intercalar

Contabilização de situações especiais.


Ex. Locações, impostos diferidos

Normas sobre a Concentração da


actividade Empresarial, a Consolidação

Normas sobre determinadas actividades


como a agricultura, contratos de seguro

20
Comparação das normas internacionais da IASB
e o PGC

Está o PGC estruturado de acordo com o normativo Internacional?

Tem ainda várias omissões (temas Supletivamente recorrer à normas


não tratados) omissas?

Em alguns casos tem opções No caso de se ter de reportar para


diferentes das normas local que utilize as IFRS terá de se
internacionais converter

Em alguns casos o conteúdo do


PGC para ser entendido em toda a A solução será estudar as normas
sua plenitude necessita de analise IFRS’s
da norma que lhe deu origem
Sempre que a norma interpretativa
não esteja em contradição com o
Não tem normas interpretativas PGC pode ser considerada.
Solução: Estudar as normas
21
interpretativas
Breve resumo das IAS/IFRS
IAS 1 - APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Prescrever a base para a apresentação de demonstrações


financeiras, por forma a assegurar a comparabilidade quer
Objectivo com as demonstrações financeiras de períodos anteriores
da entidade quer com as demonstrações financeiras de
outras entidades

Desenvolve requisitos globais para a apresentação de


demonstrações financeiras, directrizes para a sua estrutura
e requisitos mínimos para o respectivo conteúdo.

PGC – Demonstrações Financeiras

22
IAS 1 - APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui:
(a) um balanço;
(b) uma demonstração dos resultados;
(c) uma demonstração de alterações no capital próprio que mostre ou:
(i) todas as alterações no capital próprio; ou
(ii) as alterações no capital próprio que não sejam as provenientes de
transacções com detentores de capital próprio agindo na sua capacidade de
detentores de capital próprio;
(d) uma demonstração de fluxos de caixa; e
(e) notas, compreendendo um resumo das políticas contabilísticas significativas e
outras notas explicativas.

PGC – Demonstrações Financeiras

23
IAS 2 - INVENTÁRIOS

Objectivo Prescrever o tratamento contabilístico para os inventários.

Proporciona orientação na determinação Proporciona orientação


do custo e no seu subsequente sobre os métodos de
reconhecimento como um gasto, incluindo custeio que sejam
qualquer redução para o valor realizável usadas para atribuir
líquido. custos aos inventários.

PGC – Demonstrações Financeiras, 6.2.4 e Notas explicativas, 6.

No entanto Sobre os métodos de custeio, a IAS 2


não preconiza o método LIFO que
24 está no PGC.
IAS 7 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Objectivo Exigir o fornecimento de informação acerca das alterações históricas de caixa


e seus equivalentes de uma entidade por meio de uma demonstração dos
fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa durante o período
proveniente das actividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

A informação acerca dos fluxos de caixa de uma entidade é útil ao


proporcionar aos utentes das demonstrações financeiras uma base
para determinar a capacidade da entidade para gerar dinheiro e
equivalentes e determinar as necessidades da entidade de utilizar
esses fluxos de caixa.

PGC – Notas explicativas ponto 21

25
IAS 8 - POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS
CONTABILÍSTICAS E ERROS

Objectivo Prescrever os critérios para a selecção e a alteração de políticas


contabilísticas, juntamente com o tratamento contabilístico e a
divulgação de alterações nas políticas contabilísticas, alterações
nas estimativas contabilísticas e correcções de erros.

Destina-se a melhorar a relevância e a fiabilidade das


demonstrações financeiras de uma entidade, e a
comparabilidade dessas demonstrações financeiras ao longo do
tempo com as demonstrações financeiras de outras entidades.

PGC – Políticas Contabilísticas, ponto 6.4.5

26
IAS 8 - POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS
CONTABILÍSTICAS E ERROS

Alteração da política contabilística Tratamento Retrospectivo

Alteração de uma estimativa Tratamento Prospectivo


contabilística

Correcção de um erro Tratamento Retrospectivo

PGC – Políticas Contabilísticas, ponto 6.4.5

27
IAS 10 ACONTECIMENTO APÓS A DATA DE BALANÇO

Objectivo
Estabelecer:
(a) Quando uma entidade deve ajustar as suas demonstrações
financeiras quanto a acontecimentos após a data do balanço; e
(b) As divulgações que uma entidade deve fornecer:

Exige que uma entidade não deve preparar as suas demonstrações


financeiras numa base de continuidade se os acontecimentos após a
data do balanço indicarem que o pressuposto da continuidade não é
apropriado.

PGC – Notas explicativas, ponto 18

28
IAS 10 ACONTECIMENTO APÓS A DATA DE BALANÇO

. Podem ser identificados dois tipos de acontecimentos:

aqueles que proporcionem prova de aqueles que sejam indicativos de


condições que existiam à condições que surgiram após a
data da demonstração da data da demonstração da
posição financeira posição financeira

. … deve ajustar as . … não deve ajustar as


quantias reconhecidas nas quantias reconhecidas nas suas
suas D.F. D.F.

PGC – Notas explicativas, ponto 18

29
IAS 12 – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Prescrever o tratamento contabilístico dos impostos sobre o rendimento,


abordando em especial a contabilização dos impostos correntes e futuros
consequentes de:
Objectivo
 Recuperação futura da quantia escriturada de activos que sejam
reconhecidos no balanço de uma entidade;
 Liquidação futura da quantia escriturada de passivos que sejam
reconhecidos no balanço de uma entidade;

Activos por Passivos por


impostos diferidos impostos diferidos

NÃO CONTEMPLADA PGC

30
IAS 16 - ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Objectivo Prescrever o tratamento contabilístico para activos fixos tangíveis, de


forma a que os utentes das demonstrações financeiras possam
discernir a informação acerca do investimento de uma entidade nos
seus activos fixos tangíveis, bem como as alterações nesse
investimento.

. Os principais aspectos:
 reconhecimento dos activos fixos tangíveis,
 determinação das quantias escrituradas
 depreciação
 perdas por imparidade

PGC - Notas explicativas, ponto 3 e Políticas Contabilísticas, 7.2.2

31
IAS 19 – BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS
.
Prescrever a contabilização e a divulgação dos benefícios dos
Objectivo
empregados.

A norma requer que uma entidade reconheça:


 Um passivo quando um empregado tiver prestado serviços em
troca de benefícios de empregados a serem pagos no futuro;
 Um gasto quando a entidade consumir o benefício económico
proveniente do serviço proporcionado por um empregado em
troca dos benefícios dos empregados.

NÃO CONTEMPLADA PGC

32
IAS 20 - CONTABILIZAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DO GOVERNO E DIVULGAÇÃO
DE APOIOS DO GOVERNO

Objectivo Prescrever os procedimentos que uma entidade deve aplicar na


contabilização e divulgação de subsídios e apoios do Governo.

Os subsídios do Governo devem ser reconhecidos


como lucros ou perdas numa base sistemática
durante os períodos nos quais a entidade reconhece Divulgar
como gastos os custos relativos, que os subsídios
visam compensar

PGC – Notas explicativas, ponto 19 e 13.2

33
IAS 21 – OS EFEITOS DAS ALTERAÇÕES NAS TAXAS DE CÂMBIO

Transposição das
Relato de transacções em moeda demonstrações
estrangeira na moeda funcional financeiras para a moeda
de apresentação

PGC – Notas explicativas,


ponto 2 e Políticas NÃO CONTEMPLADA PGC
contabilísticas 7.2.1

34
IAS 21 – OS EFEITOS DAS ALTERAÇÕES NAS TAXAS DE CÂMBIO

Transacção em moeda estrangeira deve ser registada na moeda


Reconhecimento funcional, pela aplicação à quantia de moeda estrangeira da taxa
inicial de câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira à data
da

Itens monetários em moeda taxa de fecho


estrangeira

Itens não monetários em moeda taxa de câmbio à


Reconhecimento
estrangeira reconhecidos ao custo data da transacção
à data do balanço
histórico
taxas de câmbio que
Itens não monetários reconhecidos existiam quando os
justos valores foram
ao justo valor estabelecidos

PGC – Notas explicativas, ponto 2 e Políticas


35 contabilísticas 7.2.1
IAS 23 – CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Objectivo Prescrever o tratamento dos custos de empréstimos obtidos:

Geralmente os custos de Exceptua-se os relativos à


empréstimos devem ser aquisição / construção de activos
considerados gastos dos que se qualifica, caso em que é
períodos a que respeitam permitida a capitalização

Mais ou
menos
PGC – Critérios para reconhecimento das classes das DF, ponto
6.5.3

36
IAS 24 - DIVULGAÇÕES DE PARTES RELACIONADAS

Objectivo Assegurar que as demonstrações financeiras de uma entidade


contenham as divulgações necessárias para chamar a atenção para a
possibilidade de que a sua posição financeira e lucros ou prejuízos
possam ter sido afectados pela existência de partes relacionadas e por
transacções e saldos pendentes com tais partes.

Mais ou
menos
PGC – Notas explicativas, ponto 20

37
IAS 26 - CONTABILIZAÇÃO E RELATO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS
DE REFORMA

Contabilização e relato dos planos de benefícios de


Objectivo reforma para todos os participantes como um grupo. Não
trata de relatórios para participantes individuais acerca
dos seus direitos de benefícios de reforma.

NÃO CONTEMPLADA PGC

38
IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS

. Prescrever os requisitos de contabilização e divulgação aplicáveis aos


Objectivo investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos ou
associadas quando uma entidade prepara demonstrações financeiras
separadas.

Demonstrações financeiras separadas são as que são


apresentadas por uma entidade em que a entidade pode optar
por contabilizar os seus investimentos em subsidiárias,
empreendimentos conjuntos e associadasspelo custo, em
conformidade com a IFRS 9 ou usando o método de
equivalência patrimonial (IAS 28).

NÃO CONTEMPLADA PGC


39
IAS 28 - INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS
CONJUNTOS

Contabilização de investimentos em associadas e de interesses em


empreendimentos conjuntos e no relato dos activos, passivos,
Objectivo
rendimentos e gastos de empreendimentos conjuntos nas
demonstrações financeiras de empreendedores e investidoras.

Associada é uma entidade sobre a qual o investidor tenha influência


significativa e que não seja nem subsidiária nem um interesse num
empreendimento conjunto.

Um empreendimento conjunto é um acordo conjunto pelo qual as


partes que detêm o controlo conjunto do acordo têm direitos sobre
os ativos líquidos do acordo.

NÃO CONTEMPLADA PGC


40
IAS 29 – RELATO FINANCEIRO EM ECONOMIAS HIPERINFLACIONÁRIAS

Surge para suprir as dificuldades de consolidação e análise de


contas em países com hiperinflação.

Deve ser aplicada às demonstrações financeiras principais, incluindo as


Objectivo demonstrações financeiras consolidadas de qualquer empresa que relata
na moeda de uma economia hiperinflacionária.

Preferência pelo método do poder de compra


geral da moeda.

NÃO CONTEMPLADA PGC


41
IAS 29 – RELATO FINANCEIRO EM ECONOMIAS HIPERINFLACIONÁRIAS

Características de uma economia hiperinflacionária:


 A população em geral prefere guardar a sua riqueza em activos não
monetários ou em moeda estrangeira relativamente estável. As
quantias da moeda local detidas são imediatamente investidas para
manter o poder de compra;
 A população em geral vê as quantias monetárias não em termos de
moeda local mas em termos de uma moeda estrangeira estável. Os
preços podem ser cotados nessa moeda;
 As vendas e compras a credito têm lugar a preços que compensem a
perda esperada de poder de compra;
 As taxas de juros, salários e preços estão ligados a um índice de
preços; e
 A taxa acumulada de inflação durante três anos se aproxime de, ou
exceda, 100%.

42 NÃO CONTEMPLADA PGC


IAS 32 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS – APRESENTAÇÃO

Estabelecer princípios para a apresentação de instrumentos financeiros.


Objectivo
Aplica-se à classificação de instrumentos financeiros, do ponto de vista
do emitente, em activos financeiros, passivos financeiros e instrumentos
de capital próprio.

PCG não aborda de uma forma integrada


Mais ou os instrumentos financeiros e nem atribue
menos a eles o nome de instrumentos financeiros
(Ex. dinheiro, dividas a receber e a pagar,
investimentos financeiros, entre outros)

43
IAS 33 - RESULTADOS POR ACÇÃO

Prescrever princípios para a determinação e a apresentação de


Objectivo resultados por acção, com vista a melhorar as comparações de
desempenho entre diferentes entidades no mesmo período de
relato e entre períodos de relato diferentes para a mesma
entidade.

Mesmo que os dados dos resultados por acção tenham limitações


por causa das diferentes políticas contabilísticas que podem ser
usadas para determinar «resultados», um denominador
determinado consistentemente melhora o relato financeiro. O foco
desta Norma está no denominador do cálculo

NÃO CONTEMPLADA PGC


44
IAS 34 – RELATO FINANCEIRO INTERCALAR

Estabelecer as normas para elaboração e divulgação de demonstrações


Objectivo financeiras em períodos intermediários, definidos como “períodos de
divulgação financeira mais curtos que um ano”.

A divulgação de demonstrações intermediarias, não é obrigatória mas se a


empresa divulga voluntariamente ou por exigência de órgãos reguladores,
deve elaborá-la conforme o IAS 34. É obrigatório para entidades com
valores mobiliários negociados em Bolsa e para as que se preparem para o
processo de admissão dos seus valores mobiliários à negociação em
bolsas….

NÃO CONTEMPLADA PGC

45
IAS 36 - IMPARIDADE

Contabilização dos activos de modo a garantir que sejam reconhecidos


por uma quantia que não exceda (igual ou inferior) ao seu Valor
Objectivo
Recuperável (VR).

Assegurar que os ativos não sejam registados (carrying amount) por um


valor superior ao seu valor recuperável e definir uma adequada
metodologia de fixação do valor recuperável (Impairment Test).

Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de


um activo excede a sua quantia recuperável.

Mais ou Para além de não existir uma concentraçao desta materia


menos PGC no PGC e de a nomeclatura ser diferente (estando no PGC
como provisão), o PGC não abarca alguns pormenores
46 importantes da norma.
IAS 37 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS
CONTINGENTES

O
Objectivo Assegurar que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases
de mensuração apropriados a provisões, passivos contingentes e
activos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas
notas de modo a permitir aos utentes compreender a sua natureza,
tempestividade e quantia.

Mais ou
PGC – Notas explicativas, ponto 17
menos PGC

47
IAS 37 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

Árvore de Decisão
Começo

Obrigação presente
como consequência de um Não Não
Obrigação possível?
acontecimento que
cria obrigações
Sim Sim

Exfluxo PROVÁVEL? Não Remoto? Sim

Sim

Não (raro) Não


Estimativa fiável?

Sim
Reconhecer Divulgar Não
(Provisão) passivo fazer nada
contingente

Mais ou
menos PGC PGC – Notas explicativas, ponto 17
48
IAS 38 - ACTIVOS INTANGÍVEIS

Objectivo Prescrever o tratamento contabilístico de activos intangíveis que não


sejam especificamente tratados noutras Normas.

Um activo intangível é um activo não monetário identificável sem


substância física..

Por exemplo, as despesas de constituiçao


Mais ou no PGC são activos intangiveis mas na IAS
menos PGC 38 são custos.

49
IAS 39 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS: RECONHECIMENTO E
MENSURAÇÃO

Estabelecer princípios para reconhecer e mensurar activos


Objectivo financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra ou
venda de itens não financeiros.

NÃO CONTEMPLADA PGC

50
IAS 40 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Prescrever o tratamento contabilístico de propriedades de investimento e


Objectivo respectivos requisitos de divulgação.

Propriedade de investimento é a propriedade (terreno ou um edifício -


ou parte de um edifício - ou ambos) detida (pelo proprietário ou pelo
locatário numa locação financeira) para:
 obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas,
 e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços
ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário
do negócio.

Apesar do PGC também separar as


Mais ou propriedade de investimento dos restantes
menos PGC imobilizados corpóreos, os critérios de
51 mensuração são diferentes.
IAS 41 – AGRICULTURA

Objectivo Estabelecer o tratamento contabilístico, a apresentação de


demonstrações financeiras e divulgações relativas á actividade
agrícola.

Por exemplo, criação de gado, silvicultura, safra anual ou perene,


plantações, floricultura e aquacultura (incluindo criação de
peixes).

NÃO CONTEMPLADA PGC

52
IFRS 1 - ADOPÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE
RELATO FINANCEIRO
Assegurar que as primeiras demonstrações financeiras de uma entidade
Objectivo de acordo com as IFRS, e os seus relatórios financeiros intercalares
correspondentes a uma parte do período abrangido por essas
demonstrações financeiras, contenham informação de elevada
qualidade que:

a) seja transparente para os utentes e comparável em todos os


períodos apresentados;

b) proporcione um ponto de partida conveniente para a contabilização


segundo as Normas Internacionais de Relato Financeiro(IFRS); e

c) possa ser gerada a um custo que não exceda os benefícios para os


utentes.

NÃO CONTEMPLADA PGC

53
IFRS 2 - PAGAMENTO COM BASE EM ACÇÕES

Especificar o relato financeiro por parte de uma entidade quando


Objectivo esta empreende uma transacção de pagamento com base em
acções.

Em particular, ela exige que uma entidade reflicta nos seus lucros ou
prejuízos e posição financeira os efeitos das transacções de
pagamento com base em acções, incluindo os gastos associados a
transacções em que opções sobre acções são concedidas aos
empregados.

NÃO CONTEMPLADA PGC


54
IFRS 3 - CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS

Objectivo Especificar o relato financeiro por parte de uma entidade quando esta
empreende uma concentração de actividades empresariais.

Em particular, a norma especifica que todas as concentrações de


actividades empresariais devem ser contabilizadas pela aplicação do
método de compra.

A adquirente reconhece os activos, passivos e passivos contingentes


identificáveis da adquirida pelos seus justos valores à data de aquisição,
e reconhece também o goodwill, que é posteriormente testado quanto
a imparidade em vez de ser amortizado

NÃO CONTEMPLADA PGC

55
IFRS 4 - CONTRATOS DE SEGURO

Objectivo Especificar o relato financeiro para contratos de seguro por parte de


uma entidade que emita esses contratos (descrita nesta IFRS como
seguradora) até que o Conselho termine a segunda fase do seu
projectos sobre contratos de seguro.

NÃO CONTEMPLADA PGC

56
IFRS 5 – ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E UNIDADES
OPERACIONAIS DESCONTINUADAS (ANCDV)

Objectivo Prescrever a contabilização de activos detidos para venda e a


apresentação e divulgação de unidades operacionais descontinuadas

Exige que os activos que satisfaçam os critérios de classificação como detidos


para venda:
 Sejam mensurados pelo menor valor de entre a quantia escriturada e o
justo valor menos os custos de vender, devendo a sua depreciação cessar; e
 Sejam apresentados separadamente na face do balanço, sendo os
resultados das unidades operacionais descontinuadas apresentados
separadamente na demonstração dos resultados.

PGC, Notas explicativas 3.2 aborda num


Mais ou parágrafo esta questão deixando fora questões
menos PGC importantes como a classificação e a cessacão
57
das amortizações dos ANCDV.
IFRS 6 - EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS

.
Especificar o relato financeiro da exploração e avaliação
de recursos minerais

NÃO CONTEMPLADA PGC

58
IFRS 7 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS: DIVULGAÇÕES

Exigir às entidades que forneçam divulgações nas suas


demonstrações financeiras que permitam que os utentes avaliem:
a) o significado dos instrumentos financeiros para a posição e o
desempenho financeiros da entidade; e
b) a natureza e a extensão dos riscos decorrentes de instrumentos
financeiros aos quais a entidade está exposta durante o período e na
data de relato, assim como a forma como entidade gere esses riscos

NÃO CONTEMPLADA PGC

59
IFRS 8 - SEGMENTOS OPERACIONAIS

.
Princípio Divulgar informações que permitam aos utentes das suas
Fundamental demonstrações financeiras avaliar a natureza e os efeitos financeiros
das actividades de negócio em que está envolvida, assim como os
ambientes económicos em que opera.

Para ultrapassar as limitações da informação contabilística global e no


sentido de proporcionar informação que responda às preocupações
expressas no parágrafo anterior, tem vindo a ser divulgada a
necessidade das empresas, ou grupo de empresas, divulgarem a sua
informação financeira por segmentos.

NÃO CONTEMPLADA PGC

60
IFRS 9 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
.
Estabelecer princípios aplicáveis ao relato financeiro de ativos
financeiros e passivos financeiros que constituam informações
pertinentes e úteis para os utentes das demonstrações financeiras
com vista à sua avaliação das quantias, dos momentos de ocorrência
e do grau de incerteza dos fluxos de caixa futuros de uma entidade.

NÃO CONTEMPLADA PGC

61
IFRS 9 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
.

As grandes mudanças que em relação a IAS 39 prende com:


 à classificação e mensuração dos ativos financeiros, introduzindo
uma simplificação na classificação com base no modelo de negócio
definido pela gestão;
 ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber, com
base no modelo de perdas estimadas em substituição do modelo de
perdas incorridas; e
 às regras da contabilidade de cobertura, que se pretende que
estejam mais alinhadas com o racional económico da cobertura de
riscos definido pela Gestão.

NÃO CONTEMPLADA PGC

62
IFRS 10 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

.
Estabelecer princípios para a apresentação e preparação de
demonstrações financeiras consolidadas quando uma entidade
controla uma ou várias outras entidades.

 Exige que uma entidade (a empresa-mãe) que controla uma ou


várias outras entidades (subsidiárias) apresente demonstrações
financeiras consolidadas
 Estabelece os requisitos contabilísticos para a preparação de
demonstrações financeiras consolidadas

NÃO CONTEMPLADA PGC

63
IFRS 11 – ACORDOS CONJUNTOS

Consiste em estabelecer princípios para o relato financeiro por


parte das entidades com interesses em acordos controlados
conjuntamente (ou seja, acordos conjuntos)

Um acordo conjunto é um acordo sobre o qual duas ou mais


partes têm o controlo conjunto.

NÃO CONTEMPLADA PGC

64
IFRS 12 - DIVULGAÇÃO DE INTERESSES NOUTRAS ENTIDADES

.
Exigir que uma entidade divulgue informação nas suas
demonstrações financeiras que permita que os utentes avaliem:
(a) a natureza e os riscos associados aos seus interesses noutras
entidades; e
(b) os efeitos desses interesses na sua posição financeira,
desempenho financeiro e fluxos de caixa

NÃO CONTEMPLADA PGC

65
IFRS 13 - MENSURAÇÃO PELO JUSTO VALOR

.
Esta Norma:
(a) define justo valor;
(b) estabelece numa única IFRS um quadro para a mensuração pelo
justo valor; e
(c) exige a divulgação das mensurações pelo justo valor.

Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou


pago para transferir um passivo numa transacção ordenada entre
participantes no mercado à data da mensuração.

NÃO CONTEMPLADA PGC

66
IFRS 14 – Regulatory Deferral Accounts

Specify the financial reporting requirements for regulatory deferral


account balances that arise when na entity provides good or services
to customers at a price or rate that is subject to rate regulation.

NÃO CONTEMPLADA PGC

67
IFRS 15 - RÉDITO DE CONTRATOS COM CLIENTES
.
Consiste em estabelecer os princípios que uma entidade deve aplicar
para o relato de informações úteis aos utentes de demonstrações
financeiras sobre a natureza, a quantia, a calendarização e a incerteza
inerentes ao rédito e aos fluxos de caixa decorrentes de um contrato
com um cliente.

NÃO CONTEMPLADA PGC

68
IFRS 15 - RÉDITO DE CONTRATOS COM CLIENTES
.

Exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação


contatual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo
montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito,
conforme previsto na “metodologia das 5 etapas” composto pelas
seguintes etapas:
i) identificação do(s) contrato(s) com um cliente;
ii) identificação das obrigações contratuais;
iii) determinação do preço da transação;
iv) alocação do preço de transação às obrigações contratuais; e
v) reconhecimento do rédito quando (ou na medida em que) a
entidade satisfaça determinada obrigação contratual

NÃO CONTEMPLADA PGC


69
IFRS 16 - Locações

Estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração,


à apresentação e à divulgação de locações. O objetivo é garantir que
os locatários e os locadores fornecem informações pertinentes de
uma forma que represente fielmente essas transações.

Principal alteração:
 O reconhecimento das locações anteriormente designadas como
operacionais no balanço do locatário passa a ser efetuado como
um activo, referente ao direito de uso do item locado, e como um
passivo, pela obrigação de pagamento dos encargos à locadora.

NÃO CONTEMPLADA PGC

70
Muito Obrigada
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