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O IASC foi criado por influência dos profissionais de contabilidade britânicos, como resposta ao
processo harmonizador da União Europeia, reflectindo em grande medida as leis e praticas alemã.
O “framework” não é tecnicamente uma norma mas sim a base de todas as normas e
interpretações. O “Framework” estabelece e define:
Os objectivos das demonstrações financeiras, que determinam o tipo que cada uma
das peças contabilísticas deve oferecer.
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Pode ser visto no Capitulo 1.2 do SCE – Decreto 70/2009 de 22 de Dezembro
b) O Processo de emissão das normas
Como qualquer norma ou lei, parte-se de um fenómeno ou problema observado e avança-se para a criação
de instrumentos de orientação, regras e procedimentos de acções visando o alcance da solução do
problema.
O “exposure draft” só pode ser emitido depois da aprovação de pelo menos 8 dos 14
membros, devendo ser emitido com:
As opiniões daqueles membros do IASB que não aprovaram o “exposure draft”.
As bases para as conclusões que foram feitas pelos restantes membros.
Todas as normas são objecto de revisão, podendo culminar com alteração, eliminação ou
substituição de parte ou de todo o texto. As normas actuais foram revistas e publicadas em
2008.
Se um país pretende que as entidades de negócio nacionais usem o GAS (Global Accounting
Standards) deve claramente referir que é obrigatório a observância das “International Financial
Reporting Standards” (IFRS).
Por outro lado a IAS 1- Presentation of Statments , requer que quando as empresas cumprem com
as IFRS, devem declarar tal facto nas demonstrações financeiras.
De salientar que para elaboração das normas contantes do PGC-NIRF do SCE aprovado pelo
Decreto 70/2009 de 22 de Dezembro, serviram de base as 41 IAS e 9 IFRS que haviam sido
emitidas e revistas até Outubro de 2008.
Segundo Garcia Dez. (2000:45) in Rodrigues & Pereira (2004: 147, 148), até a data da
reestruturação e adopção da denominação IASB, este organismo havia emitido e publicado 41
normas que, no seu conjunto abarcam quase todas as questões que se possam colocar na prática
contabilística e abordam uma multiplicidade de temas com rigor e profundidade, constituindo um
complexo compêndio dos aspectos inerentes a contabilidade actual.
IFRS 16 – Leases
Muitos países já adoptam as IFRS como suas próprias normas, sem modificações ou com
pequenas adições e exclusões, valendo, no entanto, a ressalva de que o IASB tem como objectivo
a adopção e não a adaptação de seus pronunciamentos. Segundo a IFRS Foundation, cerca de 130
países em 120 jurisdições adoptam as IFRS2.
Partindo da ideia das dificuldades de implementação das normas, a U.E. decide juntar os esforços
àqueles desenvolvidos pelo IASB e IOSCO, visando conseguir uma harmonização mais
abrangente na aplicação das normas contabilísticas. Estes esforços tinham como fim proteger a
competitividade das empresas da U.E. na economia mundial e assegurar os princípios de livre
comércio em que se fundou a U.E.
Esta estratégia da U.E. visava igualmente evitar o risco acrescido de que algumas empresas
europeias fossem cada vez mais atraídas pelos USGAAP (United States General Accounting
Acepted Principles), desenvolvidos nos EUA sem qualquer intervenção europeia. Apesar do
poderio do FASB (Financial Accounting Standard Board) organismo de normalização
contabilística americano, as normas do IASB começara a ganhar espaço e protagonismo no
processo de harmonização internacional, sobretudo no que diz respeito a defesa dos interesses das
empresas da U.E. no mercado mundial.
"Se é verdade que os E.U.A possuem o maior organismo de normalização contabilística, o FASB,
e os maiores mercados de capitais, também é verdade que nem todo o pensamento contabilístico
actual vem dos EUA e o FASB não tem monopólio das boas ideias, nem é o único a dar respostas
correctas aos problemas contabilísticos". Rodrigues (2000:44) apud Rodrigues e Pereira 2004:
160).
1.4 O FASB
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Disponível em https://cdn.ifrs.org/issued-standards/list-of-standards/, consultado em 18.02.2021
O FASB e uma organização responsável pela emissão de normas de contabilidade a serem
utilizados nas empresas Norte Americanas.
“Após a crise da bolsa da nova York, em 1929, membros do governo dos Estados Unidos
congressistas, dirigentes, empresários, auditores, analistas de crédito e do mercado de acções e
pesquisadores académicos se dedicaram a análise das razões para a crise e na concepção de
mecanismo para superar os problemas levantados. Foi então no âmbito da entidade que
congregava os auditores dos E.U.A, Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados
(AICPA) que se desenvolveu a ideia da criação do Accounting Principles Board (APB). Este
organismo foi criado na década 70 do século passado, o seu pronunciamento constitui a aparte
mais representativa dos chamados Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites nos Estados
Unidos (USGAAP). Por volta de 1973 este organismo foi substituído por uma entidade
independente, sem fins lucrativos, denominada FASB.
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Em 18 de Setembro de 2002, FASB e IASB se reuniram e divulgaram um "Memorando de Entendimento
(Memorandum of Understanding)". Norwalk (Connecticut),
A eliminação, no curto prazo, das várias diferenças individuais entre as USGAAP e as
IAS-IFRS;
Continuação de actuais projectos comuns e
Incentivar da coordenação das actividades dos órgãos de interpretação das normas do FASB e
do IASB”. (ibid:361)