IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL

UMA NOVA NORMA PARA “LEASING”

O IFRS 16 elimina o conceito de arredamentos operacionais e financeiros para

arrendatários que existem no IAS 17, substituindo-o por um único modelo
contábil segundo o qual os arrendatários devem reconhecer todos os
arrendamentos (incluindo ativos imobilizados) no balanço como um “ativo de
direito de uso” e tendo como contrapartida um “passivo de arrendamento”.

Os ativos de pequeno valor e os arrendamentos de curto prazo, são tratados

como uma exceção a este tratamento dentro do IFRS 16. As regras para os
arrendadores não mudaram significativamente.

O reconhecimento da maioria dos arrendamentos no balanço foi impulsionado

pelo IASB para melhorar a transparência, a comparabilidade e a divulgação das
atividades de arrendamento das empresas.

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IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
PONTOS DE ATENÇÃO SOBRE A NOVA NORMA

Pela primeira vez, todos os As despesas de arrendamento não

arrendamentos serão reconhecidos serão mais reconhecidas de forma
no balanço patrimonial do linear. As mesmas serão
arrendatário, sendo registrado um contabilizadas como despesa de
passivo para pagamentos futuros e juros e amortização, sendo que a
um ativo intangível para o direito despesa total de arrendamento será
de uso. maior nos primeiros anos do
A definição de arrendamento contrato.
abrange todos os contratos que dão Arrendamentos irão gerar despesas
direito ao uso e controle de um operacionais e financeiras e, dessa
ativo identificável, incluindo forma, a alteração na forma de
contratos de locação e, classificação da despesa de
potencialmente, alguns arrendamento irá aumentar o
componentes de contratos de EBITDA, bem como o fluxo de caixa
prestação de serviços. operacional.

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IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
PONTOS DE ATENÇÃO SOBRE A NOVA NORMA

Os elementos variáveis dos Existem algumas exceções para

pagamentos de arrendamento arrendamentos de menor valor e de
(como, por exemplo, um contrato curto prazo.
de locação de varejo com parte dos Os ativos e passivos de
pagamentos baseada em vendas) arrendamento deverão ser
não são considerados no cálculo do divulgados separadamente nas
passivo, sendo registrados como demonstrações financeiras,
despesa operacional. existindo novas exigências de
Apesar de alterar radicalmente a divulgação.
contabilidade do arrendatário, a A norma entra em vigor a partir de
nova norma não traz mudanças 1º de janeiro de 2019, com opções
significativas para a contabilidade para aplicação inicial (adoção
do arrendador. retrospectiva).

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IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
MUDANÇAS COM A ALTERAÇÃO DA NORMA

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IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
COMPARATIVO BALANÇO PATRIMONIAL

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IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
COMPARATIVO BALANÇO PATRIMONIAL

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IFRS 16 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
TIMELINE DE ADOÇÃO DA NORMA

Exemplo da aplicação da Análise Horizontal (AH):

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DATA EFETIVA E TRANSIÇÃO

IFRS 16 é efetivo para períodos iniciados a partir de 01 de janeiro de 2019.

A adoção antecipada é permitida, mas a entidade também deve adotar o IFRS
15 ao mesmo tempo.
Dois métodos para a transição:

Método retrospectiva Método Retrospective modificado

• atualização completa de números • Sem correção de comparativos
comparativos.

• impacto cumulativo registado no início • impacto cumulativo registrado na 'data

dos períodos comparativos de aplicação inicial”.
apresentados

• Alívio transitório limitado para • Vários expedientes práticos disponível

simplificar a transição. para simplificar a transição.

8 16 Arrendamentos (visão
IFRS
geral)
P
á
g
i
n
a
4

9 16 Arrendamentos (visão
IFRS
geral)
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EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO - LEASING

Vamos admitir que a empresa “Copa 2018 S.A” tenha contratado um leasing de
uma máquina. As características do contrato são as seguintes:
valor da contraprestação anual, vencível ao final de cada ano
= R$ 10.000,00
prazo do arrendamento = 5 anos
valor residual a ser pago no final do 5o (quinto) ano para adquirir o ativo
= R$ 2.000,00
taxa de juros implícita no contrato = 12% ao ano

Quais lançamentos iniciais devem ser efetuados? (Ignore a segregação entre

curto e longo prazo do passivo neste exercício)

E depois de um ano, quais lançamentos deverão ser efetuados?

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EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO - LEASING

FLUXO DE CAIXA AO FINAL DE CADA ANO

Parcela Residual TOTAL
1 10.000,00 10.000,00
2 10.000,00 10.000,00
3 10.000,00 10.000,00
4 10.000,00 10.000,00
5 10.000,00 2.000,00 12.000,00

VP 36.047,76 1.134,85 37.182,62

Mensuração inicial
Débito Direito de uso - máquinas 37.182,62
Crédito Obrigações por arrend. 37.182,62

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EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO - LEASING

Após um ano
Débito Despesa financeira 4.461,91 --> Tx Juros x Passivo
Débito Despesa de depreciação 7.036,52 --> (Custo - Residual)* Taxa
Débito Obrigações por arrendamento 10.000,00
Crédito Caixa 10.000,00
Crédito Obrigações por arrendamento 4.461,91
Crédito Direito de uso - máquinas 7.036,52

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RESUMO FINAL

Quase todas as empresas utilizam aluguéis ou arrendamentos como forma de

obter acesso a ativos e, portanto, serão afetadas pela nova norma.

A nova norma afeta quase todos os coeficientes financeiros e métricas de

desempenho comumente utilizados, como índice de alavancagem financeira,
índice de liquidez, índice de giro de ativos, quociente de cobertura, EBITDA,
EBIT, lucro operacional, lucro líquido, Lucro por Ação (LPA), Retorno sobre o
Capital Empregado (ROCE), Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) e fluxo
de caixa operacional.

Essas mudanças podem afetar as cláusulas de empréstimos, a classificação de

créditos e os custos de empréstimos. Podem resultar também em outras
alterações comportamentais. Esses impactos talvez levem muitas organizações
a reavaliar decisões sobre “arrendamento ou compra”.

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RESUMO FINAL

Também haverá alteração tanto no caráter das despesas (despesas de

arrendamento operacional substituídas por depreciação e despesa financeira)
quanto no padrão de reconhecimento (aceleração da despesa de
arrendamento relativa ao padrão de reconhecimento para os arrendamentos
operacionais atuais), o que poderá causar volatilidade na demonstração do
resultado.

As renovações dos arrendamentos também aumentarão os passivos de

arrendamento de modo repentino, criando também volatilidade no balanço
patrimonial.

A mudança exigirá um processo contínuo de administração do contrato de

arrendamento que muitas empresas atualmente não têm.

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