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DIREITO À PRIVACIDADE
SETE LAGOAS/MG
2023
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DE SETE LAGOAS/MG - UNOPAR
Resumo
ABSTRAC
Chapter 5 of the book "Personality Rights" by Anderson Schreiber addresses the right to
privacy as one of the fundamental rights of the personality. The author presents the historical
evolution of the right to privacy, highlighting the influence of the United States in its
consolidation as an autonomous right and its incorporation into the Brazilian legal system.
The chapter also discusses the different spheres of privacy, such as the privacy of intimacy,
private life, honor and image.
In addition, it addresses controversial issues such as the right to be forgotten, the protection of
personal data and State surveillance. Schreiber highlights the importance of privacy as an
essential right for the autonomy and dignity of people, in addition to emphasizing its
protection in different areas, such as civil, criminal and constitutional.
In summary, chapter 5 of the book "Personality Rights" presents a comprehensive and in-
depth view of the right to privacy, exploring its different dimensions and its relevance for the
protection of human dignity.
INTRODUÇÃO:
O autor começa citando o exemplo do reality show "big brother Brasil". A doutrina e
a Jurisprudência, já são pacíficas no sentido de permitir que as pessoas renunciem ao seu
direito à privacidade de modo voluntário e temporário.
1. REFERENCIAL TEORICO.
A privacidade pode ser definida como o direito de estar só ou, talvez mais preciso, o
direito de ser deixado só. Assim, entende-se que a privacidade pode sofrer ataques, podendo
gerar desgastes e dores muito maiores que uma injúria corporal. Vale ressaltar, que alguns
autores diferenciam o direito à intimidade do direito à vida privada. O direito à intimidade
pode ser conceituado como aquele que visa resguardar as pessoas dos sentidos alheios,
principalmente da vista e dos ouvidos de outrem. Ou seja, é o direito da pessoa de excluir do
conhecimento de terceiros tudo aquilo que a ela se relaciona.
O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 21, prevê o direito à proteção da imagem e da
privacidade da pessoa. O dispositivo estabelece que:
Dessa forma, o Código Civil Brasileiro regulamenta o direito à privacidade e à imagem das
pessoas, garantindo a elas o direito de proteger sua vida privada e de se opor à divulgação de
informações ou imagens que possam prejudicar sua reputação ou serem usadas para fins
comerciais, desde que não autorizadas ou necessárias para a administração da justiça ou
manutenção da ordem pública.
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Esse direito é composto por três aspectos principais: o direito ao bom nome, que se
refere à reputação e à imagem positiva das pessoas; o direito à imagem, que se refere à
proteção da imagem física das pessoas; e o direito à voz, que se refere à proteção da
capacidade das pessoas de se expressarem livremente sem sofrerem danos à sua reputação.
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O direito à imagem foi considerado uma extensão desses direitos. Código Civil
francês de 1804: O Código Civil francês de 1804 estabeleceu pela primeira vez que a imagem
de uma pessoa é um bem protegido pela lei. Esse código serviu como modelo para outros
países. Criação da fotografia: Com a invenção da fotografia, surgiram novas questões sobre a
proteção da imagem. No início, a lei não reconhecia a fotografia como uma obra protegida,
mas isso mudou com o tempo. Constituição brasileira de 1988:
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais: A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD), que entrou em vigor em 2020 no Brasil, estabeleceu novas regras para o uso de
dados pessoais, incluindo imagens. Essa lei fortaleceu a proteção do direito à imagem no
contexto digital. Hoje, o direito à imagem é reconhecido em diversas legislações ao redor do
mundo e é considerado um direito fundamental para proteger a privacidade e a dignidade das
pessoas.
CONCLUSÃO
Como Vimos, temos que na Sociedade da Informação o uso da tecnologia é uma realidade que
veio para ficar e se aprofundar ainda mais, reduzindo gradativamente os conceitos de
privacidade e âmbito privado. A erosão das tais garantias é real, com reflexos tanto positivos
quanto negativos e se faz necessário a sociedade entender e regrar esta nova capacidade
técnica, para evitar abusos e situações de privilégio dos detentores dos meios de
telecomunicação, e principalmente, dos governos.
Entende-se que o modo como o direito à privacidade vem sendo tratado pela mais
importante Corte de Justiça nacional demonstra desrespeito ao seu objeto e falta de
compreensão de seu real significado, caracterizando o privar como atitude reprovável e
impedindo a liberdade da “não exposição”. Ora, há diversas ações que não configuram um
“fazer errado”, optando seus sujeitos, contudo, pelo não compartilhamento, sendo a
privacidade mesmo indispensável a uma ampla gama delas, independentemente de ilicitude
ou comportamento inadequado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aurum. (2021, February 11). Direito de imagem: o que é, como funciona e qual a sua
importância. Aurum. Retrieved from https://www.aurum.com.br/blog/direito-de-imagem/.
ÁVILA, Humberto; Teoria dos Princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos; São Paulo:
Malheiros Editores, 2005, 4ª edição.
BADENI, Gregorio; Tratado de Derecho Constitucional, tomos I e II, 2ª edição; Buenos Aires: La Ley,
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