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DIREITO A PERSONALIDADE
ARACAJU-SE
2023
FELIPE DE JESUS GOIS
IKARO MATHEUS ARAUJO FERREIRA
DIREITO A PERSONALIDADE
ARACAJU-SE
2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
2. PERFIL HISTÓRICO...............................................................................................................5
3. DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE E SUAS CARACTERÍSTICAS.......................7
4. DIREITO A PERSONALIDADE E A MEDICINA..............................................................10
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................12
6. REFERÊNCIAS:....................................................................................................................14
1. INTRODUÇÃO
personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a
nascimento, desde que haja vida, ou seja, somente a partir desse momento que
contramão com a teoria natalista, pois essa considera que não basta apenas
nascer com vida, pois só seria possível ao indivíduo expressar esses direitos a
corrobora com a parte em que “a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos
do nascituro”, ou seja, aquele que tem a capacidade de nascer com vida já teria
seus direitos resguardados, uma vez que já é vivo, ainda que no ventre materno,
Art. 11° a 21° do Código Civil de 2002 (Lei n. 10.406/02) tem como pilar o
dignidade e a igualdade para todos, sem distinção de raça, crença, cor ou origem
ART. 11, que prevê que tais direitos são regulados de maneira não-exaustiva
pessoa humana), e que “Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode
à pessoa um espaço próprio para o seu desenvolvimento, que não pode ser
trabalho.
2. PERFIL HISTÓRICO
personalidade, teve origem entre os séculos III e IV a.C. na Grécia Antiga, uma
Direito Grego (ZANINI, 2003). Foi nessa fase que surgiu a concepção do direito
para o indivíduo (hybris grega) e a de que categorias, que protegia os atos contra a
Roma Antiga, onde esses direitos eram concedidos apenas aos que possuíam status
"actio iniuriarum" estabeleceu uma ação contra a injúria, ou seja, contra atentados à
(AMARAL, 2002).
pessoa humana no Art. 5°. Esse princípio garante a igualdade perante a lei, sem
para substituir o elaborado pelo jurista Clóvis Bevilacqua, trouxe uma importante
será discutido mais detalhadamente ao longo deste trabalho. Neste capítulo, estão
exceto nos casos previstos em lei. O seu exercício não pode sofrer
limitação voluntária.
Art. 12: É possível exigir o fim da ameaça ou lesão aos direitos da
Art. 13: É proibido realizar atos que disponham do próprio corpo, exceto
altruística. Além disso, esse ato pode ser revogado a qualquer momento
pelo indivíduo.
Art. 16: Toda pessoa tem direito ao seu nome, incluindo o prenome e o
sobrenome.
Art. 18: Sem autorização, não é permitido utilizar o nome de outra pessoa
em propaganda comercial.
Art. 19: O pseudônimo utilizado para atividades lícitas recebe a mesma
Maria Helena Diniz, esses direitos são os direitos subjetivos da pessoa de defender
o que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física (vida, alimentos, corpo vivo ou
morto, corpo alheio, vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto),
mencionados em:
13 a 15);
(arts. 16 a 19);
do princípio da beneficência.
Os artigos 11 e 12 do Capítulo II da Lei 10.406 abordam a natureza dos
de Ética Médica, que ressalta o respeito absoluto ao ser humano mesmo após a
morte.
e éticas disso. Além disso, o artigo 13 trata da disposição do próprio corpo, proibindo
legislação especial.
desprezo público, bem como seu uso não autorizado em propaganda comercial. O
exceto em casos autorizados por lei ou para fins de justiça ou ordem pública.
O direito da personalidade também se estende após a morte do indivíduo, e a
vontade (DAVS), que permitem que as vontades do paciente em fim de vida sejam
e científica. A história da medicina nos ensina que é preciso aprender com os erros
5. CONCLUSÃO
prolongar a vida.
que os médicos ajam sempre com o princípio defendido por França: "Se tivermos de
discussão contínua sobre esse tema é essencial para garantir que os direitos
circunstâncias.
6. REFERÊNCIAS:
AMARAL, Francisco. Direito Civil: Introdução. 4.ª ed. rev. atual. Rio de Janeiro:
Renovar, 2002.
BARBOZA, Mineira de Godoy.Pessoas - Regime dos status: status civitatis e
status familiae no Direito Romano. Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a. 3, nº 184.
BELTRÃO, Silvio Romero. Direito da personalidade e o novo código civil.
Dissertação (Pós-graduação) - Universidade Federal de Pernambuco, Faculdade
de Direito de Recife, 2004.
BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 7. ed. Rio de Janeiro/SP:
Forense Universitária, 2008.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2016].
Código de Ética Médica (CFM, 2019).
Enunciado n. 533 da VI Jornada de Direito Civil (CJF, 2013).
Enunciado n.405 da V Jornada de Direito Civil (BRASIL, 2002).
Lei 10.211/01
Lei 10.406, capítulo II, artigo 11 (Direitos da Personalidade).
Lei 10.406, capítulo II, artigo 12 (Direitos da Personalidade)
PAULINO, L. Direito Civil: Teorias do início da personalidade civil .
Resolução CFM n.º 1482/97
Resolução CFM n.º 1652/2002
RESP 324886/PR do STJ
SÁ, Maria de Fátima Freire de; NAVES, Bruno Torquato de Oliveira. Manual de
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SILVA, S. M. M.; DINALLO, A. R. A origem e a evolução dos direitos da
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Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 7, p. 70355–70368, 12 jul. 2021.
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 5. ed. rev., atual. e
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ZANINI, Leonardo Estevam de Assis. A proteção da pessoa humana pelo
Direito Civil: evolução histórica. Revista de Doutrina da 4ª Região, Porto
Alegre, n. 33, dezembro de 2009.