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FACULDADE DE DIREITO SANTO ANDRÉ

BRUNA AMIGHINI ELIDIO DA SILVA


DENER LEONARDO MALAQUIAS DA SILVA
ISABELLY ALVES SILVA
KAUANY SANTOS
MARIA EDUARDA LANZI

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL

SANTO ANDRÉ
2023
BRUNA AMIGHINI ELIDIO DA SILVA
DENER LEONARDO MALAQUIAS DA SILVA
ISABELLY ALVES SILVA
KAUANY SANTOS
MARIA EDUARDA LANZI

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL

Trabalho apresentado no curso de


graduação em Bacharel em Direito da
Faculdade de Direito Santo André

Orientador:Egle Munhoz

SANTO ANDRÉ
2023
RESUMO

O trabalho a seguir apresentará o conceito principal sobre os princípios


fundamentais do processo civil e como é de extrema importância a sua presença no
Direito.Ressaltando também temas como princípio do devido processo legal,princípio
da dignidade da pessoa humana,princípio do contraditório e ampla defesa,princípio
da publicidade,princípio da adequação deixando nítido a sua eficiência na área e os
principais pontos de vista dentro do assunto abordado. O trabalho demonstrará
também, exemplos sobre o tema principal.

Palavras-chave: Direito; princípios fundamentais do processo civil


SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………5


2.0 PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL…………………….......................6
2.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE………………………………………………………………………..6

3.0 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA……………………………..7


3.1 PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA……………………………………………………...7

4.0 PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA…………………………..8


4.1 PRINCÍPIO DA BOA FÉ………………………………………………………………………………..8

5.0 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE………………………………………………………..9


5.1 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO……………………………………………………………………...9

6.0 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO..……………………………………………………..10


6.1 PRINCÍPIO DA IGUALDADE……………………………………………………………….10

8.0 CONCLUSÃO………………………………………………………………………….11
9.0 REFERÊNCIAS………………………………………………………………………..12
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar informações relevantes sobre o


tema “princípios fundamentais do processo civil ’’, de modo mais concreto, consiste
em algumas ramificações sendo elas do devido processo legal, dignidade da pessoa
humana, legalidade, contraditório, ampla defesa, publicidade, , igualdade, boa fé,
adequação,confiança,cooperação
São objetivos deste trabalho esclarecer quais são os conceitos principais
relacionados ao tema e apresentar exemplos e fatos que já ocorreram, deixando
claro o conhecimento ainda mais específico do assunto.
Está organizado em 10 tópicos. Na primeira parte será abordado o “devido processo
legal" .No segundo tópico a principal abordagem consistirá na ‘’ dignidade da pessoa
humana’’. No terceiro irá referir-se a 'princípio do contraditório e ampla defesa ’’,no
quarto tópico "princípio da publicidade” . E por fim, o último aborda o "princípio da
adequação".
A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com algumas leituras.
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PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL

Originalmente o devido processo legal foi concebido como o direito de o cidadão


participar individual e pessoalmente de um processo, antes que o Estado o privasse
de um direito .Sendo consagrado pela Constituição Federal de 1988 em duas
dimensões: procedimental ou formal, e substancial ou material.

“O devido processo legal substancial diz respeito à limitação ao exercício do


poder e autoriza ao julgador questionar a razoabilidade de determinada lei e a
justiça das decisões estatais, estabelecendo o controle material da
constitucionalidade e da proporcionalidade”[1]

Por outro lado, o devido processo legal formal apresenta-se composto pelas
garantias processuais já mencionadas: direito ao contraditório e à ampla defesa, a
um processo com duração razoável, ao juiz natural, à inadmissibilidade de produção
de provas ilícitas, etc. Nesse caso, o principal destinatário do devido processo legal
formal seria o magistrado. Em geral os direitos fundamentais referentes à atuação
processual e procedimental apoia se no princípio da dignidade humana portanto as
atividades legislativas e jurisdicionais devem ser acomodadas por procedimentos
justos e adequados.

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da legalidade considera que o estado não pode tomar nenhuma ação
punitiva, administrativa ou restritiva contra o indivíduo se não houver, para tal,
previsão em lei. Servindo assim para proteger o cidadão de abuso de poder, de
ações arbitrárias, dentre outros riscos advindos de um Estado autoritário
estabelecendo assim os direitos e obrigações aos quais estão submetidos os
indivíduos.

“Em sua origem iluminista, o princípio da legalidade representou o rompimento com


as políticas penais arbitrárias próprias da sociedade medieval, assim como o claro
reconhecimento de que a atividade punitiva do Estado precisa sofrer limitações,
posto incidir sobre um dos mais importantes valores do ser humano, qual seja, a
liberdade.”[2]

1- LUCON, Paulo Henrique dos Santos. Devido processo legal substancial

2-Direito penal e interpretação jurisprudencial: do princípio da legalidade às


súmulas vinculantes (Atlas, 2008)
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PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

O princípio da dignidade humana se refere à garantia das necessidades vitais de


cada indivíduo, sendo um dos fundamentos do estado democrático de direito, nos
termos do artigo 1º,III da constituição federal.
.Para Alexandre de Moraes a dignidade é
Um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta
singularmente na autodeterminação consciente e responsável da
própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das
demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo
estatuto jurídico deve assegurar de modo que, somente
excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos
direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária
estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos e a
busca ao Direito à Felicidade” ²
A segunda guerra mundial é o momento histórico que agregou a concepção de
dignidade da pessoa humana ,em razão das atrocidades cometidas.Com isso,
passou- se a ter a dignidade da pessoa humana como valor máximo dos
ordenamentos jurídicos. A dignidade da pessoa humana não se resume a ter acesso
à educação ,saúde e moradia, ela também inclui as mais diversas faces da liberdade
,do trabalho, da política e entre outros .
Esse princípio tem grande importância no ordenamento jurídico ,sendo fundamento
do estado democrático de direito(art.1º,III,CF) e garantias das necessidades vitais
para os indivíduos .

PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
O princípio da confiança é a situação na qual uma pessoa age de acordo com as
regras da sociedade ( para algumas atividades), e acredita que a outra também fará
conforme as regras. Podemos citar como exemplo quando um pedestre atravessa a
rua sobre a faixa de pedestre, acredita que o motorista que está parado no sinal
vermelho lá permanecerá.
Cabe ressaltar que o princípio da confiança deve ser utilizado com precaução,
podemos citar como exemplo ,quando o motoqueiro está pilotando sua moto e logo
vê uma criança correndo para buscar a bola, nesse caso não é possível aplicar esse
princípio, pois não é de se esperar que uma criança abandone seu brinquedo para o
motoqueiro passar. Sendo assim o princípio da confiança deve ser entendido de
acordo com o contexto no qual será aplicado, não se tratando de um princípio
absoluto.¹
1-Juliana Zanuzzo dos Santos. Advogada. Pós-graduada em Direito Civil pela PUC-
PR. Psicóloga. Graduada pela PUC-PR
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2-MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33ª ed. São Paulo. Atlas, 2017.

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

O princípio da proibição de uso de provas não era considerado um princípio no


âmbito das relações processuais, ela existia como um dever imposto às partes e
seus procuradores. Já no novo CPC quando o artigo 5° prevê, erigiu-se a boa-fé em
um dos princípios, que deve reger as relações processuais o princípio da boa-fé é
usado quando as partes devem sempre pautar suas ações, para evitar
comportamentos contraditórios, ele visa impedir que as partes o praticam e procura
proteger a ideia de confiança e previsibilidade quando as partes executam esses
atos, devem ser confiáveis, e as consequências devem ser previsíveis dentro da
prática dos atos processuais decorrentes da boa-fé. "Veniri contra factum proprium"
(COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO) para se beneficiar dentro do processo, se
uma das partes agir de má fé pode causar dano processual sendo assim
responderão por perdas e danos que é o que prevê o artigo 79 do CPC o artigo 80
do CPC mostra ato de litigância de má-fé se é praticado um desses atos está
contrariando o princípio da boa-fé. sendo assim a parte será incubida de indenizar
aquilo que a outra sofreu ou deixou de ganhar que é chamado de dano emergente e
lucro cessantes. O princípio da boa-fé vale para todos os envolvidos no processo:
réu,autor,testemunha se tiver e magistrado.

PRINCÍPIO DA BOA FÉ

O princípio de ampla defesa se divide em dois direitos: o de autodefesa e o de


defesa técnica. Autodefesa é quando o próprio réu promove sua defesa por meio de
audiência e presença.

A defesa técnica é realizada por meio de advogado ou de procuradores que vai


fazer a defesa jurídica do réu dentro do processo, a diferença entre uma e outra é
que a autodefesa é disponível ao réu,pode se abrir mão de exercer esse direito de
relatar os fatos e também de estar presente em todos os atos, agora a defesa
técnica ela já é indisponível dessa maneira nenhum processo pode tramitar sem que
haja a defesa técnica. A ausência da defesa técnica leva a nulidade absoluta do
processo,está previsto na súmula 523 do STF assim como uma defesa técnica for
deficiente , leva à nulidade relativa do processo porque a própria súmula prevê para
isso o réu deve solidificar que aquela defesa deficiente engendrou prejuízo a ele. Se
isso se comprovar gera a nulidade do processo, caso contrário não.
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PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

Encontrado no art. 37 da Constituição Federal de 1988 o princípio da Publicidade


traz como evidência o fundamento para transmitir atos administrativos.
A origem do Direito Administrativo é marcada pela prova e a interpretação, tornando
se eficaz com a Constituição Federal de 1988, e um dos seus princípios é o da
publicidade.
O objetivo desses princípios é atender as necessidades da comunidade e dos
desejos do Estado.
O Princípio da Publicidade é o quarto da Administração Pública e surgiu para acabar
com a difícil compreensão proveniente do Poder Público. Todos os atos da
Administração devem estar disponíveis para que todos possam controlar e
compreender as ações deste poder. Essa ação do Poder Público ocorre agindo de
uma forma que a publicação de atos internos e externos.
A forma interna é destinada aos profissionais dos órgãos ou entidades, enquanto a
externa é dirigida aos cidadãos. Tem como objetivo também, a divulgação dos atos
efetuados em processos licitatórios.

PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO

O Código de Processo Civil de 2015, no art. 6º, capítulo I, inovou o Princípio de


Cooperação. Esse princípio enfatiza que o processo deve convencer de maneira
correta uma decisão de mérito justa e eficaz.
Está previsto no Código de Processo Civil de 2015: “Art. 6o Todos os sujeitos do
processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão
de mérito justa e efetiva”.
Especificamente é a melhor saída de uma disputa judicial, pois o método é realizado
por meio de uma atividade de pessoas em cooperação.
O objetivo da legislação ao lidar com o modelo cooperativo é impossibilitar que a
solução do problema seja entendida por meio de provas e comece a ser
argumentada.
Dessa forma, o Princípio da Cooperação é alterar o processo civil, dando
preferência para um diálogo abrangente entre sujeitos processuais com o foco de
alcançar a melhor forma ao caso judicial.
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PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO

Concebido por Hans Welzel,o princípio da adequação social dita que não se pode
reputar criminosa uma conduta tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em
uma descrição típica. Trata-se de condutas que, embora formalmente típicas,
porquanto subsumidas num tipo penal, são materialmente atípicas, porque
socialmente adequadas, isto é, estão em consonância com a ordem social.

O princípio da adequação social fala de condutas que poderiam ser tipificadas mas, que
nós escolhemos não tipificar porque são socialmente relevantes e não atentam à
constituição Federal.
Até porque não poderíamos tipificar sendo dito um "crime" pois se é algo cultural.
Tendo como exemplo, houve a questão da vaquejada, que foi proibido pois tornou-se algo
prejudicial aos animais, apesar de ser algo culturalmente enraizado, ia contra os crimes
ambientais, pois feria toda uma espécie.
Assim como, furar orelhas, ter tatuagens e até mesmo a capoeira, que era um
esporte proibido em nosso país se tornou aceitavelmente e adequado socialmente,
sendo também cultura.

PRINCÍPIO DA IGUALDADE

FORMAL : É a igualdade de todos perante a concessão de benefícios,


isenções, vantagens, sacrifícios, multas e sanções. "Todos são iguais, perante a
lei"
Na qual digo que homens e mulheres são iguais, só que essa igualdade não irá traduzir a
verdadeira igualdade e por esta, temos a igualdade material.
MATERIAL:Tratar os iguais de forma igual, os desiguais de forma desigual,
na medida de suas desigualdades.
EX:Art 5°, L CF
E o que significa essa igualdade material?
Temos como exemplo: prazo diferenciado de licença (maternidade e paternidade), não
vou estar tratando homens e mulheres da mesma maneira se tratando de licença, pela
própria condição da mulher gestante, é necessário tratamento diferente entre o pai e a
mãe.
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Assim como no ART 5°, L CF na qual diz que apenas presidiárias que estão em período de
amamentação possam permanecer com seus filhos, diferentes das demais em que não
estão no período de amamentação.

CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos o assunto “princípios fundamentais do processo civil”


Conhecer os princípios do Direito Processual Civil é imprescindível, pois te dá uma
segurança para fazer uma argumentação eficaz, que respeite o Direito e construa
uma camada sólida de conhecimento a respeito deste tema , principalmente, na área
do Direito Processual Civil,já que se trata de uma área fundamental nos tribunais e
na carreira jurídica.Estudar desde já tais princípios faz com que tenhamos eficácia
em futuros processos .
Em suma cumprimos os objetivos propostos trazendo conceitos, teorias e fatos
sendo este de extrema importância para o conhecimento do assunto principal, pois
permitiu-nos o compreendimento mais aperfeiçoado da informação necessária.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DISPONÍVEL EM:
https://caiogoncalvesadv.jusbrasil.com.br/artigos/686828103/o-principio da-
cooperacao-no-processo-civil-brasileiro. ACESSO EM: 04 MAR. DE 2023.
DISPONÍVEL EM: https://jus.com.br/artigos/48769/o-principio-da publicidade-
no-direito-administrativo. ACESSO EM: 04 MAR. DE 2023.
DISPONÍVEL EM: Juliana Zanuzzo dos Santos. Advogada. Pós-graduada em Direito
Civil pela PUC-PR. Psicóloga. Graduada pela PUC-PR
DISPONÍVEL EM: MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33ª ed. São
Paulo. Atlas, 2017
DISPONÍVEL EM: https://youtube.com/@portalfontejuridica
DISPONÍVEL
EM:https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2153759/o-que-se-entende-pelo-principio-da-a
dequacao-social-denise-cristina- mantovani-cera/amp
DISPONÍVEL EM:https://youtube.com/@liciniarossiprofessora
DISPONÍVEL EM: Súmula 523 do STJ
DISPONÍVEL EM: Art 5° CPC/2015
DISPONÍVEL EM: Art 79,80 CPC/2015
DISPONÍVEL EM: Art 5° inciso LIV da CF
DISPONÍVEL EM:https://jus.com.br/artigos/22857/principio-do-devido-processo-legal
DISPONÍVEL
EM:https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/476-glossario/7865-principio-do-
devid o-processo-legal
DISPONÍVEL EM: LUCON, Paulo Henrique dos Santos. Devido processo legal
substancial. http://www.mundojuridico.adv.br/sis_artigos/artigos.asp?
codigo=6>. Acesso em:15 de março de 2023.
DISPONÍVEL EM: https://www.projuris.com.br/blog/principio-da-legalidade/
DISPONÍVEL EM:
https://direito.idp.edu.br/blog/direito-processual-civil/principios-direito-processual-civil
DISPONÍVEL EM:Direito penal e interpretação jurisprudencial: do princípio da legalidade
às súmulas vinculantes
(Atlas,2008)https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/114197/mod_resource/content/1/S
13

%2NCULANTE%20EM%20MAT%C3%89RIA%20PENAL.pdf Acesso em: 15 de março de


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