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INSTITUTO SUPERIOR DE FORMAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E

CIÊNCIA (ISFIC)

CURSO DE DIREITO

CADEIRA DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

Discente:

Eugénio Bonomar Balaca

Docente: Egídio Plácido

Maputo, Abril de 2023

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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................. 3
1.1 Objectivos ........................................................................................................................................... 4
1.1.1 Objectivo Geral ............................................................................................................................ 4
1.1.2 Objectivo específico ..................................................................................................................... 4
1.2 Metodologia ........................................................................................................................................ 4
2. Revisão da literatura ................................................................................................................................. 5
3. Direito de personalidade ........................................................................................................................... 5
3.1 Conceito de direito .............................................................................................................................. 5
3.2 Personalidade ...................................................................................................................................... 5
3.3 Conceito de direito da personalidade .................................................................................................. 5
4. Direito de personalidade – Código civil moçambicano ............................................................................ 6
5. Características do direito de personalidade ............................................................................................... 7
6. Conclusão.................................................................................................................................................. 8
6. Revisão bibliográfica ................................................................................................................................ 9

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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa enquadra-se na cadeira de Direito e visa fazer um estudo o tema
direito de personalidade.
Os direitos da personalidade são todos aqueles relacionados ao indivíduo, englobando seu corpo,
sua imagem, seu nome, e todos os aspectos que caracterizam sua identidade.

Em Moçambique, os direitos da personalidade estão previstos em capítulo próprio do Código Civil,


, mas vale destacar que tais disposições não são taxativas, também havendo proteção legal a esses
direitos no texto constitucional.

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1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma visão
global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e
eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese proposta
pelo projecto."

Assim o trabalho tem como objectivo geral:


Fazer um estudo sobre o direito de personalidade.

1.1.2 Objectivo específico


 Dar a conhecer o conceito o conceito
 Descrever as características e enumerar os direitos.

1.2 Metodologia
Para o presente trabalho, iremos fazer o uso da pesquisa documental.
Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a coleta de dados em fontes
primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos
particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas

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2. Revisão da literatura

3. Direito de personalidade

3.1 Conceito de direito


Segundo Hans Kelsen, o Direito é uma ordem de conduta humana, ou seja, é um conjunto de
normas. Argumenta o Mestre de Viena que o Direito não é, como se costuma pensar, uma norma.
É mais do que isso: o Direito é um conjunto de normas que possui uma unidade, que forma um
sistema.

3.2 Personalidade
Para Allport (1937), a personalidade define-se como uma “organização dinâmica, dentro do
indivíduo, dos sistemas psicofísicos, que determina seu ajuste único ao ambiente” (p. 48). Para ele,
essa organização dinâmica está ligada aos traços de personalidade, compreendidos como
“estruturas neuropsíquicas com a capacidade de incorporar diversos estímulos funcionalmente
equivalentes e para iniciar e guiar equivalentes (significantemente consistente) formas de
comportamento adaptativo e expressivo” (Allport, 1937, p. 347).
Ao lado disso, Cattell também baseou suas produções na área da personalidade no estudo dos
traços, sendo que seus trabalhos representam uma importante tentativa de organização dos achados
de estudos fatoriais analíticos da personalidade (Hall, Lindsey, & Campbell, 2000, p 246). Para
Cattell (1965), a personalidade é um conjunto de traços que predispõe o indivíduo a agir de
determinada forma, nas mais diversas situações.

3.3 Conceito de direito da personalidade


Direitos da personalidade são direitos civis que preservam a individualidade de cada pessoa. Em
geral, quando falamos de direitos da personalidade, tratamos do direito de imagem, à vida, ao nome
e à privacidade.
Porém, esses direitos não se resumem a isso pois não se trata de um rol taxativo e exaustivo,
relacionam-se com o direito natural e constituem o mínimo necessário do que há na própria
personalidade.

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4. Direito de personalidade – Código civil moçambicano
A secção III do Código Civil moçambicano informa o seguinte:

Artigo 70º
Tutela geral da personalidade
1. A lei protege os indivíduos contra qualquer ofensa ilícita ou ameaça de ofensa à sua
personalidade física ou moral.
2. Independentemente da responsabilidade civil a que haja lugar, a pessoa ameaçada ou ofendida
pode requerer as providências adequadas às circunstâncias do caso, com o fim de evitar a
consumação da ameaça ou atenuar os efeitos da ofensa já cometida.

Artigo 71º
Ofensa a pessoas já falecidas
1. Os direitos de personalidade gozam igualmente de protecção depois da morte do respectivo
titular.
2. Tem legitimidade, neste caso, para requerer as providências previstas no nº 2 do artigo anterior
o cônjuge sobrevivo ou qualquer descendente, ascendente, irmão, sobrinho ou herdeiro do
falecido.
3. Se a ilicitude da ofensa resultar da falta de consentimento, só as pessoas que o deveriam prestar
têm legitimidade, conjunta ou separadamente, para requerer as providências a que o número
anterior se refere.

Artigo 72º
Direito ao nome
1. Toda a pessoa tem direito a usar o seu nome, completo ou abreviado, e a opor-se a que outrem
o use ilicitamente para sua identificação ou outros fins.
2. O titular do nome não pode, todavia, especialmente no exercício de uma actividade
profissional, usá-lo de modo a prejudicar os interesses de quem tiver nome total ou parcialmente
idêntico; nestes casos, o tribunal decretará as providências que, segundo juízos de equidade,
melhor conciliem o interesse em conflito.

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Artigo 73º
Legitimidade
As acções relativas à defesa do nome podem ser exercidas não só pelo respectivo titular, como,
depois da morte dele, pelas pessoas referidas no nr 2 do artigo 71º.

Artigo 74º
Pseudónimo
O pseudónimo, quando tenha notoriedade, goza da protecção conferida ao próprio nome.

5. Características do direito de personalidade


Os direitos que resguardam a dignidade humana durante toda a sua vida, são valores, algo que
não se pode abrir mão. Por isso, as características do direito da personalidade são:
 Inatos ou originários: são adquiridos ao nascer independente da vontade;
 Vitalícios: perduram a vida toda e alguns se refletem mesmo após a morte;
 Imprescritíveis: perduram enquanto durar a vida e, em alguns casos, são protegidos após
o falecimento;
 Inalienáveis: são relativamente indisponíveis, porque não possuem valor econômico
imediato, exceto se houver violação desse direito, quando nascerá uma indenização como
forma de compensação do direito violado e;
 Absolutos: podem ser opostos erga omnes.
Nesse contexto, o Código Civil apresenta que estes são direitos:
 Intransmissíveis: não se transmite a outra pessoa, cabendo apenas àquela;
 Irrenunciáveis: continuam com o indivíduo;
 Não podem sofrer limitação voluntária.

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6. Conclusão
Concluída a pesquisa, ficou claro que os direitos da personalidade são essenciais à pessoa humana
para que se possa estabelecer o tratamento justo e igualitário entre as pessoas. Referidos direitos
tutelam a integridade e a dignidade da pessoa humana, desse modo, compreendem a essencialidade
do ser, conformando uma noção de mínimo existencial.

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7. Revisão bibliográfica
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planeamento e execução de pesquisas,
amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed. São Paulo: Atlas,
1996.
Allport, G. W. (1937). Personality: a psychological interpretation. New York: Holt.
Código Civil, Decreto-Lei no 47 344, de 25 de Novembro de 1966.

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