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Aula 5 – Estabilidade, Mulheres, Prescrição e Decadência

Publicação de anúncios discriminatórios (Art. 373 CLT): Recusa de


emprego ou promoção com base em características pessoais. Proibição de
discriminação salarial com base em idade, sexo, cor ou situação familiar.
Representante dos empregados na CIPA: Fica vedada a dispensa arbitrária
ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA), desde o registro de sua candidatura, até um
ano após o término do mandato. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá
a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.
Gestante: Uma das medidas de proteção à gestante é a estabilidade no
emprego, declara-se que fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa
“da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto”. Licença a gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com
duração de cento e vinte dias. O salário da mulher, durante o período de
afastamento, será pago de forma integral, e quando variável, calculado de
acordo com a média dos seis últimos meses de trabalho.
Proteção à gravidez e à maternidade: Não constitui justo motivo para a
rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído
matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez, não sendo permitidos
em regulamentos de qualquer natureza ou em contratos de trabalho restrições
ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez
Mulheres: Muitas leis são criadas, mas não são cumpridas. Os empresários
precisam comprovar os valores pagos aos empregados, para provar que os
valores pagos para as mulheres não são inferiores ao dos homens. Antes de
contratar uma mulher é crime perguntar se ela está grávida. Podendo ser
caracterizada como responsabilidade objetiva.
LEI Nº 14.457, DE 21 DE SETEMBRO DE 2022:
Art. 1º Fica instituído o Programa Emprega + Mulheres, destinado à inserção e
à manutenção de mulheres no mercado de trabalho por meio da
implementação das seguintes medidas:
I - para apoio à parentalidade na primeira infância:
a) pagamento de reembolso-creche; e
b) manutenção ou subvenção de instituições de educação infantil pelos
serviços sociais autônomos;
II - para apoio à parentalidade por meio da flexibilização do regime de trabalho:
a) teletrabalho;
b) regime de tempo parcial;
c) regime especial de compensação de jornada de trabalho por meio de
banco de horas;
d) jornada de 12 (doze) horas trabalhadas por 36 (trinta e seis) horas
ininterruptas de descanso, quando a atividade permitir;
e) antecipação de férias individuais; e
f) horários de entrada e de saída flexíveis;
IV - para apoio ao retorno ao trabalho das mulheres após o término da licença-
maternidade:
V - reconhecimento de boas práticas na promoção da empregabilidade das
mulheres;
VII - estímulo ao microcrédito para mulheres.
Toda empresa é obrigada a (art. 389, CLT)
I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos
métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que
se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da
autoridade competente;
II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras
ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem
grande esgotamento físico;
III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres,
exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins,
em que não seja exigida a troca de roupa, e outros, a critério da autoridade
competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se
como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas
guardar seus pertences;
Emprego de força muscular (art. 390 CLT): Emprego de força muscular
superior a 20kg para o trabalho contínuo, ou 25kg para o trabalho ocasional.
Afastamento de trabalho como medida de proteção: Disposição da lei Maria
da Penha relacionadas ao emprego de trabalho. (Mulheres podem ser
afastadas do trabalho sem sofrer perda de salário ou outras eventuais
maneiras de ser prejudicadas).
Amamentação (art. 396 CLT): Estabelece que para amamentar o próprio filho,
até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a
jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.
Prescrição e decadência:
Prescrição é a perda da pretensão (direito ação) para assegurar o direito.
Decadência (direito material) é a perda de um direito não requerido dentro do
prazo legal.
“O direito não socorre aos que dormem” Aqueles que acabam sendo lesados e,
sem sequer saber das efetivas proteções que a lei lhe garante, perde a chance
de defender-se.
A prescrição refere-se à perda do direito de ação devido à inércia do titular do
direito por um determinado período de tempo. Por exemplo, se alguém sofrer
danos em um acidente de carro e não entrar com uma ação judicial dentro do
prazo estabelecido por lei, o direito de buscar uma compensação pode ser
perdido devido à prescrição.
Já a decadência diz respeito à perda do direito em si, independentemente de
qualquer ação judicial, também por conta do transcurso do tempo. Por
exemplo, imagine que um contrato estabelece que qualquer reclamação sobre
a qualidade de um produto deve ser feita dentro de 30 dias após a compra. Se
o consumidor não reclamar dentro desse prazo, ele perde o direito de reclamar,
mesmo que o problema só seja descoberto posteriormente.
Exemplo 1:
Maria comprou um carro usado de João. Após seis meses de uso, ela percebeu
um defeito grave no motor. De acordo com o código civil do país, Maria tem um
prazo de um ano para acionar a justiça e requerer reparação pelo defeito do
produto, caso contrário, seu direito estará prescrito. No entanto, o contrato de
venda assinado por Maria estabelece que qualquer reclamação sobre defeitos
deve ser feita dentro de 90 dias após a compra. Como Maria não acionou a
justiça nem fez a reclamação dentro do prazo estabelecido pelo contrato, ela
perde tanto pelo prazo de prescrição quanto pela decadência, ficando sem
possibilidade legal de reivindicar reparação pelo defeito no carro.
Exemplo 2:
João recebeu uma herança de sua avó, que incluía uma propriedade rural.
Segundo a lei do país, ele tem um prazo de 20 anos para reivindicar qualquer
parte da herança que possa ter sido omitida ou esquecida. Este é o prazo de
prescrição para questões relacionadas à herança.
No entanto, há uma cláusula no testamento da avó de João que estabelece
que qualquer contestação da distribuição da herança deve ser feita dentro de
cinco anos após a morte da avó. Este é o prazo de decadência estabelecido
pelo testamento.
Passados 15 anos desde a morte da avó, João descobre que uma parte da
propriedade foi vendida indevidamente antes da distribuição da herança. Ele
percebe que pode ter sido prejudicado e decide contestar a distribuição da
herança. No entanto, como já se passaram mais de cinco anos desde a morte
da avó, ele não pode mais contestar a distribuição da herança de acordo com a
cláusula do testamento, perdendo assim o direito de fazê-lo por decadência.
Além disso, como já se passaram mais de 20 anos desde a morte da avó, ele
também perde o direito de reivindicar a parte da herança que possa ter sido
omitida por prescrição.

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