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Prof.

PRISCILA MACHADO

Priscila Machado

@profpriscilamachado

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https://www.youtube.com/c/prisci
lamachadoprevidenciarionapratica
Benefícios por Incapacidade
Benefícios em Espécie

Auxílio por Aposentadoria


incapacidade por Incapacidade
temporária Permanente
(Auxílio- (aposentadoria
Doença) por invalidez)

Auxílio-Acidente
UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA !?!?!?

Doença Incapacidade
QUANDO OLHAMOS PARA INCAPACIDADE:

Manual de Perícia Médica:

→ Incapacidade Parcial: limita o desempenho das atribuições do cargo, sem risco de


morte ou de agravamento, embora não permita atingir a meta de rendimento alcançada
em condições normais;

→ Incapacidade Total: gera impossibilidade de desempenhar as atribuições do cargo,


função ou emprego.
QUANDO OLHAMOS PARA INCAPACIDADE:

Manual de Perícia Médica:

→ I - temporária: para a qual se pode esperar recuperação dentro de prazo


previsível;

ou

→ II – indefinida (permanente): é aquela insuscetível de alteração em


prazo previsível com os recursos da terapêutica e reabilitação disponíveis à
época.
QUANDO OLHAMOS PARA INCAPACIDADE:

→ Essa incapacidade pode ser:

a) Uniprofissional: Para uma determinada atividade laborativa

b) Multiprofissional: Para diversas atividades laborativas

c) Omniprofissional: para toda e qualquer atividade laborativa.


Invalidez Social:

→ Súmula 78 da TNU: Comprovado que o requerente de


benefício é portador do vírus HIV, cabe ao julgador verificar
as condições pessoais, sociais, econômicas e culturais, de
forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, em face
da elevada estigmatização social da doença.

→ Súmula 47 da TNU: Uma vez reconhecida a


incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as
condições pessoais e sociais do segurado para a concessão
de aposentadoria por invalidez.
QUANDO OLHAMOS PARA INCAPACIDADE:

Regra Geral:

Total + Permanente: Aposentadoria por incapacidade permanente

Total + Temporária: Auxílio por incapacidade temporária

Parcial + Permanente: Auxílio-Acidente

Parcial + Temporário: Auxílio por incapacidade temporária


BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

Benefícios por Incapacidade

Aposentadoria por Auxílio por Incapacidade


Auxílio-Acidente
Incapacidade Permanente Temporária Art. 86 e ss, da Lei 8.213/91
Art. 42 e ss, da Lei 8.213/91 Art. 59 e ss, da Lei 8.213/91 Art. 104 e ss do Decreto 3.048/99
Art. 43 de ss, do Decreto 3.048/99 Art. 71 e ss, do Decreto 3.048/99 Art. 33 e ss da IN 77/2015
Art. 213 e ss da IN 77/2015 Art. 300 e ss da IN 77/2015
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

Acidentário Comum
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)
B-31 (Comum)
B-91 (Acidentário)
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Art. 59 da Lei 8.213/91. O auxílio-doença será devido


ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias
consecutivos.
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Incapacidade Qualidade de
Segurado na Carência
Temporária
DII
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Incapacidade E se o segurado ingressou no sistema


Temporária doente e ficou incapaz depois?

Art. 59 da Lei 8.213/91.

§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime


Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como
causa para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por
motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão.

Doença Preexistente X Incapacidade Preexistente


Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO. AUXÍLIO-DOENÇA. AGRAVAMENTO DE


PATOLOGIA. I – Cabível, na hipótese, a concessão do benefício de
auxílio-doença, já que, ainda que se trate de doença preexistente à
filiação, a incapacidade decorreu de seu agravamento. II – Agravo
interposto pelo réu improvido (TRF da 3ª Região, AC 2001.61.13.002946-9,
Turma Suplementar da Terceira Seção, Rel. Juiz Convocado Fernando
Gonçalves, julgamento em 26.8.2009).

SÚMULA 53 da TNU. Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria


por invalidez quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao
reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social.
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Qualidade de
Incapacidade Segurado na Carência
Temporária DII

No momento do fato gerador


(pode ser concedido inclusive
no período de graça)
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Incapacidade Qualidade de
Segurado na Carência
Temporária
DII

Regra Geral =
12 meses
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Incapacidade Qualidade de
Carência
Temporária Segurado na
DII

Regra Geral =
Independe 12 meses
de carência:

Art. 26 da Lei 8.213/91. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou
causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos,
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)
Art. 26 da Lei 8.213/91. Independe de carência a concessão das
seguintes prestações:
Carência Regra Geral =
12 meses
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente
de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS,
for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social,
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
Independe
de carência:

Art. 151 da Lei 8.213/91. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do
art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa,
hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna,
cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget
(osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação
por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
INDEPENDER DE CARÊNCIA É O MESMO QUE NÃO TER QUALIDADE DE
SEGURADO???
NÃO !!!!!!!

Vamos entender?

Ex1.: Maria estava em busca do seu primeiro emprego. Finalmente conseguiu emprego na
QQ Eventos. Maria nunca havia contribuído para o INSS. Maria pegou no trabalho 7h.
Maria estava muito feliz com o emprego, porém, às 8h sofreu um grave acidente na
empresa enquanto manuseava uma máquina. Precisou ficar afastada por 45 dias.

Ex2.: Ana, trabalhou por 15 anos na mesma empresa. A grave crise financeira no Rio de
Janeiro fez com que a empresa onde trabalhava entrasse em falência e Ana acabou
demitida. Ela está a 6 anos desempregada. Ana acaba de desenvolver uma neoplasia
maligna.
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Regra Geral =
Carência 12 meses

► Redação imediatamente anterior a MP 871/19 – Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de


segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado
deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos
incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.

► Redação na MP 871/19 – Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da
concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e
de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com
os períodos integrais de carência previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25.

► Redação após conversão da MP 871/19 na Lei 13.846/19 – Art. 27-A Na hipótese de perda da
qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por
invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da
nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV
do caput do art. 25 desta Lei.
Regra Geral =
Carência 12 meses

Data de início da incapacidade Contribuições necessárias após retorno (nova filiação):

Até 07/07/2016 4 contribuições


De 08/07/2016 a 04/11/2016 (MP 739/2016) 12 contribuições

De 05/11/2016 a 05/01/2017 4 contribuições

De 06/01/2017 a 26/06/2017 (MP 767/2017) 12 contribuições

De 27/06/2017 a 17/01/2019 (Lei 13.457/2017) 6 contribuições

A partir de 18/01/2019 (MP 871/2019) 12 contribuições

A partir de 18/06/2019 (Lei 13.846/2019) 6 contribuições


Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)
Data de Início

Art. 72 do Decreto 3.048/99. O auxílio por incapacidade temporária


consiste em renda mensal correspondente a noventa e um por cento do
salário de benefício definido na forma prevista no art. 32 e será devido:
I - a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade para o segurado
empregado, exceto o doméstico; (OBS.: Se requerido em até 30 dias!!!!)

II - a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados, desde


que o afastamento seja superior a quinze dias; (OBS.: Se requerido em até 30
dias!!!!)

III - a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido após o


trigésimo dia do afastamento da atividade, para todos os segurados.
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)
Data de Início

Obs.:

Segurado Empregado: Empresa paga os primeiros 15 dias.


(Art. 75 do Decreto 3.048/99)

Empregado Doméstico – O empregador não tem a obrigação de pagar os 15 primeiros


dias por falta de previsão legal!!!
Data de Início – E quando a acidentado não se afastar do trabalho no
dia do acidente?

Art. 72, § 1º, do Decreto 3.048/99. Quando o acidentado não se afastar


do trabalho no dia do acidente, os quinze dias de responsabilidade da
empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do
afastamento.
E o prazo de duração do benefício? Pedido de Prorrogação
O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo
suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado.
Caso o prazo fixado para a recuperação da capacidade para o seu trabalho ou
para a sua atividade habitual se revele insuficiente, o segurado poderá:

I - nos quinze dias que antecederem a DCB, solicitar a realização de nova


perícia médica por meio de pedido de prorrogação- PP;

III - no prazo de trinta dias da ciência da decisão, interpor recurso à JRPS.

Pedido de Reconsideração?

Vide IN 90/2017
(Art. 304, da IN 77/2015)
E o prazo de duração do benefício? Pedido de Prorrogação

→ Na Bahia temos uma ACP (Ação Civil Pública nº 2005.33.00.020219-8, 14ª


Vara Federal de Salvador – BA) que decidiu que o INSS tem que manter o
pagamento do auxílio-doença até a data da decisão desse pedido de
prorrogação – Gerou a resolução 97/2010 do INSS.
E o prazo de duração do benefício? Pedido de Prorrogação
→ IN 90, de 17/11/2017
Art. 1º Fica estabelecido que os Pedidos de Prorrogação - PP (...), devem observar os
seguintes procedimentos:
I - quando o tempo de espera para realização da avaliação médico-pericial for menor
que trinta dias, a avaliação será agendada, aplicando-se as mesmas regras do PP,
inclusive gerando Data de Cessação Administrativa - DCA, quando for o caso; e
II - quando o tempo de espera para realização da avaliação médico-pericial ultrapassar
trinta dias, o benefício será prorrogado por trinta dias, sem agendamento da avaliação
médico-pericial, sendo fixada DCA, exceto se:
a) a última ação foi judicial;
b) a última ação foi de restabelecimento; e
c) a última ação foi via Recurso Médico (seja via rotina de Recurso ou via rotina de
Revisão Analítica, após o requerimento de Recurso).
§ 1º Após a segunda solicitação de prorrogação do caso elencado no inciso II do caput,
obrigatoriamente será agendado o exame médico pericial
Pedido de Reconsideração

→ O pedido de reconsideração foi extinto pela Portaria 152, de 25 de


agosto de 2016, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.
O que é alta programada?

Art. 60 da Lei 8.213/91.

§ 8o Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-


doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a
duração do benefício.

§ 9o Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8o deste artigo, o


benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de
concessão ou de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a
sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento, observado o
disposto no art. 62 desta Lei.
Enquanto tempo posso marcar nova perícia?

Somente poderá ser realizado novo requerimento de benefício por incapacidade


após trinta dias, contados da Data da Realização do Exame Inicial Anterior -
DRE, ou da Data da Cessação do Benefício - DCB, ou da Data da Cessação
Administrativa - DCA, conforme o caso.

(Art. 301, da IN 77/2015)


Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Incapacidade Qualidade de
Segurado na Carência
Temporária
DII
Segurado recebe auxílio-doença de uma atividade. Pode continuar
laborando em outra?
Art. 73, do Decreto 3.048/99. O auxílio por incapacidade temporária do segurado que
exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no
caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, hipótese em que o
segurado deverá informar a Perícia Médica Federal a respeito de todas as atividades que
estiver exercendo.
§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, o auxílio por incapacidade temporária será
concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado,
consideradas para fins de carência somente as contribuições relativas a essa
atividade.
§ 2º Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas.
§ 3º Constatada durante o recebimento do auxílio por incapacidade temporária concedido nos termos do disposto neste artigo a
incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefício deverá ser revisto com base nos salários
de contribuição de cada uma das atividades, observado o disposto nos incisos I ao III do caput do art. 72.
§ 4º Na hipótese prevista no § 1º, o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá ser inferior ao salário-mínimo, desde
que, se somado às demais remunerações recebidas, resulte em valor superior ao salário-mínimo.
§ 5º O segurado que, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, vier a exercer atividade remunerada que lhe
garanta a subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade, observado o disposto no art. 179.
E se o segurado estava de férias quando começou a incapacidade?

No caso da DII do segurado ser fixada quando este estiver em gozo de


férias ou licença-prêmio ou qualquer outro tipo de licença remunerada, o
prazo de quinze dias de responsabilidade da empresa, será contado a
partir do dia seguinte ao término das férias ou da licença.

(Art. 303, p.2° da IN 77/2015)


Se afastou por 15 dias ou menos, voltou a trabalhar e se afastou
novamente?

Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante


quinze dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se
afastar dentro de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma
doença, fará jus ao auxílio-doença a partir da data do novo afastamento.

se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de quinze dias do afastamento, o


segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte ao que completar os
quinze dias de afastamento, somados os períodos de afastamento intercalados.

(Art. 303, p.3°e 4° da IN 77/2015)


E se ficar incapaz temporariamente novamente em um intervalo de 60
dias?

No caso de novo requerimento, se a perícia médica concluir que se trata de


direito a mesma espécie de benefício, decorrente da mesma doença e sendo
fixada a DIB até sessenta dias contados da data da DCB do anterior, será
indeferido o novo pedido, restabelecido o benefício anterior e descontados os
dias trabalhados, quando for o caso.

Parágrafo único. Na situação prevista no caput, a data de início do pagamento -


DIP será fixada no dia imediatamente seguinte ao da cessação do benefício
anterior, ficando a empresa, no caso de empregado, desobrigada do pagamento
relativo aos quinze primeiros dias do novo afastamento, conforme previsto no §
3º do art. 75 do RPS.

(Art. 309, da IN 77/2015)


E se a segurada (o) em gozo de auxílio-doença precisar de salário
maternidade?

Tratando-se de segurada gestante em gozo de auxílio-doença, inclusive o


decorrente de acidente de trabalho, o benefício deverá ser suspenso
administrativamente no dia anterior ao da DIB do salário-maternidade.
§ 1º Se após o período do salário-maternidade, a requerente mantiver a
incapacidade laborativa, deverá ser submetida a uma nova perícia médica.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo no caso de concessão de salário-
maternidade pela adoção ou guarda judicial para fins de adoção.

(Art. 313, da IN 77/2015)


Agendamento de Perícia
Requerendo benefício por incapacidade
https://meu.inss.gov.br
Antecipação de 1 Salário Mínimo – Auxílio por Incapacidade
Temporária
Período do COVID-19
Antecipação de 1 Salário Mínimo – Auxílio por Incapacidade Temporária

Lei 13.982/20. Art. 4º Fica o INSS autorizado a antecipar 1 (um) salário-


mínimo mensal para os requerentes do benefício de auxílio-doença de que
trata o art. 59 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, durante o período de 3
(três) meses, a contar da publicação desta Lei, ou até a realização de perícia
pela Perícia Médica Federal, o que ocorrer primeiro.
Parágrafo único. A antecipação de que trata o caput estará condicionada:

I - ao cumprimento da carência exigida para a concessão do benefício de auxílio-


doença;

II - à apresentação de atestado médico, cujos requisitos e forma de análise serão


estabelecidos em ato conjunto da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia e do INSS.
Antecipação de 1 Salário Mínimo – Auxílio por Incapacidade Temporária
Portaria Conjunta SEPRT/INSS Nº 9381 DE 06/04/2020

Art. 2º Enquanto perdurar o regime de plantão reduzido de atendimento nas Agências da Previdência
Social, nos termos da Portaria Conjunta SEPRT/INSS nº 8.024, de 19 de março de 2020, os
requerimentos de auxílio-doença poderão ser instruídos com atestado médico.

§ 1º O atestado médico deve ser anexado ao requerimento por meio do site ou aplicativo "Meu
INSS", mediante declaração de responsabilidade pelo documento apresentado, e deve observar,
cumulativamente, os seguintes requisitos:

I - estar legível e sem rasuras;


II - conter a assinatura do profissional emitente e carimbo de identificação, com registro do
Conselho de Classe;
III - conter as informações sobre a doença ou CID; e
IV - conter o prazo estimado de repouso necessário.

§ 2º Os atestados serão submetidos a análise preliminar, na forma definida em atos da Subsecretaria


de Perícia Médica Federal da Secretaria de Previdência e do Instituto Nacional do Seguro Social.
Antecipação de 1 Salário Mínimo – Auxílio por Incapacidade Temporária

Ofício Circular SEI 1.217/20/ME: Conformação de dados do atestado médico


apresentado em requerimento de benefício de auxílio-doença nos termos da Lei nº
13.982, de 02 de abril de 2020.

Portaria 552/20 INSS/PRES : Pedidos de prorrogação - Autoriza a prorrogação


automática dos benefícios de auxílio-doença enquanto perdurar o fechamento das
agências em função da Emergência de Saúde Pública de nível internacional
decorrente do Coronavírus (COVID-19), nas condições especificadas.

Art. 1º Alterar, até que termine a suspensão do atendimento presencial nas Agências
da Previdência Social, para:
I - 6 (seis) o limite máximo de pedidos de prorrogação que, ao serem efetivados,
gerarão prorrogação automática do benefício - PMAN, definido no § 1º do art. 1º
da Instrução Normativa - IN nº 90/PRES/INSS, de 17 de novembro de 2017; e
“A confirmação da concessão do beneficio de auxílio por incapacidade temporária
(auxílio-doença) ocorrerá mediante aproveitamento do ato de análise preliminar
relacionado à conformidade dos atestados médicos”

“O procedimento (...) será́ realizado de forma automática e sem necessidade de


requerimento do segurado.“

“Caso não seja possível obter a DUT, o processo de confirmação ficará pendente
para que seja feita exigência para comprovação da data do último dia de trabalho“

Sendo reconhecido o direito de conversão da antecipação em auxílio por


incapacidade temporária, as eventuais diferenças de valor serão pagas
administrativamente.
A portaria prevê 3 hipóteses de não conversão:

1 - quando verificar-se que não havia direito ao recebimento do auxílio por


incapacidade temporária (auxílio-doença);

2 - quando o período de repouso for inferior a 15 (quinze) dias,

3 - quando não for comprovada DUT, para o segurado empregado

Nesses situações, "o benefício não será convertido e não haverá cobrança dos
valores recebidos na antecipação, ressalvado o disposto § 4º do art. 2º da
Portaria Conjunta nº 47/SEPRT/INSS, de 2020."
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)
B-36 (Comum)
B-94 (Acidentário)
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)

► Art. 86 da Lei 8.213/91

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao


segurado quando, após consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem
seqüelas que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)

Redução da Nexo causal


Qualidade de entre a sequela
capacidade laborativa
Segurado e o acidente
“sequela”

Ocasionada por
acidente de Carência
qualquer natureza

Obs.: Esse benefício é devido em caso de acidente de qualquer natureza desde a Lei 9.035/1995
(29/04/1995). Assim até 29/04/1995 esse benefício só é devido em caso de acidente do trabalho.
AUXÍLIO-ACIDENTE

Tema 156 do STJ:

“Será devido o auxílio-acidente quando demonstrado o nexo de


causalidade entre a redução de natureza permanente da
capacidade laborativa e a atividade profissional desenvolvida,
sendo irrelevante a possibilidade de reversibilidade da doença.”
AUXÍLIO-ACIDENTE

► Caráter indenizatório. Logo, recebe mesmo que exerça


atividade remunerada.

► Devido após a consolidação das lesões decorrentes de acidente


de qualquer natureza que resultarem em sequelas que impliquem na
redução parcial e definitiva da capacidade laborativa.

► Necessário qualidade de segurado no momento do fato gerador


(pode ser concedido inclusive no período de graça)

► Carência – Independe (Art. 26, I, da Lei 8.213/91)


AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)
► Beneficiários
• Empregado (urbano e rural)
• Empregado doméstico
• Trabalhador avulso
• Segurado Especial

Tema 627 do STJ: O segurado especial, cujo acidente ou moléstia é anterior à


vigência da Lei n. 12.873/2013, que alterou a redação do inciso I do artigo 39 da Lei
n. 8.213/91, não precisa comprovar o recolhimento de contribuição como segurado
facultativo para ter direito ao auxílio-acidente.

A jurisprudência dominante entende que o segurado facultativo e o contribuinte


individual não tem direito a esse benefício.
AUXÍLIO-ACIDENTE
Art. 18 § 1o da Lei 8.213/91. Somente poderão beneficiar-se do auxílio-
acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei.

Ou seja: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado


especial

TNU:
AUXÍLIO-ACIDENTE
► Redução da Audição

Art. 104, p.5°, do Decreto 3.048/99. A perda da audição, em qualquer grau, somente
proporcionará a concessão do auxílio-acidente quando, além do reconhecimento do
nexo entre o trabalho e o agravo, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da
capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia.

No mesmo sentido: Art. 86 da Lei 8.213/91

STJ:
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)
► Termo Inicial.
Segundo o art. 86, p.2°, da Lei 8.213/91, o auxílio-acidente será devido a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer
remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com
qualquer aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

RECURSO CONTRA A SENTENÇA . PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO ACIDENTE. DIB.


FIXAÇÃO NA DATA DE CESSAÇÃO DO AUXÍLIO DOENÇA. DISPENSABILIDADEDE
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
1. O auxílio-acidente independe de requerimento administrativo, uma vez que o
INSS tem o dever de concedê-lo de ofício após a cessação de auxílio-doença, caso
comprovado o implemento dos requisitos na data da referida cessação. Nessa
hipótese, a DIB do auxílio acidente será o dia posterior à cessação do auxílio
doença. (RC 5016183-44.2017.4.04.7201, 1ª TR-SC, L. Gamba, j. em 11/10/2018)
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)
► Termo Inicial – STJ – Tema Afetado
AUXÍLIO-ACIDENTE

► Duração : Art. 86, § 1º, da Lei 8.213/91. O auxílio-acidente


mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-benefício
e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início
de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do
segurado. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

► O art. 6º, p. 1º, da Lei 6.367/76 previa que o auxílio-acidente seria


pago em caráter vitalício.
► A Lei 9.528/97 indica que o benefício será devido até a véspera do
início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado
AUXÍLIO-ACIDENTE

Súmula 507 do STJ. A acumulação de auxílio-acidente com


aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a
aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do
art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para definição do momento da lesão nos
casos de doença profissional ou do trabalho
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)
Tema do STJ no mesmo sentido da Súmula.
AUXÍLIO-ACIDENTE (art. 86, da Lei 8.213/91)
Devido na mínima redução (STJ)
AUXÍLIO-ACIDENTE

Art. 31, da Lei 8.213/91. O valor mensal do auxílio-acidente integra o


salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de
qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art.
29 e no art. 86, § 5º.

Quando houver recebimento concomitante de remuneração no mês de


referência
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Antiga Aposentadoria por Invalidez (art. 42 e ss., da 8.213/91)
B-32 (comum)
B-92 (acidentário)
Aposentadoria por Incapacidade Permanente (art. 42 e ss., da 8.213/91)

Art. 42 da Lei 8.213/91. A aposentadoria por invalidez, uma


vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será
devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-
doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação
para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e
ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

Incapacidade Total e Permanente


Aposentadoria por Incapacidade Permanente (art. 42 e ss., da 8.213/91)

Incapacidade
Permanente
Qualidade de
para toda e Carência
Segurado na DII
qualquer
atividade

Funciona da mesma forma que vimos no


auxílio por incapacidade temporária.
Aposentadoria por Incapacidade Permanente (art. 42 e ss., da 8.213/91)

Qualidade de Carência
Segurado na DII

Regra Geral =
Independe 12 meses
de carência:

Art. 26 da Lei 8.213/91. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou
causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos,
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
Aposentadoria por Incapacidade Permanente (art. 42 e ss., da 8.213/91)
Art. 26 da Lei 8.213/91. Independe de carência a concessão das
seguintes prestações:
Carência Regra Geral =
12 meses
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente
de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS,
for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social,
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
Independe
de carência:

Art. 151 da Lei 8.213/91. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do
art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa,
hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna,
cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget
(osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação
por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
Aposentadoria por Incapacidade Permanente (art. 42 e ss., da 8.213/91)
DATA DE INÍCIO

Art. 43 da Lei 8.213/91. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e
3º deste artigo.

§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e


definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:

a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da


atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada
do requerimento decorrerem mais de trinta dias;

b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual,


especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da
entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.
Grande Invalidez
GRANDE INVALIDEZ
Art. 45 da Lei 8.213/91. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que
necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:

a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;

b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;

c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da


pensão.
Tema 982 (REsp repetitivo 1.648.305/RS). O STF determinou a suspensão dos
efeitos da decisão proferida.
Art. 45, da Lei 8.213/91. Art. 45, do Decreto 3.048/99. Quadro Anexo I, do Decreto 3.048/99
Grande Invalidez

Tema 982 do STJ


(REsp repetitivo
1.648.305/RS). O
STF determinou a
suspensão dos
efeitos da decisão
proferida.
Grande Invalidez

Tema 1095 do STF


Obrigações do Segurado

O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a


qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o
afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente
(art. 43, § 4º, da Lei 8.213/91)

Submeter-se a processo de reabilitação profissional por ela prescrito e


custeado

Submeter-se a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o


cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

(art. 101, da Lei 8.213/91 e art. 43, § 4º, da Lei 8.213/91)


BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
Hipóteses de Isenção da Perícia Revisional
Hipóteses de Isenção da Perícia Revisional

Art. 70 da Lei 8.212/91. Os beneficiários da Previdência


Social, aposentados por invalidez, ficam obrigados,
sob pena de sustação do pagamento do benefício, a
submeterem-se a exames médico-periciais,
estabelecidos na forma do regulamento, que definirá sua
periodicidade e os mecanismos de fiscalização e
auditoria.
Hipóteses de Isenção da Perícia Revisional

Art. 101 da Lei 8.213/91. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por


invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do
benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de
reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado
gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

§ 1o O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham


retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo:

I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando


decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou
do auxílio-doença que a precedeu; ou

II - após completarem sessenta anos de idade.


Hipóteses de Isenção da Perícia Revisional

Art. 43, da Lei 8.213/91.

§ 4o O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a


qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o
afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou
administrativamente, observado o disposto no art. 101 desta Lei.

§ 5º A pessoa com HIV/aids é dispensada da avaliação referida no § 4º


deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.847, de 2019)
Hipóteses de Isenção da Perícia Revisional

55 anos de Idade
A pessoa com
+ 60 anos de Idade
HIV/aids
15 anos de benefício
Parcelas de Recuperação
Parcelas de Recuperação
Art. 47 da Lei 8.213/91. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho
do aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento:

I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da


data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a
antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:

a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à


função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma
da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado
de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou

b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-


doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados;
Quando a recuperação ocorrer dentro
de 5 (cinco) anos

de imediato
após tantos meses quantos forem
os anos de duração
para o segurado empregado que
tiver direito a retornar à função
dos benefícios por incapacidade
que desempenhava na empresa
para os demais segurado.
quando se aposentou
Parcelas de Recuperação
Art. 47 da Lei 8.213/91. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do
aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento:

II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou


ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho
diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem
prejuízo da volta à atividade:

a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for
verificada a recuperação da capacidade;

b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6 (seis)


meses;

c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6
(seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.
• Quando a recuperação for parcial,
• ocorrer após o período do inciso I,
• ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de
trabalho diverso do qual habitualmente exercia,

a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:

Durante 6 meses em Durante + 6 meses Durante + 6 meses


100% em 50% em 25%
Parcelas de Recuperação e o Ajuizamento de Ação

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO. AÇÃO DE RESTABELECIMENTO. INTERESSE DE


AGIR. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MENSALIDADES DE RECUPERAÇÃO.
CARACTERIZAÇÃO. O ato administrativo que identifica a recuperação da
capacidade laboral e coloca o segurado em gozo de mensalidades de
recuperação (Lei 8.213/91, art. 47)é condição suficiente para a caracterização
do interesse de agir à propositura da ação de restabelecimento de
aposentadoria por invalidez.
(TRF-4 - RECURSO CÍVEL: 50518135120184047000 PR 5051813-
51.2018.4.04.7000, Relator: JOSÉ ANTONIO SAVARIS, Data de Julgamento:
29/01/2019, TERCEIRA TURMA RECURSAL DO PR)
DICA COM RELAÇÃO AO CONTRATO DE HONORÁRIOS

PARCELAS DE
ATRASADOS
RECUPERAÇÃO
O passo-a-passo dos benefícios por incapacidade no administrativo

Requerimento
Administrativo

Perícia
Administrativa

Resultado
Perícia
Administrativa

Laudo Pericial Administrativo


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OBS.: Encaminhamento à
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Procuração Administrativa X Tela SABI
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Resultado de Perícia
Resposta da perícia
Resposta da perícia
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Como sabemos a resposta da perícia?
INFBEN
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A carta de concessão
Como Obter a carta de concessão?
Como Obter a carta de concessão?
Como Obter a carta de concessão?
Carta de concessão
Benefício cessado?
Tese do Paralelismo das Formas
Tese do Paralelismo das Formas

Art. 505 do CPC/2015. Nenhum juiz decidirá novamente as


questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:

I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado,


sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso
em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na
sentença;
Tese do Paralelismo das Formas

Art. 71 da Lei 8.212/91. O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS


deverá rever os benefícios, inclusive os concedidos por acidente do
trabalho, ainda que concedidos judicialmente, para avaliar a
persistência, atenuação ou agravamento da incapacidade para o trabalho
alegada como causa para a sua concessão.

Parágrafo único. Será cabível a concessão de liminar nas ações


rescisórias e revisional, para suspender a execução do julgado
rescindendo ou revisando, em caso de fraude ou erro material
comprovado.
Se deve abrir ação em caso
de fraude, imagine sem
fraude !
Tese do Paralelismo das Formas
Tese do Paralelismo das Formas
Benefício cessado?

Vale a pena recorrer no administrativo ou vamos para o


judicial?
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de
contribuição
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição

Art. 55 da Lei 8.213/91. O tempo de serviço será


comprovado na forma estabelecida no Regulamento,
compreendendo, além do correspondente às atividades
de qualquer das categorias de segurados de que trata o
art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da
qualidade de segurado:

II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de


auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez;
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição

Art. 19-C do Decreto 3.048/99. Considera-se tempo de


contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais
tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre
outros, o período: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 1º Será computado o tempo intercalado de recebimento de


benefício por incapacidade, na forma do disposto no inciso II
do caput do art. 55 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto
para efeito de carência. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição
Art. 60 do Decreto 3.048/99. Até que lei específica discipline a matéria,
são contados como tempo de contribuição, entre outros: (Revogado
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou


aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade; (Revogado
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por


incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou
não; (Revogado pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
Por isso alguns consideravam
que o recolhimento como
facultativo não contava para
Logo, agora mesmo o acidentário precisa o intercalamento.
intercalar para contar para tempo de contribuição.
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição

Principal artigo na discussão para a contagem do período de


afastamento como carência:

Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pela


Lei nº 9.876, de 26.11.99)

§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido


benefícios por incapacidade, sua duração será contada,
considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-
de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal,
reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não
podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição

Súmula 73 da TNU.
O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por
invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser
computado como tempo de contribuição ou para fins de
carência quando intercalado entre períodos nos quais houve
recolhimento de contribuições para a previdência social.

Vide também: Processo 5007252-92.2018.403.6183 (ACP ajuizada pelo IBDP – 6ª Vara


Previdenciária de São Paulo).
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição

Súmula 102 do TRF4.


"É possível o cômputo do interregno em que o segurado
esteve usufruindo benefício por incapacidade (auxílio-
doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de
carência, desde que intercalado com períodos
contributivos ou de efetivo trabalho."
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de contribuição
Cômputo dos benefícios por Incapacidade como carência e tempo de
contribuição

Art. 19-C do Decreto 3.048/99. Considera-se tempo de


contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais
tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre
outros, o período: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 1º Será computado o tempo intercalado de recebimento de


benefício por incapacidade, na forma do disposto no inciso II
do caput do art. 55 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto
para efeito de carência. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Benefício Acidentário e o Tempo Especial
Benefício Acidentário e o Tempo Especial – Antes do Decreto 10.410/20

Art. 291, da IN 77/2015. São considerados para caracterização de


atividade exercida em condições especiais os períodos de
descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os
de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-
doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como
os de recebimento de salário maternidade, desde que, à data do
afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade
considerada especial.

Parágrafo único. Os períodos de afastamento decorrentes de gozo de


benefício por incapacidade de espécie não acidentária não serão
considerados como sendo de trabalho sob condições especiais.
Benefício Acidentário e o Tempo Especial – Antes do Decreto 10.410/20

Art. 65. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é


exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a
exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao
agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação
do serviço.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de


descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias,
aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-
doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como
aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do
afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de
que trata o art. 68.
Benefício Acidentário e o Tempo Especial – Antes do Decreto 10.410/20

O STJ chegou a afetar o tema 998 para firmar a tese de que


inclusive o benefício não acidentário deveria ser considerado
como especial.
Benefício Acidentário e o Tempo Especial – Após Decreto 10.410/20

Art. 65. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos


de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive ao
período de férias, e aos de percepção de salário-maternidade, desde
que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores
de risco de que trata o art. 68.” (NR)

Benefício Acidentário não entra mais como tempo especial,


segundo previsão do Decreto 10.410/2020
DICAS
A IMPORTANCIA DE OLHAR O CNIS
DICA Súmula 72 da TNU. O processo demorou tanto que meu segurado
mesmo incapaz voltou a trabalhar. E agora ?????

Súmula 72 da TNU. É possível o recebimento de


benefício por incapacidade durante período em que
houve exercício de atividade remunerada quando
comprovado que o segurado estava incapaz para as
atividades habituais na época em que trabalhou
DICA:

► Fungibilidade: tem sido aceito.

Tema 217 da TNU. Em relação ao benefício assistencial e aos benefícios por


incapacidade, é possível conhecer de um deles em juízo, ainda que não seja o
especificamente requerido na via administrativa, desde que preenchidos os requisitos
legais, observando-se o contraditório e o disposto no artigo 9º e 10 do CPC.
Cálculo dos benefícios por incapacidade
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

Acidentário Comum
Pensão por
Auxílio-Acidente Morte???

Auxílio Por
Incapacidade
Temporária

Aposentadoria por Incapacidade


Permanente
Antes da EC 103/19 RMI = SB X Alíquota
Onde:
SB = Média dos 80% maiores salários-de-
contribuição a partir de julho de 1994
Alíquota = ?????

Depois da EC 103/19 RMI = SB X Alíquota


Onde:
SB = Média de todos os salários-de-contribuição a
partir de julho de 1994
Alíquota = ?????
Salário de Benefício

Antes da EC 103/19: Após EC 103/19:

Média aritmética simples Média aritmética de


dos 80% maiores 100% salários-de-
salários-de-contribuição contribuição a partir de
a partir de jul/94 jul/94
Auxílio-Acidente

Onde (antes da EC 103/19):

• SB = Média dos 80% maiores salários de Contribuição


• Coeficiente = 50%

Onde (depois da EC 103/19):

• SB = Média de todos os salários de contribuição (100%)


• Coeficiente = 50%
Art. 86 da Lei 8.213/91
AUXÍLIO-DOENÇA – ATUAL AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA

Onde (antes da EC 103/19):

• SB = Média dos 80% maiores salários de Contribuição


• Coeficiente = 91%

Onde (depois da EC 103/19):

• SB = Média de todos os salários de contribuição (100%)


• Coeficiente = 91%
Carta de Concessão do Auxílio-Doença
Auxílio-Doença

Parte 1 da
Carta de
Concessão
Auxílio-Doença

Art. 29 da Lei 8.213/91.

§ 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média


aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-
contribuição, inclusive em caso de remuneração
variável, ou, se não alcançado o número de 12
(doze), a média aritmética simples dos salários-de-
contribuição existentes. (Incluído pela Lei
nº 13.135, de 2015)
Segunda parte do
cálculo:

Limitador dos 12 meses

Média dos últimos 12 meses =


R$ 1.673,99, ou seja, superior a RMI
encontrada. Benefício “não tetado”.
Aposentadoria por Invalidez – Atual Aposentadoria por Incapacidade Permanente
Comum – Não Acidentário

Onde (antes da EC 103/19 – Art. 42, da Lei 8.213/91):

• SB = Média dos 80% maiores salários de Contribuição


• Coeficiente = 100%

Onde (depois da EC 103/19):

• SB = Média de todos os salários de contribuição (100%)


• Coeficiente = 60% + 2% para cada ano que ultrapassar os 20 anos de
tempo de contribuição para o homem, ou 15 anos para a mulher
Aposentadoria por Incapacidade Permanente Acidentário depois da EC 103/19

Onde:

• SB = Média de todos os salários de contribuição (100%)


• Coeficiente = 100%
VALOR DO BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE
ANTES DA REFORMA (Art. 75 da Lei 8.213/91) DEPOIS DA REFORMA (Art. 23 da EC 103/19)
Falecido 100% da aposentadoria Cota de 50% + 10% por dependente do valor da
Aposentado aposentadoria
Falecido 1) Calculamos o SB com base 1) Calculamos o SB com base em 100% dos
não nos 80% maiores salários de salários de contribuição
aposentado contribuição

2) Simulamos aposentadoria 2) Simulamos aposentadoria por incapacidade


por incapacidade permanente permanente com alíquota de 60% + 2% para
que tinha alíquota de 100% cada ano que ultrapassar os 20 anos de TC, se
(Art. 44 da Lei 8.213/91) homem ou 15 anos, se mulher

3) Calculamos a pensão por 3) Calculamos a pensão por morte aplicando


morte aplicando alíquota de alíquota base de 50% + 10% adicional para
100% sobre o valor da cada dependente. A alíquota será aplicada
aposentadoria sobre o valor da AIP (limitado em 100%)
Exemplo Prático

Dados:

Segurado homem.

Período de Labor: 15 meses

1 dependente filho

DER antes da EC 103/19: 12/11/2019


DER após EC 103/19: 14/11/2019
RMI da Aposentadoria por Invalidez Comum ou Acidentária antes da
EC 103/19
Aposentadoria por Invalidez – Atual aposentadoria por incapacidade
permanente

DEPOIS da EC 103/19 DEPOIS da EC 103/19


NÃO ACIDENTÁRIO ACIDENTÁRIO
(Art. 26, da EC 103/19) (Art. 26, § 3º , da EC 103/19)
1 SB = Média de todos os salários de 1 SB = Média de todos os salários de
contribuição contribuição
2 Alíquota base em 60% da referida 2 Alíquota de 100%
média, com acréscimo de 2% para
cada ano de contribuição que
exceda os 20 anos de tempo de
contribuição, se homem ou 15 anos
de tempo de contribuição, se
mulher.
RMI da Aposentadoria por Invalidez Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Invalidez Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Invalidez Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Invalidez Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente Comum após a EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente Comum após a EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente Comum após a EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente Acidentário após
a EC 103/19
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente Acidentário após a EC 103/19
Aposentadoria por Invalidez – Atual aposentadoria por incapacidade
permanente

E se for acidentário ???

Como fica o cálculo ???

Art. 26 § 3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a


100% (cem por cento) da média aritmética definida na forma prevista
no caput e no § 1º:
II - no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, quando
decorrer de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença
do trabalho.
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente Acidentário após a EC 103/19
RMI do Auxílio-Doença antes da EC 103/19
RMI do Auxílio-Doença Comum antes da EC 103/19
RMI do Auxílio-Doença Comum antes da EC 103/19
RMI do Auxílio por Incapacidade Temporária após a EC 103/19
RMI do Auxílio por Incapacidade Temporária após a EC 103/19
RMI do Auxílio por Incapacidade Temporária após a EC 103/19

Soma dos 15 SC (100%)


Média dos SC (100%)
RMI da Pensão por morte Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Pensão por morte Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Pensão por morte Comum ou Acidentária antes da EC 103/19
RMI da Pensão por morte Comum depois da EC 103/19
RMI da Pensão por morte Comum depois da EC 103/19
RMI da Pensão por morte Comum depois da EC 103/19
DEPOIS DA REFORMA (Art. 23 da EC 103/19)
SEGURADO APOSENTADO: Cota de 50% + 10% por dependente do valor da aposentadoria

SEGURADO NÃO APOSENTADO:


1) Calculamos o SB com base em 100% dos salários de contribuição
SB = 4.773,44

2) Simulamos aposentadoria por incapacidade permanente com alíquota de 60% + 2% para


cada ano que ultrapassar os 20 anos de TC, se homem ou 15 anos, se mulher
= 4.773,44 x 60% = 2.864,06

3) Calculamos a pensão por morte aplicando alíquota base de 50% + 10% adicional para
cada dependente. A alíquota será aplicada sobre o valor da AIP (limitado em 100%)
= 2.864,06 x 60% = 1.718,43
RMI da Pensão por morte Acidentário após a EC 103/19
RMI da Pensão por morte Acidentário após a EC 103/19
RMI da Pensão por morte Acidentário após a EC 103/19
DEPOIS DA REFORMA (Art. 23 da EC 103/19)
SEGURADO APOSENTADO: Cota de 50% + 10% por dependente do valor da aposentadoria

SEGURADO NÃO APOSENTADO:


1) Calculamos o SB com base em 100% dos salários de contribuição
SB = 4.773,44

2) Simulamos aposentadoria por incapacidade permanente com alíquota de 60% + 2% para


cada ano que ultrapassar os 20 anos de TC, se homem ou 15 anos, se mulher
= 4.773,44 x 100% (ACIDENTÁRIO) = 4.773,44

3) Calculamos a pensão por morte aplicando alíquota base de 50% + 10% adicional para
cada dependente. A alíquota será aplicada sobre o valor da AIP (limitado em 100%)
= 4.773,44 x 60% = 2.864,06
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente antes da EC 103/19

ANOTAÇÕES:

Antes da EC 103/19
Aposentadoria por Invalidez Comum ou Acidentário R$ 5.172,04
Auxílio-Doença Comum ou acidentário R$ 4.706,55
Pensão por morte Comum ou Acidentária R$ 5.172,04
RMI da Aposentadoria por Incapacidade Permanente após a EC 103/19

ANOTAÇÕES:

Depois da EC 103/19
Aposentadoria por Incapacidade R$ 2.864,06 Aposentadoria por Incapacidade R$ 4.773,43
Permanente Comum após a EC 103/19 Permanente Acidentário
Auxílio por Incapacidade Temporária R$ 4.343,83
após a EC 103/19
Pensão por morte Comum depois da EC R$ 1.718,43 Pensão por morte Acidentário R$ 2.864,06
103/19
Situação Esdrúxula ?????????
MUITA ATENÇÃO COM O ACORDO E COM O PEDIDO DA AÇÃO
Dicas: Benefícios acidentários
COMPETÊNCIA
Competência em razão do tipo de benefício

Art. 109 da CF/1988. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública


federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas
à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho

Via de regra: competência da Justiça Federal, salvo exceções.


Competência em razão do tipo de benefício

Súmula 15 do STJ: “Compete a Justiça Estadual processar e


julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.”

Súmula 501 do STF: “Compete à Justiça ordinária estadual o


processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de
acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas
autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.”
COMPETÊNCIA

Competência

Benefício Benefício
Acidentário Comum

Justiça Estadual Justiça Federal


COMPETÊNCIA

Competência para ação


de benefício Competência Delegada
Acidentário

Art. 109, I da CF/1988 Art. 109, § 3º da CF/1988 (EC 103/19)


e
Art. 15 da Lei 5.010/66 (Recentemente
alterado pelo Art. 3° da Lei 13.876/2019)
Auxílio-Acidente Pensão por Morte

Auxílio Por
Incapacidade
Temporária

Aposentadoria por
Incapacidade Permanente
Acidente do Trabalho
Acidente do Trabalho

Acidente Típico Acidente Atípico


(Art. 19 da Lei 8.213/91) (Art. da Lei 8.213/91)

Doenças Ocupacionais

Doença Profissional Doença do Trabalho


(Art. 20,I da Lei 8.213/91) (Art. 20, II, da Lei 8.213/91)

Acidente por Equiparação (Art. 21,II e IV, da Lei 8.213/91)


E
Concausa (Art. 21, I da Lei 8.213/91)
Acidente Típico

► Art. 19 da Lei 8.213/91. Acidente do trabalho é o


que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício
do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.
Doença Profissional

► Art. 20,I da Lei 8.213/91. I - doença profissional,


assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
Doença Profissional

►Causada por fatores inerentes à atividade laboral.

Ex.: pneumoconiose (doença pulmonar causada pela


inalação de poeiras inorgânicas) entre os mineiros

Algumas descritas no Anexo II do Decreto 3.048/99


Doença do Trabalho

► Art. 20,II da Lei 8.213/91. II - doença do trabalho,


assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente, constante
da relação mencionada no inciso I.
Doença do Trabalho

► Art. 20,II da Lei 8.213/91. II - doença do trabalho,


assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente, constante
da relação mencionada no inciso I.

Relacionada com o ambiente de trabalho


Doença do Trabalho

► Ex.: “É o caso, verbi gratia, de um empregado de


casa noturna cujo “som ambiente” supere os limites de
tolerância; a atividade profissional que desempenha
não geraria nenhuma doença ou perturbação funcional
auditiva, porém, pelas condições em que exerce o seu
trabalho, está sujeito ao agente nocivo à sua saúde –
ruído excessivo.”
(Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro,
João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.)
Doença do Trabalho
Possível enquadrar pela
concausalidade. Ex.:
► Art. 20,II da Lei 8.213/91. Hérnia de disco

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:


a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é
resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
Concausa

► Art. 21, I da Lei 8.213/91. I - o acidente ligado ao


trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua capacidade
para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
médica para a sua recuperação;
Acidente por Equiparação
►Art. 21,II e IV, da Lei 8.213/91. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta
Lei:
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Acidente in itinere (Art. 21,IV, d, da Lei 8.213/91)

Revogado pela Medida Provisória n° 905/2019 de 11 de


novembro de 2019 (DOU de 12/11/2019)

MP n° 905/2019 revogada pela MP n° 955 de 20 de abril de


2020 (DOU de 20/04/2020
Acidente de Trabalho e o COVID-19

Vamos voltar para o art. 19 da Lei 8.213/19

Art. 19 da Lei 8.213/91. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício


do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta
Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.

Art. 19, § 1º, da Lei 8.213/91 A empresa é responsável pela adoção e uso
das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do
trabalhador.
Acidente de Trabalho e o COVID-19

Art. 21, da Lei 8.213/91. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para


efeitos desta Lei:

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade;

Art. 20, § 1º, da Lei 8.213/91. § 1º Não são consideradas como doença do
trabalho:

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela


se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Acidente de Trabalho e o COVID-19

Art. 29 da MP 927/19. Os casos de contaminação pelo coronavírus (covid-19)


não serão considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo
causal.
(Vide ADI nº 6342) (Vide ADI nº 6344) (Vide ADI nº 6346) (Vide ADI nº 6352) (Vide ADI nº 6354) (Vide ADI nº 6375)

Prova do Nexo Causal: Trabalhador


Significa que todos os casos de
STF: Previsão é Inconstitucional ! Covid-19 serão acidente de
trabalho ???????

E os profissionais da saúde?????
Principais reflexos para a empresa:

• Ação Trabalhista de dano moral e material

• Estabilidade do empregado no emprego – Art. 118, da Lei 8.213/91.

• Recolhimento de FGTS no período de afastamento – Art. 15, § 5º, da Lei


8.036/90

• Ação Regressiva – Art. 120 da Lei 8.213/91

• Elevação da alíquota de seguro acidente de trabalho - SAT


Principais reflexos da configuração do acidente do trabalho para o empregado na esfera
previdenciária:
• Isenção de Carência

• Estabilidade do empregado no emprego – Art. 118, da Lei 8.213/91 (12


meses)

• Coeficiente de 100% na aposentadoria por incapacidade permanente

• Competência para ajuizamento da ação

• Pensão por morte de cônjuge ou companheiro – Diretamente para


tabela etária sem passar pelo filtro

• Impacto na majoração do valor da pensão por morte.


CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho

Obrigação da empresa e do empregador doméstico


Prazo: 1 útil . Em caso de falecimento a à autoridade policial competente deve ser
comunicada de imediato.

Podem ainda emitir o CAT:

• O próprio acidentado ou seus dependentes


• O sindicato
• O médico
• Qualquer autoridade pública

E SE NÃO TIVER CAT? Isso não é óbice para o reconhecimento da natureza acidentária da
incapacidade, como é cediço na jurisprudência, tanto na Justiça Federal como na Justiça
do Trabalho
“No Brasil, a cada minuto que passa, um trabalhador sofre um acidente enquanto desempenha as
funções para as quais foi contratado.”
Fonte: https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/modulos/noticias/305976

• Em junho de 2020 foram divulgados os dados estatísticos do acidente do trabalho em 2018. Foram 576.951
acidentes do trabalho. Sendo 477.415 com CAT registrada e 99.536 sem CAT registrada (pouco mais de17%
do total)
• Dentre as com CATs registradas:
• 360.320 – Acidente Típico
• 107.708 – Acidente de Trajeto
• 9.387 – Doença do Trabalho
• CAGED indica no período 38 milhões de empregados formais – Assim, a cada 1 milhão de trabalhadores,
temos 15 mil registros de acidente

Fonte: https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/saude-e-seguranca-do-trabalhador/dados-de-acidentes-do-trabalho
Acidente do Trabalho
Acidente do Trabalho

Acidente Típico Acidente Atípico


(Art. 19 da Lei 8.213/91) (Art. da Lei 8.213/91)

Doenças Ocupacionais

Doença Profissional Doença do Trabalho


(Art. 20,I da Lei 8.213/91) (Art. 20, II, da Lei 8.213/91)

Acidente por Equiparação (Art. 21,II e IV, da Lei 8.213/91)


E
Concausa (Art. 21, I da Lei 8.213/91)
NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

► Art. 21-A, da Lei 8.213/91. A perícia médica do Instituto


Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a
natureza acidentária da incapacidade quando constatar
ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o
agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou
do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças
(CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.
Art. 337 do Decreto 3.048/99

► Art. 337, do Decreto 3.048/99. O acidente do trabalho será


caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS,
mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.

§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o


agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a
atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista C do
Anexo II deste Regulamento.
ADI 3931

ADI 3931 (21-A da Lei nº 8.213/91)


STF reconhece a constitucionalidade do NTEP
Lista C do anexo II do Decreto 3.048/99

Art. 21-A da Lei 8.213/91. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando
constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a
entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação
Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o
regulamento.

§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando


demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.
NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
► NTEP na configuração do acidente de trabalho

* Possibilidade de Reconhecimento do Acidente de Trabalho mesmo sem CAT


!!!!!!!!

Cruzar CID com o CNAE da empresa!!!!!!!

Lista C do Anexo II do Decreto n. 3.048/99


Nexo Técnico Profissional e do Trabalho
Listas A e B do Anexo II
ANEXO II
PRESUNÇÃO RELATIVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DANO MORAL. DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO


CAUSAL. PRESUNÇÃO. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. O Nexo Técnico é
ferramenta criada para a caracterização da doença ocupacional a partir de
estatísticas existentes no órgão previdenciário. A novidade contida no artigo
21-A da Lei nº 8.213/91 constitui mera técnica destinada a vincular
determinadas doenças a determinadas atividades econômicas e gera como
resultado apenas a presunção do nexo que, todavia, pode ser ilidida por prova
em contrário. Resulta daí que, não havendo prova pericial afastando o nexo
causal, afigura-se perfeitamente possível aplicar a presunção que decorre do
nexo técnico epidemiológico. Agravo de Instrumento a que se nega
provimento. (...) (TST, AIRR 343940-55.2007.5.11.0004, 1ª Turma, Relator
Desembargador Convocado Marcelo Lamego Pertence, DEJT 10.3.2017).
(Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.)
PRESUNÇÃO RELATIVA

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. ACIDENTE DE TRABALHO. NEXO


TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. PRESUNÇÃO RELATIVA. PERÍCIA JUDICIAL. NEXO DE
CAUSALIDADE. AFASTADO. I – O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
(NTEP) presume a doença profissional pela simples associação entre a
atividade da empresa e a doença ensejadora da incapacidade. Todavia, trata-
se de presunção relativa, a qual pode ser afastada por prova robusta em
sentido contrário. II – Comprovada por perícia judicial a inexistência de nexo
de causalidade entre a atividade exercida pelo autor e a doença que gerou a
incapacidade para o trabalho, não é devida a concessão do auxílio-doença de
natureza acidentária. III – Negou-se provimento ao recurso (TJDFT, Acórdão
1009744, 00309955720158070015, Relator José Divino, 6ª Turma Cível, DJE
26.5.2017).
(Manual de Direito Previdenciário / Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari. – 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.)
Exemplo 01

João, 45 anos está incapaz para o trabalho devido a Transtornos mentais e


comportamentais devidos ao uso de álcool. João foi diagnosticado com CID 10 F10.

João procura seu escritório pois teve a concessão de benefício por incapacidade
negado pela autarquia.

O médico de João indica que ele está incapaz definitivamente para o trabalho.

João tem 18 anos de tempo de contribuição e trabalha com Transporte rodoviário


coletivo de passageiros.
Exemplo 01

Priscila, onde posso consultar o CNAE da empresa????

Ex.:

https://cnae.ibge.gov.br/
Exemplo 01
Exemplo 01
Exemplo 01
Exemplo 01

Sabemos então CID da Doença pelo atestado médico - CID 10 F10


E consultamos o CNAE e vimos que é 4921

OK PRISCILAAAAAAAA

E AGORA????????

ABRA O DECRETO 3.048/99


Exemplo 01
Exemplo 01
Exemplo 01
CID 10 F10 --------- CNAE 4921

direitonapratica.priscila
Exemplo 02

PEDRO, 32 anos está incapaz para o trabalho permanentemente. Ele foi diagnosticado
com esquizofrenia, CID 10 F 20.

PEDRO procura seu escritório pois teve a concessão de benefício por incapacidade
negado pela autarquia.

PEDRO tem 13 anos de tempo de contribuição e trabalha como vigilante armado


Exemplo 01
Exemplo 01
Exemplo 03

FERNANDO, 39 anos está incapaz para o trabalho permanentemente. Ele foi


diagnosticado com leucemia, CID 10 C92.

FERNANDO procura seu escritório pois teve a concessão de benefício por


incapacidade negado pela autarquia.

FERNANDO tem 19 anos de tempo de contribuição e sempre trabalhou com produção


de cola sintética.
Exemplo 03
Exemplo 03
E se me filiar já portador da doença?

ESTUDO DE CASOS
Case 01

► MARIA, pedreira, fazendo exames rotineiros descobriu em


janeiro de 2018 que tinha uma Hérnia de disco. Isso foi uma
surpresa para Maria, pois não tinha nenhum sintoma.

►MARIA, que nunca havia contribuído para o INSS começou a


contribuir em fevereiro de 2018

►MARIA, continuou trabalhando normalmente até que em


agosto de 2019 começou a sentir fortes dores e requereu o
benefício de auxílio por incapacidade temporária?

► MARIA, terá direito ao benefício?


UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA !?!?!?

Doença Incapacidade
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)

Incapacidade E se o segurado ingressou no sistema


Temporária doente e ficou incapaz depois?

Art. 59 da Lei 8.213/91.

§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime


Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como
causa para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por
motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão.

Doença Preexistente X Incapacidade Preexistente


Case 02
► PEDRO, pedreiro, em janeiro de 2018 começou a sentir fortes dores. As
dores eram tão fortes que desde então João nunca mais conseguiu trabalhar.
► PEDRO, foi ao médico e descobriu que sua incapacidade para o trabalho
decorria de uma Hérnia de disco.

► PEDRO, que nunca havia contribuído para o INSS começou a contribuir em


fevereiro de 2018

► PEDRO ouviu que não poderia requerer o benefício de auxílio por


incapacidade temporária imediatamente, pois precisaria ter uma coisa
chamada carência que ele não entendia bem o que era.

► PEDRO, em agosto de 2019 requereu o benefício de auxílio por


incapacidade temporária.

► PEDRO terá direito ao benefício por incapacidade?


Case 03

► João, se afastou do trabalho em 30/06/2009 (DAT) pois sentia


dores muito fortes na coluna. João foi na emergência e foi
orientado a procurar atendimento ambulatorial. Na ocasião, não
foi emitido laudo médico de encaminhamento para o INSS e nem
laudo requerendo afastamento.

► João foi ao Posto de Saúde, mas apenas conseguiu agendar


atendimento médico para 06/08/2009.

► Como João visivelmente não tinha condições de voltar ao


trabalho. Ele não retornou ao trabalho.
Case 03

► Ao ser atendido em 06/08/2009, o médico emitiu laudo


indicando afastamento temporário de 90 dias.
► Em 10/08/2009 (DER) João fez o pedido de auxílio por
incapacidade temporária.
► João, permanece afastado, realizando constantemente perícias
administrativas.

Pelo exposto, para o INSS qual será da Data de Início da


Incapacidade (DII)?

O benefício de João será devido desde a DAT, DER ou DII?


Case 04

MARCOS, 30 anos de idade é segurado do RGPS.

MARCOS é portador do vírus HIV. Devido ao agravamento da doença, foi


aposentado por invalidez em março de 2016.

Em Janeiro de 2020 o segurado foi convocado para perícia médica no INSS.


Assim que foi notificado da convocação, o segurado procura o seu
escritório.

1 – Qual medida você deverá tomar?


Case 04
Art. 43 da Lei 8.213/91. § 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a
qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a
aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, observado o disposto no art. 101
desta Lei.

Art. 60 da Lei 8.213/91. § 10. O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou


administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram sua concessão ou manutenção, observado o disposto no art. 101
desta Lei.

Art. 101 da Lei 8.213/91. § 1º O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não
tenham retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo:
I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze
anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a
precedeu; ou
II - após completarem sessenta anos de idade.
Case 04

A Lei 13.847 de 19 de junho de 2019 alterou o disposto no art. 43 § 5º


da Lei 8.213/91 que passou a dispor:
§ 5º A pessoa com HIV/aids é dispensada da avaliação referida no §
4º deste artigo.

1. O segurado não precisa se submeter a perícia médica, visto que


desde a Lei 13.847 de 19 de junho de 2019 que alterou o disposto no
art. 43 § 5º passou a prever a dispensa da avaliação.

2. Mandado de Segurança Preventivo


Case 05

Manoel procura seu escritório para saber se tem direito a algum


benefício previdenciário.

Ele relata que trabalhou até 2010 de carteira assinada e que em


2011 sofreu um acidente em sua casa enquanto usava uma
“Makita”. Ele afirma que depois disso ficou com redução dos
movimentos da mão.

Ele não lembra bem a data do último dia trabalhado e nem a data
do acidente.
Case 05

Manoel é um senhor muito humilde e não consegue dar mais


informações.

Você então pega a CTPS dele para analisar e pede para ele retornar
com os documentos médicos enquanto analisa o caso.
Pelo site você retira o resultado da perícia:
Pelo site você retira o resultado da perícia:
Pelo site você retira o resultado da perícia:

Não provou a qualidade de segurado, ok!

Mas será que reconheceu a incapacidade ?


Vamos então no Guichê pedir a Tela SABI ou agendar pelo MEU INSS

Procuração
Específica
De fato na época a incapacidade foi reconhecida. Como foi negado em
2011, as parcelas prescreveram. Mas será que ele fez outras perícias?
Quando você buscou o resultado da perícia, você observou que sim.

Dt. Perícia:
08/02/2012
Pedimos então a SABI da outra perícia para ver o que temos
Segunda perícia em 2017 reconhece a sequela.
Vamos olhar o que fala o resultado da segunda perícia?
OK, INSS reconheceu a incapacidade em 2012 referente ao acidente de
2011.

Em 2017 reconheceu a sequela.

Então porque o benefício foi negado?

Lembra que a recusa indicava qualidade de segurado?


Será que ele realmente não tinha?

A tela SABI indica que o acidente ocorreu em 21/11/2011


CASE 1
Lei 8.213/91. Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente;


II - até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar
de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício
do Seguro-Desemprego (MP 905/19);
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
CASE 1
Lei 8.213/91. Art. 15. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte
e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte)
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses


para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos


perante a Previdência Social.

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término


do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento
da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos
prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
Agora que já sabemos a data do acidente, vamos analisar se nessa
data, Manoel tinha qualidade de segurado.

Informação: Manoel não possui mais do que 120 contribuições.


Possuía no total 80 contribuições contando com a que antecedeu o
último vínculo.
Perceba que ele era
pedreiro.

Último dia de trabalho em


05/04/2010

Agora vamos analisar a


qualidade de segurado.
CASE 1

Art. 15, II, da Lei 8.213/91 - 12 Meses


Art. 15, § 1°, da Lei 8.213/91 - 0 Meses
Art. 15, § 2°, da Lei 8.213/91 - 12 Meses

Desligamento – 05/04/2010
Data da Início da Incapacidade – 21/11/2011

Exemplo para período de graça de 24 meses


Última Contribuição referente ao mês de Abril/2010
Projeção de 24 meses Abril/2012
Mês imediatamente Posterior Maio/2012
Último dia para recolhimento do mês de maio de 2012 15 de Junho de 2012
(logo, manutenção da qualidade de segurado até...)
Prof. PRISCILA MACHADO

Priscila Machado

@profpriscilamachado

https://t.me/profpriscilamachado

https://www.youtube.com/c/prisci
lamachadoprevidenciarionapratica

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