Você está na página 1de 162

Direito

Previdenciário

Adriana Menezes
- Benefícios por incapacidade –
- parte 1
- Auxílio por incapacidade temporária
(antigo Auxílio-doença)
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Lei 8.213/91

Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou
para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Decreto nº 3.048/99

Art. 71. O auxílio por incapacidade temporária será devido ao segurado que, uma vez
cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, conforme
definido em avaliação médico-pericial. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> CONCESSÃO

 Qualidade de segurado

 Cumprimento da carência mínima, se for o caso

 incapacidade
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
Segurado preso

> Lei n. 8.213/91 – Art. 59


§ 2º Não será devido o auxílio-doença para o segurado recluso em regime fechado.
§ 3º O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o
benefício suspenso.
§ 4º A suspensão prevista no § 3º será de até sessenta dias, contados da data do
recolhimento à prisão, cessado o benefício após o referido prazo.
§ 5º Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo previsto no §
4º, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

§ 7º O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º deste artigo aplica-se somente aos benefícios
dos segurados que forem recolhidos à prisão a partir da data de publicação desta Lei.
 18/06/2019

§ 8º O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto terá


direito ao auxílio-doença.
Carência – períodos

AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA E APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE


PERMANENTE

> Regra: 12 contribuições mensais.

Acidente de qualquer natureza. Doenças profissionais e doenças do trabalho


Exceções
Acometimento por doença prevista em Portaria Interministerial
Isenções

> Auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente


nos casos de:

> a) acidente de qualquer natureza ou causa;

> b) doença profissional ou do trabalho e de doenças ou afecções graves especificadas


em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Economia, atualizada a cada 03
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado.
Isenções

> Lei nº 8.213/91.

Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26,
independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose
ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia
maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença
de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS) ou
contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
PERÍODO DE CARÊNCI A

Decreto n. 3.048/99

Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


...

III - auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente


nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do
trabalho e nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, seja acometido de alguma
das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da
Economia, atualizada a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e
gravidade que mereçam tratamento particularizado;
PERÍODO DE CARÊNCI A

> ...
§ 1º Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem
traumática e por exposição a agentes exógenos, físicos, químicos ou biológicos, que
acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a
redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.

> - Conceito de acidente de qualquer natureza


PERÍODO DE CARÊNCI A

§ 2º Até que seja elaborada a lista de doenças ou afecções a que se refere o inciso III
do caput, independerá de carência a concessão de auxílio por incapacidade temporária e
de aposentadoria por incapacidade permanente ao segurado que, após filiar-se ao RGPS,
seja acometido por alguma das seguintes doenças:
I - tuberculose ativa;
II - hanseníase;
III - alienação mental;
IV - esclerose múltipla;
V - hepatopatia grave;
VI - neoplasia maligna;
VII - cegueira;
PERÍODO DE CARÊNCI A

Tema TNU nº 220

Questão submetida a julgamento: Saber se o rol do inciso II do art. 26 c/c art. 151 da Lei
nº 8.213/91 é taxativo ou se pode contemplar outras hipóteses de isenção de carência,
como a gravidez de alto risco.

Tese firmada: "1. O rol do inciso II do art. 26 da lei 8.213/91 é exaustivo. 2. A lista de
doenças mencionada no inciso II, atualmente regulamentada pelo art. 151 da lei nº
8.213/91, não é taxativa, admitindo interpretação extensiva, desde que demonstrada a
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. 3. A gravidez de alto
risco, com recomendação médica de afastamento do trabalho por mais de 15 dias
consecutivos, autoriza a dispensa de carência para acesso aos benefícios por
incapacidade"
PERÍODO DE CARÊNCI A

Tema TNU nº 220

Questão submetida a julgamento: Saber se o rol do inciso II do art. 26 c/c art. 151 da Lei
nº 8.213/91 é taxativo ou se pode contemplar outras hipóteses de isenção de carência,
como a gravidez de alto risco.

Tese firmada: "1. O rol do inciso II do art. 26 da lei 8.213/91 é exaustivo. 2. A lista de
doenças mencionada no inciso II, atualmente regulamentada pelo art. 151 da lei nº
8.213/91, não é taxativa, admitindo interpretação extensiva, desde que demonstrada a
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. 3. A gravidez de alto
risco, com recomendação médica de afastamento do trabalho por mais de 15 dias
consecutivos, autoriza a dispensa de carência para acesso aos benefícios por
incapacidade"
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
Incapacidade

O Manual de Perícia Médica da Previdência Social entende que a incapacidade


laborativa é a impossibilidade de desempenho das funções específicas de uma
atividade ou ocupação, em consequência de alterações morfopsicofisiológicas
provocadas por doença ou acidente.

O conceito de incapacidade deve ser analisado quanto ao grau, à duração e à


profissão desempenhada.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
1.1 GRAU DA INCAPACIDADE LABORATIVA

Quanto ao grau, a incapacidade laborativa pode ser:

I - parcial: limita o desempenho das atribuições do cargo, sem risco de morte ou de


agravamento, embora não permita atingir a meta de rendimento alcançada em
condições normais; ou

II - total: gera impossibilidade de desempenhar as atribuições do cargo, função ou


emprego.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Súmula nº 25, AGU:

Será concedido auxílio-doença ao segurado considerado temporariamente incapaz para o


trabalho ou sua atividade habitual, de forma total ou parcial, atendidos os demais
requisitos legais, entendendo-se por incapacidade parcial aquela que permita sua
reabilitação para outras atividades laborais.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> 1.2 DURAÇÃO DA INCAPACIDADE LABORATIVA

> Quanto à duração, a incapacidade laborativa pode ser:

> I - temporária: para a qual se pode esperar recuperação dentro de prazo previsível; ou

> II - indefinida: é aquela insuscetível de alteração em prazo previsível com os recursos da


terapêutica e reabilitação disponíveis à época.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> 1.3 INCAPACIDADE LABORATIVA E DESEMPENHO PROFISSIONAL

> Quanto à profissão, a incapacidade laborativa pode ser:


> I - uniprofissional: aquela que alcança apenas uma atividade, função ou ocupação
específica;

> II - multiprofissional: aquela que abrange diversas atividades, funções ou ocupações


profissionais; ou

> III - omniprofissional: aquela que implica na impossibilidade do desempenho de toda e


qualquer atividade função ou ocupação laborativa, sendo conceito essencialmente
teórico, salvo quando em caráter transitório.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> A avaliação da incapacidade laborativa do requerente é feita pela Perícia Médica
Federal e destina-se a permitir resposta aos quesitos estabelecidos, atendidos os
conceitos e os critérios legais e regulamentares.

> O requerente deve levar e apresentar toda a documentação de que dispõe para
comprovar sua incapacidade (laudos médicos, exames complementares, atestados,
prontuários médicos)

> Não pode ser documento de profissional de outra área.


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Doença preexistente

> Lei n. 8.213/91


Art. 59...
§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de
Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o
benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento da doença ou da lesão.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Doença preexistente

> Súmula nº 53, TNU:


Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência
Social.

Enunciado nº 7, CRPS:
Não há direito a benefício por incapacidade quando o seu fato gerador é preexistente ao
reingresso do segurado no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), salvo agravamento
ou progressão da doença.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Perícia médica do INSS

> Imprescindível que o segurado apresente prova da sua incapacidade (documentos):


 atestados
 pareceres
 prontuário médico
 exames complementares.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Perícia médica do INSS

> É feito o requerimento do benefício pelo segurado ou pelo procurador constituído, ou


pela empresa, designada data, local e hora da perícia presencial na APS.

> Se houver impossibilidade de locomoção do segurado, o exame médico será realizado


no hospital ou no domicílio. Mas, tem que haver comprovação da necessidade.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Perícia médica do INSS

> O requerente tem direito de solicitar a presença de um acompanhante durante o


exame médico pericial. Isso é feito no ato da solicitação do benefício, com a
identificação do acompanhante.
> Perito pode negar, fundamentando a negativa.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Perícia médica pelo INSS

> SABI – Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade – (Resoluão


INSS/PRES n. 112, de 18/10/2010) : sistema que possibilita o controle dos processos de
concessão de BI.

> Manual de Perícias Médicas do INSS – serve como orientação para os médicos peritoso
em matéria de BI.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Perícia médica pelo INSS
> O médico perito federal não precisa ser da especialidade da doença causadora da
incapacidade do segurado.
> O perito realiza o exame médico pericial e lança o laudo no SABI com todas as
informações e dados técnicos de forma precisa, clara e objetiva.

> DID – data do início da doença


> DII - data do início da incapacidade
> DCB – data da cessação do benefício
> DER – data da entrada do requerimento
> DCI – data da comprovação da incapacidade
- Benefícios por incapacidade –
- parte 2
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Perícia médica pelo INSS

> Conclusões:
> Tipo 1 – Contrária
> Tipo 2 – Data da Cessação do Benefício (DCB)
> Tipo 4 – Data da Comprovação da Incapacidade (DCI)
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA
> Perícia médica pelo INSS
> Conclusão: Tipo 1 – Contrária

> Perícia inicial = não há incapacidade para o trabalho


> Pedido de prorrogação do benefício = inexistência de incapacidade para o trabalho.

> Decreto n. 3.048/99


Art. 78
§ 7º O segurado que não concordar com o resultado da avaliação a que se refere o § 1º
poderá apresentar, no prazo de trinta dias, recurso da decisão proferida pela Perícia
Médica Federal perante o Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, cuja análise
médico-pericial, se necessária, será feita por perito médico federal diverso daquele que
tenha realizado o exame anterior.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Perícia médica pelo INSS


> Conclusão: Tipo 2 – Data da Cessação do Benefício (DCB)

 Incapacidade já cessada. DCB anterior ou na DER

Existência de incapacidade laborativa. É fixada DCB.


 O segurado poderá pedir prorrogação nos 15 dias que antecederem à DCB.

 Incapacidade laborativa cessada com retorno voluntário ao trabalho


 DCB fixada no dia anterior ao retorno ao trabalho
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Perícia médica pelo INSS

> Conclusão: Tipo 4 – Data da Comprovação da Incapacidade (DCI)


> No caso de existência de incapacidade com indicação de:

 reabilitação profissional

Aposentadoria por incapacidade permanente


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> Espécies de auxílio por incapacidade

> Acidentário (B91)= decorre de acidente do trabalho (inclusive, doença profissional e


doença do trabalho)
 Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado especial.

> Não acidentário (B31)= decorre de qualquer acidente que não seja acidente do
trabalho e de doenças que não sejam caracterizadas como doenças profissional ou do
trabalho.
 Qualquer categoria de segurado.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA - DIB
> Lei n.8.213/91
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto
dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do
início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o
auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do requerimento.
§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário
integral.
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo
o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º,
somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando
a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA - DIB
> Decreto n. 3.048/99

Art. 72. O auxílio por incapacidade temporária consiste em renda mensal correspondente
a noventa e um por cento do salário de benefício definido na forma prevista no art. 32 e
será devido:
I - a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade para o segurado
empregado, exceto o doméstico;
II – a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados; ou
II – a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados, desde que o
afastamento seja superior a quinze dias; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III - a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido após o trigésimo dia
do afastamento da atividade, para todos os segurados.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> RENDA MENSAL INICIAL

> Mesmo cálculo tanto para B31 e B91


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA

> RENDA MENSAL INICIAL

> Mesmo cálculo tanto para B31 e B91


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Lei n. 8.213/91
Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa
renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício,
observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei

Art. 29...
§10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze
salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado
o número de doze, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes.

 Essa regra se aplica aos afastamentos ocorridos após 01/março/2015


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Reforma Previdenciária/2019

> Salário de benefício –

> Art. 29, II, Lei 8.213/91


> EC 103/2019
> Decreto n. 3.048/99

‘ tempus regit actum’


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Enunciado FONAJEF nº 213:
O cálculo dos benefícios por incapacidade deve observar os critérios da legislação
anterior à entrada em vigor da EC 103/19, quando a data de início da incapacidade a
preceder, mesmo que a DER seja posterior.

> Enunciado FONAJEF nº 214:


O cálculo da aposentadoria por incapacidade permanente deve observar a lei vigente à
época do início da incapacidade permanente, ainda que precedido de auxílio-doença.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Lei nº 8.213/91

Art. 29. O salário-de-benefício consiste:


I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por
cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por
cento de todo o período contributivo.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 188-E. O salário de benefício a ser utilizado para apuração do valor da renda mensal
dos benefícios concedidos com base em direito adquirido até 13 de novembro de 2019
consistirá: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
...
II - para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na
média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta
por cento de todo o período contributivo. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> EC nº 103/2019

Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de previdência
social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será utilizada a média aritmética
simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base para
contribuições a regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de Previdência
Social, ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares de que
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente,
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência
julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 72. O auxílio por incapacidade temporária consiste em renda mensal correspondente
a noventa e um por cento do salário de benefício definido na forma prevista no art. 32 e
será devido:
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 32. O salário de benefício a ser utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata
este Regulamento, inclusive aqueles previstos em acordo internacional, consiste no
resultado da média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações
adotadas como base para contribuições a regime próprio de previdência social ou como
base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e
art. 142 da Constituição, considerados para a concessão do benefício, atualizados
monetariamente, correspondentes a cem por cento do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa
competência. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 32...
§23. O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média aritmética
simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração
variável, ou, se não houver doze salários de contribuição, a média aritmética simples dos
salários de contribuição existentes, observado o disposto no art. 33. (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> O Segurado exerce mais de uma atividade

> A) fica incapacitado em relação a todas

> B) fica incapacitado em relação a uma delas

> C) no curso do recebimento do benefício fica incapacitado para a outra atividade


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> O Segurado exerce mais de uma atividade

> A) fica incapacitado em relação a todas


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
Decreto n. 3.048/99
Art. 34. O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades
concomitantes será calculado com base na soma dos salários de contribuição das
atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito ou no período básico de
cálculo, observado o disposto no art. 32. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
§1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite
máximo do salário-de-contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades
concomitantes.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> O Segurado exerce mais de uma atividade

> B) fica incapacitado em relação a uma delas


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto n. 3.048/99

Art. 73. O auxílio por incapacidade temporária do segurado que exercer mais de uma
atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade
apenas para o exercício de uma delas, hipótese em que o segurado deverá informar a
Perícia Médica Federal a respeito de todas as atividades que estiver exercendo.
§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, o auxílio por incapacidade temporária será
concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado,
consideradas para fins de carência somente as contribuições relativas a essa atividade.
§ 2º Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de
imediato o afastamento de todas elas.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto n. 3.048/99

Art. 73.
§ 4º Na hipótese prevista no § 1º, o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá
ser inferior ao salário-mínimo, desde que, se somado às demais remunerações recebidas,
resulte em valor superior ao salário-mínimo.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> O Segurado exerce mais de uma atividade

> C) no curso do recebimento do benefício fica incapacitado para a outra atividade


A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto n. 3.048/99

Art. 73.
§ 3º Constatada durante o recebimento do auxílio por incapacidade temporária
concedido nos termos do disposto neste artigo a incapacidade do segurado para cada
uma das demais atividades, o valor do benefício deverá ser revisto com base nos salários
de contribuição de cada uma das atividades, observado o disposto nos incisos I ao III
do caput do art. 72
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto n. 3.048/99

Art. 34.
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º do art. 73, o salário de benefício do auxílio por
incapacidade temporária será calculado com base na soma dos salários de
contribuição referentes às atividades para as quais o segurado seja considerado
incapacitado.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – pedido de prorrogação
> Benefício cessado a partir de uma data já fixada pelo perito médico federal.

> Decreto n. 3.048/99


Art.78...
§ 1º Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio por
incapacidade temporária, judicial ou administrativo, deverá estabelecer o prazo estimado
para a duração do benefício.
§2º Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá
solicitar a sua prorrogação, na forma estabelecida pelo INSS.
...
§ 4º Caso não seja estabelecido o prazo de que trata o § 1º, o benefício cessará após o
prazo de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação do auxílio por
incapacidade temporária, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação ao INSS,
observado o disposto no art. 79.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – pedido de prorrogação
> O pedido de prorrogação deve ser feito até 15 dias antes da DCB.

> Será designada perícia nos próximos 30 dias da data do pedido.

> Se não for designada perícia, o benefício será prorrogado por mais 30 dias e será
gerada uma nova DCB para o benefício.

> Pode haver até 2 prorrogações automáticas, sem necessidade de comparecimento do


segurado.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – pedido de prorrogação
> O pedido de prorrogação deve ser feito até 15 dias antes da DCB.

> Será designada perícia nos próximos 30 dias da data do pedido.

> Na segunda perícia – perícia conclusiva – o médico perito federal faz análise e pode:
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – pedido de prorrogação
> Caso o benefício seja prorrogado e mesmo assim o segurado se sentido inapto, poderá
mais uma vez, pedir prorrogação em até 15 dias antes da nova DCB.

> Será designada perícia resolutiva.

> Na segunda perícia – perícia conclusiva – o médico perito federal faz análise e pode:
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA - restabelecimento
> Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15
dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de
60 dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio por
incapacidade temporária a partir da data do novo afastamento.

> Decreto n. 3.048/99


Art. 75..
§ 4º Se o segurado empregado, por motivo de incapacidade, afastar-se do trabalho
durante o período de quinze dias, retornar à atividade no décimo sexto dia e voltar a se
afastar no prazo de sessenta dias, contado da data de seu retorno, em decorrência do
mesmo motivo que gerou a incapacidade, este fará jus ao auxílio por incapacidade
temporária a partir da data do novo afastamento.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA - restabelecimento
> Se o segurado empregado, após ter recebido o benefício, voltar a se afastar dentro de
60 dias desse retorno, pelo mesmo motivo que gerou aquele benefício, fará jus ao
auxílio por incapacidade temporária a partir da data do novo afastamento.
> Será o benefício anterior restabelecido.

> Decreto n. 3.048/99


> Art.75...
> § 3º Se concedido novo benefício decorrente do mesmo motivo que gerou a incapacidade
no prazo de sessenta dias, contado da data da cessação do benefício anterior, a empresa
ficará desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias de afastamento,
prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA - restabelecimento
> Se a causa for diferente para o novo afastamento, ainda se ocorrer nos próximos 60
dias, será concedido novo benefício a partir de 16º do afastamento.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – estabilidade do
acidentado
> Lei n. 8.213/91

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo
de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação
do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – estabilidade do
acidentado
> Súmula nº 378 do TST:

> ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991.


(inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

> I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à


estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao
empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – estabilidade do
acidentado
> O empregador é obrigado a efetuar o depósito do FGTS enquanto estiver o segurado
em gozo de auxílio acidentário

> Lei 8.036/90: ARt 15, §5º


- Benefícios por incapacidade –
- parte 3
- Aposentadoria por Incapacidade
Permanente
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
PERMANENTE
> CF,

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:
I – cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e
idade avançada;
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E
Concessão
> Lei nº 8.213/91
Art. 42: A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

Decreto nº 3.048/99
Art. 43. A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período de
carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não de
auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência,
que lhe será paga enquanto permanecer nessa condição.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E

Doença preexistente
> Lei n. 8.213/91
Art. 42...
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de
Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou
lesão.

> Súmula nº 53, TNU:


Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade
para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência
Social.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E
Súmulas da TNU:

> 47 – Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar
as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por
invalidez.

> 77 – O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não
reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade habitual.

> 78 – Comprovado que o requerente do benefício é portador do vírus HIV, cabe ao


julgador verificar as condições pessoais, sociais, econômicas e culturais, de forma a
analisar a incapacidade em sentido amplo, em face da elevada estigmatização social da
doença.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E

> CARÊNCIA
> Regra: 12 contribuições mensais.

Acidente de qualquer natureza. Doenças profissionais e doenças do trabalho


Exceções
Acometimento por doença prevista em Portaria Interministerial
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
PERMANENTE

> RENDA MENSAL INICIAL


A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
PERMANENTE – renda mensal inicial
> Reforma Previdenciária/2019

> Salário de benefício –

> Art. 29, II, Lei 8.213/91


> EC 103/2019
> Decreto n. 3.048/99

‘ tempus regit actum’


A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
PERMANENTE – renda mensal inicial
> Enunciado FONAJEF nº 213:
O cálculo dos benefícios por incapacidade deve observar os critérios da legislação
anterior à entrada em vigor da EC 103/19, quando a data de início da incapacidade a
preceder, mesmo que a DER seja posterior.

> Enunciado FONAJEF nº 214:


O cálculo da aposentadoria por incapacidade permanente deve observar a lei vigente à
época do início da incapacidade permanente, ainda que precedido de auxílio-doença.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
PERMANENTE– renda mensal inicial
> No período de 28/04/95 até 13/11/2019 (EC n. 103/2019)
> Lei nº 8.213/91

Art. 29. O salário-de-benefício consiste:


I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por
cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por
cento de todo o período contributivo.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
PERMANENTE– renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 188-E. O salário de benefício a ser utilizado para apuração do valor da renda mensal
dos benefícios concedidos com base em direito adquirido até 13 de novembro de 2019
consistirá: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
...
II - para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na
média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta
por cento de todo o período contributivo. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> EC nº 103/2019
Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de previdência
social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será utilizada a média aritmética
simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base para
contribuições a regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de Previdência
Social, ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares de que
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente,
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência
julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 72. O auxílio por incapacidade temporária consiste em renda mensal correspondente
a noventa e um por cento do salário de benefício definido na forma prevista no art. 32 e
será devido:
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 32. O salário de benefício a ser utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata
este Regulamento, inclusive aqueles previstos em acordo internacional, consiste no
resultado da média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações
adotadas como base para contribuições a regime próprio de previdência social ou como
base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e
art. 142 da Constituição, considerados para a concessão do benefício, atualizados
monetariamente, correspondentes a cem por cento do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa
competência. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – renda mensal inicial
> Decreto nº 3.048/99

Art. 32...
§23. O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média aritmética
simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração
variável, ou, se não houver doze salários de contribuição, a média aritmética simples dos
salários de contribuição existentes, observado o disposto no art. 33. (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
RENDA MENSAL INICIAL (RMI)

Aposentadoria por incapacidade permanente acidentária – B92


> - Média de 100% dos salários de contribuição, desde a competência julho de 1994 ou
desde o início das contribuições se posterior a julho de 1994;
> 100% da referida média (SB)

Decreto n. 3.048/99
Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o disposto
no § 1º, e consistirá em renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes percentuais
incidentes sobre o salário de benefício, definido na forma do disposto no art. 32:
II - cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de:
a) acidente de trabalho;
b) doença profissional; ou
c) doença do trabalho.
RENDA MENSAL INICIAL (RMI)

Aposentadoria por incapacidade permanente não acidentária – B32

> - Média de 100% dos salários de contribuição, desde a competência julho de 1994 ou
desde o início das contribuições se posterior a julho de 1994;

> - 60% da referida média (SB) , com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que
exceder:

> o tempo de 20 anos de contribuição para homens

> o tempo de 15 anos de contribuição para mulheres.


RENDA MENSAL INICIAL (RMI)

Aposentadoria por incapacidade permanente não acidentária

Decreto n. 3.048/99

Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o disposto
no § 1º, e consistirá em renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes percentuais
incidentes sobre o salário de benefício, definido na forma do disposto no art. 32:
I - sessenta por cento, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de vinte anos de contribuição, para os homens, ou
quinze anos de contribuição, para as mulheres; ou
HOMEM

Tempo de contribuição Renda Mensal inicial = %SB

Até 20 anos 60

21 62

22 64

23 66

... ...

30 80

... ...

40 100

41 102
MULHER

Tempo de contribuição Renda Mensal inicial = %SB

Até 15 anos 60

16 62

17 64

18 66

... ...

20 70

... ...

35 100

40 110
G R A N D E I N VA L I D E Z – a u x í l i o -
acompanhante
> Decreto n. 3.048/99

Art. 45. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que


necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de vinte e cinco por
cento, observada a relação constante do Anexo I, e
I – devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; e
II – recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado.
G R A N D E I N VA L I D E Z – a u x í l i o -
acompanhante
> Situações previstas no Anexo I do Decreto n. 3.048/99

1 – cegueira total
2 – perda de 9 dedos das mãos ou superior a esta;
3 – paralisia dos dois membros superiores ou inferiores;
4 – perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível;
5 – perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível;
6 – perda da um membro superior e outro inferior, quando a prótese por impossível;
7 – alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social;
8 – doença que exija permanência contínua no leito;
9 – incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - D I B

> A aposentadoria por incapacidade permanente será devida:

> 1) quando vier precedida de auxílio por incapacidade temporária: a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária;

> 2) quando for concedida diretamente:


> - a partir do 16º dia da incapacidade, no caso de empregado;
> - a partir da data do início da incapacidade para os demais segurados, se requerido
dentro de 30 dias do início da incapacidade;
> - a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após o 30º dia do
afastamento da atividade, para todos os segurados.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O

> O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para
avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida
judicial ou administrativamente, observado o disposto no art. 101 da Lei nº 8.213/91:

Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o


pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se
a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por
ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a
transfusão de sangue, que são facultativos.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O

§1o O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à
atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo:

I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos


quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença
que a precedeu; ou

II - após completarem sessenta anos de idade.


A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O

Art. 43,
§4º: O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento
para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria,
concedida judicial ou administrativamente, observado o disposto no art. 101 desta Lei.

§5º: A pessoa com HIV/Aids é dispensada da avaliação referida no § 4º deste artigo. (Lei
13.847/2019).
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O

> Decreto nº 3.048/99

Art. 46. O segurado aposentado por incapacidade permanente poderá ser convocado a
qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a
aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, sem prejuízo do disposto no §
1º e sob pena de suspensão do benefício. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
§ 1º Observado o disposto no caput, o aposentado por incapacidade permanente fica
obrigado, sob pena de suspensão do pagamento do benefício, a submeter-se a exame
médico-pericial pela Perícia Médica Federal, a processo de reabilitação profissional a
cargo do INSS e a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a
transfusão de sangue, que são facultativos. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O

§ 2º O aposentado por incapacidade permanente que não tenha retornado à atividade


estará isento do exame médico-pericial de que trata este artigo: (Incluído pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)
I - após completar cinquenta e cinco anos de idade e quando decorridos quinze anos da
data de concessão da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por
incapacidade temporária que a tenha precedido; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
II - após completar sessenta anos de idade. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O
§ 3º A isenção de que trata o § 2º não se aplica quando o exame tem as seguintes
finalidades: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - verificação da necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a
concessão do acréscimo de vinte e cinco por cento sobre o valor do benefício, nos termos
do disposto no art. 45;
II - verificação da recuperação da capacidade laborativa, por meio de solicitação do
aposentado que se julgar apto; ou
III - subsídios à autoridade judiciária na concessão de curatela, observado o disposto no §
4º do art. 162.
§ 4º O aposentado por incapacidade permanente, ainda que tenha implementado as
condições de que o trata o § 2º, será submetido ao exame médico-pericial de que trata
este artigo quando necessário para apuração de fraude. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - S U S P E N S Ã O
§ 5º O segurado com síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) fica dispensado da
avaliação de que trata o caput, observado o disposto nos § 3º e § 4º. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 6º A Perícia Médica Federal terá acesso aos prontuários médicos do segurado
registrados no Sistema Único de Saúde - SUS, desde que haja anuência prévia do
periciado e seja garantido o sigilo sobre os seus dados. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
§ 7º O atendimento domiciliar e hospitalar é assegurado pela Perícia Médica Federal e
pelo serviço social ao segurado com dificuldade de locomoção, quando o seu
deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade, lhe
impuser ônus desproporcional e indevido. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - C E S S AÇ Ã O

> A aposentadoria por invalidez cessa:

> - com a cessação da incapacidade;


> - quando o segurado retornar voluntariamente ao trabalho;
> - com a morte do segurado.
A P O S E N TA D O R I A P O R I N C A PA C I D A D E
P E R M AN E N T E - C E S S AÇ Ã O

> Decreto nº 3.048/99

> Art. 43. A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período
de carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não
de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência,
que lhe será paga enquanto permanecer nessa condição. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).
MENSALID ADE DE RECUPERAÇÃO

> Art. 47, Lei nº 8.213/91

> Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será


observado o seguinte procedimento:

> I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início
da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção,
o benefício cessará:
MENSALID ADE DE RECUPERAÇÃO

> a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista,
valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela
Previdência Social; ou

> b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da


aposentadoria por invalidez, para os demais segurados;
Situação Procedimento
I – Se a recuperação for total para o a) Para o segurado empregado que tiver
exercício de trabalho que o segurado direito de retornar à empresa: o
habitualmente exercia e ocorrer benefício será cessado imediatamente.
dentro de 5 (cinco) anos, contados da b) Para os demais segurados: o benefício
data do início da aposentadoria por somente será cessado após tantos meses
invalidez ou do auxílio-doença que a quantos forem os anos de duração do
antecedeu sem interrupção. auxílio-doença e da aposentadoria por
invalidez.
MENSALID ADE DE RECUPERAÇÃO

> II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à
atividade:
MENSALID ADE DE RECUPERAÇÃO

> a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada
a recuperação da capacidade;

> b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;

> c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6
(seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Situação Procedimento
II – Se a recuperação for parcial em Para todos os segurados será paga a
qualquer época, ou for total após aposentadoria por invalidez:
cinco anos do afastamento, ou • nos primeiros 6 meses no seu valor
ainda quando o segurado for integral;
declarado apto para o exercício de • do 7º ao 12º mês pelo valor com
trabalho diverso do qual redução de 50%;
habitualmente exercia. • do 13º ao 18º mês pelo valor com
redução de 75%;
• após o 18º mês cessará definitivamente.
Benefícios por incapacidade

Outras questões
Competência para processar ação

> Benefícios acidentários: competência da Justiça Estadual

> Benefícios não acidentários: competência da Justiça Federal, podendo optar pela
delegação da competência para a Justiça Estadual
Quando o domicílio do autor estiver a mais de 70 Km de município sede de vara da
Justiça Federal.
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> Ocorre quanto o segurado requer a concessão, a prorrogação ou o restabelecimento de


benefício de auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade
permanente ou auxílio-acidente.

> Vai ser analisada a questão da perda da capacidade laborativa temporária ou


permanente ou a sua redução.
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> QUESITOS DO CNJ - RECOMENDAÇÃO CONJUNTA CNJ/AGU/MTPS Nº 1, DE 15 DE


DEZEMBRO DE 2015.
> a) Queixa que o(a) periciado(a) apresenta no ato da perícia.
>
> b) Doença, lesão ou deficiência diagnosticada por ocasião da perícia (com CID).
>
> c) Causa provável da(s) doença/moléstia(s)/incapacidade.
>
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> d) Doença/moléstia ou lesão decorrem do trabalho exercido? Justifique indicando o


agente de risco ou agente nocivo causador.

> e) A doença/moléstia ou lesão decorrem de acidente de trabalho? Em caso positivo,


circunstanciar o fato, com data e local, bem como se reclamou assistência médica e/ou
hospitalar.

> f) Doença/moléstia ou lesão torna o(a) periciado(a) incapacitado(a) para o exercício do


último trabalho ou atividade habitual? Justifique a resposta, descrevendo os elementos
nos quais se baseou a conclusão.
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> g) Sendo positiva a resposta ao quesito anterior, a incapacidade do(a) periciado(a) é de


natureza permanente ou temporária? Parcial ou total?

> h) Data provável do início da(s) doença/lesão/moléstias(s) que acomete(m) o(a)


periciado(a).

> Data provável de início da incapacidade identificada. Justifique.

> j) Incapacidade remonta à data de início da(s) doença/moléstia(s) ou decorre de


progressão ou agravamento dessa patologia? Justifique.
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> k) É possível afirmar se havia incapacidade entre a data do indeferimento ou da


cessação do benefício administrativo e a data da realização da perícia judicial? Se
positivo, justificar apontando os elementos para esta conclusão.
>
> l) Caso se conclua pela incapacidade parcial e permanente, é possível afirmar se o(a)
periciado(a) está apto para o exercício de outra atividade profissional ou para a
reabilitação? Qual atividade?
>
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> m) Sendo positiva a existência de incapacidade total e permanente, o(a) periciado(a)


necessita de assistência permanente de outra pessoa para as atividades diárias? A
partir de quando?

> n) Qual ou quais são os exames clínicos, laudos ou elementos considerados para o
presente ato médico pericial?

> o) O(a) periciado(a) está realizando tratamento? Qual a previsão de duração do


tratamento? Há previsão ou foi realizado tratamento cirúrgico? O tratamento é
oferecido pelo SUS?
PERÍCIA MÉDICA JUDICI AL

> p) É possível estimar qual o tempo e o eventual tratamento necessários para que o(a)
periciado(a) se recupere e tenha condições de voltar a exercer seu trabalho ou
atividade habitual (data de cessação da incapacidade)?

> q) Preste o perito demais esclarecimentos que entenda serem pertinentes para melhor
elucidação da causa.

> r) Pode o perito afirmar se existe qualquer indício ou sinais de dissimulação ou de


exacerbação de sintomas? Responda apenas em caso afirmativo.
A U X Í L I O P O R I N C A PA C I D A D E
TEMPORÁRIA – data do benefício
> Lei nº 8.213/91
Art. 60...
§ 8o Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial
ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício. (Incluído
pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 9o Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8o deste artigo, o benefício
cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de
reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o
INSS, na forma do regulamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 13.457, de 2017)
T N U - Te m a 2 4 6

> PEDILEF 0500881-37.2018.4.05.8204/PB


> Julgado em: 20/11/2020

> Questão submetida a julgamento: A partir da regra constante do art. 60, §9.º, da Lei
n.º 8.213/91, saber se, para fins de fixação da DCB do auxílio-doença concedido
judicialmente, o prazo de recuperação estimado pelo perito judicial deve ser
computado a partir da data de sua efetiva implantação ou da data da perícia judicial.

> Tese fixada: I - Quando a decisão judicial adotar a estimativa de prazo de recuperação
da capacidade prevista na perícia, o termo inicial é a data da realização do exame, sem
prejuízo do disposto no art. 479 do CPC, devendo ser garantido prazo mínimo de 30
dias, desde a implantação, para viabilizar o pedido administrativo de prorrogação.
B E N E F Í C I O S P O R I N C A PA C I D A D E

BENEFÍCIO CONCEDIDO JUCIDIALMENTE

EXERCÍCIO DE ATIVIDADE REMUNERADA NO PERÍODO DA INCAPACIDADE


S T J - Te m a 1 . 0 1 3

> Julgado em: 24/06/2020

> Questão submetida a julgamento: Possibilidade de recebimento de benefício por


incapacidade do Regime Geral de Previdência Social de caráter substitutivo da renda
(auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) concedido judicialmente em período
de abrangência concomitante ao que o segurado estava trabalhando e aguardando o
deferimento do benefício.
S T J - Te m a 1 . 0 1 3

> Tese firmada: No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva implantação


de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, mediante decisão judicial, o
segurado do RPGS tem direito ao recebimento conjunto das rendas do trabalho
exercido, ainda que incompatível com sua incapacidade laboral, e do respectivo
benefício previdenciário pago retroativamente.
T N U - Te m a 2 3 2

> PEDILEF 0504751-73.2016.4.05.8200/PB


> Julgado em: 12/12/2019

> Questão submetida a julgamento: Saber se é devido o recebimento, acumuladamente,


dos valores alusivos a auxílio-doença e seguro-desemprego, nos casos em que o
segurado trabalhou por necessidade de manutenção do próprio sustento, mesmo
estando incapacitado, nos termos em que indicado na DII fixada pela perícia judicial.
T N U - Te m a 2 3 2

> Tese fixada: O auxílio-doença é inacumulável com o seguro-desemprego, mesmo na


hipótese de reconhecimento retroativo da incapacidade em momento posterior ao
gozo do benefício da lei 7.998/90, hipótese na qual as parcelas do seguro-desemprego
devem ser abatidas do valor devido a título de auxílio-doença.
P E R G U N TA

> Ação requer auxílio por incapacidade temporária, mas perícia atesta que a
incapacidade é permanente.

> Pode o juiz conceder a aposentadoria por incapacidade permanente??


T N U - Te m a 2 1 7

> PEDILEF 0002358-97.2015.4.01.3507/GO


> Julgado em: 21/08/2020

> Questão submetida a julgamento: Saber, em relação aos benefícios administrados pelo
INSS, se é possível conhecer em juízo de pedido de benefício diverso do efetivamente
requerido na via administrativa.

> Tese fixada: Em relação ao benefício assistencial e aos benefícios por incapacidade, é
possível conhecer de um deles em juízo, ainda que não seja o especificamente
requerido na via administrativa, desde que preenchidos os requisitos legais,
observando-se o contraditório e o disposto no artigo 9º e 10 do CPC.
PERÍODO DE CARÊNCI A E TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO
> Tema 1125, STF, repercussão geral:

> RE 1298832
> Relator – Ministro Luiz Fux
> DJ 22/02/2021

> A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte tese:


“É constitucional o cômputo, para fins de carência, do período no qual o segurado esteve
em gozo do benefício de auxílio-doença, desde que intercalado com atividade laborativa”.
PERÍODO DE CARÊNCI A E TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO
> Súmula 73, TNU

> O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não


decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de
contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos
quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social.
PERÍODO DE CARÊNCI A E TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO
> ACP n.
- Benefícios por incapacidade –
- parte 4
- Auxílio-acidente
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Fato gerador

> Qualidade de segurado e titulares

> Carência
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Lei nº 8.213 –

> Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando,
após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Decreto nº 3.048/99

> Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado


empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial
quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
resultar sequela definitiva que, a exemplo das situações discriminadas no Anexo III,
implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
AU XÍLIO- AC ID E N TE

> Lei nº 8.213 –


> Art. 86...

> § 4º. A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do


auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a
doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Decreto nº 3.048/99

> Art. 104.


> ...
> § 5º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do
auxílio-acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo,
resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o
segurado habitualmente exercia.
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Decreto nº 3.048/99

> Art. 104.


> ...
> § 4º Não dará ensejo ao benefício a que se refere este artigo o caso:

> I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem


repercussão na capacidade laborativa; e

> II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela


empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de
trabalho.
Nível da lesão – poderá ser mínimo?

> Tema 416, STJ

> Exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão, decorrente de


acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor habitualmente
exercido. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem
na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. (REsp
1109591/SC)
Lesões reversíveis ou não?

> STJ: entende que a sequela não precisa ser irreversível.

> Tema 156 (REsp 1112886/SP):

> Será devido o auxílio-acidente quando demonstrado o nexo de causalidade


entre a redução de natureza permanente da capacidade laborativa e a
atividade profissional desenvolvida, sendo irrelevante a possibilidade de
reversibilidade da doença.
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Decreto nº 3.048/99 –


> Art. 104...

> § 7º. “Cabe a concessão de auxílio-acidente oriundo de acidente de qualquer natureza


ocorrido durante o período de manutenção da qualidade de segurado, desde que
atendidas às condições inerentes à espécie.”
AUXÍLIO-ACIDENTE - TITULARES

> Empregado
> Empregado doméstico ( somente a partir de junho de 2015 – LC 150/2015)
> Trabalhador avulso
> Segurado especial
AUXÍLIO-ACIDENTE

TNU - Tema 201

PEDILEF 0002245-25.2016.4.03.6330/SP
Julgado em: 09/10/2019

Questão submetida a julgamento: Saber se é devido o benefício


de auxílio-acidente ao contribuinte individual.

Tese fixada: O contribuinte individual não faz jus ao auxílio-


-acidente, diante de expressa exclusão legal.
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Não exige carência mínima de contribuições.


AU X Í L I O - A C I D E N TE : R E N D A M E N S AL
I N I C I AL ( R M I )

> Lei 8.213:


> Art. 86...

> § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-


benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de
qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. (Redação dada pela
Lei nº 9.528, de 1997)

> **§5º revogado


AUXÍLIO-ACIDENTE

> Benefício de natureza indenizatória.

> Pago independentemente de qualquer remuneração auferida pelo segurado, exceto


aposentadoria.

> O recebimento de salário ou concessão de outro benefício não prejudicará a


continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Lei nº 8.213/91

> Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins
de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que
couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º.

> Após sua concessão, reajuste pelo INPC


AUXÍLIO-ACIDENTE

> Lei 8.213


Art. 86...

§2º. O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-


doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo
acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.

> - O auxílio-acidente será devido:


> A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária;
> A partir da data do requerimento se não houve prévia concessão de auxílio por
incapacidade temporária.
AUXÍLIO-ACIDENTE

> Decreto nº 3.048/99

Art. 104
...
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio por
incapacidade temporária, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento
auferido pelo acidentado, vedada a sua acumulação com qualquer
aposentadoria. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
AUXÍLIO-ACIDENTE - CESSAÇÃO

> O auxílio-acidente cessa:

> - com a concessão de qualquer aposentadoria;


> - com o óbito do segurado;
> - com a emissão da certidão de tempo de contribuição para contagem em outro
regime de previdência.
AC U M U L AÇ Ã O

> Auxílio-acidente não se acumula com:

> auxílio por incapacidade temporária, quando o fato gerador for o mesmo;

> auxílio-acidente (opta-se pelo mais vantajoso);

> aposentadorias;

> BPC – LOAS.


A U X Í L I O - A C I D E N T E X A P O S E N TA D O R I A

> STJ, Súmula n. 507:

> A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão


incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério
do artigo 23 da Lei 8.213/91 para definição do momento da lesão nos casos de doença
profissional ou do trabalho.
A U X Í L I O - A C I D E N T E X A P O S E N TA D O R I A

> AGU, Súmula n. 65:

> Para a acumulação do auxílio-acidente com proventos de aposentadoria, a


consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza, que resulte
sequelas definitivas, nos termos do art. 86 da Lei nº 8.213/91, e a concessão da
aposentadoria devem ser anteriores às alterações inseridas no art. 86, § 2º da Lei nº
8.213/91, pela Medida Provisória nº 1.596-14, convertida Lei nº 9.528/97.
AUXÍLIO-ACIDENTE - PERÍODO DE
GRAÇA
> Lei n. 8.213/91
Art. 15 Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-
acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

> Decreto 3.048/99:


Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, o segurado que estiver em gozo de benefício, exceto na hipótese
de auxílio-acidente; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
AUXÍLIO-ACIDENTE - PERÍODO DE
GRAÇA
> A partir de 18/06/2019:

> 12 meses para quem estava em gozo de auxílio-acidente e só depois, perde a qualidade
de segurado

> Portaria DIRBEN/INSS n. 231/2020:

> auxílio-acidente concedido, ou que tenha data da consolidação das lesões, até 17 de
junho de 2019, véspera da publicação da Lei n° 13.846/2019, deve ter o período de
manutenção da qualidade de segurado de 12 meses iniciado em 18 de junho de 2019;
PERÍODO DE GRAÇA

> Portaria DIRBEN/INSS n. 231/2020:

> auxílio-acidente com fato gerador a partir de 18 de junho de 2019 não será
considerado para manutenção da qualidade de segurado.
Bons Estudos!

Você também pode gostar