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O Direito Previdenciário tem como objetivo garantir os direitos dos cidadãos

brasileiros quanto à assistência e Previdência Social, relacionadas a morte,


idade e doenças. Ou seja, quanto à Previdência Social. Essa que paga um valor
mensal para assegurar a vida dos trabalhadores.
Essa área do Direito tende a crescer muito nos próximos anos, principalmente
com o advento da Reforma da Previdência, em vigor desde 2019. Como todos
os outros setores do Direito, o previdenciário também é baseado em princípios
e legislações.
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O QUE É DIREITO PREVIDENCIÁRIO?
O direito previdenciário refere-se à área do Direito de tutela normativa
relacionada à Previdência. O artigo 6º, CF/88, ainda traz que o direito
previdenciário se refere a um direito social. Ou seja, trata de um direito
fundamental proveniente de demandas sociais, do direito social de segunda
geração, que exige proteção estatal ativa.
Como uma área do Direito, possui princípios próprios e regulação legislativa
específicas. A atuação mais nítida e regular da área está na regulamentação do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), órgão responsável pela
manutenção da Previdência Social pública do Brasil.
Falando especificamente da Previdência Social, uma das principais
características do direito previdenciário é a relação contínua dos advogados
com o passado e com o presente. Isso exige um estudo constante dos
profissionais que querem se especializar na área.
Já que ocorrem muitas mudanças na Previdência Social que impactam
diretamente as pessoas que estão contribuindo há décadas para o INSS. É
possível verificar isso na prática com as mudanças da Reforma da
Previdência. São alterações em vários aspectos, principalmente em como as
regras funciona e em como os benefícios são calculados.
PRINCÍPIOS DO DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
O direito previdenciário, assim como outras áreas do direito, possui princípios
próprios. Essas são conceitos e preceitos basilares para a constituição dessa
área jurídica. Isso significa que impactam na legislação previdenciária e na
aplicação dos direitos dela decorrentes.
Os princípios do direito previdenciário são:
 Princípio da Solidariedade Social;
 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana;
 Princípio do Equilíbrio Econômico;
 Princípio da Vedação do Retrocesso;
 Princípio da Proteção ao Hipossuficiente.
Na sequência, veremos em detalhes cada um dos princípios.
Princípio da Solidariedade Social
Um dos que mais traduz o direito previdenciário é o Princípio da
Solidariedade Social. Ele orienta todas as medidas de proteção do Estado e
também o dever coletivo da sociedade de financiar, direta ou indiretamente, a
seguridade social. Disposto na Constituição Federal.
Sendo assim, o princípio caracteriza e baseia o principal objetivo do direito
previdenciário, que deve atuar conforme o princípio da dignidade humana –
que veremos no próximo passo.
Na prática, isso resume que, como o direito previdenciário garante medidas
sociais para assegurar a toda a população uma condição de vida digna, é dever
da sociedade financiar essas medidas, por meio de impostos e tributos pagos. 
Mesmo que o cidadão não usufrua dos benefícios da Seguridade Social, ele
precisa contribuir para que a população, como um tudo, tenha acesso às
prestações e aos serviços necessários. No caso do INSS, essas contribuições
recolhidas têm como destino o custeio dos benefícios previdenciários
recebidos pelos atuais beneficiários.
O Princípio da Solidariedade Social trata de uma comunhão de esforços em
favor de um bem comum.
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana é um dos grandes princípios do
Direito Brasileiro como um todo. Ela está disposta no artigo 1º da
Constituição Federal e é apresentada como um dos fundamentos do Estado de
Direito. 
Esse princípio não poderia deixar de integrar o direito previdenciário, já que a
área tem como objetivo a assistência às vidas humanas. Mas como conceituar
o que seria uma vida digna? Costuma-se entender a dignidade da vida humana
como o preenchimento de condições básicas de existência e de integridade do
ser humano.
O supremo Tribunal Federal ressalta no Recurso Extraordinário 835558, de
2017 que: 
“O núcleo material elementar da dignidade humana é composto do mínimo
existencial, locução que identifica o conjunto de bens e utilidades básicas para
a subsistência física e indispensável ao desfrute da própria liberdade. Aquém
daquele patamar, ainda quando haja sobrevivência, não há dignidade”.
As legislações previdenciárias existem pelo dever de proteção do Estado para
com aqueles que não são capazes de garantir a sua subsistência em
conformidade ao princípio da dignidade humana. Isso ocorre por conta das
diferenças socioeconômicas.
Princípio do Equilíbrio Econômico
Os dois primeiros princípios citados têm intenções da exigência digna através
da solidariedade social e da concessão de benefícios. Porém, é importante a
consciência de que a verba utilizada para fins de direito previdenciário parte
de algum ponto. 
Estes valores são provenientes tanto das contribuições diretas quanto dos
impostos arrecadados e devem ser condizentes com os valores comprometidos
com os benefícios concedidos. Por isso, existe o Princípio do Equilíbrio
Econômico, uma referência a balança entre os valores arrecadados e
repassados ao INSS e os pagos pelos benefícios.
Se não há um equilíbrio entre esses valores, pode haver um desequilíbrio
econômico e culminar em um déficit da Previdência. Caso isso aconteça, os
principais afetados serão aqueles que necessitam dos benefícios
previdenciários.
Por essas razões, é preciso que o orçamento público seja capaz de manter o
equilíbrio. Não só suprindo as contingências não apenas imediatamente, mas
também em um planejamento a longo prazo.
Princípio da Vedação do Retrocesso
O Princípio da Vedação do Retrocesso é bastante conhecido no direito
trabalhista, mas também está presente no direito previdenciário. Ele está
relacionado a outro princípio que veremos na sequência que é o Princípio da
Proteção ao Hipossuficiente. 
Este princípio prevê que os direitos concedidos não põem ser retirados. Com
isso, contribui para a proteção dos hipossuficientes. Mas isso não significa que
alterações não podem ser realizadas. A legislação previdenciária ela pode ser
modificada, sobretudo em face das modificações sociais e da conformidade ao
Princípio do Equilibro Econômico.
O que é vedado é a supressão de direitos e garantias injustificadamente e sem
compensação ou adequação a um contexto geral. Isso porque o direito
previdenciário constitui-se com base na defesa de direitos sociais e não pode
ser modificado arbitrariamente.
Caso isso ocorra, pode ferir a dignidade da pessoa humana e implicar em
graves problemas sociais. Sendo assim, é dever do Estado prezar por
modificações equilibradas que estejam de acordo com os todos os princípios.
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Princípio da Proteção ao Hipossuficiente
O último princípio é o Princípio da Proteção ao Hipossuficiente, assim como
existe no direito consumerista. Ele tem como base a relação previdenciária
entre o indivíduo e o Estado. 
Na maioria das vezes, o indivíduo que recorre à Previdência já necessita de
um amparo em função de suas condições socioeconômicas. Caso estejam em
patamares iguais, pode acontecer uma violação aos Princípios da Dignidade
Humana e da Solidariedade Social. 
Ou seja, as normas previdenciárias devem sempre ser interpretadas a favor do
menos favorecido. Sendo esses, os principais destinatários dessas normas.
BENEFÍCIOS GARANTIDOS PELO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Existem alguns benefícios que podem ser concedidos aos trabalhadores, a
depender de cada caso. Cada modalidade de benefício deve respeitar as regras
gerais da Lei. Esses requisitos variam e podem ser modificados.
Veremos abaixo alguns benefícios garantidos pelo Direito Previdenciário:
Auxílio doença
O auxílio doença é um benefício destinado e concedido aos segurados que
ficarem incapacitados, por doença ou por acidente, para o trabalho ou para sua
atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. Sendo necessária a
comprovação de incapacidade temporária em exame realizado pela perícia
médica da Previdência Social.
O direito previdenciário pode auxiliar o segurado na busca pelo benefício e
pedido, mesmo não sendo obrigatório ter auxílio de um advogado para isso. O
especialista é obrigatório caso seja preciso entrar na Justiça para comprovar o
direito perante a lei.
Salário família
O Salário família é outro benefício mensal do INSS devido ao empregado,
empregado doméstico e trabalhador avulso. Ele é pago na proporção do
respectivo número de filhos de até 14 anos ou que possuem algum tipo de
invalidez ou deficiência.
O requisito principal desse benefício é a família ter como renda bruta familiar
até R$ 1655,98 em 2022. O valor recebido não irá substituir o salário do
trabalhador, mas é um valor que vai ajudar nas despesas mensais da casa.

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