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PENSÃO POR MORTE – INSS – CÔNJUGE – DEPENDÊNCIA ECONÔMICA - NOVO

CPC

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE


__________________ - ___

Pular 10 linhas

          ....................., brasileira, viúva, do lar, residente e domiciliada na Rua    ...........,    nº    ..., 
Jardim ........., nesta cidade, através de seu advogado e procurador infra-assinado, vem
respeitosamente à presença de V. Exa. Propor contra o INSS - Instituto Nacional do Seguro
Social, autarquia federal, com Procuradoria Regional situada na Av. ......., nº ..., CEP ..........,
na cidade e comarca de ............... - ..., a presente AÇÃO SUMÁRIA DE PENSÃO POR
MORTE, do espólio .............., com amparo nos termos do artigo 74 da Lei nº 8.213/91, do
art. 105 do Decreto nº 3.048/99, c/c arts. 6º e 201, inciso V, parágrafo 5º, da Constituição
Federal, e artigo 319 do NCPC, mediante os seguintes fatos e fundamentos:

          1. O espólio .................... Era contribuinte da Previdência Social, sob inscrição nº ........,


e era esposo da Requerente desde 21 de abril de 1967, conforme faz prova a Certidão de
Casamento. Faleceu em 30 de outubro de 2003, e era segurado da PREVIDÊNCIA SOCIAL
até a data do óbito, conforme faz prova o registro de sua CTPS, além de outros documentos
anexos, ou seja, a Certidão de Óbito, CPF, RG, Laudo Médico p/ Emissão AIH, Carteira de
Trabalho, PIS, e Guias da Previdência Social (GPS), que comprovam que era trabalhador
urbano, contribuinte da PREVIDÊNCIA SOCIAL e esposo da Requerente.
          2. A Requerente não recebe nenhum tipo de benefício da Previdência Social, nem de
outro regime previdenciário.
          3. O falecido, .................., teve como causa mortis, conforme consta do atestado de
óbito, a MORTE NATURAL, deixando 2 (dois) filhos, que são: ................. (27) e ................
(21).
          4. O Decreto nº 3.048/99, art. 105, combinado com a Lei nº 8.213 de 24 de julho de
1991, art. 74, diz:

Art. 105. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Redação dada ao “caput” pela Lei nº 9.528, de
10.12.1997)
I - do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores
de dezesseis anos, ou quando requerida no prazo de noventa dias, para os demais dependents;
(Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I; ou
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.

          5. O artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal diz: “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no    País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, (...)”.

          6. O art. 6º da Constituição Federal diz: “São direitos sociais a educação, a saúde, o


trabalho, o lazer, a segurança, a PREVIDÊNCIA SOCIAL, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
    
          7. De conformidade com a Lei nº 8.213/91, a Requerente obedece as exigências legais,
conforme se vê:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (...)
§ 4º. A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

8. Independe de carência a PENSÃO POR MORTE, pois a Lei nº 8.213/91 diz:

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;    (Redação dada pela Lei nº 13.846,
de 2019)

          9. A Requerente era esposa do espólio .................., conforme provas documentais,


portanto, fazendo jus à Pensão por Morte, de conformidade com a legislação em vigor e
demais legislações pertinentes à matéria. E, quanto ao assunto em tela, abaixo seguem os
Ementários Jurisprudenciais Previdenciários, de nossos Tribunais, que dizem:

“PENSÃO POR MORTE – PRESENTES OS REQUISITOS LEGAIS PARA CONCESSÃO


DO BENEFÍCIO    –    TERMO    INICIAL    DO    BENEFÍCIO    –    SENTENÇA   
IMPROCEDENTE                –
REFORMADA – RECURSO PROVIDO – A dependência econômica da esposa e filhos em
relação ao falecido segurado é presumida, nos termos do § 4º do art. 16 da Lei nº 8.213/91.
Impõe-se a concessão do benefício de pensão por morte, pois presentes os requisitos legais da
condição de segurado do de cujus e da qualidade de dependente de quem ajuíza a demanda.O
termo inicial do benefício, nos termos do art. 219 do CPC, deve ser fixado a partir da citação.
Honorários advocatícios mantidos em 15% (quinze por cento) sobre    o total da condenação,
consoante a previsão do art. 20 do Código de Processo Civil e entendimento assente nesta
Turma. Juros moratórios devidos à razão de 6% (seis por cento) ao ano, a partir da citação,
nos termos dos arts. 1.062 e 1.536, § 2º, do Código Civil c/c o    art. 219 do Código de
Processo Civil. A incidência da correção monetária deve se dar a partir do vencimento de
cada parcela em atraso, calculada na forma da Lei nº 6.899/81, até a edição da Lei nº
8.213/91, observado o disposto no Provimento nº 24, de 29/04/1997, da Corregedoria Geral
desta Egrégia Corte. Havendo litigância sob os auspícios da assistência judiciária gratuita, é
incabível a condenação em custas da autarquia ré, se efetivamente a parte autora não suportou
tal ônus. Apelo provido.” (TRF 3ª R. – AC 1999/03/99.044544-0 – 1ª T. – Rel. Juiz Gilberto
Jordan – DJU 28.11.2000 – p. 400)

“PENSÃO POR MORTE – PROVA DA CONDIÇÃO DE SEGURADO – PROVA DE


DEPENDÊNCIA          ECONÔMICA          –          ESPOSA          DE          SEGURADO          – 
HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. – 1 - Comprovada a condição de segurado do “de cujus”, através de
provas material e testemunhal. 2 - A autora, por ser esposa do segurado falecido, é
dependente presumida, dispensando-se a prova da dependência econômica, fazendo ela jus ao
benefício pleiteado. 3 - Honorários advocatícios mantidos na porcentagem de 15% sobre o
montante da condenação, excluídas as prestações vincendas. Súmula nº 111 do STJ.    Art.

20 do CPC.” (TRF 3ª R. – AC 293.551 – SP – 1ª T. – Rel. Juiz Oliveira Lima – DJU


24.03.1998)

          10. Pelo exposto, satisfeito o requerimento, vem requerer a citação do Réu, através de
seu procurador-regional, no mesmo endereço declinado no preâmbulo da inicial, via AR, para
os termos da presente Ação, com prazo de 60 (sessenta) dias, e as advertências legais. Que V.
Exa. Se digne julgar procedente a presente ação e, a final, condenar o Réu à concessão ao
Requerente da Ação Sumaríssima de PENSÃO POR MORTE, a partir da data do óbito
(29.10.2001), bem como emitir o carnê do benefício corrigido monetariamente, juros de mora
e honorários advocatícios, incidentes sobre o valor da conta de liquidação, calculados na
forma da Lei.
          11. Requer a produção de provas testemunhais e pericial, protestando pela outras provas
que se fizerem necessárias, dando ciência da ação ao RMP para que, querendo, nela
intervenha.
          12. Requer, ainda, que V. Exa. Conceda, de plano, os benefícios da Assistência
Judiciária, nos termos da Lei nº 1.060/50, por ser a requerente pobre no sentido legal da
palavra.
13. Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ .......... (.............................).

Nestes termos,

Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________

[Nome Advogado] - [OAB] [UF].

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