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PENSÃO POR MORTE

O QUE FICOU ?
O QUE MUDOU?
PROVA PARA UNIÃO ESTÁVEL E
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
Art. 16. ............................................................................................................
........................................................................................................................
§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início
de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não
superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.
• § 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par
da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda, início de
prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos
antes do óbito do segurado.
INSCRIÇÃO POST MORTEM
§ 7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte
individual e de segurado facultativo.” (NR)
DIB
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997)

I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito, para
os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito,
para os demais dependentes; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso
anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela Lei nº
9.528, de 1997)
ALIMENTO EX-CÔNJUGE
Art. 74: § 3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento,
obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-
companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo
remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento
anterior do benefício.” (NR)
INDIGNIDADE
§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado
criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de
homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado,
ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Incluído pela Lei nº 13.846,
de 2019)

§ 1º Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por sentença com
trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa
desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente
incapazes e os inimputáveis. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
HABILITAÇÃO PROVISÓRIA
§ 3º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este
poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte,
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o
pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada
a existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de
2019)
§ 4º Nas ações em que o INSS for parte, este poderá proceder de ofício à habilitação
excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os
valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da
respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de
decisão judicial em contrário. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 5º Julgada improcedente a ação prevista no § 3º ou § 4º deste artigo, o valor retido
será corrigido pelos índices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional
aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus
benefícios. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 6º Em qualquer caso, fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores indevidamente
pagos em função de nova habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
O QUE TROUXE A REFORMA DA
PREVIDÊNCIA?

EC nº 103/2019
“ A concessão de aposentadoria ao servidor público federal vinculado a
regime próprio de previdência social e ao segurado do Regime Geral de
Previdência Social e de pensão por morte aos respectivos dependentes será
assegurada, a qualquer tempo, desde que tenham sido cumpridos os
requisitos para obtenção desses benefícios até a data de entrada em vigor
desta Emenda Constitucional, observados os critérios da legislação vigente
na data em que foram atendidos os requisitos para a concessão da
aposentadoria ou da pensão por morte. ”

Art. 3º da EC nº 103/2019
COTA FAMILIAR

Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral
de Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota
familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo
segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por
incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos
percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento).

§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão
reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da
pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou
superior a 5 (cinco).
Art. 23. ..........................................................................................................

§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual,


mental ou grave, o valor da pensão por morte de que trata o caput será
equivalente a:

I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor


ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade
permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime
Geral de Previdência Social; e
II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10
(dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por
cento), para o valor que supere o limite máximo de benefícios do Regime Geral
de Previdência Social.
Art. 23. ..........................................................................................................

§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência


intelectual, mental ou grave, o valor da pensão será recalculado na forma do
disposto no caput e no § 1º.

§ 4º O tempo de duração da pensão por morte e das cotas individuais por


dependente até a perda dessa qualidade, o rol de dependentes e sua
qualificação e as condições necessárias para enquadramento serão aqueles
estabelecidos na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Art. 23. ..........................................................................................................

§ 5º Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave,


sua condição pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por meio
de avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar, observada revisão periódica na forma da legislação.

§ 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte,


exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica.
Art. 23. ..........................................................................................................

§ 7º As regras sobre pensão previstas neste artigo e na legislação vigente na data


de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na
forma da lei para o Regime Geral de Previdência Social e para o regime próprio
de previdência social da União.
ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIO!
Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou
companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo
instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.
§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de:
I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;

II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os
arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou

III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal
com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de
previdência social.
Art. 24. ......................................................................................................................................................

§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral do
benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente
de acordo com as seguintes faixas:

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-
mínimos;

II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três)
salários-mínimos;

III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro)
salários-mínimos; e

IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.


Art. 24. ........................................................................................................................................

§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do


interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios.

§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver
sido adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.

§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de


entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art.
40 e do § 15 do art. 201 da Constituição Federal.
Tema: REGRAS DE TRANSIÇÃO DAS APOSENTADORIAS POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO, IDADE E RURAL

Professor: David Domingues

Insta: @daviddomingues.adv
Currículo

Dr. David Domingues

-Pós Graduado em Direito Previdenciário pela Universidade Cândido Mendes;


-Formado em Direito pela Faculdade Instituto Itapetiningano de Ensino Superior-
UNIP/SP;
-Representante Regional e Conselheiro do IAPE-Instituto dos Advogados
Previdenciários;
Contato: Insta: @daviddomingues.adv – (15) 98130-6657
Transição por meio dos pontos 86/96

Inicialmente, cabe salientar que a regras de pontos já


existia de forma similar antes da EC/103 para
aposentadoria integral, sem o fator previdenciário, sendo
popularmente conhecida como 86/96.

Tal modalidade estava prevista no artigo 29- C da Lei


8.213/91, incluído pela Lei 13.183/15, onde a soma da
idade mais o tempo de contribuição deveria atingir 86
pontos para as mulheres e 96 pontos para os homens
Redução da Idade Mínima

• Art. 16. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em
vigor desta Emenda Constitucional fica assegurado o direito à aposentadoria quando
preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:

• I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se


homem; e

• II - idade de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e 61 (sessenta e um) anos, se homem.

• § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade a que se refere o inciso II do caput será


acrescida de 6 (seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade, se
mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem.
Pedágio de 50%
• Art. 17. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de
entrada em vigor desta Emenda Constitucional e que na referida data contar com mais
de 28 (vinte e oito) anos de contribuição, se mulher, e 33 (trinta e três) anos de
contribuição, se homem, fica assegurado o direito à aposentadoria quando preencher,
cumulativamente, os seguintes requisitos:

• I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição,


se homem; e

• II - cumprimento de período adicional correspondente a 50% (cinquenta por cento) do


tempo que, na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, faltaria para
atingir 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de
contribuição, se homem.
Redução do Tempo de Contribuição
• Art. 18. O segurado de que trata o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal
filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta
Emenda Constitucional poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, os
seguintes requisitos:

• I - 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se


homem; e

• II - 15 (quinze) anos de contribuição, para ambos os sexos.

• § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 (sessenta) anos da mulher, prevista


no inciso I do caput, será acrescida em 6 (seis) meses a cada ano, até atingir 62
(sessenta e dois) anos de idade.
Tema: Aposentadoria Especial, Aposentadoria
do Deficiente e Aposentadoria do Professor –
EC 103/2019
Professor: Profa. Taís Rodrigues dos Santos

Contato:
Insta: @taissantosadv
E-mail: contato@taissantos.com.br
Site: www.taissantos.com.br – (011) 98150-8179
APOSENTADORIA ESPECIAL
PELA PLP 245/2019 – REGRA
TRANSITÓRIA
Art. 19. § 1º Até que lei complementar disponha sobre a redução de idade mínima
ou tempo de contribuição prevista nos §§ 1º e 8º do art. 201 da Constituição
Federal, será concedida aposentadoria:
I – aos segurados que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição
a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, durante,
no mínimo, 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, nos termos do
disposto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando
cumpridos:
APOSENTADORIA ESPECIAL
PELA PLP 245/2019 – REGRA
TRANSITÓRIA
Art. 19. § 1º Até que lei complementar disponha sobre a redução de idade mínima ou
tempo de contribuição prevista nos §§ 1º e 8º do art. 201 da Constituição Federal, será
concedida aposentadoria:
I – aos segurados que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a
agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, durante, no
mínimo, 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, nos termos do disposto nos
arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando cumpridos:
APOSENTADORIA ESPECIAL
PELA PLP 245/2019 – REGRA
TRANSITÓRIA
a) 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, quando se tratar de atividade
especial de 15 (quinze) anos de contribuição;

b) 58 (cinquenta e oito) anos de idade, quando se tratar de atividade


especial de 20 (vinte) anos de contribuição; ou

c) 60 (sessenta) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de


25 (vinte e cinco) anos de contribuição;
APOSENTADORIA ESPECIAL
REGRA DE TRANSIÇÃO

Regra por pontos

• 15 anos – 66 pontos
• 20 anos – 76 pontos
• 25 anos – 86 pontos
APOSENTADORIA DO
DEFICIENTE
Será concedida na forma da Lei Complementar n° 142, de 8 de maio de
2013.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

LEVE MODERADA GRAVE

HOMEM 33 anos 29 anos 25 anos


MULHER 28 anos 24 anos 20 anos
APOSENTADORIA DO
DEFICIENTE
• Possibilidade de conversão deficiente para deficiente, deficiente para
tempo comum e deficiente para especial

• Mesmo deficiente, não tem direito:

• Segurado especial • Dona-de-casa que contribui com 5% • MEI que


contribui com 5% • Segurado de baixa renda que contribui com 11%
(facultativo ou individual)
APOSENTADORIA DO
DEFICIENTE
APOSENTADORIA POR IDADE
• 55 ANOS DE IDADE, se mulher

• 60 ANOS DE IDADE, se homem

• Independe do grau de deficiência;

• Comprovação de 15 anos de contribuição na condição de pessoa com deficiência;


A CONVERSÃO DE TEMPO
NA EC 103/19
A CONVERSÃO DE TEMPO NA EC 103/19

• Art. 25 § 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em


comum, na forma prevista na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ao
segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo
de efetivo exercício de atividade sujeita a condições especiais que
efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em
vigor desta Emenda Constitucional, vedada a conversão para o tempo
cumprido após esta data.
APOSENTADORIA DO PROFESSOR
EC 103/2019

Ensino Público
A idade mínima para mulheres passou de 50 para 57 anos e para homens, de 55 para 60 anos.
Ambos precisam estar lecionando no serviço público durante 10 anos, sendo cinco deles no
mesmo cargo.

Ensino Particular
Os professores da rede particular também precisam cumprir idade mínima de 57 anos (mulher)
e 60 anos (homens). Antes não havia esta exigência.
APOSENTADORIA DO
PROFESSOR
EC 103/2019
Regras de Transição :
Tempo de contribuição mais idade

Exemplo: É preciso completar um tempo mínimo de contribuição (25 anos) e


cumprir a idade mínima de uma tabela, que começa em 51 anos, para mulheres, e
56 anos, paras homens. A tabela vai subindo meio ponto a cada ano até chegar a
57 anos para mulheres (2031) e 60 anos para homens (em 2027).
APOSENTADORIA DO
PROFESSOR
EC 103/2019
APOSENTADORIA DO PROFESSOR
EC 103/2019
APOSENTADORIA DO PROFESSOR
EC 103/2019
Cálculo da aposentadoria

Antes: somada toda a contribuição, a partir de julho de 1994, e excluídos 20% do montante das menores
contribuições.

Após: Entra no cálculo toda a contribuição, a partir de julho de 1994. Começa com um coeficiente de 60% e,
a cada ano contribuído, posteriormente é acrescido 2% a partir de 15 anos (mulher) e 20 anos (homem).

Ex.: Uma mulher professora com 25 anos de contribuição terá um coeficiente de 80%.
Tema: Benefícios por Incapacidades I

Professor: Prof. Dr. Hélio Gustavo Alves, Coordenador do


Curso de Pós-graduação em Processo e Direito
Previdenciário no Damásio Educacional Mestre e Doutor
em Direito Previdenciário pela PUC-SP e autor de obras
previdenciárias.
K

Contato:
Insta/Facebook: @heliogustavoalves
Curriculo Prof. Dr. Hélio Gustavo Alves

- Advogado.

- Parecerista.

- Mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP.

- Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP.

- Pós-doutor em Direitos Humanos e Democracia pela IUS – Universidade de Coimbra – Portugal.

- Coordenador da pós graduação em Direito e Processo Previdenciário do Complexo Jurídico Damásio Educacional.

- Professor de pós graduação em Direito e Processo Previdenciário em diversas Universidades.

- Presidente de Honra do Conselho Federal do Instituto dos Advogados Previdenciários - IAPE.

- Recebeu título de Diploma de Mérito Acadêmico do Centro de Estudos de Direito Europeu por reconhecimento do
Conselho de Mestres em Sintra – Portugal 2007.

- Membro da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social – Cadeira nº 02

Membro da Academia Brasileira de Direito – Cadeira nº 12

- Escritor de artigos e livros em Direito Previdenciário, Constitucional e Relações sociais.

Contato: Insta: @heliogustavoalves – (47) 99934-2456


Auxílo-doença
Previsão Legal

● Art. 201, I da Constituição Federal de 1988;

● Art. 59 à 63 Lei 8213/91;

● Art. 71 à 81 Decreto 3048/99;

● Art. 300 a 317 da IN 77/15.


Tema: Governo Cruel

O pai dizia para sempre trabalhar


a fim de um dia poder aposentar.

Anos vêm, anos vão


e próximo de aposentar,
o governo resolver a lei mudar.

Terá que continuar a trabalhar


até não mais aguentar
e quando próximo de aposentar
Esgotado no hospital vai parar.

Segue a vida descansando


só que agora,
na cama de um hospital…

Pois é…Morreu…
E sua aposentadoria...Jamais recebeu!

Autor: Hélio Gustavo Alves


Pente fino Lei 13.846/19
Art. 1º Ficam instituídos, no âmbito do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS):
I - o Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de
Irregularidade (Programa Especial), com o objetivo de analisar
processos que apresentem indícios de irregularidade e potencial
risco de realização de gastos indevidos na concessão de benefícios
administrados pelo INSS; e
II - o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade
(Programa de Revisão), com o objetivo de revisar:
a) os benefícios por incapacidade mantidos sem perícia pelo INSS
por período superior a 6 (seis) meses e que não possuam data de
cessação estipulada ou indicação de reabilitação profissional; e
Pente fino Lei 13.846/19
Art. 1º - Prazos do Pente Fino:
(...)
§ 1º O Programa Especial durará até 31 de dezembro de 2020 e
poderá ser prorrogado até 31 de dezembro de 2022 por ato
fundamentado do Presidente do INSS.
§ 2º A análise dos processos administrativos de requerimento
inicial e de revisão de benefícios administrados pelo INSS cujo prazo
legal para conclusão tenha expirado até 15 de junho de 2019
integrará o Programa Especial. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 891, de 2019)
§ 3º O Programa de Revisão durará até 31 de dezembro de 2020 e
poderá ser prorrogado até 31 de dezembro de 2022 por ato
fundamentado do Ministro de Estado da Economia.
Pente fino Lei 13.846/19

Art. 2º - Processos advindos da Justiça entram no Pente Fino:


(...)
§ 4º O acompanhamento por médico perito de processos judiciais
de benefícios por incapacidade integrará o Programa de Revisão.
Pente fino Lei 13.846/19
Processos com Indícios de Irregularidades:

Art. 8º (...)

VI - processos identificados como irregulares pelo INSS, devidamente


motivados;

VII - benefícios pagos em valores superiores ao teto previdenciário


adotado pelo Regime Geral de Previdência Social.
Pente fino Lei 13.846/19
Perícias extraordinárias:
Art. 10º (...)
§ 1º O ato do Secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia a que se refere o caput deste artigo disporá sobre os critérios para
seleção dos benefícios objeto das perícias extraordinárias e abrangerá:

I - benefícios por incapacidade mantidos sem perícia pelo INSS por período
superior a 6 (seis) meses e que não possuam data de cessação estipulada ou
indicação de reabilitação profissional;

II - benefícios de prestação continuada sem revisão por período superior a 2


(dois) anos; e

III - outros benefícios de natureza previdenciária, assistencial, trabalhista ou


tributária.
Auxílio-doença ao preso
Lei 8213/91 alterada pela Lei 13.846/10 - Art. 27 - A
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos
benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de
auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência
Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput do art.
11 e o art. 13 desta Lei: 10 (dez) contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo
único do art. 39 desta Lei; e (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais. (Incluído pela Lei nº 13.846,
de 2019).
Auxílio-doença ao preso

Lei 8213/91 alterada pela Lei 13.846/10 - Art. 39


Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do caput do art. 11
desta Lei, fica garantida a concessão:
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão
ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme
disposto no art. 86 desta Lei, desde que comprovem o exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento
do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício
requerido, observado o disposto nos arts. 38-A e 38-B desta Lei; ou
Auxílio-doença ao preso

Lei 8213/91 alterada pela Lei 13.846/10 - Art. 59

§ 2º Não será devido o auxílio-doença para o segurado recluso em regime fechado.


(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 3º O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o
benefício suspenso. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 4º A suspensão prevista no § 3º deste artigo será de até 60 (sessenta) dias,
contados da data do recolhimento à prisão, cessado o benefício após o referido prazo.
(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 5º Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo previsto no §
4º deste artigo, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura.
(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 6º Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à percepção do
benefício por todo o período devido. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Auxílio-doença ao preso

Lei 8213/91 alterada pela Lei 13.846/10 - Art. 59

§ 7º O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º deste artigo aplica-se somente aos
benefícios dos segurados que forem recolhidos à prisão a partir da data de
publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

§ 8º O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou


semiaberto terá direito ao auxílio-doença. (Incluído pela Lei nº 13.846,
de 2019)
Auxílio-doença ao preso

Lei 8213/91 alterada pela Lei 13.846/10 - Art. 62

Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua


atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o
exercício de outra atividade.

§ 1º. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado
seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a
subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez.
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

§ 2º A alteração das atribuições e responsabilidades do segurado compatíveis com a


limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental não configura desvio
de cargo ou função do segurado reabilitado ou que estiver em processo de reabilitação
profissional a cargo do INSS. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
DA CARÊNCIA

Ocorrendo a perda da qualidade de segurado, Número de Contribuições


neste período, as contribuições anteriores à
perda não serão consideradas para fins de
carência, ou seja, deverá cumprir a carência
mínima exigida a partir da nova filiação, para
voltar a ter direito aos benefícios supra, vejamos:
Auxílio-doença recolher no mínimo 12 contribuições.

Aposentadoria por Invalidez recolher no mínimo 12 contribuições.

Recuperar a qualidade de segurado recolher no mínimo 06 contribuições.


DA CARÊNCIA

Após 18/06/2019 – Lei 13.846/19 Número de Contribuições

Auxílio-doença recolher no mínimo 12 contribuições.

Aposentadoria por Invalidez recolher no mínimo 12 contribuições.

Recuperar a qualidade de segurado recolher no mínimo 06 contribuições.


DA CARÊNCIA

Com o advento da Lei 9.032/1991, entretanto, o art. 61 da


Lei 8.213/1991 foi alterado, mudando a fórmula da renda
mensal do auxílio-doença, sendo 91% do salário de
benefício, mesmo para os benefícios de origem acidentária.

Com a Reforma da Previdência não houve mudança na


alíquota de 91%, somente na média da renda mensal, que
anteriormente era realizada com 80% das maiores
contribuições e agora será calculada em cima dos 100%
das contribuição de julho de 1994 até a DER.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

● CF: art. 201, I. (com a nova redação da E.C. 20)

● Lei 8213/91: art. 42 à 47;

● Decreto 3048/99: art. 43 à 50;

● IN 77/15 213 à 224.


APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Conceito

A aposentadoria por invalidez é um benefício concedido ao


segurado que, quando necessário, tenha cumprido a carência
exigida e teve sua vida profissional retalhada por doença física,
mental, acidente de trabalho ou de qualquer natureza e que não
tenha condições de exercer qualquer outra atividade, nem por
meio do programa de habilitação ou reabilitação profissional.

A EC 103, no art. 201, I, da Constituição Federal, traz um novo


conceito: cobertura do evento de “incapacidade permanente
para o trabalho”
DA DESNECESSIDADE DE PERÍCIA
MÉDICA

O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham


retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput
do art. 101 da Lei 8.213/1991 quando completarem 55 anos ou mais
de idade e quando decorridos 15 anos da data da concessão da
aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu, após
completarem 60 anos de idade ou quando o segurado for portador de
HIV/Aids, novidade advinda pelo § 5º do art. 43 da Lei 8.213/1991, e
incluída na Lei 13.847/2019.
ANALISAR INDIVIDUALMENTE

• A EC 103, traz no art. 26, § 3°, II, que no caso de aposentadoria por
incapacidade permanente, quando decorrer de acidente de trabalho,
de doença profissional e de doença do trabalho, o valor do benefício,
continua sendo 100% da média.

• Caso contrário, ou seja, nos benefícios de origem não acidentários,


será de 60%, mais 2% para cada ano completo de contribuição, até o
máximo de 100%, conforme art. 26, § 2°, III da PEC.
AUXÍLIO-ACIDENTE

● Lei 8213/91: art. 86;

● Decreto 3048/99: art. 333 à 339;

● IN 77/15 333 à 339.


AUXÍLIO-ACIDENTE
CRITÉRIO QUANTITATIVO

A base de cálculo do auxílio acidente é o salário de benefício.


O art. 86, § 1º, da Lei 8.213/1991 estipula a alíquota de 50% do salário
de benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido
até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente, e será devido até a
véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do
segurado.
A Medida Provisória 905/2019 estabelece que o valor do auxílio-
acidente corresponderá a 50% do benefício de aposentadoria por
invalidez a que o segurado teria direito e será devido enquanto
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia, ou na véspera do início de
qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
AUXÍLIO-ACIDENTE
CRITÉRIO QUANTITATIVO

Essa nova fórmula de cálculo trouxe grande redução a esse benefício


no caso da concessão da aposentadoria por invalidez não acidentária,
pois após a EC 103 o cálculo da renda mensal será de 60% mais 2%
a cada ano contribuído contados após 20 anos de contribuição.

Exemplo: para um segurado com consolidação das lesões decorrentes


de acidente extralaboral, que resultaram em sequelas que impliquem
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia,
com dez anos de contribuição, a renda mensal do auxílio-acidente
será de 50% da nova forma de cálculo da aposentadoria por invalidez,
no caso dos 60% do que teria direito pelo cálculo da aposentadoria
por invalidez.

Veja o exemplo a seguir


AUXÍLIO-ACIDENTE
CRITÉRIO QUANTITATIVO

Antes da EC 103 Após a EC 103


RMI da aposentadoria a que teria 60% da RMI da nova aposentadoria: R$
direito: R$ 2.000,00 1.200,00
RMI da aposentadoria por invalidez: RMI da aposentadoria:
R$ 2.000,00 R$ 1.200,00
50% dos R$ 2.000,00 = R$ 1.000,00 50% dos R$ 2.000,00 = R$ 600,00

Obs.: Na leitura desta obra, verificar se a MP 905 ainda está em vigor.


QUE PAÍS É ESTE?
Na favela, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos, acreditam no futuro da Nação
Que país é este?
Que país é este?
Que país é este?” (Renato Russo)

Prof. Hélio Gustavo Alves


Insta: @heliogustavoalves

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