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MÓDULO VII

1. Pensão por morte

ACUMULAÇÃO DE PENSÃO POR MORTE COM


APOSENTADORIA OU COM OUTRA PENSÃO

EC 103/19. Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por


morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime
de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor
decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da
Constituição Federal.
§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de:
I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime
de previdência social com pensão por morte concedida por outro regime
de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;
II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime
de previdência social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime
Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social ou
com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou
III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts.
42 e 142 da Constituição Federal com aposentadoria concedida no âmbito
do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de
previdência social.
§ 2º. Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a
percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte
de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo
com as seguintes faixas:
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo,
até o limite de 2 (dois) salários-mínimos;
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-
mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos;
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos,
até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.

Percentual Faixa do benefício Redutor


100% Salário-mínimo Sem redutor
60% Acima de 1 até 2 salários-mínimos 40%
40% Acima de 2 até 3 salários-mínimos 60%
20% Acima de 3 até 4 salários-mínimos 80%
10% Acima de 4 salários-mínimos. 90%

Exemplo: Aposentadoria melhor benefício – R$ 4.000,00


Pensão por morte – R$ 2.500,00
Até R$ 1.100,00 – sem redutor
Entre R$ 1.100,00 a R$ 2.200,00 – reduz 40% - R$ 660,00
Entre R$ 2.200,00 a R$ 2.500,00 – reduz 60% - R$ 120,00

Valor da pensão por morte: R$ 1.100 + 660,00 + 120,00 = 1.880,00

PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO NO ÓBITO

Súmula 416/STJ: É devida a pensão por morte aos dependentes do


segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os
requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu
óbito.
PORTARIA CONJUNTA Nº 5, DE 9 DE ABRIL DE 2020. Art. 1º
Comunicar para cumprimento a decisão judicial proferida na Ação Civil
Pública-ACP nº 5012756-22.2015.4.04.7100/RS, determinando ao INSS
que deixe de reconhecer a perda da qualidade de segurado, quando
devidamente comprovada a incapacidade do segurado na data do óbito
ou no período de graça e desde que presentes os demais requisitos
legais, para a concessão do benefício de pensão por morte.
Art. 2º A determinação judicial a que se refere o artigo 1º produz efeitos
para benefícios de pensão por morte com Data de Entrada de
Requerimento-DER a partir de 05/03/2015 e alcança todo o território
nacional.
Art. 3º Para o cumprimento da decisão judicial, quando for verificada a
perda da qualidade de segurado do instituidor, na data do óbito, deverá
ser oportunizado ao requerente, por meio de emissão de exigência, a
apresentação de documentos que comprovem uma possível incapacidade
que daria direito a um auxílio por incapacidade temporária (auxílio-
doença), após cumprida a exigência, deverá ser encaminhada para
realização de perícia médica.

RECOLHIMENTOS MENORES QUE O MÍNIMO –


COMPLEMENTAÇÃO PELOS DEPENDENTES

Decreto 3.048/99. Art. 19. E. § 7º. Na hipótese de falecimento do


segurado, os ajustes previstos no § 1º poderão ser solicitados por seus
dependentes para fins de reconhecimento de direito para benefício a eles
devidos até o dia quinze do mês de janeiro subsequente ao do ano civil
correspondente, observado o disposto no § 4º. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

HABILITAÇÃO PROVISÓRIA

Lei 8213/91. Artigo 74, § 3º. Ajuizada a ação judicial para reconhecimento
da condição de dependente, este poderá requerer a sua habilitação
provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de
rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da
respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada
a existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº
13.846, de 2019)

NOVO CASAMENTO PARA QUEM ESTÁ EM GOZO DE


PENSÃO POR MORTE

Existia essa previsão na Lei n° 3.807/60, revogada Lei Orgânica da


Previdência Social (LOPS) em que previa que o novo casamento de
pensionista do sexo feminino extinguia a pensão, com a Lei 8.213/91, não
existe mais essa previsão legal para perda da pensão por morte do RGPS
após novo casamento.

FALECIDO SEM CPF


É obrigatório o CPF para a concessão de pensão por morte, podendo ser
expedito mesmo após o óbito com o status de cancelado.

ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS

Lei n° 8.213/91. Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é


permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência
Social:

I - aposentadoria e auxílio-doença;
II - duas ou mais aposentadorias;
II - mais de uma aposentadoria;
III - aposentadoria e abono de permanência em serviço;
IV - salário-maternidade e auxílio-doença;
V - mais de um auxílio-acidente;
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado
o direito de opção pela mais vantajosa.

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