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2021

Instituto Nacional do Seguro Social


Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro

Ministério do Trabalho e Previdência


Onyx Lorenzoni

Presidência do INSS
Leonardo José Rolim Guimarães

Superintendência Regional Sudeste I


Edson Yamada

FICHA TÉCNICA

Conteúdo, redação e revisão técnica


Katya Rocha de Souza

Noely Martins da Silveira

Diagramação

Assessoria de Comunicação - SR1

Serviço de Desenvolvimento de Carreiras e Educação - SR1

Imagens

freepik.com.br

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Introdução 4

1 Fundamentação legal 6

1.1 Emenda Constitucional nº 103, de 12/11/2019, publicada em 14/11/2019 6

1.1.1 Alterações do cálculo do valor da pensão por morte 6

1.1.2 Acumulação do valor da pensão por morte com outros benefícios 9

Índice
1.2 Decreto nº 3.048 de 06/05/1999 12

2 Cálculo do valor da pensão por morte e regras de cotas 20

2.1 Cálculo da renda mensal 20

2.2 Extinção e reversão de cotas 22

3 Acumulabilidade de benefícios entre regimes (RGPS/RPPS/RPM) 23

3.1 Tratamento na fase de concessão 23

3.1.1 Cadastro a cargo da CEAB-RD ou CEAB-DJ 23

3.1.2
Acumulação com benefício do RGPS 24

3.2 Tratamento na fase de manutenção do benefício do RGPS 24

3.2.1
Comunicação ao INSS 25

3.2.2
Serviço/tarefa 26

3.2.3 Informações obrigatórias da tarefa 27

3.2.4
Comunicação ao titular 28

4 Acumulação na concessão de aposentadorias por incapacidade permanente


- B32/92 30

4.1 Sugestão de aposentadoria homologada em crítica II 30

4.1.1 Crítica II na concessão de aposentadoria por incapacidade identificada no


atendimento da APS 31

4.1.2 Crítica II na concessão de aposentadoria por incapacidade identificada pela


ELABMAN 32

4.1.3 Crítica II na concessão de aposentadoria por incapacidade identificada pela


ELABDJ 33

5 Inacumulabilidade de benefícios entre regimes 35

5.1 Fundamentação legal 35

5.2 Aplicação 36

5.3 Serviço no GET 36

5.4 Emissão de Guia da Previdência Social - GPS 36

5.5 Cessação da aposentadoria 37

5.6 Cessação da pensão por morte 38


3
5.7 Reversibilidade da cessação 38
INTRODUÇÃO
A Emenda Constitucional nº 103/2019 de 12/11/2019, publicada em
14/11/2019, trouxe diversas alterações que estão diretamente liga-
das ao pagamento de benefícios, especialmente no que se refere
ao cálculo das pensões por morte, com alterações significativas no
cálculo da renda mensal inicial e reversão de cotas de dependentes,
e estabelecendo critérios para a acumulação de mais de uma pen-
são em diferentes regimes de previdência e acumulação de pensão
com aposentadoria, independentemente do regime, assegurando
o recebimento integral do benefício mais vantajoso e de parte do
benefício menos vantajoso.

Tais alterações provocaram uma nova demanda para as ELABMAN,


as quais, conforme a Portaria Conjunta nº 33/DIRBEN/DIRAT/INSS,
de 07/04/2021, são responsáveis pelo tratamento das acumulações
identificadas a partir das informações de concessão de benefícios no
RPPS enviadas pelos órgãos gestores dos Regimes Próprios de Previ-
dência Social.

Esse tratamento consiste em verificar possíveis acumulações com


benefícios do RGPS, registrá-las em sistema próprio, acompanhar o
processamento no sistema de benefícios e efetuar eventuais acertos
financeiros, o que deve ser feito de forma célere, pois impacta direta-
mente no valor do pagamento do benefício do RGPS, e pode causar
prejuízo ao INSS se não for atendida num prazo razoável.

A implementação sistêmica dessas alterações foi iniciada na Ver-


são do Prisma 9.6b, de 27/06/2020, que colocou em uso a aplicação
PLENUS/SISBEN/ACUMULA, tornando necessário que o conhecimen-
to sobre o assunto seja difundido e aprofundado entre os servidores
das ELABMAN para que as demandas sejam tratadas de forma padro-
nizada e com agilidade, em todo o estado.

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Esta ação educacional tem a finalidade de disseminar o conhecimen-
to sobre sobre as mudanças advindas da EC 103/2019 e sua aplica-
ção na área de Manutenção, desenvolver as habilidades das equipes
responsáveis pelo atendimento das novas demandas, contribuindo
para aumentar a resolutividade com eficiência e qualidade.

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1 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

1.1 - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 103, DE 12/11/2019,


PUBLICADA EM 14/11/2019.

1.1.1 - ALTERAÇÕES DO CÁLCULO DO VALOR DA PENSÃO


POR MORTE

O artigo 23 da Emenda Constitucional nº 103/2019 trouxe alterações


substanciais no cálculo da pensão por morte que precisamos conhe-
cer e entender.

a) Cálculo da renda mensal inicial

Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de se-


gurado do Regime Geral de Previdência Social ou de servidor
público federal será equivalente a uma cota familiar de 50%
(cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida
pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se
fosse aposentado por incapacidade permanente na data do
óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por
dependente, até o máximo de 100% (cem por cento).

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b) Reversão de cotas

§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa


qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes,
preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por
morte quando o número de dependentes remanescentes for
igual ou superior a 5 (cinco).

c) Cálculo com dependente inválido/incapaz

§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou com defi-


ciência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão por
morte de que trata o caput será equivalente a:

I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo


segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fos-
se aposentado por incapacidade permanente na data do
óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral de
Previdência Social; e

II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acresci-


da de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente,
até o máximo de 100% (cem por cento), para o valor que su-
pere o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social.

§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou com


deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão
será recalculado na forma do disposto no caput e no § 1º.

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d) Duração da cota

§ 4º O tempo de duração da pensão por morte e das cotas in-


dividuais por dependente até a perda dessa qualidade, o rol
de dependentes e sua qualificação e as condições necessárias
para enquadramento serão aqueles estabelecidos na Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991.

e) Reconhecimento e revisão periódica da invalidez

§ 5º Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual,


mental ou grave, sua condição pode ser reconhecida previa-
mente ao óbito do segurado, por meio de avaliação biopsicos-
social realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar,
observada revisão periódica na forma da legislação.

f) Aplicação das regras no RPPS/RPM

§ 8º Aplicam-se às pensões concedidas aos dependentes de


servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à
data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, en-
quanto não promovidas alterações na legislação interna re-
lacionada ao respectivo regime próprio de previdência social.

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1.1.2 - ACUMULAÇÃO DO VALOR DA PENSÃO POR MORTE COM OUTROS
BENEFÍCIOS
A Emenda trouxe também, novas regras quanto à acumulação da
pensão por morte com outros benefícios do RGPS e também de re-
gimes próprios, além daquelas já vigentes no artigo 124 da Lei nº
8.213/1991.

a) Acumulabilidade de pensão por morte no mesmo regime

Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por


morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do
mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões
do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acu-
muláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.

b) Acumulabilidade da pensão por morte entre regimes


§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de:

I) Pensão com pensão entre regimes

I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro


de um regime de previdência social com pensão por morte
concedida por outro regime de previdência social ou com
pensões decorrentes das atividades militares de que tratam
os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;

II) Pensão de qualquer regime com aposentadoria de RGPS/


RPPS/RPM

II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro


de um regime de previdência social com aposentadoria con-
cedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou
de regime próprio de previdência social ou com proventos de
inatividade decorrentes das atividades militares de que tra-
tam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou

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III) Pensão militar com aposentadoria do RGPS ou RPPS

III - pensões decorrentes das atividades militares de que tra-


tam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal com aposen-
tadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdên-
cia Social ou de regime próprio de previdência social.

c) Cálculo da parcela de redução

Haverá redução do valor da renda mensal do(s) benefício(s)


menos vantajosos, calculada na forma do parágrafo 2º:

§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é as-


segurada a percepção do valor integral do benefício mais
vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefí-
cios, apurada cumulativamente de acordo com as seguin-
tes faixas:

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) sa-


lário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos;
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois)
salários-mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos;
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salá-
rios-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) sa-
lários-mínimos.

I) Alterações

§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a


qualquer tempo, a pedido do interessado, em razão de al-
teração de algum dos benefícios.

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II) Vigência

§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se


o direito aos benefícios houver sido adquirido antes da data
de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.

III) Aplicação das regras do RGPS no RPPS

§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na


legislação vigente na data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art.
40 e do § 15 do art. 201 da Constituição Federal.

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1.2 - DECRETO Nº 3.048 DE 06/05/1999
As alterações da EC 103/2019 tiveram reflexo no Regulamento da
Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/1999, pela publica-
ção do Decreto 10.410 de 30/06/2020.
A seguir, os artigos correspondentes às alterações já tratadas no
item 1.1.

a) Cálculo da renda mensal inicial

Art. 106. A pensão por morte consiste em renda mensal equi-


valente a uma cota familiar de cinquenta por cento do va-
lor da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a
que teria direito se fosse aposentado por incapacidade per-
manente na data do óbito, acrescida de cotas de dez pontos
percentuais por dependente, até o máximo de cem por cento.

b) Cálculo com dependente inválido/incapaz

§ 2º Na hipótese de haver dependente inválido ou com de-


ficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão por
morte será equivalente a cem por cento do valor da aposen-
tadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria di-
reito se fosse aposentado por incapacidade permanente na
data do óbito, até o limite máximo do salário de benefício do
RGPS, observado o disposto no § 1º do art. 113.

§ 3º O valor da pensão será recalculado na forma do dispos-


to no caput, quando:

I - a invalidez ou deficiência intelectual, mental ou grave so-


brevier à data do óbito, enquanto estiver mantida a qualida-
de de dependente; ou

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II - deixar de haver dependente inválido ou com deficiência
intelectual, mental ou grave.

c) Rateio da pensão

Art. 113. A pensão por morte, havendo mais de um pensionis-


ta, será rateada entre todos, em partes iguais.

§ 1º Na hipótese prevista no § 2º do art. 106, enquanto o de-


pendente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou
grave mantiver essa condição, independentemente do núme-
ro de dependentes habilitados ao benefício, o valor da pensão
será rateado entre todos os dependentes em partes iguais.

§ 2º Na hipótese de deixar de haver dependente inválido ou


com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pen-
são será recalculado na forma prevista no caput do art. 106 e
rateado de acordo com o disposto no caput.

d) Reversão de cotas

§ 3º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa


qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes,
preservado o valor de cem por cento da pensão por morte
quando o número de dependentes remanescentes for igual
ou superior a cinco.

e) Extinção de cotas

Art. 114. O pagamento da cota individual da pensão por mor-


te cessa:

I - pela morte do pensionista;

II - para o filho, o enteado, o menor tutelado ou o irmão, de

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ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, exceto se
o pensionista for inválido ou tiver deficiência intelectual, mental
ou grave;

III - para o filho, o enteado, o menor tutelado ou o irmão inválido,


pela cessação da invalidez;

III - A - para o filho, o enteado, o menor tutelado ou o irmão que


tenha deficiência intelectual, mental ou grave, pelo afastamento
da deficiência;

IV - pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por


morte dos pais biológicos.

V - para o cônjuge ou o companheiro ou a companheira:

a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou


pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos míni-
mos decorrentes da aplicação do disposto nas alíneas “b” e “c”;

b) em quatro meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado te-


nha vertido dezoito contribuições mensais ou se o casamen-
to ou a união estável tiver sido iniciado a menos de dois anos
antes do óbito do segurado; ou

c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo


com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o
óbito ocorrer depois de vertidas dezoito contribuições men-
sais e de, no mínimo, dois anos de casamento ou união está-
vel:

1. três anos, com menos de vinte e um anos de idade;

2. seis anos, entre vinte e um e vinte e seis anos de idade;

3. dez anos, entre vinte e sete e vinte e nove anos de idade;

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4. quinze anos, entre trinta e quarenta anos de idade;

5. vinte anos, entre quarenta e um e quarenta e três anos de


idade; ou

6. vitalícia, com quarenta e quatro ou mais anos de idade;

VI - pela perda do direito na forma do disposto nos § 4º e § 5º


do art. 105; e

VII - pelo decurso do prazo remanescente na data do óbito es-


tabelecido na determinação judicial para recebimento de pen-
são de alimentos temporários para o ex-cônjuge ou o ex-com-
panheiro ou a ex-companheira, caso não incida outra hipótese
de cancelamento anterior do benefício.

§ 1o Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão


por morte será encerrada.

§ 2o Não se aplica o disposto no inciso IV do caput quando o


cônjuge ou companheiro adota o filho do outro.

§ 3º Serão aplicados, conforme o caso, o disposto na alínea


“a” ou na alínea “c” do inciso V do caput se o óbito do segurado
decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença pro-
fissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento
de dezoito contribuições mensais ou da comprovação de dois
anos de casamento ou de união estável.

f) Invalidez do filho menor de 21

Art. 115. A cota do filho, do enteado, do menor tutelado ou do


irmão dependente que se tornar inválido ou pessoa com defi-
ciência intelectual, mental ou grave antes de completar vinte
e um anos de idade não será extinta se confirmada a invalidez
ou a deficiência nos termos do disposto no § 1º do art. 108.

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g) Acumulabilidade da pensão por morte no mesmo regime

Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é per-


mitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios do
RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho:
(...)

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou com-


panheira;

VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro


ou companheira; e
(...)

§ 1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do


caput, fica facultado ao dependente optar pela pensão mais
vantajosa, observado o disposto no art. 167-A.

h) Acumulabilidade da pensão por morte entre regimes

Art. 167-A. Será admitida a acumulação dos seguintes bene-


fícios:

I - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro


do RGPS com pensão por morte concedida por outro regime
de previdência social ou com pensões decorrentes das ativi-
dades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Consti-
tuição;

II - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro


do RGPS com aposentadoria do mesmo regime e de regime
próprio de previdência social ou com proventos de inativida-
de decorrentes das atividades militares de que tratam o art. 42
e o art. 142 da Constituição; ou

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III - de aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pen-
são deixada por cônjuge ou companheiro de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorren-
tes das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142
da Constituição.

I) Cálculo da parcela de redução

§ 1º Nas hipóteses de acumulação previstas no caput, fica


assegurada a percepção do valor integral do benefício mais
vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios,
apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:

I - sessenta por cento do valor que exceder um salário-mínimo,


até o limite de dois salários-mínimos;

II - quarenta por cento do valor que exceder dois salários-míni-


mos, até o limite de três salários-mínimos;

III - vinte por cento do valor que exceder três salários-mínimos,


até o limite de quatro salários-mínimos; e

IV - dez por cento do valor que exceder quatro salários-míni-


mos.

II) Alterações

§ 2º A aplicação do disposto no § 1º poderá ser revista a qual-


quer tempo, a pedido do interessado, em razão de alteração
de algum dos benefícios.

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III) Redução de renda na pensão desdobrada

§ 3º Na hipótese de recebimento de pensão desdobrada, para


fins de aplicação do disposto no § 1º, em relação a esse benefí-
cio, será considerado o valor correspondente ao somatório da
cota individual e da parcela da cota familiar, devido ao pen-
sionista, que será revisto em razão do fim do desdobramento
ou da alteração do número de dependentes.

IV) Vigência

§ 4º As restrições previstas neste artigo não se aplicam caso o


direito aos benefícios tenha sido adquirido até 13 de novem-
bro de 2019.

V) Responsabilidade da comunicação ao INSS

§ 5º Para fins do disposto neste artigo, no ato de habilitação


ou concessão de benefício sujeito a acumulação, o INSS deve-
rá:

I - verificar a filiação do segurado ao RGPS ou a regime próprio


de previdência social;

II - solicitar ao segurado que manifeste expressamente a sua


opção pelo benefício que lhe seja mais vantajoso; e

III - quando for o caso, verificar a condição do segurado ou


pensionista, de modo a considerar, dentre outras, as informa-
ções constantes do CNIS.

§ 6º O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro


dos segurados do RGPS e dos servidores vinculados a regimes
próprios de previdência social, e poderá, para tanto, firmar
acordo de cooperação com outros órgãos da administração
pública federal, estadual, distrital ou municipal para a manu-
tenção e a gestão do referido sistema de cadastro.

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§ 7º Até que o sistema de que trata o § 6º seja implementado,
a comprovação de que o aposentado ou o pensionista côn-
juge ou companheira ou companheiro do RGPS não recebe
aposentadoria ou pensão de outro regime próprio de previ-
dência social será feita por meio de autodeclaração, a qual o
sujeitará às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis
caso seja constatada a emissão de declaração falsa.

§ 8º Caberá ao aposentado ou pensionista do RGPS informar


ao INSS a obtenção de aposentadoria ou pensão de cônjuge
ou companheira ou companheiro de outro regime, sob pena
de suspensão do benefício.

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2 - CÁLCULO DO VALOR DA PENSÃO POR MORTE E REGRAS DE COTAS

2.1 - CÁLCULO DA RENDA MENSAL

Para fatos geradores ocorridos a partir de 14/11/2019 (data da publi-


cação da EC 103/2019), o valor da pensão por morte passou calcula-
do nos seguintes parâmetros:

a) Cota familiar
50% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a
que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente
na data do óbito.

Designa-se APBASE (Aposentadoria Base) o valor sobre o qual é


aplicada a cota familiar.

b) Cota individual
À cota familiar serão somados 10% para cada dependente até o má-
ximo de 100% da APBASE.

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c) Cálculo da pensão com dependente inválido ou com defi-
ciência intelectual, mental ou grave.

O valor do benefício será de 100% da APBASE, distribuídos entre os


demais dependentes.

Se houver desdobro do benefício, todos os benefícios terão o mes-


mo cálculo, independentemente de ser o benefício do dependente
inválido.

i a ?
oc ê sab
V O artigo 26 da EC 103/2019 também alterou o cálculo da
renda mensal da aposentadoria por incapacidade perma-
nente previdenciária, que passou a corresponder a 60%
do salário de benefício, acrescidos de 2% para cada ano
de contribuição que exceder 15 anos de contribuição, para
mulheres, e 20 anos de contribuição para homens.

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2.2 - EXTINÇÃO E REVERSÃO DE COTAS
A cota individual cessa por extinção
da qualidade do dependente, e não
reverterá para os dependentes rema-
nescentes.

O valor da renda mensal do benefício


será recalculado com base na quanti-
dade de dependentes válidos (ativos).
Cessada a cota do dependente inváli-
do, o valor da pensão será recalcula-
do com base na cota familiar de 50%
acrescida de 10% para cada depen-
dente remanescente.

Se houver mais de um dependente in-


válido, o valor da pensão permanecerá
em 100% da APBASE, até que sejam
extintas todas as cotas desses depen-
dentes.

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3 - ACUMULABILIDADE DE BENEFÍCIOS ENTRE REGIMES
(RGPS/RPPS/RPM)

3.1 - TRATAMENTO NA FASE DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE RGPS


No requerimento de benefício do RGPS - aposentadoria ou pensão,
pelo Meu INSS ou 135, o interessado responde à seguinte pergunta:

Se a resposta é "sim'', será emitida exigência para preenchimento do


anexo I da Portaria 450/2020 com informações adicionais (órgão do
RPPS/RPM, tipo de benefício, DIB, MR e vigência da MR).

A Portaria nº 450/PRES/INSS, DE 03/04/2020 dispõe sobre as al-


terações constantes na Emenda Constitucional nº 103, de 12 de no-
vembro de 2019, e na Medida Provisória nº 905, de 11 de novembro
de 2019 e contém em seu ANEXO I o formulário DECLARAÇÃO DE
RECEBIMENTO DE PENSÃO OU APOSENTADORIA EM OUTRO REGIME
DE PREVIDÊNCIA.

3.1.1 - CADASTRO A CARGO DA CEAB-RD OU CEAB-DJ


Após responder SIM à pergunta sobre a existência de benefício de
outro regime, no PRISMA, e antes de formatar o benefício, deve-se
proceder o cadastro na aplicação PLENUS/ACUMULA na opção 1 -
INCRPPS - Inclusão.

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Após essa inclusão, o benefício pode ter a concessão confirmada,
sem risco de ocorrer crítica II.
Se for informado não possuir benefício do RPPS, responde-se a per-
gunta no Prisma e formata-se o benefício, confirmando a concessão.
Conforme a Versão Prisma 9.6b, o acerto de contas será automático.

3.1.2 - ACUMULAÇÃO COM BENEFÍCIO DO RGPS


A verificação de acumulação com benefício do RGPS é feita pelo
sistema central, com registro automático no ACUMULA.
O acerto de contas entre benefícios do RGPS, a partir da DIB do
novo benefício, tem ocorrido diretamente no acumulado dessa nova
9 concessão, discriminado na rubrica 252 - DESC. ACUMULACAO DE
BENEF. JÁ CONCEDIDO

3.2 - TRATAMENTO NA FASE DE MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO DO RGPS


A Portaria Conjunta nº 33/DIRBEN/DIRAT/INSS, de 07/04/2021, dis-
ciplinou o tratamento de acumulações de benefícios decorrentes do
Art. 24 da EC nº 103/2019 em situações específicas relativas a bene-
fícios de RGPS já em manutenção, atribuindo essa competência às
ELABMAN.
São três as situações a serem tratadas na fase de manutenção do
benefício:

1) Acumulação com RPPS quando o benefício do RGPS já


está mantido.

2) Acumulação entre benefícios do RGPS não cadastrada


na concessão de um deles.

3) Alteração de renda ou benefício mais vantajoso na acu-


mulação entre RGPS e RPPS

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3.2.1 - COMUNICAÇÃO AO INSS
A comunicação de concessões de benefícios para verificação de acu-
mulação, bem como eventuais alterações de renda ou benefício mais
vantajoso pode ser encaminhada pelo Órgão gestor do RPPS/RPM
por meio de ofício ao INSS, ou pelo próprio titular.

Embora seja previsto que o próprio titular do benefício faça essa co-
municação/solicitação, não há serviço específico no Meu INSS ou na
Central 135, havendo a possibilidade de entrega diretamente na uni-
dade (APS, Gerência ou SR), por meio do novo serviço Atendimento
Especializado..

Ofícios recebidos nas unidades (APS, Gerência, SR) serão cadastrados


no SEI, com criação de tarefa do serviço apropriado no GET.

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3.2.2 - SERVIÇO/TAREFA
Os serviços disponíveis para tratamento das acumulações identifi-
cadas são apenas para uso interno, a saber:

a) ACUMULA_inclusão-alteração-exclusão

Deve ser utilizado para encaminhamento à ELABMAN de manuten-


ção do benefício quando identificada uma das situações descritas no
item anterior.
A inclusão de informações no sistema/subsistema PLENUS/ACU-
MULA deverá seguir as orientações do Relatório de Versão PRISMA
9.6b, conforme trataremos na parte II do curso.

b) ACUMULA_acerto de contas

Até que o sistema esteja adequado para realizar automaticamente


o cálculo e a consignação, o débito deverá ser apurado e comandado
manualmente, com registro eletrônico no serviço ACUMULA_acerto
de contas.
Também será utilizado para cálculo e comando de CP quando veri-
ficado ser devida a complementação ao beneficiário.

26
3.2.3 - INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS DA TAREFA

A tarefa deve ser transferida para o OL do GET da ELABMAN de ma-


nutenção do benefício, e deverá conter obrigatoriamente, as infor-
mações mínimas para análise da acumulação, que são:

• Nome do titular/dependente do benefício;


• CPF do titular do benefício/dependente;
• Data de nascimento;
• Espécie de benefício do RPPS (aposentadoria ou pensão);
• Qualidade do dependente, em caso de pensão por morte;
• Origem do benefício, se RPPS, e órgão concessor;
• Regime (civil ou militar);

Para esses dados existem campos adicionais da tarefa:

As seguintes informações constarão apenas no ofício do ente/ór-


gão gestor ou da declaração do segurado:

• Informação de concessão inicial ou alteração de renda, conside-


rando:
a) se concessão inicial:
• Data de início do benefício;
• Renda mensal inicial.
b) se alteração de renda:
• Nova MR; e
• Data de início de pagamento com a nova MR.

27
3.2.4 - COMUNICAÇÃO AO TITULAR
Ao concluir os procedimentos é obrigatório informar ao titular do be-
nefício, a nova renda mensal com redução, o valor do débito consig-
nado referente ao período acumulado indevidamente, assim como
fornecer o demonstrativo de cálculo do débito, ou crédito quando
for o caso.

O Anexo I da Ptcj. 33/2021 traz o modelo de comunicação ao benefi-


ciário transcrito com algumas alterações a seguir:

Em cumprimento ao Art. 167-A do Regulamento da Previdência Social


- RPS, aprovado pelo Decreto 3.048, de 1999, em virtude das alterações
implementadas pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019, informa-
mos que a renda mensal de seu benefício número …………. foi reduzi-
da de R$ …. para R$......., desde XX/XX/XXXX, data de início da acumu-
lação.
Ainda, em conformidade com o Inciso II do Art. 154 do RPS, foi consig-
nado débito no benefício, no valor de R$ …….., referente ao período
de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, em que houve recebimento de valores a
mais, conforme demonstrativo de cálculo anexo.
Os efeitos financeiros passarão a vigorar a partir da folha de pagamen-
to da competência XX/XXXX.

(Demonstrativo de cálculo segue anexo e poderá também ser acessado


no processo eletrônico.)

Sugerimos que seja o teor da comunicação copiado diretamente no


despacho de conclusão da tarefa, para que possa ser visualizado pelo
atendimento da Central 135.

O demonstrativo do cálculo pode ser anexado na conclusão da tare-


fa, para ser enviado ao email cadastrado nos contatos do interessado,
ou apenas citado se já estiver anexado ao processo, alterando-se o
texto conforme destacado acima.

No caso de valores a devolver ao beneficiário, o texto do despacho


de conclusão da tarefa deve ser adaptado à situação.

28
Nã o e s q u e ç a !
Para que o interessado receba as comunicações, é
preciso inserir os dados de contato no campo próprio
na tarefa:

Os dados de contato podem ser obtidos na consulta


de Dados Cadastrais da aba CNIS da tarefa:

Não havendo informação de e-mail


ou celular no CNIS, é aconselhável en-
viar carta física pelo sistema de envio
de correspondências em utilização.

Importante!
Não se aplicam as novas regras de acumulação da Emenda
na acumulação de aposentadorias em regimes diferentes.

Não se aplicará o desconto quando a acumulação decorrer


de fato gerador até 13/11/2019, inclusive os casos de direito
adquirido requeridos em data posterior.

29
4 - ACUMULAÇÃO NA CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS POR
INCAPACIDADE PERMANENTE - B32/92

4.1 - SUGESTÃO DE APOSENTADORIA HOMOLOGADA EM CRÍTICA II

Como sabemos, a rotina de concessão das aposentadorias por inca-


pacidade permanente no SABI é automática.

Para atender a exigência de informação de existência de benefício


de outro regime, as concessões das espécies 32 e 92 retornarão em
crítica II “NÃO HÁ INFORMAÇÃO BENEFÍCIO RPPS”, conforme descrito
no Relatório da Versão Prisma 9.6b de 25/06/2020.

Saliente-se que ao ser homologada a aposentadoria, o auxílio por


incapacidade é cessado por motivo 28, mesmo que a concessão da
aposentadoria retorne em crítica 2.

Caso a APS não se antecipe identificando a pendência no SABI e en-


caminhando a solução da crítica conforme descreveremos a seguir,
a falta de pagamento no B31/91, sem a consequente concessão da
aposentadoria provocará manifestação do segurado, seja no atendi-
mento presencial, ou por reclamação na ouvidoria, ou pela solicita-
ção de um dos serviços mais utilizados para esse tipo de situação:
Reativar Benefício ou Solicitar Pagamento não recebido.
Para dar o correto encaminhamento à solicitação do segurado, suge-
re-se os seguintes fluxos:

30
4.1.1 - CRÍTICA II NA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INCAPACI-
DADE IDENTIFICADA NO ATENDIMENTO DA APS

a) Criar tarefa do serviço de Auxílio-Doença - Urbano (Acerto Pós-pe-


rícia);

b) Solicitar ao segurado preencher e assinar Declaração do Anexo I da


Pt. 450/2020 e anexar na tarefa;

c) Encaminhar a tarefa para o OL responsável pela análise, que proce-


derá da seguinte forma:

I) Se for declarado que recebe benefício no RPPS ou RPM:

• Cadastrar no PLENUS/SISBEN/ACUMULA: opção 1 -


INCRPPS, informando os dados da pensão do regime
próprio ou militar

• Retransmitir crítica no SABI

II) Se for declarado que não recebe benefício no RPPS ou


RPM:

• Cadastrar no PLENUS/SISBEN/ACUMULA: opção 7


- SEMRPPS

• Retransmitir crítica no SABI

31
4.1.2 - CRÍTICA II NA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INCAPACI-
DADE IDENTIFICADA PELA ELABMAN

Durante a análise de solicitação de pagamento ou reativação do


B31/91 cessado por motivo 28 - transformação de espécie, o benefí-
cio do auxílio por incapacidade temporária não deve ser reativado.

A ELABMAN deverá verificar a “status” da homologação da aposen-


tadoria no SABI e, em se confirmando a crítica II “NÃO HÁ INFORMA-
ÇÃO BENEFÍCIO RPPS” no B32/92, dar o seguinte encaminhamento:

a) Criar tarefa do serviço de Auxílio-Doença - Urbano (Acer-


to Pós-perícia);

b) Emitir exigência na nova tarefa, solicitando apresentar


a Declaração do Anexo I da Pt. 450/2020;

c) Encaminhar a tarefa para o OL responsável pela análise,


que procederá conforme descrito nos itens 4.2.3 acima.

d) Encerrar a tarefa da solicitação relativa ao B31/91

32
4.1.3 - CRÍTICA II NA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INCAPACI-
DADE IDENTIFICADA PELA ELABDJ
A crítica II “NÃO HÁ INFORMAÇÃO BENEFÍCIO RPPS” também ocorre-
rá nas concessões de aposentadorias por incapacidade permanente
com despacho 04.

Caberá à própria ELABDJ retirar a crítica no SABI, com base nas in-
formações prestadas no processo judicial, ou mediante apresentação
da Declaração

a) Emitir exigência para apresentar a Declaração do Anexo I da Pt.


450/2020

I) Se tem benefício no RPPS

• Cadastrar ACUMULA: opção 1 - INCRPPS

• Retransmitir crítica no SABI

II) Se não tem benefício no RPPS

• Cadastrar ACUMULA: opção 7 - SEMRPPS

• Retransmitir crítica no SAB

Muito importante!
Não confundir a situação descrita anteriormente com a cessação de
auxílio por incapacidade temporária por motivo 92 - LIMITE INDEFI-
NIDO S/CONCESSAO DE B32/92, decorrente da não homologação da
sugestão de aposentadoria pela perícia médica.

33
Ocorrendo a cessação do B31/91 pelo motivo 92, o segurado solici-
tará a reativação do benefício ou do pagamento, por um dos serviços
mais comuns: Reativar Benefício ou Solicitação de Pagamento não
Recebido.

Constatando que não houve efetivamente a homologação da suges-


tão de aposentadoria, a ELABMAN reativará o benefício e acertará
eventuais créditos pendentes, concluindo a tarefa.

Deve-se então, criar nova tarefa do serviço Auxílio-Doença - Urbano


(Acerto Pós-perícia) para encaminhar à PMF a solicitação de análise
da sugestão de aposentadoria.

Para isso, deve-se criar subtarefa do serviço Processo com Solicita-


ção de Parecer Médico Pericial (5792 - PSPMP).

A t e n ç ã o !
Antecipando-se à ocorrência de crítica 2 no processamento da ho-
mologação da aposentadoria, a ELABMAN já pode solicitar que seja
apresentada a Declaração do anexo I da Pt. 450, emitindo exigência
para o segurado.

34
5 - INACUMULABILIDADE DE BENEFÍCIOS ENTRE REGIMES

5.1 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL


O tratamento de acumulações de benefícios e os procedimen-
tos a serem realizados quando houver solicitação de cessação
de benefícios inacumuláveis, foram normatizados na PORTARIA
DIRBEN/INSS Nº 891, DE 7 DE ABRIL DE 2021, que dispõe so-
bre os procedimentos a serem realizados quando houver solici-
tação de cessação de benefício inacumuláveis por força de dis-
posição legal ou constitucional, conforme disposto no § 3º do
artigo 181-B do Regulamento da Previdência Social, aprovado
pelo Decreto nº 3.048/1999, incluído pelo Decreto nº 10.410, de
30 de junho de 2020.

35
5.2 - APLICAÇÃO
Este procedimento se destina à aplicação de lei própria do RPPS, RPM
não decorrente da Lei nº 8.213/1991.

5.3 - SERVIÇO NO GET


O segurado solicitará o serviço Solicitar Desistência do Benefício.
Considerando que este serviço se destina também à desistência de
benefício do RGPS (aposentadoria, pensão e BPC), é necessária maior
atenção para aplicar corretamente o fluxo para cada caso.
Solicitação decorrente de aplicação de lei própria do RPPS ou
RPM deve ser atendida independente de critérios do RGPS.

5.4 - EMISSÃO DE GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - GPS


A emissão de GPS se aplica somente para estorno de valores pagos
em período posterior à DCB (1 dia depois da data do pedido de ces-
sação).
Eventuais cobranças de pagamento indevido durante o período
que não deveria ter havido acumulação deve ser avaliada pelo RPPS/
RPM.
Deve-se utilizar o código de recolhimento 9008.

36
b r e - s e !
Lem
A partir de 01/07/2022 para devolução de benefício recebido indevi-
damente deverá ser utilizada somente a GRU, como previsto na POR-
TARIA PRES/INSS Nº 1.337, DE 9 DE AGOSTO DE 2021, que instituiu o
Sistema GRU Cobrança no âmbito do INSS - Guia de Recolhimento da
União.

5.5 - CESSAÇÃO DA APOSENTADORIA


Somente após quitação de GPS/GRU o benefício deverá se cessado:
o motivo de cessação criado para este fim é o motivo 107 - CESS.
OPCAO BENEF OUTRO REGIME.
A DCB será fixada na data do pedido de cessação (DER da tarefa).
Até a elaboração deste texto, o motivo 107 ainda não estava dispo-
nível SIBE-PU, mas já podia ser utilizado no PRISMA.

37
5.6 - CESSAÇÃO DA PENSÃO POR MORTE
Considerando as características específicas da pensão por morte,
tais como a existência de outro dependentes válidos, ou de desdo-
bro, deve-se evitar a cessação direta do benefício com motivo 107.
Alternativamente, deve-se cessar o dependente utilizando-se o
motivo 24 - OPÇÃO P/OUTRA PE PREV/AMPARO LOAS/RENUNCIA

5.7 - REVERSIBILIDADE DA CESSAÇÃO


Observar que a cessação é reversível, podendo ser solicitada a reati-
vação do benefício do RGPS, a contar da data do pedido administra-
tivo de reativação, caso se mantenham os requisitos legais.

38
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