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FACULDADE ARNALDO JANSSEN

CURSO DIREITO TIRAGEM


DISCIPLINA DIREITO DE FAMÍLIA
PERÍODO 6º TURMA A ETAPA PROVA 2ª CHAMADA 2ª ETAPA VALOR 20 (vinte pontos)
PROFESSOR(A): JOSÉ ROBERTO MOREIRA FILHO
NOME E ASSINATURA DO ALUNO DATA
11/06/202 NOTA
2

PROVA À CANETA E SEM CONSULTA

1) Sobre o poder familiar podemos dizer o seguinte: (2 pontos)

I – Se uma criança vive junto com o seu pai e sua mãe na casa de sua avó materna é certo que com a morte dos pais a avó
materna assumirá o poder familiar para continuar na guarda do(a) neto(a).
II – Um homem tem dois filhos menores e um neto de um filho já casado e comete contra esse neto um crime doloso de lesão
corporal grave e cometido em face de uma divergência familiar. Com o cometimento desse ato ele poderá ter suspenso o poder
familiar em relação aos seus filhos menores.
III – João e Ana eram casados e tiveram o filho Joaquim. Divorciaram-se e a guarda de Joaquim ficou estabelecida de forma
unilateral para Ana. João se casa novamente com Rita. Mesmo com o novo casamento e com base no planejamento familiar do
casal João não tem de ter autorização de Rita para exercer alguns atributos do poder familiar em relação ao seu filho Joaquim.
IV – Paulo e Tereza tiveram o filho Carlos. Em 2020 Carlos, então com apenas 16 anos, é efetivado em concurso público da
Prefeitura de Minas Novas/MG. Com isso Paulo e Tereza terão o poder familiar automaticamente extinto em relação ao filho.
Dessa forma podemos afirmar:
a) ( ) Apenas a assertiva II é verdadeira
b) ( ) As assertivas II e IV são verdadeiras
c) ( ) As assertivas III e IV são verdadeiras
d) ( ) Apenas a assertiva III é falsa

2) Sobre a guarda e a convivência podemos afirmar: (2 pontos)

I – A guarda é um direito personalíssimo dos pais e aquele que a detém possui a obrigação de zelar pelos interesses dos filhos.
II – Cabe exclusivamente ao genitor que detém a guarda unilateral dos filhos autorizar viagens para o exterior.
III – Qualquer estabelecimento público ou privado somente tem a obrigação de fornecer dados de crianças e adolescentes para o
genitor que detém a guarda dos filhos, seja ela unilateral ou compartilhada.
IV – A guarda também se aplica aos filhos maiores incapazes e independe de prévia interdição, podendo ser unilateral ou
compartilhada.
Dessa forma podemos afirmar:
a) ( ) As assertivas I, II e III são falsas
b) ( ) Somente a assertivas I e IV são verdadeiras
c) ( )Somente a assertiva I é verdadeira
d) ( )Todas as assertivas são falsas

3) Sobre a dissolução e término da sociedade conjugal temos as seguintes assertivas: (2 pontos)

 I – O casamento somente se dissolve pela morte, ausência ou divórcio.


 II – O divórcio é um direito potestativo e não admite contestação por parte de qualquer um dos cônjuges.
 III – Somente a separação judicialmente decretada é que extingue a presunção do esforço comum para fins de meação.
 IV – Se uma pessoa obtiver uma sentença de separação judicial em 2021 somente em 2022 ela poderia converter a separação
judicial em divórcio.
 Dessa forma podemos afirmar
a) ( ) Todas as assertivas são verdadeiras
b) ( ) Somente a assertiva IV é falsa
c) ( ) A assertiva III é a única falsa
d) ( ) Somente as assertivas I e II estão corretas
4) A síndrome da alienação parental nada mais é do que uma conduta dos genitores, avós e até mesmo novos parceiros dos
genitores (todo aquele que exerça autoridade sobre o menor) em “fazer a cabeça” da criança ou adolescente contra o
outro genitor, seja voluntariamente ou involuntariamente, bem como dificultar o convívio familiar. Todo aquele que
exerce a guarda ou vigilância do menor pode cometer e ser responsabilizado por essa conduta. A Lei nº 12.318/2010, no
seu art. 2º, traz um rol exemplificativo (não exaustivo) de condutas que caracterizam a alienação parental, como, por
exemplo, impedir que o genitor veja o filho no dia designado pelo juiz; o detentor da guarda mudar-se para cidade
distante sem autorização do outro genitor ou judicial; falar mal do outro durante o período de visitação do menor;
apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência
deles com a criança ou adolescente etc. Até mesmo o famoso “me conta tudo o que está acontecendo com seu pai, se
está namorando, como é a casa dele, ele comprou tudo o que você pediu…” pode ser considerada uma forma de
alienação parental. Normalmente, esta síndrome é uma das consequências de um divórcio complicado, pois os pais têm
dificuldade de separar a conjugalidade que acabou (o relacionamento do ex-casal) com a parentalidade que é para
sempre (relação pais e filhos). As estatísticas demonstram que a maior parte dos filhos de pais divorciados sofrem ou já
sofreram alienação parental. Todavia, pode acontecer também durante o casamento, a única diferença é que a
visibilidade do problema é mais difícil. A alienação parental passou a ser regulamentada em lei a partir de 2010, mas é
uma moléstia conhecida há tempos. Somente agora está sendo discutida mais amplamente e expressa em nosso
ordenamento jurídico, que, por sua vez, vem firmando, cada vez mais, a diferença entre o casamento e os filhos,
objetivando sempre a parentalidade responsável.
Parte do texto de autoria de Izabela Fantazia da Silva Rejaili. Fonte http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/alienacao-parental-uma-sindrome-silenciosa/ (Links para um site externo.) (2 pontos)

De acordo com o texto e com a Lei 12.318/10 podemos afirmar o seguinte:

I – A pessoa que pratica alienação parental não pode ser presa.


II –  O laudo biopsicossocial pode ser feito por uma só pessoa
III – Quando o texto diz “todo aquele que exerça autoridade sobre o menor” Podemos afirmar que um professor pode praticar
alienação parental.
IV – O processo de alienação parental pode ser autônomo ou incidental e terá tramitação prioritária.

É falso, portanto, apenas o que se afirma em:


a) ( ) III
b) ( ) I e II
c) ( )Nenhuma
d) ( ) I

5) CNJ CRIA REGRAS PARA RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DE FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA


3 DE DEZEMBRO DE 2017, 16H09
POR CARLOS MAGNO ALVES DE SOUZA
Em 17 de novembro de 2017, o Conselho Nacional de Justiça publicou o Provimento 63, através do qual, dentre outros temas,
disciplinou o procedimento de reconhecimento de filiação socioafetiva, perante os Ofícios do Registro Civil das Pessoas
Naturais.
Apesar de alguns estados já estarem realizando o reconhecimento extrajudicial da “paternidade” socioafetiva mediante a edição
de normativos próprios, o Provimento 63/2017 do CNJ vem para consolidar a possibilidade de que o reconhecimento da filiação
socioafetiva seja efetivado nos cartórios do registo civil de qualquer unidade federativa, uniformizando o seu procedimento.
Todavia, quando da publicação de novas regras jurídicas, é natural que surjam questionamentos e críticas que servem para firmar
interpretações, bem como aperfeiçoar a nova ordem normativa, de maneira que, neste breve estudo, traremos algumas
ponderações acerca do referido provimento, que consideramos importantes na discussão sobre o reconhecimento extrajudicial da
filiação socioafetiva. Fonte: https://www.conjur.com.br/2017-dez-03/carlos-souza-cnj-cria-regras-reconhecer-filiacao-
socioafetiva

No que diz respeito à filiação e seu reconhecimento, bem como o estabelecimento da filiação sócio-afetiva mencionada no texto
é CORRETO dizer: (2 pontos)
a) ( )Os embriões criopreservados heterólogos não necessitam de prévio consentimento para serem considerados filhos
do marido.
b) ( ) O reconhecimento voluntário dos filhos pode ser revogado quando feito por testamento.
c) ( ) Somente os pais e seus familiares podem contestar a ação de investigação de paternidade ou maternidade.
d) ( ) Para a caracterização da filiação socioafetiva deve haver a comprovação da posse de estado de filho, ou seja, nome,
trato e fama.

6) João e Ana eram noivos de longa data e resolveram se casar. João morava em Itaúna/MG e Ana morava em
Divinópolis/MG. O casal deu entrada em toda a documentação necessária junto ao Cartório de Registro Civil de
Itaúna/MG e marcaram a data de celebração seu casamento para o dia 15 de Dezembro de 2.020 que seria realizado na
Fazenda de João localizada em Juatuba/MG. Em março de 2.020 João começou a apresentar sintomas de uma gripe
muito forte e foi diagnosticado com COVID-19 e internado em um hospital de Itaúna/MG. O casal então, com
autorização médica e cercado de todos os cuidados, conseguiu convencer o tabelião a realizar o casamento antes da data
agendada. Ocorre que a saúde de João teve uma piora radical e os médicos disseram que precisariam entubá-lo para um
melhor tratamento. Temendo por sua vida os familiares convenceram o tabelião a ir ao hospital, tarde da noite, para
realizar o casamento antes da intubação. O casamento foi realizado na presença dos noivos, dos 5 (cinco) enfermeiros e
dos 2 (dois) médicos plantonistas do CTI e João foi entubado logo após consentir de forma consciente com o seu
casamento. Ocorre que em face da grave doença João veio a falecer em 15 de abril de 2.020.

Diante do caso apresentado podemos afirmar: (2 pontos)


a) ( ) A celebração do casamento de João e Ana somente poderia ocorrer em Itaúna/MG ou em Divinópolis/MG.
b) ( ) Esse é um casamento ordinário e se exige no mesmo a presença do presidente do ato e de 02 testemunhas que
saibam ler e escrever.
c) ( ) O casamento de João e Ana é um casamento nuncupativo.
d) ( ) As testemunhas do casamento devem dirigir-se, em 10 dias a contar da data da celebração do casamento, a uma
autoridade judicial mais próxima para declarar que perante elas se realizou o casamento no leito de morte de João.

7) Rafael e Amanda são casados e durante o casamento cada qual administrava seu próprio patrimônio, cada um tinha a
sua independência financeira, não se ajudavam financeiramente apesar de alguns bens terem sido adquiridos por eles e
registrados na forma em que efetivamente foram comprados. O casal pretende se separar e apresentam abaixo os bens
que possuem:

 1 - Uma casa adquirida antes do casamento por Rafael atualmente avaliada em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais)
 2 - Um lote adquirido antes do casamento por Amanda atualmente avaliado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais)
 3 - Uma fazenda adquirida pelo casal durante o casamento, atualmente avaliada em R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais)
registrada 70% (setenta por cento) em nome de Amanda e 30% em nome de Rafael.
 4 - Um terreno adquirido durante o casamento, registrado em nome de Rafael, atualmente avaliado em R$ 300.000,00 (trezentos
mil reais)
 5 - Um carro recebido por doação por Amanda, durante o casamento, avaliado em R$ 70.000,00 (setenta mil reais)
 6 - Um terreno adquirido antes do casamento por Amanda no valor de R$ 500.000,00 no qual foram plantadas 10.000 (dez mil)
mudas de eucalipto e que ainda não estão prontas para comércio e que quando vendidas darão um lucro mínimo de R$
100.000,00 (cem mil reais)
 7 - Um apartamento adquirido de forma financiada durante o casamento por Rafael e atualmente avaliado em R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais) do qual já se pagou a metade do financiamento e que ainda tem um saldo devedor de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais)
 8 - Uma dívida contraída durante o casamento por Amanda para cercar a fazenda que foi comprada pelo casal no valor de R$
100.000,00 (cem mil reais)

 Diante do relatado acima responda aos seguintes questionamentos. NÃO QUERO A DIVISÃO EM BENS E SIM O VALOR
TOTAL MONETÁRIO QUE CADA CÔNJUGE RECEBERÁ DE MEAÇÃO, AQUESTO E DÍVIDAS NOS TERMOS
DO QUE ESTÁ PEDIDO E DO QUE CONSTOU NA CORREÇÃO DA PROVA FINAL!

A) Considerando os bens acima, bem como eventuais direitos futuros dos cônjuges digam, em valores monetários totais,
qual seria o valor da meação e aquestos cabível a Rafael e Amanda e qual o valor total das dívidas que cada um pagará
se forem casados no regime da comunhão parcial dos bens? (2 pontos)

Valor da meação de Rafael:

Valor de meação de Amanda:

Valor dos aquestos de Rafael:

Valor dos aquestos de Amanda:

Valor das dívidas de Rafael:

Valor das dívidas de Amanda:


B) Considerando os bens acima, bem como eventuais direitos futuros dos cônjuges digam, em valores monetários totais,
qual seria o valor da meação cabível a Rafael e Amanda e qual o valor total das dívidas que cada um pagará se forem
casados no regime da comunhão universal dos bens? (2 pontos)

Valor da meação de Rafael:

Valor de meação de Amanda:

Valor dos aquestos de Rafael:

Valor dos aquestos de Amanda:

Valor das dívidas de Rafael:

Valor das dívidas de Amanda:

C) Considerando os bens acima, bem como eventuais direitos futuros dos cônjuges digam, em valores monetários totais,
qual seria o valor da meação e dos aquestos cabíveis a Rafael e Amanda e qual o valor total das dívidas que cada um
pagará se forem casados no regime da participação final nos aquestos? (2 pontos)

Valor da meação de Rafael:

Valor de meação de Amanda:

Valor dos aquestos de Rafael:

Valor dos aquestos de Amanda:

Valor das dívidas de Rafael:

Valor das dívidas de Amanda:

D) Considerando os bens acima, bem como eventuais direitos futuros dos cônjuges digam, em valores monetários totais, qual
seria o valor da meação e dos aquestos cabíveis a Rafael e Amanda e qual o valor total das dívidas que cada um pagará se forem
casados no regime da separação obrigatória dos bens? (2 pontos)

Valor da meação de Rafael:

Valor de meação de Amanda:

Valor dos aquestos de Rafael:

Valor dos aquestos de Amanda:

Valor das dívidas de Rafael:


Valor das dívidas de Amanda:

 Boa sorte!

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