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AULA 02

Você está participando da Jornada de Holding Familiar e talvez


esta tenha sido uma das decisões mais importantes da sua
vida profissional, porque ao longo desta semana você vai
receber muito conteúdo e terá a possibilidade de alcançar
uma trajetória de sucesso na advocacia através do trabalho
com Holding Familiar.

Meus parabéns por chegar até aqui, isso é um sinal de


comprometimento com a mudança na sua carreira. E para
aproveitar 100% da nossa Jornada é preciso que você continue
firme durante todas as aulas, a fim de sair da nossa Jornada
apto para conquistar seus primeiros clientes.

Na aula 2 nós ensinamos quais são técnicas da Holding


Familiar utilizadas para evitar o Inventário, mas por ser um
conteúdo denso e extenso, elaboramos esse resumo para
que você possa revisar o conteúdo e melhorar o
aproveitamento da aula.
JORNADA DE HOLDING FAMILIAR
A U L A 2

Planejamento Patrimonial da Família com


uma Holding Familiar. Transferência de quotas
aos herdeiros.
Costumamos cuidar da Holding Familiar como um sistema já que se
trata de um conjunto de atos e etapas que permitem o Planejamento
Patrimonial e Sucessório de modo eficiente e seguro.

A primeira etapa desse sistema foi dada na aula 1, ou seja,


Constituição da Célula Cofre e o Planejamento Patrimonial.

Na aula 2 passamos ao estudo do Planejamento Sucessório.

Estando o patrimônio integralizado na Célula Cofre (Planejamento


Patrimonial) avançamos para o Planejamento Sucessório, que se
consolida com a doação das quotas aos herdeiros.

É a doação que na prática faz com que os pais transmitam seu


patrimônio aos filhos e é neste momento que se encerra a
possibilidade de realização de inventário.

É bem verdade que a doação, assim como a morte, é fato gerador do


ITCMD, mas o grande diferencial para aplicação de alíquota menor
ou maior está intrinsecamente ligada à base de cálculo a ser
considerada e aqui está um grande diferencial entre os dois sistemas
(Inventário e Holding Familiar).

Para fins comparativos, veja a tabela abaixo com o impacto


financeiro da tributação (ITCMD) nos dois sistemas:
Uma observação importante a ser feita é que a variação da alíquota
caminha lado a lado do valor da base de cálculo e para cada um dos
casos (inventário ou Holding) aplica-se uma base.

No inventário a base de cálculo para o ITCMD é o valor de mercado


do patrimônio (geralmente muito superior ao valor de aquisição do
bem), ao passo que no Sistema de Holding a base para o cálculo do
imposto da doação é o valor histórico do patrimônio, o que resulta
em menor alíquota e menor despesa com tributo.

Está traçada aí a primeira diferença entre a Holding e o Inventário,


que é a economia financeira de aproximadamente 90% com o ITCMD
(R$ 160 Mil – R$ 18 Mil = R$ 142 Mil) e a segunda é a possibilidade
organizar esse sistema de modo que as custas sejam pagas
parceladamente, o fazemos através de uma projeção das doações.
Atente-se ainda que hoje a alíquota máxima do ITCMD é de 8%, mas
a possibilidade de aumento absurdo é REAL!
Reserva de Usufruto e cláusulas i
mprescindíveis. Cláusulas Especiais para o
Planejamento Sucessório. Cláusula de direito
de arrependimento. Cláusula do "desapego".
O poder do Acordo de Sócios.
No sistema de Holding Familiar a doação das quotas é o fator que
impede a ocorrência do inventário, mas para que os pais não sofram
os mesmos empecilhos da doação pura e simples, ordinariamente
utilizada, por exemplo, com a doação de imóveis, na Holding são
estabelecidos alguns critérios que conferem maior segurança e
conforto ao cliente.

Para que tudo funcione tal qual os pais planejam e não ocorram os
percalços da doação simples de bens em vida, neste momento,
devem ser incluídas as cláusulas de proteção, que servirão como
um gatilho a ser disparado somente com o falecimento dos pais.
Somente com o falecimento dos pais é que aquela doação passa a
operar efeitos práticos.

O que assegura que os pais permaneçam exercendo todos os


poderes sobre as quotas (e em última análise o patrimônio da
família) são exatamente as cláusulas de proteção.

A primeira e mais comum é a reserva de usufruto. Por ocasião da


doação somente é transmitida a propriedade da quota, ficando os
frutos em favor daqueles que constituem o Sistema, o que se extingue
somente no momento do falecimento dos pais.

É também extremamente importante que seja incluída a


possibilidade de arrependimento e a cláusula de reversão,
assegurando assim 110% de proteção.

As cláusulas de proteção devem estar previstas no contrato social,


que por si confere publicidade dos atos ali praticados e que podem
ser do interesse de terceiros.
Outras cláusulas especiais também são extremamente relevantes
para deixar o sistema de gatilho preparado para ser acionado
somente no momento da passagem dos pais, são elas:

• Inalienabilidade
• Impenhorabilidade
• Incomunicabilidade
• Reversão
• Administração Permanente
• Direitos Políticos
• Mandato
• Call Option
• Golden Share

Desde que observados os cuidados para inclusão das cláusulas


acima, a doação do patrimônio não afetará o comando real sobre
os bens.

Outro item que não pode ser subestimado é o poder do acordo de


sócios. Ele é que vai reger o Sistema depois do falecimento dos pais e
é ele quem vai permitir que o sistema seja fidedigno à vontade dos
pais.

Previsão de aumento do ITCMD. Impacto da


decisão do STF sobre o ITBI.

Outras questões relevantes devem ser tratadas nesta etapa do


estudo.

O cenário atual do país está mais propício do que nunca para que o
Senado eleve o limite da alíquota do ITCMD, lembrando que isto é
feito por Resolução (que tem tramitação diferenciada) e que existe
proposta para elevar consideravelmente a alíquota.

Hoje a alíquota máxima é de 8% e tende a aumentar em breve para


atender a esta necessidade econômica.

Como a alíquota tem reflexo imediato sobre a despesa final que seu
cliente terá com o inventário, este ponto merece atenção redobrada.
Outra questão polêmica são os impactos do Tema 796 da
Repercussão Geral do STF

Discutiu-se naquele caso concreto a incidência do ITBI sobre a


diferença entre o valor de integralização do imóvel e o valor de
mercado do bem dentro do Sistema de Holding Familiar, isto
porque para as transações imobiliárias onerosas o cálculo do ITBI
leva em consideração o valor de mercado do imóvel, ao passo que
a integralização de capital social com bem imovel considera valor
histórico do bem.

De qualquer sorte, é importante você deixar claro para o cliente sobre


a possibilidade de incidência do ITBI sobre a diferença entre o valor
histórico e o valor de mercado do bem, contudo uma alternativa é a
utilização do sistema de avaliação a valor justo.

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