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COORDENAÇÃO ANDRAGÓGICA
SEÇÃO TÉCNICA DE ENSINO
DISCIPLINA > DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
DOCENTE: Prof. Cel José WALTERLER
1. CONCEITO
2. SISTEMAS PROCESSUAIS
4. PRINCÍPIOS
DEVIDO PROCESSO LEGAL (art. 5º, LIV, CF) – Garantia mais ampla, por se confundir
com a própria necessidade de processo. Aplicação da pena, apenas e tão somente, por
meio do processo. A transação penal só existe em relação aos crimes de menor potencial
ofensivo (art. 98, I, CF), para a aplicação de penas alternativas (não privativas de
liberdade) e suspensão condicional do processo (art. 89, Lei 9.0099/95).
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (art. 5º, LVII, CF) – Ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Consequências:
a) REGRA PROBATÓRIA: O ônus da prova cabe a quem acusa. Daí, o fato de, na
dúvida, pender-se em favor do acusado (in dubio pro reo).
a) DEFESA TÉCNICA: Aquela realizada por um técnico (art. 564, III, alínea c, CPP e
art. 261, CPP);
DEFESA TÉCNICA:
Também como corolário da ampla defesa, o juiz não pode julgar sem a peça das
alegações finais. Deve, então, determinar que defensor ad hoc ofereça as alegações
finais. A defesa técnica deve, portanto, ser plena e efetiva. PLENA, por ser necessária
em todo o processo e, EFETIVA (art. 261, § único, CPP), pela necessidade de seu exercício
operar-se mediante manifestação fundamentada, sob pena de nulidade (art. 497, V,
CPP).
AUTO DEFESA:
Agora, não há mais sentido a figura do curador, haja vista o advento do Novo
Código Civil (NCC), fazendo a maioridade civil coincidir com a maioridade penal.
Alguns autores, porém, entendem que o próprio NCC veda a projeção de efeitos
para outras esferas do Direito. De qualquer sorte, a figura de defensor supre a
necessidade de curador.
(iv) Direito À Não-Auto Incriminação. Nemo tenetur se detegere ou, para o Direito
norte-americano, “privilege agaist self-incrimination”. Ou seja, é o direito de não
descobrir-se, sendo facultado o direito de não produzir provas contra si.
Surge como decorrência do princípio da ampla defesa (art. 5º, LV, CF) e da
Convenção Norte-Americana de Direitos Humanos (art. 8º, item 2, g, CADH – “...
ninguém será obrigado a declarar-se culpado”).
(v) Direito Ao Silêncio (art. 5º, LXIII, CF). O silêncio não importará em prejuízo da
defesa nem em confissão (art. 186, CPP).
O art. 198, CPP, não foi adequado pela Lei 10.792/03, porém tal dispositivo não é
recepcionado pela constituição.
Condução coercitiva:
Exame grafotécnico
1. Conceito
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais,
configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade
precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e
avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às
formalidades previstas neste Código.
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido
a infração penal, atendida a hierarquia do infrator;
CARACTERISTICAS:
ATENÇÃO
ATENÇÃO 2
Art. 10.
§ 1º. Tendo o infrator posto superior ou igual ao do comandante, diretor ou chefe de órgão ou
serviço, em cujo âmbito de jurisdição militar haja ocorrido a infração penal, será feita a
comunicação do fato à autoridade superior competente, para que esta torne efetiva a delegação,
nos termos do § 2° do art. 7º.
(...)
§ 5º. Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a existência de indícios contra oficial
de posto superior ao seu, ou mais antigo, tomará as providências necessárias para que as suas
funções sejam delegadas a outro oficial, nos termos do § 2° do art. 7º.
Art. 7º.
§ 2º. Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar,
deverá aquela recair em oficial de posto superior ao do indiciado, seja este oficial da
ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.
Art. 10.
§ 2º O aguardamento da delegação não obsta que o oficial responsável por comando, direção ou
chefia, ou aquele que o substitua ou esteja de dia, de serviço ou de quarto, tome ou determine que
sejam tomadas imediatamente as providências cabíveis, previstas no art. 12, uma vez que tenha
conhecimento de infração penal que lhe incumba reprimir ou evitar.
Art. 10.
§ 3º Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à
autoridade policial competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor
de dezoito anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se
pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a
imagem do investigado ou acusado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou
administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
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9
CPPM
Incomunicabilidade do indiciado. Prazo.
Este artigo 17 do CPPM é inconstitucional, por força do 5º, LXII e 136, § 3º, IV, da
CF. Diz o STJ e o STF: “Se no estado de defesa é vedada a incomunicabilidade de preso,
quanto mais no estado de normalidade”.
CPMM
Dispensa de Inquérito
Art. 28. O IPM poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo
Ministério Público:
a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras
provas materiais;
b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor
esteja identificado;
c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal Militar.
I - Atos de Prova – são colhidos ante o juiz que, em regra, vai julgar o mérito da
causa. Os atos de prova integram a relação processual e são revestidos de publicidade
contraditório e ampla defesa.
Para o STF e o STJ, os atos praticados no curso de inquérito policial, uma vez
colhidos por autoridade policial com atribuição em razão da matéria, obedecidas todas
as formalidades legais e não contestados em juízo, têm a mesma força de ato de prova.
As demais investigações solteiras, têm eficácia limitada.
NOTÍCIA ANÔNIMA
ESCRIVÃO DO INQUÉRITO
LAVRATURA DO AUTO
Art. 245.
Designação de escrivão
§ 4º Sendo o auto presidido por autoridade militar, designará esta, para exercer as
funções de escrivão, um capitão, capitão-tenente, primeiro ou segundo-tenente, se
o indiciado for oficial. Nos demais casos, poderá designar um subtenente, suboficial
ou sargento.
Falta ou impedimento de escrivão
§ 5º Na falta ou impedimento de escrivão ou das pessoas referidas no parágrafo
anterior, a autoridade designará, para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, que,
para esse fim, prestará o compromisso legal.
Pois bem.
Considerando o princípio da legalidade: CF. art. 5º, II > ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei,
RECOMENDAÇÃO
CPPM - Art. 12. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar,
verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá, se possível:
a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação
das coisas, enquanto necessário;
b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato;
c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244;
d) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias.
FORMAÇÃO DO INQUÉRITO
b) ouvir o ofendido;
c) ouvir o indiciado;
d) ouvir testemunhas;
e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações;
f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outros exames e perícias;
g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída
ou danificada, ou da qual houve indébita apropriação;
h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a 184 e 185 a 189;
i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou
do ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de
depor, ou a independência para a realização de perícias ou exames.
ASSISTÊNCIA DE PROCURADOR
Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância
ou de difícil elucidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do procurador-geral
a indicação de procurador que lhe dê assistência.
ENCARREGADO DE INQUÉRITO. REQUISITOS
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15
Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de pôsto não
inferior ao de capitão ou capitão-tenente; e, em se tratando de infração penal contra a
segurança nacional, sê-lo-á, sempre que possível, oficial superior, atendida, em cada
caso, a sua hierarquia, se oficial o indiciado.
SIGILO DO INQUÉRITO
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dêle tome
conhecimento o advogado do indiciado.
Vê-se, desta forma, que o art. 17 do CPPM não mais tem guarida dentro do
processo penal pátrio e a mantença de um preso INCOMUNICÁVEL gerará prejuízos
gravíssimos a autoridade militar que assim proceder.
A menagem é uma prisão cautelar concedida ao militar ou civil que tenha praticado
um crime militar cuja pena privativa de liberdade em abstrato não exceda a quatro
anos. Para a concessão da menagem deve ser considerada a natureza do crime e os
antecedentes do acusado.
O local de cumprimento da menagem segundo o art. 264 do Código de Processo Penal
Militar é o lugar em que residia o militar quando ocorreu o crime, ou a sede do juízo
que o estiver apurando, ou ainda o quartel, acampamento, ou estabelecimento ou
sede de órgão militar.
Com base nas regras estabelecidas no Código, conclui-se que a menagem é um
benefício concedido ao acusado para se evitar que este fique em um estabelecimento
prisional está o julgamento em 1 ª instância do processo ao qual responde pela prática
em tese de um crime militar. O mesmo tratamento será dispensado ao civil que tenha
praticado um crime militar.
ocorreu o crime ou seja sede do juízo que o estiver apurando, ou, atendido o seu posto
ou graduação, em quartel, navio, acampamento, ou em estabelecimento ou sede de
órgão militar. A menagem a civil será no lugar da sede do juízo, ou em lugar sujeito à
administração militar, se assim o entender necessário a autoridade que a conceder.
Audiência do Ministério Público
§ 1º O Ministério Público será ouvido, previamente, sobre a concessão da menagem,
devendo emitir parecer dentro do prazo de três dias.
Pedido de informação
§ 2º Para a menagem em lugar sujeito à administração militar, será pedida
informação, a respeito da sua conveniência, à autoridade responsável pelo respectivo
comando ou direção.
Cassação da menagem
Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela
concedida, ou faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido
intimado ou a que deva comparecer independentemente de intimação especial.
Menagem do insubmisso
Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão
judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência
de disciplina.
Cessação da menagem
Art. 267. A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha
passado em julgado.
Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz poderá ordenar a cessação da
menagem, em qualquer tempo, com a liberação das obrigações dela decorrentes,
desde que não a julgue mais necessária ao interêsse da Justiça.
Contagem para a pena
Art. 268. A menagem concedida em residência ou cidade não será levada em conta no
cumprimento da pena.
Reincidência
Art. 269. Ao reincidente não se concederá menagem.
Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que constará da
respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que medeie entre as sete
e as dezoito horas.
§ 2º A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-lhe
facultado o descanso de meia hora, sempre que tiver de prestar declarações além daquele
têrmo. O depoimento que não ficar concluído às dezoito horas será encerrado, para prosseguir
no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado do inquérito.
§ 3º Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adiada para o primeiro dia que
o fôr, salvo caso de urgência.
Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver prêso,
contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de
quarenta dias, quando o indiciado estiver sôlto, contados a partir da data em que se instaurar o
inquérito.
Prorrogação de prazo
§ 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade militar
superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja
necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de prorrogação deve
ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação do prazo.
§ 2º Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º, salvo dificuldade insuperável,
a juízo do ministro de Estado competente. Os laudos de perícias ou exames não concluídos
nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente
remetidos ao juiz, para a juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado
do inquérito indicar, mencionando, se possível, o lugar onde se encontram as testemunhas que
deixaram de ser ouvidas, por qualquer impedimento.
§ 3º São deduzidas dos prazos referidos neste artigo as interrupções pelo motivo previsto
no § 5º do art. 10.
Art. 21. Tôdas as peças do inquérito serão, por ordem cronológica, reunidas num só
processado e dactilografadas, em espaço dois, com as fôlhas numeradas e rubricadas, pelo
escrivão.
Juntada de documento
Relatório
Art. 22. O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu encarregado
mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do
dia, hora e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a
punir ou indício de crime, pronunciando-se, neste último caso, justificadamente, sôbre a
conveniência da prisão preventiva do indiciado, nos têrmos legais.
Solução
Advocação
Art. 24. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora
conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.
Art 25. O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas provas
aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o caso julgado
e os casos de extinção da punibilidade.
Art. 26. Os autos de inquérito não poderão ser devolvidos a autoridade policial militar, a
não ser:
Parágrafo único. Em qualquer dos casos, o juiz marcará prazo, não excedente de vinte
dias, para a restituição dos autos.
Art. 27. Se, por si só, fôr suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de
flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo
de delito no crime que deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua avaliação, quando o seu
valor influir na aplicação da pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade
policial militar, far-se-á sem demora ao juiz competente, nos têrmos do art. 20.
Dispensa de Inquérito
Art. 28. O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo
Ministério Público:
a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas
materiais;
b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor
esteja identificado;
c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal Militar.
a) Compromisso da testemunha;
b) Qualificação;
c) Advertência das penas de falso testemunho e tomada das declarações, sendo
tudo formalizado em um auto.
RECONHECIMENTO DE PESSOAS OU COISAS. Significa exortar alguém a trazer a
lume algo que já é do conhecimento desta pessoa.
Procedimento:
a) Pessoa a reconhecer é levada a descrever a pessoa a ser reconhecida;
b) A pessoa a ser reconhecida é colocada ao lado de outras pessoas semelhantes,
sempre que possível;
c) Indicação da pessoa a ser reconhecida pela reconhecedora.
É possível colocar a pessoa a ser reconhecer em local que não seja vista pela pessoa
a ser reconhecida apenas na fase de investigação, na fase processual, por observância à
ampla defesa, isso não será possível.
O auto de reconhecimento deverá ser subscrito pela pessoa a reconhecer, por
duas testemunhas e pa, autoridade policial.
RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO. Não serve, por si só, para infligir condenação.
RETRATO FALADAO. É apenas instrumento facilitador das investigações policiais.
Não é meio de prova e não pode, sequer, dar ensejo ao recebimento da denúncia.
17RECONHECIMENTO DE COISAS. Devem ser aplicadas as normas cabíveis do
reconhecimento de pessoas. É, também, considerado meio de prova. Pode ser utilizado
para reconhecimento da res furtiva, instrumento do crime etc..
ACAREAÇÃO. Vem do verbo acoroar (o mesmo que colocar frente a frente). Assim,
acareação é colocar frente a frente duas ou mais pessoas que divergem em seus
depoimentos. Visa a eliminar contradições entre as declarações. Poderá ser
determinada ex offcio ou a requerimento das partes, sempre que houver divergência de
fatos relevantes à conclusão da causa (art. 365,
CPPM). É possível acareação por precatória.
Procedimento:
a) Colocação frente a frente dos acareantes;
b) Leitura dos pontos divergentes ao acareantes;
c) Pergunta aos acareantes se mantêm ou alteram o anterior depoimento.
BUSCA E APREENSÃO. Pode ser pessoal ou residencial. Ambas, em regra, exige
mandado judicial, porém admite exceções (art. 5º, XI, CF, art.s 181 e 182, CPPM).
Residencial: 1. Qualquer hora do dia ou da noite, desde que o ofendido tenha
consentido (PU,
art. 175, CPPM);
2. Flagrante delito (art. 175, CPPM);
3. Desastre (art. 175, CPPM);
4. Incêndio;
5. Presença do juiz à diligência.
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PRISÃO
MODALIDADES DE PRISÃO:
a) Prisão pena, prisão penal ou prisão propriamente dita. Aquela que possui
caráter retribuitivo e finalidade repressiva. É aquela que deflui de condenação imutável.
Também chamada de prisão definitiva. É erro grosseiro denominar-se de prisão
definitiva a prisão penal, porque entre nós não há cogitar-se de prisão por tempo
indeterminado (prisão perpétua);
b) Prisão sem pena. É toda prisão que não decorre de sentença condenatória
transita em julgado, constituindo-se em um instrumento para realização do processo ou
pra garantir os feitos do processo. Divide-se nas seguintes modalidades:
1. Prisão preventiva.
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2. Prisão em flagrante.
3. Prisão temporária.
4. Prisão decorrente de pronúncia.
5. Prisão decorrente de sentença condenatória recorrível.
se o autor da prisão age no estrito cumprimento do dever legal, sob pena de sanções
administrativas, prevaricação e até de responder pelo ilícito praticado, quando poderia
evitar a sua consumação (§ 2º, art. 29, CPM).
Facultativo, quando se tratar de qualquer do povo ou do próprio ofendido.
MODALIDADE DO FLAGRANTE:
1. Flagrante Real, Próprio ou Verdadeiro (art. 244, “a” e “b”, CPPM). Está
cometendo ou acaba de cometer.
2. Quase Flagrante, Impróprio ou Irreal (art. 244, “c”, CPPM). É perseguido, logo
após o fato delituoso, em situação que faça acreditar ser ele o seu autor;
3. Flagrante Ficto, Presumido ou Assimilado (art. 244, “d”, CPPM). É encontrado,
logo depois, com instrumento, objetos, material ou papéis que façam presumir a sua
participação no fato delituoso.
As demais situações (2 e 3) são consideradas análogas ao flagrante real por opção
do legislador que fez criar a presunção de que as pessoas assim encontradas estão em
flagrante delito. Vale dizer, trata-se de ficção jurídica a autorizar a prisão em flagrante.
Nas infrações permanentes, considera-se o agente em flagrante delito enquanto
não cessar a permanência.
Para a doutrina majoritária, a expressão “logo depois” admite lapso temporal
maior do que a expressão logo após, sem que ambas se prestem a indicar absoluta
imediatidade.
A atribuição para presidir a lavratura do auto de prisão em flagrante delito (APFD)
é da autoridade do local do cometimento do fato. Algumas vezes, pode ocorrer que o
fato tenha sido cometido em algum lugar e a prisão tenha se efetivado em local diverso
(art. 244, “c” e “d”,
CPPM). Nesses casos, a atribuição para efetivar a lavratura será da autoridade com
atribuição no local da prisão do perseguido(art. 244, “c”, CPPM) ou do encontrado (art.
244, “d”, CPPM).
Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração
militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar mais
próxima do local em que ocorreu a infração. (art. 250, CPPM).
Se o fato for praticado em presença da autoridade militar ou sendo ela o ofendido,
estando no exercício de suas funções, a própria autoridade militar deverá prender e
autuar em flagrante o infrator (art. 249, CPPM).
Para o STJ e STF, porque a autoridade não exerce jurisdição, a inobservância de
regras de atribuição não são capazes de viciar o APDF, não importando em ordem de
habeas corpus.
Com fundamento no art. 5º, LVII, da CF, encerrada a lavratura do APFD pelo
escrivão, impõe-se que a prisão seja comunicada, imediatamente, nas 24 horas
seguintes à prisão, ao juiz competente.
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AVALIAÇÃO ÚNICA
DISCENTE:
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Fraternalmente.