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A INTERPRETAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL

João Francisco Naves da Fonseca


Advogado. Doutor e mestre em Direito Processual pela Faculdade de Direito da
USP - Largo São Francisco. Membro do Comitê Brasileiro de Arbitragem
(CBAr) e do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP).

Sumário

1 – A escolha do tema

2 – Estrutura da sentença e sua formação lógica

3 – A interpretação da decisão judicial

4 – Encerramento

5 – Referências

1 – A escolha do tema

Aluno do quarto ano nas Arcadas de São Francisco, eu estava no


momento de começar a escrever uma “Tese de Conclusão de Curso”. Ainda
estava em dúvida quanto à escolha do tema, até que, estudando para uma prova
do professor CARLOS ALBERTO CARMONA, deparei-me com a seguinte frase do
ora homenageado: “falta ainda muito para chegar a doutrina a um ponto de
suficiente maturidade científica em torno do elegante e ainda pouquíssimo
explorado tema da interpretação da sentença”. 1 Instantaneamente gostei do tema

1
CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.450, p. 793-794.
e da abordagem que o professor CÂNDIDO deu a ele. Tratava-se de tema
“elegante” e, principalmente, com importantes reflexos na praxe forense.

O professor CÂNDIDO, muito gentilmente, aceitou ser meu orientador.


Fiquei bastante feliz e logo percebi sua generosidade ímpar, entre tantas outras
virtudes. Para se ter uma ideia de sua bondade, o homenageado me franqueou
acesso irrestrito à biblioteca que fica dentro de sua casa.

Passados quinze anos da entrega da minha “Tese de Conclusão de Curso”,


resolvi revisitar o tema, agora à luz do Código de Processo Civil de 2015, que
tem dispositivo específico sobre a matéria.

2 – Estrutura da sentença e sua formação lógica

Os elementos essenciais da sentença são: relatório, fundamentação e


dispositivo (CPC, art. 489, I a III). A obrigatória estruturação da sentença em três
partes distintas, mas necessariamente coordenadas entre si, dá a impressão de que
a decisão judicial pode ser reduzida a um silogismo, no qual a premissa-maior
seria a regra de direito aplicável ao caso, a premissa-menor seriam os fatos
reconhecidos como verdadeiros e a conclusão seria o preceito contido no
dispositivo, formado pela subsunção dos fatos à norma jurídica. Essa
concepção, contudo, deve ser descartada ou, ao menos, relativizada, 2 pois o
raciocínio judicial – permeado por vários aspectos lógicos, cognitivos,
linguísticos e argumentativos – é estruturalmente mais complexo que uma
sucessão de silogismos formais. 3 É claro que o juiz se serve da lei e do fato para
julgar, mas ele nunca deixa de cotejar esses elementos com a sua própria
experiência axiológica. 4
2
Cf. TARUFFO, La motivazione della sentenza civile, p. 149-202; CÂNDIDO DINAMARCO,
Instituições de direito processual civil, III, n. 1.440, p. 766-767.
3
Segundo TARUFFO, “a justificação da decisão judiciária não pode ser reduzida a uma seqüência
de passagens formais e muito menos a uma simples concatenação de silogismos, porque o raciocínio
justificativo é de algum modo mais complexo, rico, flexível e aberto ao emprego de elementos
persuasivos, dos tòpoi da ciência jurídica e dos precedentes judiciários, mas também ao uso das noções de
senso comum, das quais a argumentação do juiz é impregnada em todas as suas passagens” (“Senso
comum, experiência e ciência no raciocínio do juiz”, p. 106). No mesmo sentido, afirma CALAMANDREI
que é comum o juiz “conceber a posteriori os argumentos lógicos mais aptos a sustentar uma conclusão já
sugerida antecipadamente pelo sentimento” (Eles, os juízes, vistos por um advogado, p. 178).
4
Cf. MIGUEL REALE, Filosofia do direito, n. 219, p. 535-537.
No processo de formação da decisão a tomar, o juiz acaba percorrendo
algumas etapas mais ou menos constantes e conscientizadas, consistentes em: (a)
interpretar os pedidos formulados, observadas as regras vigentes para essa
interpretação; (b) examinar os pressupostos de direito material para o
acolhimento dos pedidos, definindo e dimensionando as normas jurídicas e
identificando os fatos necessários para aplicação; (c) analisar os fatos alegados
pelas partes e verificar quais estão provados; (d) concluir, após todo esse exame,
se a demanda é procedente ou não. Em demandas menos comuns, nas quais as
intuições são mais difíceis e menos seguras, o juiz toma maior consciência de
cada uma das etapas. Mas, mesmo nos casos mais corriqueiros, esse iter mental é
necessariamente percorrido, ainda que na fundamentação da sentença o julgador
não tenha explicitado cada um dos passos mencionados. 5

Malgrado o caminho de formação da decisão judicial realmente não possa


ser reduzido ao raciocínio lógico-formal, a subsunção dos fatos considerados
verdadeiros à norma jurídica aplicável ao caso está sempre presente em toda
conclusão sobre o mérito da demanda. Por fim, é preciso reconhecer que a
sentença, depois de redigida, apresenta-se efetivamente como um silogismo, pois
– tal como este – as suas partes estruturantes devem guardar coerência lógica
entre si e a sua conclusão deve ter apoio nas premissas assumidas como corretas.
6

3 – A interpretação da decisão judicial

Tanto quanto as leis, os contratos ou qualquer outro texto normativo,


também as decisões judiciais precisam sempre ser interpretadas. Até o mínimo
trabalho de captar o sentido de um texto aparentemente muito claro e coerente já
é em si uma interpretação, pois é ela que revela ser o texto harmonioso e seguro.
7
Assim, são intérpretes dos pronunciamentos judiciais as partes, os tribunais que
5
Cf. CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.440, p. 767-768.
6
Cf. CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.440, p. 767.
7
Está, portanto, ultrapassado o brocardo latino in claris cessat interpretatio, pois “o conceito de
clareza é relativo: o que a um parece evidente, antoalha-se obscuro e dúbio a outro, por ser este menos
atilado e culto, ou por examinar o texto sob um prisma diferente ou diversa orientação” (CARLOS
MAXIMILIANO, Hermenêutica e aplicação do direito, p. 37).
julgam os recursos e as ações rescisórias, o juiz que aplica o precedente ao caso
em julgamento ou que dirige as fases de liquidação e execução, além do público
em geral, atento às tendências jurisprudenciais e aos casos judiciais de grande
repercussão. 8

Como já dito, ao contrário do Código revogado, o Código de Processo


Civil de 2015 contém norma que dispõe especificamente sobre a hermenêutica da
decisão judicial. Trata-se do § 3º do art. 489, segundo o qual “a decisão judicial
deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em
conformidade com o princípio da boa-fé”. Os elementos da sentença, 9 como já
visto, são o relatório, a fundamentação e o dispositivo. E uma interpretação a
partir da conjugação desses elementos nada mais é do que a
conhecida interpretação sistemática ou interna do julgado, que preza pela
coerência do seu todo. 10-11

Em geral e a grosso modo, pode-se dizer que a relação existente entre a


motivação e o dispositivo de uma decisão judicial é semelhante àquela presente
entre a fattispecie e o estabelecimento do correspondente tratamento jurídico na
norma jurídica abstrata. 12 Até mesmo o relatório da sentença, ademais, revela-se
essencial para saber o que foi analisado pelo órgão julgador para chegar à
conclusão do ato decisório. Trata-se de elemento que ganha ainda mais
importância em um sistema que pretende valorizar o precedente judicial, pois é a

8
Cf. CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.450, p. 788;
MICHELE TARUFFO, La motivazione della sentenza civile, p. 44-45.
9
O Código de Processo Civil, em diversas oportunidades, emprega o vocábulo sentença em
sentido lato, denotando “decisão definitiva proferida em qualquer grau de jurisdição (isto é, ‘sentença’ ou
‘acórdão’ ou até mesmo ‘decisão proferida pelo relator’)” (Cf. THEOTONIO NEGRÃO, JOSÉ ROBERTO F.
GOUVÊA, LUIS GUILHERME A. BONDIOLI e JOÃO FRANCISCO N. DA FONSECA, Código de Processo Civil
e legislação processual em vigor, 51ª ed., nota 3 ao art. 203 do CPC, p. 304). Esse é o caso, entre outros,
dos arts. 85, caput, 109 § 3º, 485 § 5º, 489, 501, 581 e 776 do Código de Processo Civil.
10
Cf. BETTI, Interpretazione della legge e degli atti giuridici, p. 361-363. Nas palavras de
CARLOS MAXIMILIANO, “a verdade inteira resulta do contexto, e não de uma parte truncada, quiçá
defeituosa, mal redigida” (Hermenêutica e aplicação do direito, p. 129-130).
11
Nesse sentido, aplicando a interpretação sistemática: “Para interpretar uma sentença, não basta
a leitura de seu dispositivo. O dispositivo deve ser interpretado de forma integrada com a fundamentação,
que lhe dá o sentido e o alcance” (STJ, 3ª Turma, REsp 1.653.151, rel. Min. NANCY ANDRIGHI, j.
06/06/2017, DJ 12/06/2017). No caso, o dispositivo do título executivo judicial condenava as corrés a
repartirem as custas, as despesas processuais e a indenização dos danos morais; mas na fundamentação
do voto condutor do acórdão exequendo constou a responsabilidade solidária das corrés. Com base nisso,
o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a solidariedade das corrés.
12
Cf. BETTI, Interpretazione della legge e degli atti giuridici, p. 363.
partir do relatório que se conhecem os detalhes da causa e se verifica eventual
similitude entre o paradigma e o caso em julgamento. 13

A decisão judicial deve também ser lida à luz do princípio da congruência


(CPC, arts. 141 e 492), essencial para conferir maior segurança à atividade
interpretativa. Em breve síntese, o princípio da congruência preza pela
necessidade de correlação da sentença com a demanda; satisfeitos os
pressupostos processuais e as condições da ação, o juiz deve analisar todo o
pedido. Em uma extensão do princípio, diz-se o mesmo para a causa de pedir:
todas as questões processuais e de mérito devem ser esgotadas. Ou seja, além do
eixo imaginário que une o pedido posto na petição inicial à parte dispositiva da
sentença, existe outro eixo, a interligar os fundamentos do pedido do autor e os
da sentença, passando por aqueles relativos à defesa do réu. Por isso, assim como
tem o autor o ônus de dizer por que entende estar protegido pelo bom direito, tem
também o juiz o dever de dizer, na motivação, por que decide de um modo e não
de outro. 14

Com efeito, o pedido torna-se o objeto da prestação jurisdicional sobre o


qual a sentença irá dispor, razão pela qual ele é o critério mais seguro de
interpretação da sentença, já que esta consiste justamente na resposta do juiz ao
pedido do autor. 15-16 Por isso, é necessário que o objeto do processo fique bem
claro e delimitado para que sobre ele possa se manifestar a defesa do réu. É aí
que o princípio da congruência se relaciona com as garantias do contraditório, da
ampla defesa e do devido processo legal: constituindo o objeto da causa o pedido
da parte, não pode o juiz decidir fora dele, sob pena de surpreender a outra parte
e de lhe cercear a defesa, impedindo-lhe o exercício do pleno contraditório. 17
13
Cf. LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA, Comentários ao art. 489. In Breves comentários ao
Novo Código de Processo Civil, p. 1.229.
14
Cf. CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.154, p. 377.
15
Cf. HUMBERTO THEODORO JR., Curso de direito processual civil, v. I, n. 783, p. 1.067.
16
Deve-se entender por objeto do processo “a soma de todos os pedidos trazidos pelo autor
originário e por outros eventuais demandantes, como o próprio autor ao denunciar a lide a terceiro, o réu
em reconvenção ou também ao denunciar a lide, ou o terceiro ao deduzir intervenção litisconsorcial
voluntária” (CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.156, p. 380).
17
Nesse sentido: “Havendo dúvidas na interpretação do dispositivo da sentença, deve-se preferir
a que seja mais conforme à fundamentação e aos limites da lide, em conformidade com o pedido
formulado no processo. Não há sentido em se interpretar que foi proferida sentença ultra ou extra petita,
se é possível, sem desvirtuar seu conteúdo, interpretá-la em conformidade com os limites do pedido
inicial” (STJ, 3ª Turma, REsp 818.614, rel. Min. NANCY ANDRIGHI, j. 26/10/2006, DJ 20/11/2006).
Ainda nos termos do § 3º do art. 489 do Código de Processo Civil, a
decisão judicial deve ser interpretada em conformidade com a boa-fé, princípio
este que é bastante valorizado no Código, conforme se depreende especialmente
de seus arts. 5º e 322, § 2º. Interpretar o julgado com boa-fé consiste basicamente
em interpretá-lo à luz da lógica do razoável, que se contrapõe à lógica dedutiva e
à interpretação meramente literal. O “logos de lo razonable” preocupa-se mais
com as consequências do resultado interpretativo do que com suas premissas.
Leva em conta, ademais, que a linguagem não se resume a um conjunto de
palavras, mas consiste em uma série de sentidos expressos simbolicamente, bem
ou mal, mediante vocábulos. E, por fim, não ignora que as palavras têm seu
sentido autêntico dentro do contexto interno da frase e, sobretudo, dentro daquele
18
a que a frase se refere. Em suma, a lógica do razoável revela-se bastante útil
para a hermenêutica da decisão judicial, a qual deve prezar pelos resultados mais
justos, conforme o processo e os princípios axiológicos que inspiram o
ordenamento jurídico. 19

Interpretar a sentença razoavelmente e com boa-fé significa também estar


atento ao princípio da efetividade do comando judicial. Segundo conhecida lição,
o processo deve ser apto a dar a quem tem um direito, na medida do que for
praticamente possível, tudo aquilo a que tem direito e precisamente aquilo a que
20
tem direito. Por isso, em um pronunciamento judicial em que houver duas ou
mais interpretações possíveis e razoáveis, todas conforme o princípio da
congruência, deve ser escolhida aquela apta a dar maior utilidade à decisão para
o caso concreto. A título ilustrativo, suponha-se que o autor consiga
liminarmente ser reintegrado na posse de um imóvel. Contra essa decisão o réu
interpõe agravo de instrumento e consegue com o relator o efeito suspensivo,
nestes termos: “suspenda-se o cumprimento da decisão agravada”. Poder-se-ia
alegar, em uma interpretação literal do comando judicial, que ele seria inócuo,

18
Cf. RECASÉNS SICHES, Tratado general de filosofía del derecho, p. 638 e segs.
19
Assim, por exemplo, “se a sentença condenou o responsável por uma fonte emissora de sons a
abster-se de utilizar o amplificador que vinha utilizando, só pela lógica do absurdo poder-se-ia afirmar
que o sujeito não estaria proibido de substituir aquele aparelho por outro de maior potência” (CÂNDIDO
DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.450, p. 790).
20
Cf. CHIOVENDA, “Dell’azione nascente dal contratto preliminare”, n. 3, esp. p. 110.
tendo em vista que a ordem de reintegração já havia sido cumprida. Entretanto,
essa não é a melhor interpretação à luz do princípio da efetividade da decisão
judicial, já que também é razoável e conforme o pedido do agravante entender
que a ordem do relator foi no sentido de restaurar as condições anteriores à
antecipação dos efeitos da tutela pelo Juízo de primeiro grau. Essa solução é
ainda mais razoável na medida em que a demora no julgamento do recurso – e
dos processos de uma forma geral – não pode prejudicar aquele que precisou
valer-se dele para obter o reconhecimento de seu direito. Nesse caso, portanto, é
preciso interpretar a decisão como se ela tivesse sido proferida no momento em
que foi pedida, a fim de manter a sua imperatividade.

Por fim, registre-se que a projeção da lógica do razoável e do princípio da


efetividade no campo da interpretação dos julgados requer que o intérprete tenha
o dever de evitar – tanto quanto possível – a atribuição de ilegalidades ou
21
inconstitucionalidades às decisões judiciais. É nesse sentido, em atenção ao
princípio da conservação dos atos jurídicos, a Súmula n. 254 do Supremo
Tribunal Federal, segundo a qual “incluem-se os juros moratórios na liquidação,
embora omisso o pedido inicial ou a condenação”. Ainda a título ilustrativo, se
do processo interpretativo surgirem dois ou mais sentidos, um conforme os
limites do pedido e outro exorbitante, a leitura mais correta será a que respeitar o
princípio da congruência, e não aquela que levar ao campo dos julgamentos nulos
22
– extra ou ultra petita. Afinal, como já dito, deve-se evitar qualquer
interpretação que opte por um significado que torne o ato jurídico ilegal, quando
haja a possibilidade de reconhecer-lhe outro sentido mais razoável e conforme o
direito positivo. 23

21
Cf. CÂNDIDO DINAMARCO, Instituições de direito processual civil, III, n. 1.450, p. 790-791.
22
No tocante ao julgamento ultra petita com objeto divisível, como ocorre nas condenações
pecuniárias, o intérprete deve ter em conta o princípio do aproveitamento dos atos processuais (CPC,
art. 281). Nesses casos, não convém anular toda a sentença, pois é tecnicamente melhor cortar o excesso e
aproveitar o que está adequado ao pedido, de modo a primar pelos princípios da economia e da celeridade
processual e, em última análise, pela efetividade do comando judicial.
23
Cf. HUMBERTO THEODORO JR., “Execução de sentença – iniciativa do devedor – interpretação
de sentença”, p. 10.
4 – Encerramento

Quem milita no cotidiano forense sabe que não são poucas as vezes em
que há discordância sobre o sentido e o alcance de uma decisão judicial. Em
alguns casos, controverte-se a respeito de uma decisão proferida no próprio
processo; em outros, a disputa surge em torno da interpretação de um precedente
judicial, seja ele vinculante ou meramente persuasivo. Em qualquer hipótese,
porém, o intérprete da decisão judicial deve se valer sempre de critérios técnicos.
Dentre eles destacam-se, conforme já exposto, a interpretação sistemática, o
princípio da congruência, a lógica do razoável e os princípios da boa-fé e da
efetividade da decisão judicial.

5 – Referências

BETTI, Emilio. Interpretazione della legge e degli atti giuridici – teoria generale
e dogmatica, 2ª. ed. Milano: Giuffrè, 1971.

CALAMANDREI, Piero. Elogio dei giudici scritto da un avvocato, 1989, trad.


português de Eduardo Brandão, Eles, os juízes, vistos por um advogado. São
Paulo: Martins Fontes, 1995.

CHIOVENDA, Giuseppe. “Dell’azione nascente dal contratto preliminare” in Saggi


di diritto processuale civile. Milano: Giuffrè, 1993. v. I.

CUNHA, Leonardo Carneiro da. Comentários ao art. 489. In Breves comentários


ao Novo Código de Processo Civil (coord. Teresa Arruda Alvim Wambier et al.).
São Paulo: RT, 2015.

DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de direito processual civil, III, 7ª ed.


São Paulo: Malheiros, 2017.

MAXIMILIANO, Carlos, Hermenêutica e aplicação do direito, 12ª ed. Rio de


Janeiro: Forense, 1992.
NEGRÃO, Theotonio; GOUVÊA, José Roberto F.; BONDIOLI, Luis Guilherme A.;
FONSECA, João Francisco N. da. Código de Processo Civil e legislação
processual em vigor, 51ª ed. São Paulo: Saraiva, 2020.

REALE, Miguel. Filosofia do direito, 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 1969.

RECASÉNS SICHES, Luis, Tratado general de filosofía del derecho, 9ª ed. México:
Porrua, 1986.

TARUFFO, Michele. La motivazione della sentenza civile. Padova: CEDAM,


1975.

_______________. “Senso comum, experiência e ciência no raciocínio do juiz”,


in Revista Forense, v. 355, maio-junho/2001, p. 101 (trad. português de Cândido
Rangel Dinamarco).

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil, 56ª ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2015. v. I.

______________________. “Execução de sentença – iniciativa do devedor –


interpretação de sentença”, in Revista Jurídica, v. 299, set./2002, p. 7.

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