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DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO II
AULA 02

CONTINUAÇÃO. PRINCÍPIOS
3. PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE
-É necessário que o juiz seja imparcial, ou seja, atue de forma isenta.
Apenas para que você possa ter uma adequada noção de
imparcialidade, veja o que prevê o art. 8º do Código de Ética da
Magistratura, editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ):

-Art. 8º O magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a


verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao
longo de todo o processo uma distância equi valente das partes, e
evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo,
predisposição ou preconceito.
CONTINUAÇÃO...

- No sentido de assegurar essa imparcialidade, o legislador criou a suspeição e o


impedimento do juiz nos arts. 144 e 145 do CPC e art. 801 da CLT

SUSPEIÇÃO: Impossibilitado de exercer sua função em determinado processo,


devido a vinculo subjetivo (relacionamento) com algumas das partes, fato que
compromete seu dever de imparcialidade.

IMPEDIMENTO: Está mais relacionado a questões processuais mesmo, quando,


em algum momento, tenha conhecido do mesmo processo em outro grau de
jurisdição. EX.: É parte do processo.
4.PRINCÍPIO DA IDENTIDADE
FÍSICA DO JUIZ
RESUMO: O juiz que colhe as provas é o juiz que julga o processo. A
premissa considera que o juiz que esteve em contato com as provas
tem melhores condições de proferir uma decisão mais justa.

Exemplo pratico.

art. 5º , LIII , da CF/1988 , que estabelece que ninguém será julgado


senão por autoridade competente, imparcial e aleatória.
5. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
RESUMO: As partes devem ser tratadas de igual forma dentro do processo.
mesmo tratamento.

A igualdade pretendida não pode ser meramente formal, mas material, isto é, os
desiguais devem ser tratados diferentemente até mesmo no processo. Por isso, a
lei trata os desiguais desigualmente, constituindo vantagens no processo àquele
que na prática disporia de meios mais precários de defesa em juízo ou em virtude
dos interesses públicos que representa.

EX.: Justiça gratuita. Ônus Probatório.


6. PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Estimula a oralidade no Processo do Trabalho. Isso significa que diversos atos
processuais são praticados de forma oral, verbal, ficando o registro nos autos do
processo.
•apresentação de reclamação trabalhista verbal;
•leitura da reclamação em audiência para ser, em seguida, praticada a defesa oral, no
prazo de 20 minutos;
•o diálogo das partes com mediação do magistrado, durante as tentativas de conciliação;
•a oitiva das partes e testemunhas, sempre por intermédio do juiz;
•razões finais orais pelo prazo de 10 minutos; etc
•(Art. 840, 846, 847, 848, 820,850 da CLT)
7. Princípio da Concentração dos Atos
Processuais

 Necessidade de se praticar o máximo de atos processuais em


um determinado momento processual. A título exemplificativo,
temos a busca da solução do litígio numa única audiência.

Ex: Audiência UNA.


8. Princípio da CELERIDADE
.Considerado um dos princípios mais importantes do Estado
democrático do Direito.
-É dever do Juiz, a observância da celeridade.

- Um reflexo direto da simplicidade e da informalidade dos atos.


O Processo Trabalhista, por cuidar, na maior parte dos casos, de
verbas salariais que serão usadas para a subsistência da parte, deve
ser realizado de maneira rápida e simples.
9. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE

Se o ordenamento processual trabalhista contiver uma omissão (faltar alguma regra


processual), podemos buscar suprir essa falha utilizando as regras do Processo Civil,
mas a regra a ser utilizada deve ser compatível com o Processo do Trabalho.

PODE ACONTECER DE O CPC NÃO SER COMPATÍVEL COM O PROCESSO


TRAB.?

EX. LITISCONSORTES. art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015


O que são?
Como funciona no Processo trabalhista.
10. PRINCÍPIO JUS POSTULANDI
capacidade postulatória, isto é, a aptidão para requerer perante o juiz ou
Tribunal.

No Processo do Trabalho, essa capacidade pertence, se o caso envolver


relação de emprego, ao empregado e ao empregador: CLT Art. 791. Os
empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
Continuação ...
Isso quer dizer que, como regra, se for relação de emprego o caso do
processo, o empregado e o empregador não precisam de advogado, podendo
atuar sozinhos.
Essa regra comporta exceções, sendo importante lembrar da Súmula 425 do
TST: Súmula 425 do TST JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO
TRABALHO. ALCANCE – Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30/04/2010
e 03 e 04/05/2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho,
não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e
os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho

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