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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

__º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE

(10 linhas)

PROCESSO Nº...

Jose Alves, (nacionalidade...), (profissão...), (estado civil...), (portador da cédula de


identidade RG...), (inscrito no CPF/MF sob o nº...), (residente e domiciliado (endereço
completo com o CEP), através de seu advogado com procuração anexo, vem,
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, apresentar:

RELAXAMENTO DE PRISÃO

I - DOS FATOS

Em 10 de março de 2011, após ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda, José
Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que dá acesso a
sua propriedade rural. Após percorrer cerca de 2 km na estrada absolutamente deserta,
José Alves foi surpreendido por uma equipe da Policia Militar que lá estava a fim de
procurar um indivíduo foragido do presidio da localidade.

Abordado pelos policiais, Jose Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor
de álcool, oportunidade em que de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a
realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar de um miligrama por litro
de ar expelido pelos pulmões, razão pela qual os policiais o conduziram à Unidade de
Polícia Judiciária, onde foi lavado auto de prisão em flagrante.

II - DO DIREITO

Segundo o princípio da não autoincriminação compulsória, previsto no art. 5º, inciso


LXIII, da Constituição Federal de /88. Ninguém é obrigado a produzir prova contra si
mesmo. O ato policial de compelir o requerente a realizar o teste de alcoolemia viola
esse princípio.

Houve também a violação do art. 5º, LXII, da Constituição Federal/88 e os termos do


art. 306, caput, do Código de Processo Penal. Que diz, ‘’A autoridade policial não
comunicou imediatamente a prisão do requerente ao juízo competente e nem a sua
família’’.

Além do que, o delegado não encaminhou os autos à Defensoria Pública, violando o art.
306, § 1º, do Código de Processo Penal, que exige o encaminhamento dos autos em até
24 horas após a realização da prisão, caso o autuado não informe o nome de seu
advogado.

Negar ao preso comunicação com seu defensor, além de violar preceitos constitucionais,
viola também aquilo previsto no art. 8, 2, ‘d’, do Decreto 678/92, que garante o direito
do indivíduo de comunicar-se livremente com seu defensor.

III - DO PEDIDO

Diante das alegações venho respeitosamente diante de Vossa Excelência requer o


relaxamento de prisão em flagrante, tendo em vista que a prisão é ilegal por violar
normas constitucionais e infraconstitucionais. Pelas razões de fato e de direito acima
apresentadas, e, em especial, pelo que recomenda o artigo 5, LXV da Constituição
Federal/88.

Nestes termos,

peço deferimento

Local..., data... Ano...

OAB...

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