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(10 linhas)
PROCESSO Nº xxx,
Jose Alves, (nacionalidade xxx), (profissão xxx), (estado civil xxx), (portador da cédula
de identidade RG xxx), (inscrito no CPF/MF sob o nº xxx), (residente e domiciliado
(endereço completo com o CEP), através de seu advogado com procuração anexo, vem,
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, apresentar:
RELAXAMENTO DE PRISÃO
Com fulcro no artigo 5º, LXV da Constituição Federal c/c artigo 310 I do Código de
Processo Civil pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidos:
I – DOS FATOS
Aos dias 10 de outubro de 2022, após ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda,
José Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da entrada que
tangência sua propriedade rural. Após percorrer cerca de dois km na estrada
absolutamente deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe da Policia Militar
que lá estava a fim de procurar um indivíduo foragido do presidio da localidade.
Abordado pelos policiais, Jose Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor
de álcool, oportunidade em que de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a
realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar de um miligrama por litro de
ar expelido pelos pulmões, razão pela qual os policiais o conduziram à Unidade de
Polícia Judiciária, onde foi lavado auto de prisão em flagrante pela pratica do crime
previsto no artigo 306 da Lei 9.503/97 c/c artigo 2, II do decreto 6.488/2008, sendo-lhe
negado no referido Auto de Prisão em flagrante o direito de entrevistar-se com seus
advogados ou com seus familiares.
II– DO DIREITO / FUNDAMENTAÇÃO
Meritíssimo, como foi exposto o réu, foi detido por praticar a conduta tipificada no
artigo 306 do CTB por dirigir sob a influência de álcool.
No mesmo dispositivo legal em seu § 1º, I, diz que as condutas serão contatadas por 0,3
miligrama de álcool por litro de ar alveolar e no momento do exame foi constatado que
o acusado tinha apenas 0,1 miligrama de álcool por litro, não estando acima do
permitido.
Ademais, a prisão ocorreu de forma ilegal com uma série de equívocos. Os policiais
inicialmente compeliram o acusado a fazer o exame violando assim o direito a não
autoincriminação compulsória previsto no artigo 5, LXIII da CF. O Réu não é obrigado
a produzir provas contra si.
Além do mais, pelo fato de a prova ter sido forçada a ser produzida ela se torna ilícita
por estar fora dos parâmetros legais previstos no artigo 5º, LVI da CF c/c artigo 157 do
CPP e de ser desentranhada dos autos.
Não somente isso, mas o acusado ficou dois dias encarcerado e não foi lhe dado
nenhum acesso a sua família e nem ao seu advogado, desrespeitando a regra prevista no
artigo 306, § 1º do CPP, tampouco foi avisado a autoridade judiciária e nem mesmo a
defensoria pública em 24 horas como deveria ser feito, nos termos do artigo 5º LXIII da
CF.
Termos em que
Pede deferimento
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Advogado