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PEÇA PROCESSUAL 

Wilson Gottardo, brasileiro, casado, empresário, RG XX, CPF XX, na data de 23/2/2022, às 22h00, dirigia seu
carro, modelo Chevette, ano XX, chassi XX, placa XX, na altura da Super Quadra Norte 215, pela via L2, quando
foi surpreendido por uma blitz do DETRAN/DF. 

Os agentes de trânsito pediram para que o condutor parasse o veículo, apresentasse a carteira de habilitação e
o documento do veículo, o que foi prontamente atendido. 

Ato seguinte, os agentes pediram a realização do teste de etilômetro, pedido atendido pelo empresário. O
teste apontou para uma concentração de 0,2 miligramas de álcool por litro de ar alveolar. 

Tendo em vista o resultado do exame, Wilson foi levado para a delegacia para a lavratura do auto de prisão em
flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro. O delegado informou ao
detido que deveria obrigatoriamente responder a todas as questões que lhe fossem direcionadas e que deveria
permanecer incomunicável durante um período de 48 horas para que o Auto de Prisão em Flagrante pudesse
ser devidamente confeccionado e enviado ao juiz. Após um período de mais de 24 horas, na data de hoje,
25.02.2022, Wilson o conseguiu contatar e enviar uma procuração em seu nome. Elabore a peça processual
cabível que melhor satisfaça o interesse de seu cliente. 

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AO DOUTO JUIZO DA __ VARA CRIMINAL DA CIRCUNSCRIÇÃO DE BRASÍLIA


Wilson Gottardo, brasileiro, casado, empresário, RG XX, CPF XX, residente e domiciliado a.…, vem perante vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado infra constituído (procuração em anexo) com escritório onde
recebe intimações e notificações, requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO,

I - FATOS

Wilson, foi surpreendido por uma blitz do DETRAN/DF para a realização do teste de etilômetro, que foi
constatado 0,2 miligramas de álcool por litro, ou seja, pelo resultado do teste ele foi preso em flagrante pelo
crime do artigo 306 do CTB – Código do Trânsito Brasileiro.

O delegado informou que ele deveria ficar incomunicável por 48 horas para que o auto de infração
pudesse ser devidamente confeccionado e enviado ao juiz. Após mais de 24 horas Wilson conseguiu contatar e
enviar uma procuração em seu nome.

II - DIREITO

1. RELAXAMENTO DE PRISÃO

Wilson, se manteve preso além das 24h (vinte quatro horas) permitidas sem a audiência de custódia,
dessa forma teve seu direito violado pelas autoridades judiciais e policiais.

No artigo 310 do CPP – Código de Processo Penal, estabelece que após recebido ao auto de prisão, o
juiz deve promover a audiência no máximo em 24h, devendo ser o preso constituído de advogado ou membro
da Defensoria Pública, ou seja, não feita esse procedimento poderá entrar com um pedido de relaxamento de
prisão, art. 310, I do CPP.

Deste modo requer que seja reconhecido e provido o relaxamento de prisão ilegal de Wilson.

2. DA FALTA DE COMUNICAÇÃO
Wilson foi informado pelo delegado que deveria ficar incomunicável pelo prazo de 48h para que o auto
de infração pudesse ser devidamente confeccionado.

Na CF – Constituição Federal, em seu art. 5° LXIII e no art. 306 do CPP estabelece que é direito do preso
ser informado de seus direitos e garantido a assistência da família e advogado bem como a prisão será
comunicada de imediato ao juiz competente, ao Ministério Público e a família do preso ou pessoa por ele
indicada.

De fato, faz se perceber que o Wilson teve mais um dos seus direitos violados pelas autoridades,
desta forma requer que seja revisto os procedimentos afins de que seja a prisão convertida em ilegal a partir da
quebra dos direitos inerentes a Wilson.

3. DA INEXISTENCIA FATICA CRIMINOSA

Ao realizar o teste do etilômetro vulgarmente conhecido como ‘’teste do bafômetro’’ foi constado que
Wilson teria ingerido 0,2 mm de álcool por litro.

No CTB, no art. 306, §1º, I que restará configurada crime se for constatado o uso acima de 0,3
miligramas de álcool, ou seja, Wilson foi preso ilegalmente haja visto que 0,2 mm não é considerado crime no
sistema jurídico brasileiro.

Em virtude de tal ilegalidade, a prisão em flagrante de Wilson foi ilegal, pois seria necessário o
cometimento do crime.

III – PEDIDOS

Diante do exposto requer:

A) O relaxamento da prisão ilegal diante da ausência de crime e demais formalidades


corrompidas pela ilegalidade jurídica e;

B) A expedição de alvará de soltura em favor de Wilson.

Termos em que, Pede Deferimento.

LOCAL... Data….

ADVOGADO ...

OAB/UF ...

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