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Alvará de Soltura
N° processo: 0000067-07.2024.8.27.2714
N° do Alvará: 0000067-07.2024.8.27.2714.05.0001-03
Tribunal: Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins
Informações da pessoa
Registro Judicial Individua(RJI): 24535753853
Profissão: LAVRADOR
Naturalidade: Guarai
Marcas/sinais:
Endereços:
77.700-
DISTRITO JAJERO Guarai TO 0
000
Documento:
Documentos N°
CPF 02291001124
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Dados processuais
N° processo: 0000067-07.2024.8.27.2714
Síntese da decisão:
Trata-se de Comunicação de PRISÃO EM FLAGRANTE de KENIO LEITE DOS SANTOS, qualificado nos autos.
Verifico que o Auto de Flagrante preenche os requisitos essenciais — arts. 302 a 304 do CPP, ciência das garantias
constitucionais e nota de culpa, pelo que deve ser homologado.
Não vislumbro nulidades ou motivos aparentes ou imediatos que autorizem o relaxamento do flagrante.
Conquanto a conduta do flagrado seja reprovável e passível de reprimenda, milita em favor dele uma presunção legal
de não culpabilidade. Nesta esteira, só se justificaria, neste momento processual, a manutenção de seu cárcere se sua
liberdade pudesse colocar em risco a ordem pública, incolumidade pública, as investigações policiais ou frustrasse o
andamento da ação penal, o que não é o caso dos autos.Tenho que ele preenche os requisitos autorizadores do
benefício da liberdade provisória. Além do mais é primária.De par com isso, em recente decisão em sede de HC (nº
95009), o Supremo Tribunal Federal decidiu que a prisão processual é uma exceção, sendo a regra a liberdade do réu
no decorrer da instrução processual. Segundo o Ministro Relator deste habeas corpus, Eros Roberto Grau: “(...) A
prisão preventiva em situações que vigorosamente não a justifiquem equivale a antecipação da pena, sanção a ser no
futuro eventualmente imposta, a quem a mereça, mediante sentença transitada em julgado. A afronta ao princípio da
presunção de não culpabilidade, contemplado no plano constitucional (artigo 5º, LVII da Constituição do Brasil), é,
desde essa perspectiva, evidente. Antes do trânsito em julgado da sentença condenatória a regra é a liberdade; a
prisão, a exceção. Aquela cede a esta em casos excepcionais. É necessária a demonstração de situações efetivas que
justifiquem o sacrifício da liberdade individual em prol da viabilidade do processo(...)”.Fundado em meu poder geral de
cautela (fumus boni juris- artigo 282, I, § 2º, do CPP)) e considerando que a flagrada agiu de forma deliberada e
consciente, sabedor da ilicitude de sua conduta (periculum libertatis), com fundamento no artigo 282, I (última figura) e
319, I, II, IV e V, ambos do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº12. 043, de 04 de maio de 2011),
com meio de evitar a prática de novas infrações penais por ela, aplico as seguintes medidas cautelares em seu
desfavor:
3- Recolher-se diariamente em sua residência, até as 19h00min até as 06h00min o dia seguinte;
4- Proibição de freqüentar bares, festas dançantes e similares, onde haja venda de bebidas alcoólicas.
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Advirta-seo ao flagrado que o descumprimento injustificado de qualquer das medidas impostas importará em sua
imediata prisão.
Isto posto, CONCEDO LIBERDADE PROVISÓRIA, SEM FIANÇA, a KENIO LEITE DOS SANTOS sob o compromisso
de comparecer a todos os atos processuais para os quais for solicitado.
P.R.I.
Teor do Documento:
O(a) Dr(a) Juiz(a), que assina o presente alvará de soltura, da Vara e Comarca que constam na presente ordem,
determina ao Ilmo. Sr. Delegado de Polícia ou Diretor do Estabelecimento Penal, que COLOQUE EM LIBERDADE, se
por al (outro motivo) não estiver presa, a pessoa indicada e qualificada na presente ordem.
O não cumprimento imediato da presente ordem de soltura, sem motivo justo e excepcionalíssimo, implica nas sanções
previstas no Artigo 12 da Lei 13.869 (Lei de Abuso de Autoridade).