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JUÍZO ÚNICO - COLMEIA Página 1 de 3

Alvará de Soltura
N° processo: 0000067-07.2024.8.27.2714
N° do Alvará: 0000067-07.2024.8.27.2714.05.0001-03
Tribunal: Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins

Órgão judiciário: JUÍZO ÚNICO - COLMEIA

Data da assinatura: 24/01/2024 11:33:03

Informações da pessoa
Registro Judicial Individua(RJI): 24535753853

Nome: KENIO LEITE DOS SANTOS


Nome da mãe: MARIA DE LOURDES LEITE Sexo: Masculino

Nome do pai: MARIANO BARBOSA DE SOUSA E-mail:

Data de nasc.: 24.02.1989 Estado civil: União Estável

Profissão: LAVRADOR

Naturalidade: Guarai

Marcas/sinais:

Outros nomes: KENIO LEITE DOS SANTOS

Outras alcunhas: Não Informado

Endereços:

Logradouro Bairro Município UF N° CEP Complemento

77.700-
DISTRITO JAJERO Guarai TO 0
000

Documento:

Documentos N°

CPF 02291001124
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Dados processuais
N° processo: 0000067-07.2024.8.27.2714

Motivo de expedição do Alvará: Liberdade provisória com medidas cautelares

Mandados(s) de prisão alcançado(s) pelo Alvará:

Síntese da decisão:
Trata-se de Comunicação de PRISÃO EM FLAGRANTE de KENIO LEITE DOS SANTOS, qualificado nos autos.

Imputação: Artigo 47 e artigo 163, I, todos do Código Penal.

Verifico que o Auto de Flagrante preenche os requisitos essenciais — arts. 302 a 304 do CPP, ciência das garantias
constitucionais e nota de culpa, pelo que deve ser homologado.

Não vislumbro nulidades ou motivos aparentes ou imediatos que autorizem o relaxamento do flagrante.

O FLAGRANTE, portanto, deve ser HOMOLOGADO.

Conquanto a conduta do flagrado seja reprovável e passível de reprimenda, milita em favor dele uma presunção legal
de não culpabilidade. Nesta esteira, só se justificaria, neste momento processual, a manutenção de seu cárcere se sua
liberdade pudesse colocar em risco a ordem pública, incolumidade pública, as investigações policiais ou frustrasse o
andamento da ação penal, o que não é o caso dos autos.Tenho que ele preenche os requisitos autorizadores do
benefício da liberdade provisória. Além do mais é primária.De par com isso, em recente decisão em sede de HC (nº
95009), o Supremo Tribunal Federal decidiu que a prisão processual é uma exceção, sendo a regra a liberdade do réu
no decorrer da instrução processual. Segundo o Ministro Relator deste habeas corpus, Eros Roberto Grau: “(...) A
prisão preventiva em situações que vigorosamente não a justifiquem equivale a antecipação da pena, sanção a ser no
futuro eventualmente imposta, a quem a mereça, mediante sentença transitada em julgado. A afronta ao princípio da
presunção de não culpabilidade, contemplado no plano constitucional (artigo 5º, LVII da Constituição do Brasil), é,
desde essa perspectiva, evidente. Antes do trânsito em julgado da sentença condenatória a regra é a liberdade; a
prisão, a exceção. Aquela cede a esta em casos excepcionais. É necessária a demonstração de situações efetivas que
justifiquem o sacrifício da liberdade individual em prol da viabilidade do processo(...)”.Fundado em meu poder geral de
cautela (fumus boni juris- artigo 282, I, § 2º, do CPP)) e considerando que a flagrada agiu de forma deliberada e
consciente, sabedor da ilicitude de sua conduta (periculum libertatis), com fundamento no artigo 282, I (última figura) e
319, I, II, IV e V, ambos do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº12. 043, de 04 de maio de 2011),
com meio de evitar a prática de novas infrações penais por ela, aplico as seguintes medidas cautelares em seu
desfavor:

1- Obrigação de comparecer mensalmente em juízo, para comprovar e justificar suas atividades;

2- Proibição de mudar-se de endereço, sem prévia autorização judicial;

3- Recolher-se diariamente em sua residência, até as 19h00min até as 06h00min o dia seguinte;

4- Proibição de freqüentar bares, festas dançantes e similares, onde haja venda de bebidas alcoólicas.
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Advirta-seo ao flagrado que o descumprimento injustificado de qualquer das medidas impostas importará em sua
imediata prisão.

Isto posto, CONCEDO LIBERDADE PROVISÓRIA, SEM FIANÇA, a KENIO LEITE DOS SANTOS sob o compromisso
de comparecer a todos os atos processuais para os quais for solicitado.

Expeça-se alvará de soltura no BNMP 2.0.

Dê-se vistas ao Ministério Público.

P.R.I.

Pedro Afonso, Plantão Regional, datado e certificado pelo sistema e-proc.


MILTON LAMENHA DE SIQUEIRA, Juiz de Direito Plantonista

Teor do Documento:
O(a) Dr(a) Juiz(a), que assina o presente alvará de soltura, da Vara e Comarca que constam na presente ordem,
determina ao Ilmo. Sr. Delegado de Polícia ou Diretor do Estabelecimento Penal, que COLOQUE EM LIBERDADE, se
por al (outro motivo) não estiver presa, a pessoa indicada e qualificada na presente ordem.

O não cumprimento imediato da presente ordem de soltura, sem motivo justo e excepcionalíssimo, implica nas sanções
previstas no Artigo 12 da Lei 13.869 (Lei de Abuso de Autoridade).

Lavrado por: Colmeia, 24 de Janeiro de 2024.

Documento assinado eletronicamente por IVÂNIA BARBOSA ARAÚJO em 24/01/2024 às 11:30hs


(Horário Oficial de Brasília: 11:30hs) conforme art 1°, II, 'b', da Lei 11.419/2006.

Documento assinado eletronicamente por MILTON LAMENHA DE SIQUEIRA em 24/01/2024 às


11:33hs (Horário Oficial de Brasília: 11:33hs) conforme art 1°, II, 'b', da Lei 11.419/2006.

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