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DIREITO PÚBLICO
Objetivos de aprendizagem
PLANO DE ESTUDOS
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UNIDADE 2
TÓPICO 1
DIREITO CONSTITUCIONAL
1 INTRODUÇÃO
Este tópico 1 foi reservado para o estudo do Direito Constitucional que estuda as normas
constitucionais. Iniciaremos pelo seu conceito, para então estudarmos especificamente a
Constituição da República de 1988, principal objeto do estudo do Direito Constitucional.
2 CONCEITO DE DIREITO
CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO
O Direito Constitucional, como o próprio nome diz, é aquele que “engloba as normas
jurídicas constitucionais, isto é, aquelas pertencentes à Constituição, em toda a sua amplitude
[...]” (NUNES, 2003, p. 125). N
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Segundo Alexandre Moraes (2003, p. 35), o Direito Constitucional “é um ramo do Direito Õ
Público, destacado por ser fundamental (sic) à organização e funcionamento do Estado, à E
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articulação dos elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura
política”. D
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A Constituição, conforme Canotilho apud Moraes (2003, p. 36), “pode ser entendida D
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como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação R
do Estado, a formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de E
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governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.” Ou seja,
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Por isso é que nenhuma lei poderá ser contrária à Constituição, sob
pena de ser considerada inconstitucional e retirada do ordenamento
jurídico. Em razão da supremacia da Constituição, é comum a utilização
da expressão “Carta Magna” para nos referirmos à Constituição.
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O preâmbulo da Constituição, segundo Alexandre Moraes (2003,
p.48), “é o documento de intenções do diploma, e uma certidão de
origem e legitimidade do novo texto e uma proclamação de princípios,
demonstrando a ruptura com o ordenamento constitucional anterior
e o surgimento jurídico de um novo Estado. E continua: “[...] por
não ser norma constitucional não poderá prevalecer contra texto
expresso da Constituição Federal [...]”, mas deverá ser usado como
instrumento de interpretação da Constituição (MORAES, 2003 p.49).
Também segundo Moraes (2003), extraímos como pode ser classificada a Constituição
Federal de 1988:
l dogmática: por ser “um produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de
l rígida: porque para sua modificação é necessário “um processo mais solene e mais dificultoso
do que o existente para a edição das demais espécies normativas” (MORAES, 2003, p. 39).
“A Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super-rígida, uma vez que em
regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente,
em alguns pontos é imutável (CF, art. 60 § 4º - cláusulas pétreas)” (MORAES, 2003, p. 39); N
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l analítica: porque “examina todos os assuntos que entende relevantes à formação, destinação Õ
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e funcionamento do Estado” (MORAES, 2003, p. 40). S
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fundamentais
FONTE: A autora
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É importante que você tenha em mãos um exemplar da Constituição
Federal, que vai ajudá-lo(a) bastante... Se você não tiver uma
Constituição Federal, acesse o site “www.planalto.gov.br” e no
link “legislação”, copie o teor do art. 5º, da Carta Magna, que será
nosso objeto de estudo neste tópico.
N As garantias traduzem-se “quer no direito dos cidadãos a exigir dos poderes públicos a
O proteção dos seus direitos quer no reconhecimento de meios processuais adequados a essa
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Õ finalidade (exemplo: direito de acesso aos tribunais para a defesa de direitos [...]” (CANOTILHO
E apud MORAES, 2003, p. 62).
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(grifo nosso)
Da leitura do artigo 5º. e de seus vários incisos, concluímos que a Constituição Federal
adotou diversos princípios, dos quais passaremos a estudar os principais:
Iniciamos com o princípio da igualdade. Já no começo do artigo, lemos que “todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]” , ou seja, todos os cidadãos
têm o direito de tratamento idêntico pela lei [...]” (MORAES, 2003, p. 64). Também no inciso
I, a Constituição garante que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição.”
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Saiba que por proteção constitucional estende-se também a vida S
intrauterina (MORAES, 2003, p. 64).
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A liberdade também é tutelada pela Constituição Federal, sendo que é o próprio texto
constitucional que prevê as garantias a esta liberdade, ou seja, os meios de que disporá a D
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vítima para ver seu direito respeitado. Assim, poderá impetrar: R
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l Habeas Corpus: (art. 5º. LXVIII): a vítima de ilegalidade ou abuso de poder poderá impetrar T
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habeas corpus. “Portanto, o habeas corpus é uma garantia individual ao direito de locomoção,
consubstanciada em uma ordem dada pelo Juiz ou Tribunal ao coator, fazendo cessar a
ameaça ou coação à liberdade de locomoção em sentido amplo – o direito do indivíduo de
ir, vir e ficar” (MORAES, 2003, p. 138). Interessante é o fato de que não é necessário ser
advogado para impetrar habeas corpus, podendo até ser impetrado pelo próprio paciente
(vítima). O habeas corpus pode ser preventivo ou repressivo.
l Habeas Data (art. 5º. LXXII): objetiva “fazer com que todos tenham acesso às informações
que o Poder Público ou entidades de caráter público (ex.: serviços de proteção ao crédito)
possuam a seu respeito” (MORAES, 2003, p. 153). O habeas data cabe quando houver
negativa de fornecimento destas informações, que também poderão ser retificadas. É a lei
n. 9.507/97 que estabelece as regras referentes ao habeas data.
l Mandado de Segurança (art. 5º., LXIV) : caberá mandado de segurança quando houver um
ato ilegal e coator de uma autoridade contra direito líquido e certo e contra este ato não for
cabível habeas corpus e habeas data. Além do art. 5º., LXIV da Constituição da República,
temos disposições sobre o Mandado de Segurança na Lei n. 1.533/51.
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Conforme MORAES (2003, p. 138), “Habeas Corpus eram as
palavras iniciais da fórmula do mandado que o Tribunal concedia
e era endereçado a quantos tivessem em seu poder ou guarda o
corpo do detido, da seguinte maneira: “Tomai o corpo desse detido
e vinde submeter ao Tribunal o homem e o caso.”
Para você entender bem quando cabe o mandado de segurança, podemos citar como
exemplo a exigência de prévio pagamento de multas para o licenciamento de veículos, sem
N que tenha sido oportunizada a defesa ou também o corte de energia elétrica sem a prévia
O notificação, dentre outros.
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E O mandado de segurança pode ser impetrado (ajuizado) por pessoa física ou jurídica,
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que é chamado “impetrante”. Pode ser individual (quando uma só pessoa impetra) ou
D coletivo, quando é impetrado em nome de uma coletividade (ex.: sindicato representando os
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sindicalizados).
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R Quanto à finalidade do mandado de segurança, podemos, pois, dizer que:
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Caro(a) acadêmico(a), para aprofundar os seus conhecimentos
sobre as ações constitucionais estudadas anteriormente, sugiro a
leitura completa da Lei n. 1.533/51.
l Mandado de Injunção: O Mandado de Injunção está previsto no art 5º, LXXI da Constituição
Federal “sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania” (MORAES, 2003, p. 179). Assim:
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O mandado de injunção também poderá ser impetrado por pessoas físicas ou jurídicas, I
mas sempre será impetrado contra o Estado. R
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l Ação Popular: Esta ação constitucional é prevista no art. 5º., LXXIII. Pode ser definida como: T
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Resumidamente, podemos dizer que só poderá ajuizar ação popular o cidadão, ou seja,
quem estiver “no gozo de seus direitos políticos” (MORAES, 2003, p. 193). Por isso, somente
a pessoa física, desde que no gozo de seus direitos políticos, é que poderá propor esta ação.
Quanto à natureza do “ato ou a omissão do Poder Público a ser impugnado, que dever ser
obrigatoriamente lesivo ao patrimônio público, seja por ilegalidade, seja por imoralidade”
(MORAES, 2003, p. 192).
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T FONTE: A autora
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UNIDADE 2 TÓPICO 1 53
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Quer conhecer mais sobre as ações constitucionais? Sugiro que
leia a obra Mandado de Segurança, ação popular, ação civil
pública, mandado de injunção, habeas data. São Paulo: Revista
dos Tribunais.
Outro importante princípio é o que garante a indenização por dano material, moral
ou à imagem. O dano material é aquele que se traduz em perda material, enquanto o direito
moral é aquele que atinge o indivíduo de forma pessoal, quando, por exemplo, a situação
expõe a vítima a um constrangimento ou sofrimento desnecessário. Interessante ressaltar que
as pessoas jurídicas também podem sofrer danos morais, estando, porém ligado ao abalo de
crédito que a ofensa poderá gerar. Além da indenização, é garantido o direito de resposta.
Como dissemos anteriormente, também a pessoa jurídica pode ser afetada em sua
honra, quando, por exemplo, vê encaminhado a protesto um título “frio”, mostrando-se assim
ser indevido.
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A Lei que regulamenta este artigo é a Lei n. 9.296/96, estabelecendo
disposições para que seja possível a interceptação telefônica que
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vulgarmente se conhece por “grampo”.
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“O sigilo bancário individual coloca-o na condição de “cláusula
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pétrea” (CF, art. 60, §4º,IV), impedindo, dessa forma, a aprovação
de emenda constitucional tendente a aboli-lo ou mesmo modificá-lo
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estruturalmente” (MORAES, 2003, p. 97).
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I Também o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada são protegidos
T pela Constituição Federal, que garante que a lei não os prejudicará (art. 5º. XXXVI).
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Bastos apud Moraes (2003, p. 105), ao definir o direito adquirido e o ato jurídico, observa
que este:
constitui-se num dos recursos de que se vale a Constituição para limitar a
retroatividade da lei. Com efeito, esta está em constante mutação; o Estado
cumpre seu papel exatamente na medida em que atualiza suas leis. No en-
tretanto, a utilização da lei em caráter retroativo, em muitos casos, repugna
porque fere situações jurídicas que já tinham por consolidadas no tempo, e
esta é uma das fontes principais do homem na terra.
Isto não quer dizer, por si só, que ele encerre em seu bojo um direito adquirido.
Do que está o seu beneficiário imunizado é de oscilações de forma aportadas
pela lei nova.
De uma forma resumida, podemos dizer, então, que por este princípio a lei não poderá
retroagir para modificar uma situação já concretizada.
Este princípio garante, assim, tanto nos processos judiciais quanto nos administrativos,
que serão respeitadas todas as fases do processo e garantida a defesa em toda a sua amplitude
(meios e provas). Como consequência da ampla defesa, é assegurado ainda o contraditório,
que garante que aquele que for acusado terá o direito de se defender.
Já o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII), estabelece que “ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.” Ou seja, por
este princípio, presume-se que todo mundo é inocente, sendo função do Estado provar a culpa
do sujeito. Passemos à segunda espécie de direitos e garantias fundamentais: direitos sociais.
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2.2.2 Direitos Sociais Õ
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Os direitos sociais são os direitos fundamentais do trabalhador, que é o “empregado
que mantiver algum vínculo de emprego” (MORAES, 2003, p. 202). D
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Estes direitos são previstos no art. 7º da Constituição Federal e têm por objetivo D
principal a proteção dos direitos do trabalhador. Além disso, os direitos sociais têm que ser I
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obrigatoriamente respeitados.
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É importante que você leia no inteiro teor o art. 7º Da Constituição
Federal. Caso não tenha um exemplar, baixe-o no site <www.
planalto.gov.br>.
Estas regras “formam a base do contrato de trabalho, uma linha divisória entre a vontade
do Estado, manifestada pelos poderes competentes, e as dos contratantes” (SUSSEKIND
apud MORAES, 2003, p. 203). De uma forma resumida, são os seguintes os principais direitos
fundamentais do trabalhador:
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E 2.2.3 Direitos da Nacionalidade
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D Pode-se conceituar a nacionalidade como sendo “o vínculo jurídico político que liga um
E indivíduo a um certo e determinado Estado, fazendo deste indivíduo um componente do povo,
D da dimensão pessoal deste Estado” (CARVALHO apud MORAES, 2003, p. 213). Segundo
I Moraes (2003, p. 213), este vínculo “capacita o indivíduo a exigir sua proteção, mas, ao mesmo
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E tempo, o sujeita ao cumprimento dos deveres impostos”.
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O Como salienta Moraes (2003), o conceito de nacionalidade está ligado aos conceitos
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de povo, população e nação, os quais também extraímos das ideias do referido autor:
A nacionalidade pode ser adquirida com o nascimento (ex.: brasileiro nato), chamada
“originária” ou posteriormente, através de um pedido de naturalização (ex.: o estrangeiro que
pede naturalização e se torna brasileiro naturalizado), que se chama nacionalidade “adquirida”.
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E qual o critério adotado pela atual Constituição Brasileira? O critério adotado pela
nossa Carta Magna foi, como regra geral, o da origem territorial. Ou seja, em princípio, quem
nascer em território nacional, será considerado brasileiro. Porém, há exceções a esta regra,
previstas no próprio ordenamento constitucional, qual seja, no artigo 12, I da CF:
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Fede-
rativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reci-
procidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e natura-
lizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
No parágrafo terceiro deste mesmo artigo, encontramos os cargos que só poderão ser
ocupados por brasileiros natos:
que o candidato cumpra as seguintes condições, as previstas no art. 14, §3º da CF: a
nacionalidade brasileira, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição; a filiação
partidária; a idade mínima para cada cargo. Os analfabetos e os inalistáveis (art. 14 §4º);
l iniciativa Popular de lei;
l ação Popular;
l organização e participação de partidos políticos.
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Segundo a Constituição Federal (art. 17), os partidos podem ser livremente criados,
fundidos, incorporados e extintos, devendo ser observados: a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana . Ainda segundo o
mesmo artigo, deverão ser seguidos os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de
recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação
a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo
com a lei.
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Agora que você já conhece alguns aspectos do Direito Constitucional,
após resolver nossos exercícios de fixação, vamos, no próximo
tópico, passar ao estudo do Direito Administrativo.
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RESUMO DO TÓPICO 1
l O Direito Público é o Direito em que o Estado participa como parte na relação jurídica.
l O Direito Público Interno é dividido em diversos ramos, dentre eles o Direito Constitucional.
l O Direito Constitucional tem como objeto de estudo a Constituição Federal, que é a Lei Magna
de um país.
l Há várias ações constitucionais que tutelam a liberdade, tais como habeas corpus, habeas
data, entre outros.
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62 TÓPICO 1 UNIDADE 2
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2 Com relação aos direitos políticos, pode-se afirmar que o cancelamento da naturalização
por sentença transitada em julgado resultará:
a) ( ) Na perda dos direitos políticos.
b) ( ) Não é caso de perda nem suspensão dos direitos políticos.
c) ( ) Suspensão dos direitos políticos.
d) ( ) Pagamento de multa à Justiça Eleitoral.
6 Segundo a Constituição Federal, não existirá no Brasil censura prévia. Podemos dizer
que esta afirmação decorre do princípio:
a) ( ) Da presunção de inocência.
b) ( ) Da liberdade de pensamento.
c) ( ) Da inviolabilidade do domicílio.
d) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
8 Este princípio garante tanto nos processos judiciais quanto nos administrativos, que
serão respeitadas todas as fases do processo e garantida a defesa em toda a sua
amplitude (meios e provas):
a) ( ) Presunção de inocência.
b) ( ) Inviolabilidade do domicílio.
c) ( ) Devido processo legal.
d) ( ) Direito líquido e certo.
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11 Leia as afirmações a seguir e classifique V para as sentenças verdadeiras e F para E
as falsas: D
( ) Na ação popular, há a necessidade de haver ato lesivo do patrimônio público. I
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( ) O mandado de segurança só pode ser impetrado por cidadãos.
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( ) O mandado de segurança pode ser impetrado preventivamente. I
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64 TÓPICO 1 UNIDADE 2
( ) O habeas data serve para se ter acesso a informações constantes nos registros
públicos.
( ) O mandado de injunção e mandado de segurança têm o mesmo objetivo.
( ) A ação popular pode ser proposta por uma pessoa jurídica.
( ) O habeas corpus é impetrado para garantir o direito de ir e vir.
( ) Os princípios constitucionais são sempre absolutos.
( ) O direito à vida abrange não somente o direito de existir, mas também de ter uma
vida digna.
( ) O direito à liberdade de pensamento não é absoluto.
( ) Direito Moral e Material são expressões sinônimas.
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TÓPICO 2
DIREITO ADMINISTRATIVO
E DIREITO PROCESSUAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos estudar o Direito Administrativo que traz as regras que disciplinam
a atividade da Administração Pública. Iniciaremos pelo estudo do conceito deste importante
ramo do Direito, para então estudarmos os atos administrativos. Por fim, estudaremos os
princípios que regem a Administração Pública e conheceremos os princípios e características
dos contratos administrativos.
2 DIREITO ADMINISTRATIVO
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2.1 CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Õ
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Segundo Führer e Milaré (2005, p. 128), o Direito Administrativo “é o conjunto de normas
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que regem a Administração Pública”, ou seja, traz as regras que “organizam administrativamente
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o Estado, fixando os modos, os meios e a forma de ação para a consecução de seus objetivos
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(NUNES, 2003, p. 125).
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É, pois, no Direito Administrativo que encontraremos as regras que determinam, por E
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exemplo, porque será realizada a desapropriação de um bem de um particular, como deverá T
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66 TÓPICO 2 UNIDADE 2
Importante salientar que estas normas são de cumprimento obrigatório e nem por acordo
entre a Administração e o particular podem ser modificadas.
A Administração Pública realiza sua função através dos atos administrativos. O ato
administrativo, segundo Führer e Milaré (2005, p. 128), pode ser:
l bilateral: no ato administrativo bilateral, existem duas partes envolvidas na relação jurídica.
“Refere-se aos contratos realizados pela Administração, tendo por fim a satisfação de algum
interesse público”.
O ato administrativo será ainda vinculado, “quando o modo de praticar o ato já vem
descrito na lei (FÜHRER; MILARÉ 2003, p. 128-129) ou discricionário, quando o administrador
tem certa liberdade de escolher a oportunidade ou a forma de realizar o ato”.
Além das atividades estatais, existem as entidades paraestatais, que “assumem forma civil,
embora sejam públicas na essência” (FÜHRER; MILARÉ, 2003, p. 131). Com base nos ensinamentos
dos referidos autores (p. 131-132), podemos afirmar que são entidades paraestatais, resumidamente,
as seguintes:
“empresas públicas (pessoas jurídicas de direito privado com capital in-
teiramente público (ex.: BNDES, Embratel etc.), sociedades de economia
mista (pessoas jurídicas de direito privado, formadas com capital público e
particular, com predominância de direção estatal, exemplo: Petrobrás), funda-
ções públicas, constituem uma universalidade de bens, com personalidade
jurídica própria, destacada do patrimônio da entidade estatal instituidora, com
finalidades predeterminadas [...] Ex.: FUNAI.
A Administração Pública não poder agir indistintamente. Os limites a esta atuação são
delineados por princípios que estão previstos no art. 37 da Constituição Federal:
Para fixar bem este conhecimento, visualize a figura a seguir (DICA: caso necessite
“decorar” estes princípios, veja que, na ordem em que aparecem na figura, formam a palavra
“LIMPE”):
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FIGURA 13 - DIREITO ADMINISTRATIVO E SEUS PRINCÍPIOS
FONTE: A autora D
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Já estudamos este princípio no tópico anterior. Ele garante que: "ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". Também já afirmamos que
o princípio da legalidade é considerado uma das bases do Estado Democrático de Direito.
Este princípio, quando aplicado ao Direito Administrativo, impõe certos limites à atuação
da Administração Pública, que assim não poderá agir em desconformidade com a lei, sob pena
de configuração de ato abusivo.
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O princípio da impessoalidade, referido na Constituição de 1988 (art. 37,
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caput), nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao
administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é
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unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como
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objetivo do ato, de forma impessoal.[...] Desde que o princípio da finalidade
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exige que o ato seja praticado sempre com finalidade pública, o administrador
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fica impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no interesse próprio
I
ou de terceiros. Pode, entretanto, o interesse público coincidir com o de par-
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ticulares, como ocorre normalmente nos atos administrativos negociais e nos
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UNIDADE 2 TÓPICO 2 69
Por este princípio, os atos administrativos devem ser realizados com base na moral,
o que pode ser traduzido na necessidade de os atos administrativos serem praticados com
base na probidade.
Sua importância é tal, que a inobservância deste princípio gera a invalidade do ato
administrativo (você se lembra da ação popular que estudamos anteriormente, que tem por
objetivo justamente anular o ato administrativo lesivo ao patrimônio público?) e ainda a
suspensão dos direitos políticos do agente ímprobo (art. 37, §4º da CF).
UNI
Você se lembra do conceito de moral que estudamos na Unidade
1? Se não lembra, volte um pouquinho em seus estudos e confira
este conceito.
Por este princípio, torna-se necessário que os atos administrativos sejam praticados com
transparência, permitindo o conhecimento por todos (pela publicação, por exemplo, no Diário
Oficial, ou comunicação) dos atos que estão sendo praticados pela Administração Pública.
Medauar (2005, p. 147) ressalta a relevância do princípio quando aduz que “O tema
da transparência e visibilidade, também tratado como publicidade da atuação administrativa,
encontra-se associado à reivindicação geral da democracia administrativa”.
Proíbe, pois, este princípio, como regra geral, uma atuação da administração pública
que não permita o conhecimento pela coletividade de seus atos. Ao contrário, exige, assim, que
seja possível o acompanhamento e a fiscalização dos atos dos entes públicos pela sociedade.
Conforme Medauar (2005, p. 149), o vocábulo eficiência está ligado “à ideia de ação
para produzir resultado, de modo rápido e preciso para satisfazer a população”.
Este princípio estabelece que não basta o administrador praticar o ato de acordo com os
princípios antes estudados, mas deve praticá-lo com eficiência, o que significa dizer economia
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do dinheiro público e resultados mais efetivos.
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Exige-se não apenas cumprimento da lei, mas atos capazes de realizar as necessidades
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E dos administrados.
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2.3.6 Contratos Administrativos
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O contrato é um negócio jurídico realizado por duas ou mais pessoas e nasce da junção
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I destas “vontades”, chamado consentimento.
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UNIDADE 2 TÓPICO 2 71
Para a validade deste negócio jurídico, são necessários: agente capaz, forma prescrita
ou não defesa em lei e objeto lícito, conforme exige o art. 104 do Código Civil.
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FONTE: Adaptado de Führer e Milaré (2003, p. 135) O
72 TÓPICO 2 UNIDADE 2
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3 DIREITO PROCESSUAL
O Direito Processual é o ramo do Direito Público que regulamenta a forma que as ações
judiciais se desenvolverão no Judiciário. Traz as regras que chamamos de “direito formal”,
enquanto o Direito Civil, por exemplo, traz as regras de “direito material”. Para entendermos
este sistema, podemos visualizar o direito material como sendo “o jogo”, enquanto o direito
processual traz “as regras do jogo”.
O Direito Processual é dividido em três grandes ramos: Direito Processual Civil, Direito
Processual Penal e Direito Processual do Trabalho, correspondentes a cada uma das áreas
do direito material.
O Código de Processo Civil, Lei n. 5.869/73, é a lei que serve de instrumento para o
Direito Processual Civil.
N
O Já as regras de direito processual do trabalho estão na Consolidação das Leis do
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Trabalho, (Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943) conhecida como “CLT”, e subsidiariamente
Õ
E utiliza-se o CPC.
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UNIDADE 2 TÓPICO 2 73
RESUMO DO TÓPICO 2
l Compreender que o Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que traz as regras que
se aplicam ao Estado como administrador público.
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74 TÓPICO 2 UNIDADE 2
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6 O que ocorrerá com o contrato administrativo, caso não seja respeitado o princípio
da moralidade?
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TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Também neste tópico, teremos uma breve noção do Direito Tributário, uma vez que o
seu estudo será objeto de disciplina própria de seu curso.
2 DIREITO PENAL
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2.1 CONCEITO E FUNÇÃO
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O Direito Penal “corresponde ao conjunto de normas jurídicas que regulam os crimes E
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e as contravenções penais” (condutas ilícitas penais de menor potencial ofensivo), com as
correspondentes penas aplicáveis (NUNES, 2003, p. 127). D
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Segundo Damásio de Jesus (2006, p. 33), “Para que haja crime, é preciso, em primeiro
lugar, uma conduta humana positiva ou negativa (ação ou omissão)”.
Porém, para que esta ação ou omissão seja relevante para o Direito Penal, é necessário
que esta ação ou omissão esteja tipificada. Ou seja, é necessário que a lei preveja que esta
ação ou omissão seja enquadrada como crime ou contravenção, chamados “tipos penais”.
Caso contrário, esta ação será irrelevante para o Direito Penal. O homicídio, o furto, o estupro
e todos os crimes previstos na Parte Especial do Código Penal são exemplos de tipos legais.
Damásio de Jesus (2006, p. 33) fornece um exemplo, ao citar o furto de uso, em que a pessoa
pega um bem de outrem para usar e após devolver, sem a intenção de subtraí-lo para si, como
ocorre no furto previsto no art. 155. Podemos dizer assim que se trata de um ato atípico, ou
seja, que não se enquadra no tipo legal, sendo assim irrelevante para o Direito.
Além de típico, o fato precisa ser antijurídico, ou seja, contrário à lei. O fato antijurídico
pode ser considerado como o “fato que, além de típico, não tem a seu favor nenhuma justificativa
como a legítima defesa ou o estado de necessidade” (FÜHRER; MILARÉ, 2005, p. 141). Assim,
N
O um homicídio praticado em legítima defesa será típico, mas não será antijurídico, porque haverá
Ç uma excludente de antijuridicidade que é a legítima defesa, que estudaremos mais adiante.
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S Podemos dizer, assim, conforme assentado na doutrina, que crime é “fato típico e
antijurídico”.
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Já na contravenção, há uma conduta menos grave e que causa menos prejuízo, sendo
D
I que, por isso, se cominam penas mais brandas. As contravenções penais são regulamentadas
R pelo Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de Outubro de 1941, conhecido como “Lei das Contravenções
E
I Penais”, à qual se aplicam as disposições do Código Penal, naquilo que for aplicável. Exemplos
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 77
Assim, “são dolosos os crimes intencionais. Diz-se o crime doloso, quando o agente
quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (dolo eventual)” (FÜHRER;
MILARÉ, 2005, p. 144).
Por isso, podemos dizer que há crime culposo quando o agente deu causa ao resultado D
E
por negligência, imprudência ou imperícia.
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Do que estudamos até agora, podemos visualizar o seguinte: R
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78 TÓPICO 3 UNIDADE 2
“aquele que age no exercício regular de direito, quer dizer, que exercita
uma faculdade de acordo com o direito, está atuando licitamente, de forma
autorizada – art. 5º., II, CF [...] (v.g., [...] defesa no esbulho possessório - Art.
1.210 do CC; [...]. Não se pode considerar ilícita a prática de ato justificado ou
permitido pela lei, que se consubstancie em exercício de direito dentro do marco
legal, isto é, conforme os limites nele inseridos,de modo regular e não abusivo.
2.6 CULPABILIDADE
Havendo a conduta típica e antijurídica, para que tenha lugar a aplicação da pena, há
necessidade de haver a culpabilidade. Assim, diante de um fato típico e antijurídico, verificar-
se-á a conduta do agente, sendo a culpabilidade, segundo Prado (2005, p. 115), “um juízo de
censura ou reprovação pessoal, ou seja, que recai sobre a pessoa do agente, já que podia ter
agido conforme a norma e não o fez [...]”. A seguir, estudaremos os elementos da culpabilidade.
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Como regra geral, apenas as pessoas físicas (seres humanos)
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podem ser sujeitos ativos dos crimes. Como exceção a esta regra,
temos a legislação ambiental, que prevê a responsabilização penal
D
da pessoa jurídica (Lei n. 9.605/98).
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O artigo 26 do CP traz as causas de inimputabilidade, que, uma vez presentes, afastam R
a imputabilidade do agente: doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, E
I
menoridade e embriaguez acidental completa. T
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80 TÓPICO 3 UNIDADE 2
Por fim, as penas de multa que variam de 10 a 360 dias-multa (1 dia multa = 1/30 do
salário-mínimo (mínimo) a 5 salários-mínimos (máximo), conforme a situação econômica do réu.
N
Por fim, as medidas de segurança, segundo Führer e Milaré (2003, p. 156-157):
O
Ç As medidas de segurança não são penas, mas tão somente meios defensi-
Õ vos da sociedade. A pena refere-se mais à gravidade do delito, ao passo que
E a medida de segurança preocupa-se com a periculosidade do agente. [...].
S As medidas de segurança são aplicáveis aos loucos. E também, em caráter
substitutivo da pena, aos semiloucos. As medidas de segurança consistem na
D internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou na sujeição a
E tratamento ambulatorial, por tempo indeterminado, no mínimo de 1 a 3 anos,
até a cessação da periculosidade verificada em perícia médica.
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 81
As ações penais são os meios através dos quais o Estado realizará a persecução penal.
De uma forma geral, as ações penais são de duas espécies: públicas ou privadas.
Na maioria dos crimes, as ações penais são públicas, ou seja, quem inicia a ação
penal é o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça, que oferece a denúncia,
independentemente da vontade do ofendido. A este tipo de ação damos o nome de ação
penal pública incondicionada. Há casos, porém, em que a ação penal é pública, mas depende
de iniciativa do ofendido para que possa ser iniciada. A esta iniciativa, dá-se o nome de
“representação”.
Já as ações privadas são aquelas em que o início da ação penal somente ocorre
mediante a iniciativa do ofendido, que ocorre através da “queixa-crime”. São exemplos de
crimes que somente terão a ação penal iniciada mediante queixa-crime: a calúnia, a injúria e
a difamação.
Na parte especial do Código Penal, existem crimes que protegem os principais bens
jurídicos, a vida, o patrimônio, a paz social etc.
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, Na extorsão, pretende especificamente a obtenção de indevida
e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem vantagem econômica (JESUS, 2006, p. 605).
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Na extorsão mediante sequestro, não há apenas a violência ou grave
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. ameaça como no artigo anterior, mas há também um crime contra a
Extorsão mediante sequestro liberdade de locomoção. Trata-se de crime hediondo (Lei n. 8.072/90).
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para
outrem, qualquer vantagem,como condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Extorsão indireta Não há necessidade de recebimento efetivo do documento, apenas a
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da
situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento exigência é suficiente para configurar o crime.
criminal contra a vítima ou contra terceiro:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Alteração de limites Este delito tem como objeto jurídico a posse e a propriedade. Só
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro pratica este crime o proprietário do prédio vizinho àquele em que se
sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em alteram os limites (JESUS, 2006, p. 614). Além do tipo previsto no
parte, de coisa imóvel alheia: caput (cabeça) do artigo, os parágrafos preveem outras hipóteses
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa. que também se consideram como alteração dos limites.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas
alheias;
Esbulho possessório
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante
concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o
fim de esbulho possessório.
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta
cominada.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência,
somente se procede mediante queixa.
Supressão ou alteração de marca em animais
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho
alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
Dano Este artigo trata do crime de dano, inclusive o proprietário de coisa
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: comum. Existe também a forma qualificada, quando o dano, por
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. exemplo, for praticado contra bem de propriedade da União.
Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem
consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, ou multa.
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico Interessante que até mesmo o proprietário poderá ser sujeito ativo
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela
autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou neste crime, uma vez que o objeto jurídico é o patrimônio histórico
histórico:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. protegido.
Alteração de local especialmente protegido
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto
de local especialmente protegido por lei:
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
Apropriação indébita Neste crime, o agente apropria-se de bem móvel de que tem a
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou
a detenção: posse ou detenção. Ex.: Caixa que se apropria de dinheiro do banco.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Apropriação indébita previdenciária Também existe a forma qualificada.
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições
recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 83
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da No estelionato, o agente busca obter indevidamente vantagem,
natureza induzindo uma pessoa ao erro. Também são formas de estelionato,
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por a ele equiparados: a disposição de coisa alheia como própria; a
erro, caso fortuito ou força da natureza: alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria, a defraudação de
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa. penhor, a fraude na entrega de coisa, a fraude para recebimento de
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: indenização ou valor de seguro; a fraude no pagamento por meio de
Apropriação de tesouro cheque. O Crime também pode ser qualificado, nos casos previstos
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em no 3º.
parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;
Apropriação de coisa achada Este crime é o que conhecemos como “duplicata fria”. Toda duplicata,
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou necessária e obrigatoriamente, deverá ser emitida a partir de uma
parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor nota fiscal ou fatura, motivo pelo qual se chama este título de crédito
ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 de título causal.
(quinze) dias.
Estelionato e outras fraudes
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício,
ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
Duplicata simulada
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou
ao serviço prestado.
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar
ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas.
Abuso de incapazes
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade,
paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade
mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível
de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Induzimento à especulação
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência
ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o
à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou
mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Fraude no comércio
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente
ou consumidor:
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou
deteriorada;
II - entregando uma mercadoria por outra:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou o peso
de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou
por outra de menor valor; vender pedra falsa por verdadeira; vender,
como precioso, metal de outra qualidade:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Outras fraudes
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou
utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar
o pagamento:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o
juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade
por ações
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, fazendo,
em prospecto ou em comunicação ao público ou à assembleia,
afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, ou ocultando
fraudulentamente fato a ela relativo: N
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não
constitui crime contra a economia popular. O
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou "warrant" Ç
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo
com disposição legal:
Õ
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. E
Fraude à execução S
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou
danificando bens, ou simulando dívidas:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. D
Receptação Para que se configure a receptação, não é necessário que o crime E
Art. 180- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em
proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou seja contra o patrimônio. Damásio de Jesus (2006, p. 691) dá o
influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: D
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. exemplo de um funcionário público que pratica o crime de peculato. I
FONTE: A autora R
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84 TÓPICO 3 UNIDADE 2
3 DIREITO TRIBUTÁRIO
O Direito Tributário estuda todas as normas que dizem respeito à arrecadação de tributos.
Existem várias formas de tributo, especialmente: impostos, contribuições de melhoria e taxas.
O Direito Tributário estudará, pois, tudo que se refere aos tributos, desde sua origem,
fato gerador, o responsável pelo seu pagamento, qual a alíquota correspondente, a base de
incidência e como se faz o recolhimento. Este ramo do Direito também especifica quem ficará
isento do pagamento, o que é elisão fiscal etc.
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 85
RESUMO DO TÓPICO 3
l Para que seja aplicada a sanção prevista em lei, será necessário que também esteja presente
a culpabilidade.
l O Direito Tributário é o ramo do Direito Público que tem por objeto o estudo das obrigações
entre o contribuinte e o Fisco.
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86 TÓPICO 3 UNIDADE 2
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Grupo 2
( ) É a falta de habilidade técnica para certas habilidades.
( ) Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
( ) Adquire-se, como regra geral, aos 18 anos completos, salvo exceções previstas em
lei.
( ) Tipicidade e antijuridicidade.
( ) Defesa ou o estado de necessidade.
( ) Exemplo de pena restritiva de direitos.
( ) Estado de necessidade, legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal e
N
exercício regular de direito.
O ( ) Negligência, imprudência e imperícia.
Ç
( ) Propósito de praticar o fato descrito na lei penal.
Õ
E ( ) Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
S violência à pessoa, ou depois de havê-la por qualquer meio, reduzido à impossibilidade
D de resistência.
E ( ) Documento que representa o início da ação penal pública condicionada.
D ( ) Fato que, além de típico, não tem a seu favor uma justificativa como a legítima.
I ( ) Conduta precipitada ou afoita, a criação desnecessária de um perigo.
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UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Neste penúltimo tópico de nossa unidade, vamos conhecer o Direito Eleitoral e o Direito
Militar.
2 DIREITO ELEITORAL
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O principal instrumento do Direito Eleitoral é o Código Eleitoral (Lei n. 4.737, de 15 de
O
julho de 1965). Também são parte do Direito Eleitoral, a lei dos partidos políticos, a lei das Ç
inelegibilidades, entre outros. Õ
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3 DIREITO MILITAR
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Para Martins, (2008 p. 42) , “o direito militar pode ser definido como o conjunto harmônico R
de princípios e normas jurídicas que regulam matéria de natureza militar, podendo ser de E
I
caráter constitucional, penal ou administrativo.” É, pois, o direito que regulamenta a atividade T
dos militares. O
88 TÓPICO 4 UNIDADE 2
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UNIDADE 2 TÓPICO 4 89
RESUMO DO TÓPICO 4
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90 TÓPICO 4 UNIDADE 2
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UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Em que pese esta unidade 2 tratar dos ramos do Direito Público (apenas para fins
de divisão do nosso conteúdo) o Direito do Trabalho e o Direito do Consumidor têm sido
enquadrados pela doutrina como ramos especiais, que não pertencem nem ao Direito Público,
nem ao Direito Privado.
Neste tópico, traremos uma breve noção sobre o Direito do Trabalho, tendo em vista que N
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este será objeto de uma disciplina mais adiante. Em seguida, traremos os principais institutos Ç
do Direito do Consumidor e do Direito Ambiental. Õ
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2 DIREITO DO TRABALHO
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Regulamenta as relações trabalhistas, ou seja, “entre empregado e empregador (patrão)” R
(NUNES, 2003, p. 131). E
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92 TÓPICO 5 UNIDADE 2
O Direito do Trabalho tem a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) como sua principal
norma, mas também a Constituição da República e a legislação esparsa.
São objeto do Direito do Trabalho as relações trabalhistas, sejam elas individuais (entre
empregado e empregador) ou coletivas, “[...] que contemplam as relações entre grupos ou
associações de trabalhadores e de patrões, seus contratos e suas lutas” (FÜHRER; MILARÉ,
2005, p. 160).
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3 DIREITO DO CONSUMIDOR
As relações entre fornecedor e consumidor são estudadas por este importante ramo do
Direito que está concentrado no Código de Defesa do Consumidor (CDC, Lei n. 8.078/90). É
este diploma legal que prevê a responsabilidade objetiva (independente de culpa) do fornecedor
N
O e as consequências do descumprimento desta responsabilidade. Prevê também os crimes nas
Ç relações de consumo e suas penas.
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S Veja o artigo 1º do CDC:
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UNIDADE 2 TÓPICO 5 93
O conceito de fornecedor também é trazido pelo CDC, conforme Silva (2005), em seu
art. 3º.:
mais fraca, mais vulnerável, tanto no aspecto econômico como no técnico. Esta vulnerabilidade D
é expressamente reconhecida pela lei art. 4º, I do CDC. Assim, E
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94 TÓPICO 5 UNIDADE 2
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A igualdade a que nos referimos é aquela entre consumidor e
fornecedor.
l colocar no verso do cheque a data combinada para a compensação (caso seja pré-datado)
e a que ele se destina;
l não se esquecer que as lojas de roupas são obrigadas apenas a trocar peças com defeitos.
Apesar de ser garantido ao consumidor o direito de reclamar, este direito não é eterno.
O art. 26 do CDC, (SILVA, 2005), traz os prazos de decadência e prescrição do direito de
reclamar. Em ambos os casos, há perda do direito pelo decurso do prazo, ou seja, por não ter
reclamado no tempo máximo previsto na lei. A diferença é que na decadência a perda é do
direito, não cabendo ao consumidor nenhum meio para materializar seu descontentamento.
Visando a uma abordagem bem didática, podemos afirmar que, segundo o art. 26 do
CDC:
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UNIDADE 2 TÓPICO 5 97
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3.6 DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE JURÍDICA
l estado de insolvência;
l encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração;
l quando a personalidade jurídica for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados aos consumidores, ou seja, quando a personalidade jurídica for utilizada para
frustrar a concretização dos direitos do consumidor.
N
O A exemplo, veja o que estabelece o art. 47 do CDC (SILVA, 2005, p. 42): As cláusulas
Ç contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
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I Entre no site do IDEC (www.idec.org.br) e veja a versão atualizada
R do CDC. Leia o Capítulo VI, que trata da Proteção Contratual.
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UNIDADE 2 TÓPICO 5 99
Neste capítulo, você encontrará disposições legais que se aplicam à relação contratual e
que envolve a relação contratual de consumo. Dentre estes artigos, destacamos a possibilidade
de o consumidor desistir do contrato, a proibição de haver cláusulas abusivas, o tratamento
diferenciado do contrato de adesão, a nulidade de cláusulas que importem na perda de parcelas
pagas etc.
Também é enganosa a publicidade, segundo o §3º do art. 37, “por omissão quando
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deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço”. O
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A utilização da publicidade enganosa ou abusiva gerará para o fornecedor responsabilidade E
civil, penal e administrativa, previstas no próprio Código de Defesa do Consumidor. S
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100 TÓPICO 5 UNIDADE 2
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4 DIREITO AMBIENTAL
O Direito Ambiental “é composto das normas jurídicas que cuidam do meio ambiente
em geral, tais como a proteção de matas, florestas e animais a serem preservados, o controle
de poluição e do lixo urbano” (NUNES, 2003, p. 132).
RESUMO DO TÓPICO 5
l As relações trabalhistas, são objeto do Direito do Trabalho sejam elas individuais (entre
empregado e empregador) ou coletivas.
l O CDC traz diversas disposições sobre proteção contratual, publicidade e ainda as hipóteses
l O Direito Ambiental traz as regras que regem a proteção do meio ambiente, sendo um direito
multidisciplinar.
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102 TÓPICO 5 UNIDADE 2
IDADE
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3 Qual é o prazo de prescrição para reclamar por vício aparente ou de fácil constatação
em um produto ou serviço?
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UNIDADE 2
TÓPICO 6
1 INTRODUÇÃO
Como último tópico desta unidade, trazemos noções gerais de direito internacional
público.
O Direito Internacional cuida, assim, das relações entre os Estados entre si e entre
seus integrantes, que são instrumentalizadas em acordos (tratados e convenções) que são
respeitados por aqueles que o firmaram.
São, assim, fontes do direito internacional público: convenções internacionais; o costume
internacional; os princípios gerais de direito, decisões judiciárias, doutrina dos publicistas,
tratados e convenções internacionais.
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Prezado(a) acadêmico(a): A Globalização é um fenômeno que também
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atinge a atividade empresarial e interfere na questão da segurança
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jurídica. É um tema interessante e atual. Caso queira saber um pouco
S
mais sobre este assunto, sugerimos a leitura do texto “GLOBALIZAÇÃO,
ATIVIDADE EMPRESARIAL E A SEGURANÇA JURÍDICA, de Adyr Garcia
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Ferreira Neto, disponível no site <http://www2.uel.br/revistas/direitopub/
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pdfs/volume_2/num_1/adyr%20garcia.pdf>.
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104 TÓPICO 6 UNIDADE 2
LEITURA COMPLEMENTAR
Almeja-se demonstrar com o presente artigo que aquilo que as empresas realizam sob
o rótulo da “responsabilidade social” nada mais é do que decorrência da lei ou orientação legal.
Em razão das modernas legislações que preconizam um tratamento adequado à relação da
empresa com o consumidor, com o meio ambiente, com o trabalhador, com o público externo,
dentre outros, seja em razão de incentivos, em especial tributários, em alguns casos obriga-
se, em outros, motiva-se a empresa a exercer sua atividade de modo a obter um desempenho
consentâneo com a melhoria das condições socioeconômicas e ambientais.
Dado o intuito, conceituar-se-á filantropia, para se afirmar que a mesma não se confunde
com responsabilidade social, cotejar-se-á a legislação que autoriza compreendê-la como uma
orientação ou decorrência legal e, por fim, invocar-se-á proposição de uma Lei Social, como
forte argumento a embasar a tese ora defendida, em especial para desmistificar a ideia segundo
a qual a responsabilidade social é ato voluntário das empresas. A pergunta que se faz neste
contexto é: quais são os motivos que ensejam uma atuação socioeconômica e ambientalmente
orientada por parte da empresa? Será que a principal motivação advém de uma preocupação
das empresas com o social, com o ambiental e o econômico? Ou será que a lei constitui
N instrumento motivador de uma conduta responsável, na maioria das vezes?
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Õ I – Uma breve definição de responsabilidade social. A utilização da expressão
E Responsabilidade Social virou “moda” nos últimos tempos. Várias são as empresas que se dizem
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responsáveis sob o ângulo social ou, num espectro mais amplo, socioeconômico e ambiental.
D Para se ter um parâmetro ao desenvolvimento do presente artigo, adota-se a definição conferida
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pelo Instituto Ethos, na seguinte linha: “Empresa socialmente responsável é aquela que possui
D capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas,funcionários, prestadores
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de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir
E incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos
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e não apenas dos acionistas ou proprietários, além de pressupor o bom relacionamento da
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UNIDADE 2 TÓPICO 6 105
Recentemente, a propósito, este ponto de vista foi reforçado em importante artigo escrito
por Michael PORTER, no qual critica o equívoco em se entender a responsabilidade social
como sinônimo de filantropia, em especial porque ações meramente filantrópicas são incapazes
de patrocinar melhorias estratégicas para a empresa. Ricardo VOLTOLINI, no artigo “Porter e
a responsabilidade social empresarial”, descreve, brevemente, a tese de Porter: “O resultado
é a fragmentação de ações, uma mistura de iniciativas filantrópicas e medidas paliativas que
até produzem algum dividendo de relações públicas, mas, isoladas, não geram resultados
transformadores nem para as comunidades nem para o êxito empresarial”. Percebe-se, portanto,
que responsabilidade social não é o mesmo que filantropia, consistindo a responsabilidade social
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no privilégio de ações relacionadas ao objeto social da empresa, que tenham a capacidade de O
fazer o melhor em termos estratégicos para a empresa e para a sociedade, diante dos reflexos Ç
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ambientais, culturais, sociais, econômicos e trabalhistas. E
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realizados pela ordem econômica, tais como defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, D
redução das desigualdades sociais e regionais, entre outros, como preconizado pela I
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Constituição Federal de 1988 (CF/88), e, por conseguinte, pelas inúmeras legislações que E
vêm sendo editadas, as empresas passam a ser motivadas e em alguns casos obrigadas a I
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adotarem determinadas atitudes consideradas socioeconômica e ambientalmente responsáveis.
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Diante disso, adotar uma postura socialmente responsável não é exercício de filantropia,
beneficência, mas estrita observância à lei naquilo que se refere à atividade desempenhada
pela empresa, com o intuito de obter o melhor desempenho possível em termos estratégicos
empresariais e reflexos sociais, econômicos e ambientais para os públicos e segmentos com
os quais a empresa se relaciona.
170 – dos princípios gerais da atividade econômica; art. 185, parágrafo único, 186 e 219 –
critérios. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III
- função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa
do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das
desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX – tratamento favorecido
para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede
e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei, para o atendimento da função social da propriedade e desapropriação ante
o não atendimento daquela.
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IV – A proposição de uma Lei Social O
A procedência das assertivas acima se revela a partir da existência das legislações e Ç
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políticas públicas acima mencionadas, em especial relativamente àquela que orienta a adoção E
do balanço social. Lívio GIOSA, convicto da importância da lei como instrumento motivador da S
responsabilidade social, propõe a confecção de uma lei social, capaz de permitir incentivos D
fiscais ou isenções em parte de tributos federais, estaduais ou municipais, de ensejar a prestação E
de contas das empresas, sob a forma do balanço social com o aval de uma auditoria externa, D
comprovando a aplicação destes recursos e os resultados obtidos. Para Lívio GIOSA, “Esta I
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seria a verdadeira revolução social do Brasil. Um chamamento coletivo para uma performance E
inédita no país carente até de boas ações. Milhões de organizações e pessoas interessadas, I
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voluntárias ou obrigadas. Não importa. O que importa é a causa, é o combate à miséria e à
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108 TÓPICO 6 UNIDADE 2
pobreza de uma forma ampla, completa e irrestrita”. Essa Lei Social, não obstante já se tenha
inúmeras leis no Brasil fundamentando a atuação socioeconômica e ambientalmente orientada
das empresas, talvez contribuiria para fomentar ainda mais esta atuação e para firmar o
entendimento de que a responsabilidade social decorre da lei.
V – Conclusões
Diante das breves considerações acima lançadas, têm-se as seguintes conclusões:
1. Responsabilidade Social não se confunde com Filantropia, consistindo esta em ações diversas
do objeto da empresa e realizadas além daquilo preconizado pela lei e a responsabilidade
social, ao contrário, de atitudes ligadas ao objeto social da empresa e orientadas pela lei.
2. Responsabilidade Social é uma conduta orientada pela lei, resultando numa opção
estratégica da empresa, por motivos relacionados a um desempenho empresarial ótimo e com
reflexos sociais, seja ainda em razão dos incentivos fiscais decorrentes desta atuação.
3. A proposta de criação de uma Lei Social reafirmaria o ora defendido, de que a Responsabilidade
Social decorre da Lei, bem como contribuiria para fomentar condutas socioeconômicas e
ambientalmente orientadas por parte da empresa.
Fonte: BESSA, Fabiane Lopes Bueno Netto. Responsabilidade Social das Empresas – Práticas
Sociais e Regulação Jurídica. Rio de Janeiro: Editora Lumen Júris, 2006, p. 140-141.
VOLTOLINI, Ricardo. Porter e a responsabilidade social empresarial. Gazeta Mercantil,
sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2007. Disponível em: <www.gazeta.com.br/integraNoticia.aspx?>. Acesso
em: 23 fev. 2007.
GIOSA, Lívio. Responsabilidade Social forma um novo retrato das organizações brasileiras. Revista
Brasil Responsável, São Paulo. Disponível em: <www.liviogiosa.com.br>. Acesso em: 7 mar. 2007.
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RESUMO DO TÓPICO 6
l O Direito Internacional Público cuida das relações entre os Estados entre si e entre seus
integrantes.
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IDADE
ATIV
AUTO
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IAÇÃO
AVAL
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